Post on 08-Jul-2015
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CIDADES
RACIONALISTAS
Andréia Moreira
Camila Amaral
Eduardo Zanesco
Guilherme Fauth
Julia Bazotti
Rafaela Demichei
Rafaela Picolotto
Rafaella Stella
HAUSSMANN - A REMODELAÇÃO DE PARIS
• Advogado;
• Político;
• Administrador;
• (1809-1891)
Planta de Paris em 1853
PARIS ANTES DE HAUSSMANN
1º PASSO: EDIFICAÇÕES A PRESERVAR
PARIS E OS NOVOS LIMITES DA CIDADE
A GRAND CROISÉE
Norte - Sul
Praça do
Châtelet
Nascente - Poente
- Novo traçado da avenida
- Desapropriações
- Demolição de quarteirões
AVENUE DE L’OPERA – NOVO TRAÇADO
AV. L’OPERA – Imagens 1864/1876/1878
AV. L’OPERA - HOJE
DIVISÃO DA CIDADE EM 20 DISTRITOS
TRAÇADO DAS NOVAS RUAS E BAIRROS
Novos bairros
Novas ruas e
avenidas
- Praça Charles de Gaulle ( A Place de L’Étoile)
- Champs-Élysées
Arco de Triunfo e as 12 avenidas
Bois de
Boulogne
Bois de
Vincennes
GRANDES PARQUES PÚBLICOS
BOIS DE BOULOGNE
BOIS DE VINCENNES
CIDADE JARDIM
• A publicação resultou na fundação do movimento
das cidades-jardins. As primeiras cidades-jardins
foram construídas na terra natal de Howard, no início
do século XX.
•Ebenezer Howard nasceu em Londres dia 29 de
janeiro de 1850.
• Foi um pré-urbanista inglês.
• Tornou-se conhecido por sua publicação Cidades-
jardins de Amanhã, de 1898, na qual descreveu uma
cidade utópica em que pessoas viviam
harmonicamente juntas com a natureza.
EBENEZER HOWARD
CidadeAfastamento da natureza
Oportunidades sociais
Isolamento das multidões
Locais de entretenimento
Distancia do trabalho
Altos salários monetários
Alugueis e preços altos
Oportunidades de emprego
Jornada excessiva de trabalho
Nevoeiros e seca
Drenagem custosa
Ar pestilentos e céu sombrio
Ruas bem iluminadas
Cortiços e bares
Edifícios Palacianos
Cidade-campoBeleza da natureza Oportunidades sociais
Campos e parques de fácil acesso Alugueis baixos
Muito o que fazer Preços baixos
Nenhuma exploração Oportunidades para empreendimentos
Afluxo de capital Ar e água puros
Boa drenagem Residências e jardins esplendidos
Ausência de fumaça e de cortiços Liberdade Cooperação
CampoFalta de vida social
Beleza da natureza
Desemprego
Terra ociosa
Matas, bosques, florestas
Jornada longa – salários baixos
Ar fresco
Alugueis baixos
Falta de drenagem
Abundancia de água
Falta de entretenimento
Sol brilhante
Falta de espírito publico
Carência de reformas
Casas superlotadas
Aldeias desertas
ESQUEMA DA CIDADE-JARDIM
• Construída numa aérea
que compreendia 2,4020
hectares. Sendo 400 pra
aérea urbana e o
restante para aérea
agrícola.
• Divididas por seis
bulevares arborizados.
• Cinco avenidas
arborizadas, a terceira
delas é a grande avenida
que possui 120 metros de
largura por 4,8 km de
extensão.
• O Palácio de Cristal, local
onde se destinaria a abrigar as
atividades de
comércio, está localizado ao
redor do
Parque Central. Ele está a no
máximo
558 metros de qualquer
morador.
• No anel externo estariam os
armazéns, mercados,
carvoarias, serrarias, etc...
Todos na frente da via férrea
que rodeia a cidade.
LETCHWORTH
• Plano de Letchworth.
• Primeira Cidade-jardim proposta por
Howard.
• Ficava a 53 km de Londres.
• Começou a ser construída em 1904.
• Vista aérea da cidade em 1949
TONY GARNIER- A CIDADE INDUSTRIAL
• Filho de operários, nasceu
em Lyon na segunda
metade do século XIX.
• É inegável que ele, mais do
que qualquer um dos seus
contemporâneos, se saiu
brilhantemente de sua
empreitada em busca de
uma solução para os
problemas da cidade
industrial.
• Sua célebre concepção de uma cidade industrial examinada
hoje parece impossível de ter sido projetada na época em
que de fato o foi, no início do século XX.
• É a ele que devemos atribuir a criação de quase todos os
princípios básicos de um urbanismo que apenas na década de
60 começou a ser reavaliado.
• Lyon, onde Tony nasceu, é
uma das capitais industriais
da França até hoje.
• Era uma aglomeração urbana
que tinha um passado e uma
tradição eminentemente
industrial.
• Foi no século XVIII que
começaram a se instalar
várias das grandes indústrias
têxteis da França.
CIDADE INDUSTRIAL
PLANTA DA CIDADE INDUSTRIAL
1- Cidade Antiga
2- Estação Central
3- Bairros residenciais
4- Centro
5- Escolas primárias
6- Escola profissional
7- Hospital
8- Estação
9- Zona industrial
10- Estação industrial
11- Cemitério
12- Matadouro
• Quadras estreitas, dispostas no
sentido leste-oeste — invocando
a orientação dos ventos e a
melhor incidência solar.
• As partes verdes, entre as casas,
devem relacionar-se formando
uma espécie de parque com livre
acesso aos pedestres.
• Exige sol direto em todos os
quartos de dormir, proíbe palcos
internos, proíbe uma ocupação
superior à metade do terreno e
proíbe muros divisórios entre as
casas.
• O tráfego de veículos é vinculado
a uma rede viária de fácil
compreensão, com uma via
principal no sentido leste-oeste
partindo da estação da estrada
de ferro.
• Ruas com características
distintas são arborizadas de
forma distinta.
ESTAÇÃO FERROVIÁRIA
PORTO MARÍTIMO
CASA DE CULTURA
PLANOS URBANÍSTICOS- LE CORBUSIER
• Le Corbusier é o pseudônimo do
franco-suíço Charles-Edouard
Jeanneret-Gris;
• 06/10/1887, La Chaux-de-Fonds,
Suíça;
• 27/08/1965, Roquebrune-Cap-
Martin, França, vítima de
afogamento;
• Edificações eram projetadas para
serem usadas.
• Oito anos antes de seu
falecimento, Corbusier havia
projetado seu próprio túmulo.
Projetos Urbanísticos de Le Corbusier
• Origem Racionalista, causou grande influencia sobre o urbanismo;
• Tinha a visão de que as cidades do futuro deveriam consistir em grandes
blocos de apartamentos assentes em pilotis, deixando o terreno vago em
baixo para parques de estacionamento;
• Surgiu de Corbu a ideia dos bairros-jardins;
• Defendia que o homem possuía as mesmas necessidades em qualquer
cultura;
• Abordava que as construções deviam ser todas brancas.
Croqui urbano de Le Corbusier,
Rio de Janeiro, 1929
CHANDIGARH
• Cidade construída na Índia para ser a capital do Punjab;
• Projetada para 150.000, mas podendo chegar a 500.000;
• Tem seu projeto urbano organizado através de um traçado viário ortogonal,
com uma clara hierarquia de circulação;
• Hoje em dia Chandigarh encontra se perfeitamente adequada às exigências
de uma cidade moderna, usado nos dias de hoje como cidade-modelo;
• Corbusier acreditava que a chave para a cidade ideal era eliminar o excesso
populacional no centro das cidades.
CHANDIGARH
• O sistema de tráfego foi elaborado com malhas de vias expressas, vias
exclusivas para o trafego de bicicletas e a teoria das sete vias:
V1: Estradas Arteriais
V2 e V3: Vias que definem os principais setores
V4: Vias de comércio
V5: Ruas de bairros residenciais
V6: Pistas de acesso
V7: Vias para pedestres e ciclistas
• Projeto executado.
V3 e V2: Vias
que definem
principais
setores
V1: Estradas
Arteriais
V4: Vias de
comércio
V6: Pistas de
acesso.
V5: Ruas de
bairros
residenciais
V7: Vias para
pedestres e
ciclistas
VILLE CONTEMPORAINE (1922)
• Projetada para três milhões de habitantes;
• Era uma cidade capitalista que seria o centro de administração e controle;
• Possuía cidades-jardim para os trabalhados e um cinturão verde que
envolvia a cidade;
• Consistia em blocos residenciais de dez a doze andares cada, além de
vinte e quatro escritórios centrais com sessenta andares;
• Mantinha a separação de classe entre elite urbana e proletariado
suburbano.
• As próprias torres para os escritórios tinham a finalidade evidente de
substituir as estruturas religiosas da cidade tradicional.
VILLE CONTEMPORAINE
VILLE RADIEUSE
PLAN VOISIN(1925)
• Plano para uma cidade verde para 1,5 milhões de habitantes no centro de
Paris;
• Seria composto de grandes áreas livres, altas densidades, unidades de
vizinhança e separação de vias para veículos e pedestres;
• Esse plano possuiria apenas duas artérias de circulação que possibilitaria
o trânsito de automóveis e as demais áreas do centro seriam de
circulação exclusiva para pedestres;
• Propõe a construção de um centro comercial com torres isoladas. As
quais seriam dispostas em um plano ortogonal ocupando uma importante
área do centro da capital francesa, a margem direita do Rio Sena além
de áreas verdes e distinção de classes.
ESTRUTURAS DO PLAN VOISIN
• Norte da rua de pedestre: O trafego de veículos e os de pedestres
devem ser distintos. Ruas principais destinadas exclusivamente para
carros;
• Ângulo reto: é o principio gerador de sistema e define a articulação
dos edifícios em linha para a residência.
• Zoneamento: as diferentes áreas funcionais são dispostas em malha
quadrada regulares. Existem três principais;
Croqui Plan Voisin, Paris.
ZONEAMENTO PLAN VOISIN
• Área para negócios e núcleos especial estudos da cidade e prédios do
governo: localizados ao norte, perto da estação ferroviária e do
aeroporto, com os hotéis e embaixadas;
• Área industrial: dividido em indústria pesada, armazéns e indústria leve
no sul;
• Área residencial: situado entre os outros dois, protegido por um cinturão
verde na direção da indústria.
ZONEAMENTO PLAN VOISIN
Plano Obus (1930-1933):
• Plano para reurbanização de Argel, capital da Argélia;
• Fazer uma cidade em um edifício;
• O plano envolve 3 pontos principais: o viaduto habitado, o grande
complexo residencial e os serviços administrativos, junto ao mar;
• Mas obteve fracasso, segundo os críticos porque faltou relação do projeto
com o ambiente existente.
“As necessidades do homem moderno
estão aqui reduzidas a um mínimo. As
soluções oferecidas vão desde a escala
doméstica /residencial até a estrutura
urbana.”
ILDELFONSO CERDÀ
Plano de Expansão para
Barcelona (Ensanche)
HISTÓRIA DA URBANIZAÇÃO DE
BARCELONA
• 1840 – Concurso literário.
• 1854- Demolição dos Muros.
• 1855- Conclusão do Projeto de Extensão e Reforma de Barcelona (Ensanche).
• 1859 – Concurso Público.
• 1860 – Dois Principais Planos: Antoni Rovira e Idelfonso Cerdá.
NÚCLEO INICIAL
ROMPIMENTO DA CONFIGURAÇÃO DAS
ANTIGAS CIDADES MEDIEVAIS
“Teoria Geral da Urbanização: presença dos dois conceitos diretores,
a “habitação” e a “circulação”, que hoje mais do que nunca
TEORIA GERAL DA URBANIZAÇÃO: ‘’HABITAÇÃO E
‘’CIRCULAÇÃO’’
• INDIVIDUO NO LAR;
• FLUCO INSTANTANEO DE PEDESTRES;
• HIGIENISMO
PLANO GEOMETRICO
NOVA TIPOLOGIA NAS QUADRAS
IDEIA ORIGINAL
PLANO BRASÍLIA (comparação)
CONGRESSO INTERNACIONAL DE ARQUITETURA
MODERNA - CIAM
Criado em 1928 no Castelo de La Sarraz na Suíça, por um grupo de 28
arquitetos.
Fundadores do CIAM – Suiça 1927
• Responsáveis por discussões e pesquisas inéditas.
• Residência mínima
• Design de massas
• Estilo Internacional
• Introduziram uma arquitetura:
-limpa
-sintética
-funcional
-racional
• Instrumento Político e econômico.
• Progresso social
CONGRESSOS da CIAM
• 1928 – 1º Congresso/Assembléia Suprema dos Membros e fundação dos CIAM –
La Sarraz
• 1929 – 2º Congresso – “Estudo da moradia mínima” – Frankfurt
• 1930 – 3º Congresso – “Estudo de loteamento racional” – Bruxelas
• 1933 – 4º Congresso – “Elaboração da Carta de Atenas” – Transatlântico Patris
• 1937 – 5º Congresso – “Estudo do problema moradia e lazer” – París
• 1947 – 6º Congresso – “Reafirmação dos objetivos da CIAM” – Estados Unidos
• 1949 – 7º Congresso – “Problemas relativos ao desenvolvimento de novas
cidades/ Execução da carta de Atenas” – Bérgamo
• 1951 – 8º Congresso – “Estudo do centro, do coração das cidades” – Inglaterra
• 1953 – 9º Congresso – “O habitat humano” – Aix-em-Provence
• 1956 – 10º Congresso – “Habitat” – Dubrovnik
Carta Patrimonial
A carta de Atenas
Estado Atual das Cidades (Críticas e Remédios);
Habitação, Lazer e Trabalho;
Circulação;
Patrimônio histórico das cidades
A CARTA DE ATENAS
RESUMO: HAUSSMANN - A REMODELAÇÃO DE PARIS
Georges-Eugène Haussmann (1809-1891) foi um advogado, funcionário público, político e administrador francês. Nomeado prefeito de
Paris por Luis Napoleão III, tendo o título de “Barão”, foi o grande remodelador de Paris, cuidando do planejamento da cidade, durante
17 anos, contando com a colaboração de arquitetos e engenheiros renomados da Paris da época.
Projeto Urbanístico para Paris
Iniciado em 1857 e finalmente completado em 1927
O principal objetivo da reforma urbana idealizada por Haussmann para Paris, era o de liberar o tecido urbano para facilitar manobras
militares. A grande transformação da cidade ocorre em um terço do tecido da cidade seguindo a ideia da grande expansão.
Outros motivos foram: Conter rebeliões e barricadas da classe operária; melhorar a circulação de sua tropa pelas ruas; arejar o
centro, arborizar as vias; eliminar becos e vielas proliferadores de doenças; criar artérias para facilitar a circulação pela linha
ferroviária;
Um dos principais pontos da reforma de Haussmann é a reforma da Ìlle de la Cité enquanto área militar. Para atingir esse objetivo, a
maior parte das edificações existentes foram demolidas.
Segundo Haussmann, “a arquitetura é um problema administrativo” e só deveria visar aos interesses de Luis Napoleão III, interesses
esses, de cunho estritamente militares.
A partir deste ponto de vista é que foi produzido um urbanismo totalmente racionalista visando apenas à técnica e desconsiderando o
aspecto histórico.
A nova divisão de Paris
Com a nova divisão, Paris apresentou 20 arrondissements (distritos administrativos)
O plano criado para o centro da cidade previa a reformulação da área em um dos extremos dos Champs-Elysées (Campos Elíseos).
Haussmann criou uma estrela com 12 avenidas amplas (pontas) ao redor do Arco do Triunfo, onde grandes mansões foram erguidas
entre 1860 e 1868 sobre os escombros da antiga cidade.
No seu estudo, Howard apresentou um breve diagnóstico sobre a superpopulação das cidades e suas consequências. Segundo ele o superpovoamento era causado, sobretudo pela migração vinda do campo. Portanto era necessário ponderar a relação entre a cidade e o campo.
Howard reuniu as vantagens e desvantagens de cada ambiente. Ambos atuariam como uma espécie de ímã, atraindo as pessoas para si. A cidade era o espaço da socialização, da cooperação e das oportunidades, especialmente de empregos, mas padecia de graves problemas relacionados ao excesso de população e à insalubridade do seu espaço. Por outro lado, o campo era o espaço da natureza, do sol e das águas, bem como da produção de alimentos, mas também sofria de problemas como a falta de empregos e de infraestrutura.
A solução dos problemas da cidade, segundo Howard, era instigar o homem para o campo, através da criação de atrativos, “imãs”, que pudessem contrabalançar as forças atratoras representadas pela cidade e pelo campo. Ele alegou que havia uma terceira alternativa, além da vida urbana e rural. Essa alternativa, seria a união da cidade e do campo, criando assim a cidade-campo. Que seria a junção do que há de melhor nos dois “imãs”. “Uma nova esperança, uma nova vida, uma nova civilização”(HOWARD, 1996, p. 110).
A Cidade-jardim proposta por Howard, deveria ser construída numa área que compreendia um total de 2,420 hectares. Sendo 400 hectares para a área urbana, que iria abrigar cerca de 2 mil habitantes e o restante dos hectares seria para a parte agrícola. A cidade foi apresentada por meio de diagramas. Lembrando que Howard não era arquiteto ou urbanista. E não se tratavam de plantas definitivas.
Os desenhos mostram uma cidade radial, dividida por seis bulevares arborizados com 36 metros de largura. Completando a estrutura viária da cidade contamos com mais cinco avenidas também arborizadas concêntricas ao parque central. A terceira delas é a grande avenida que possui 120 metros de largura por 4,8 km de extensão, ela é proposta como um grande parque, inclusive lembra a Avenue Foch de Paris.
O Palácio de Cristal, local onde se destinaria a abrigar as atividades de comércio, está localizado ao redor do Parque Central. Ele está a no máximo 558 metros de qualquer morador. No local poderiam ser comercializadas mercadorias e também servia como um jardim de inverno, onde os habitantes poderiam passear ao abrigo da chuva e admirar a paisagem.
No anel externo estariam os armazéns, mercados, carvoarias, serrarias, etc... Todos na frente da via férrea que rodeia a cidade. Desta maneira o recebimento de mercadorias e matéria-prima seria fácil, evitando também a circulação do tráfego pesado pelas ruas da cidade, diminuindo a necessidade de manutenção das próprias.
Uma atenção em especial foi dada aos cuidados sanitários da cidade juntamente com a trama urbana. Um deles é a criação de um “cinturão” de jardins e pomares, para que de qualquer parte da cidade se possa atingir o ar perfeitamente fresco. A segunda preocupação seria mostrar que era possível se alojara baixo custo e com alta qualidade ambiental.
Concretização de ideais:
Em 1899 junto com vários adeptos de suas ideias Howard funda a “associação das Cidades Jardins”.
Para viabilizar a compra do terreno destinado a implantação da primeira Cidade-jardim, Letchworth que ficaria a 53 km de Londres, foi fundada em 1902 a “The Garden City Pioneer Company”.
Inicia se então a utopia de Howard. 1903 a “First Garden City” foi incorporada com capital autorizado de £300.000; Em 1904 somente o capital de £100.000 havia sido integralizado, passando se a trabalhar continuamente abaixo do montante previsto, o que ocasionou um ritmo lento de construção. A cidade alcançava em 1913, 8.500 dos 30 mil habitantes programados; Atingindo somente em 1962 a população de 26 mil habitantes.
RESUMO: Ebenezer Howard Cidade jardim
RESUMO: Tony Granier
Filho de operários, nasceu em Lyon na segunda metade do século XIX.
Lyon é uma das capitais industriais da França até hoje.
Com grandes dificuldades financeiras cursou na Escola de Belas Artes de Paris e foi aluno de Paul Blondel.
O nascimento de Garnier em Lyon explica provavelmente muita das características da sua obra.
Lyon era uma aglomeração urbana que tinha um passado e uma tradição eminentemente industrial.
No século XVIII começaram a se instalar várias das grandes indústrias têxteis da França.
É inegável que ele, mais do que qualquer dos seus contemporâneos, se saiu brilhantemente de sua empreitada em busca de uma
solução para os problemas da cidade industrial.
É a ele que devemos atribuir a criação de quase todos os princípios básicos de um urbanismo que apenas na década de 60 começou a
ser reavaliado.
Sua célebre concepção de uma cidade industrial examinada hoje parece impossível de ter sido projetada na época em que de fato o
foi, no início do século XX.
É uma das mais espetaculares antevisões da cidade racionalizada e decididamente planejada da era industrial, tanto pelo conteúdo
programático de suas duas proposições como formalmente pelo impacto que ainda hoje nos causa o seu inigualável desenho, expresso
numa formidável série de pranchas com perspectivas, elevações e plantas. Tudo é esmiuçado até ao mínimo detalhe.
A própria arquitetura da cidade é arrojada e inovadora. Diferentes tipos de edifícios foram por ele padronizados: casa com pátios,
pavilhões escolares térreos ou de dois pavimentos. Certas soluções morfológicas destes projetos são extraordinariamente avançadas
em relação à época em que foram concebidos.
As construções são quase todas em concreto armado e vidro, com jardins elevados, pilotis, lajes cogumelos, etc...
A primeira laje cogumelo construída na Europa foi executada por Maillart em 1910 em Zurique.
Os jardins elevados (terraços jardins) e os pilotis foram, de certo modo, também inseridos por Garnier.
RESUMO: Planos Urbanísticos de Le Corbusier
Le Corbusier
Le Corbusier é o pseudônimo do franco-suiço Charles-Edouard Jeanneret-Gris (06 de outubro de 1887-27 de agosto de 1965) que foi um dos maiores e mais importantes
arquitetos do século XX. Seu primeiro projeto foi uma casa na sua cidade natal La Chaux-de-Fonds, na Suíça, aos 18 anos de idade. Mudou-se para a França, aos 29 anos de
idade para trabalhar com Auguste Parret, seu primo. Após isso, ocorreram-se muitas viagens de Le Corbusier a vários países onde estudava a arquitetura local.
Preocupava-se muito com a funcionalidade da construção, as edificações eram projetadas para serem usadas. Um dos seus materiais construtivos mais utilizados era o
concreto armado. Ajudou a fundar o purismo, um derivado do cubismo.
Corbu faleceu aos 77 anos, afogado no mar mediterrâneo, seu corpo foi encontrado por banhistas na costa de sua amada casa no sul da França. Oito anos antes havia
projetado o seu túmulo, que foi construído imediatamente após a sua morte.
Projetos Urbanísticos
Com grande interesse pelo planejamento urbano, através de suas viagens, Le Corbusier procurou por países em desenvolvimento para apresentar seus projetos. Teve
grande influencia sobre o urbanismo, sendo um dos primeiros a compreender que o urbanismo precisava se adaptar ao modernismo. Tinha a visão de que as cidades do
futuro deveriam consistir em grandes blocos de apartamentos assentes em pilotis, deixando o terreno vago em baixo para parques de estacionamento. Defendia que o
homem possuía as mesmas necessidades em qualquer cultura. Surgiu dele a ideia das cidades-jardins para as classes ricas. Abordava bastante a ideia de que todas as
construções deviam ser brancas.
Planejamento urbano de Chandigarh: cidade construída na Índia para ser a capital do Punjab. Chandi significa “deusa do poder” e garh significa “fortaleza. Acreditava
que a chave para a cidade ideal era eliminar o excesso populacional no centro das cidades.”. Projetada para 150.000 habitantes, mas podendo chegar a 500.000
habitantes. Corbu criou o plano diretor, enquanto o projeto dos setores individuais e da maioria das edificações foi feita por terceiros. Chandigarh seu projeto urbano
organizado através de um traçado viário ortogonal, com uma clara hierarquia de circulação, com superquadras na escala da vida cotidiana e familiar dos cidadãos. Hoje
em dia, Chandigarh encontra se perfeitamente adequada às exigências de uma cidade moderna, os dados estatísticos comprovam realmente que Chandigarh funciona, é
das cidades mais ricas da Índia, com os menores índices de criminalidade. Corbusier projetou Chandigarh com vista para o futuro e hoje em dia é quase que uma cidade
modelo. Projeto realizado.
Ville Radieuse: também conhecida como Cité Radieuse (1924), sofreu características da viagem de Corbu a América do Sul. Um projeto proposto como plano para uma
reforma social, utópico, onde Corbusier fazia uma cidade linear baseada na forma abstrata do corpo humano, com cabeça, tronco e membros. Uma cidade setorizada,
com grandes avenidas para o transporte rápido motorizado e o térreo como um grande jardim contínuo. O projeto manteve o conceito de blocos de habitação em
altura, livre circulação ao nível do solo e espaços verdes abundantes já propostos nos seus trabalhos anteriores. Mas acabou não sendo executado. Mais tarde os seus
princípios foram incorporados na Carta de Atenas, publicada em 1943.
Plan Voisin: foi um plano apresentado por Le Corbusier para uma cidade de 1,5 milhões de habitantes no centro de Paris (1925), que tinha como objetivo uma cidade que
representasse o “espírito da época” e respondesse aos anseios do homem da nova era que se iniciava. A cidade moderna seria composta de grandes áreas livres, altas
densidades, unidades de vizinhança e separação entre veículos e pedestres. Para o autor, na cidade moderna deveria existir separação entre os usos, grandes áreas livres,
unidades de vizinhança, separação entre veículos e pedestres, etc. E nessa perspectiva, ele propõe a construção de um centro comercial com torres isoladas. Essas torres
seriam dispostas em um plano ortogonal ocupando uma importante área do centro da capital francesa, a margem direita do Rio Sena. Esse plano possuiria apenas duas
artérias de circulação que possibilitaria o trânsito de automóveis. E as demais áreas do centro, seriam de circulação exclusiva para pedestres. Além da organização do
centro administrativo, o plano também previa habitações com áreas verdes e distinção de classes. A estrutura do Plan Voisin era basicamente dividida nos seguintes
princípios:
- Norte da rua de pedestre: O trafego de veículos e os de pedestres devem ser distintos. Ruas principais destinadas exclusivamente para carros;
- Ângulo reto: é o principio gerador de sistema e define a articulação dos edifícios em linha para a residência.
- Zoneamento: as diferentes áreas funcionais são dispostas em malha quadrada regulares. Existem três principais;
- Área para negócios e núcleos especial estudos da cidade e prédios do governo: localizados ao norte, perto da estação ferroviária e do aeroporto, com os hotéis e
embaixadas;
- Área industrial: dividido em indústria pesada, armazéns e indústria leve no sul;
- Área residencial: situado entre os outros dois, protegido por um cinturão verde na direção da indústria.
Além destes, o nome de Le Corbusier é citado em projetos urbanísticos esboçados para várias cidades, entre elas Rio de Janeiro, São Paulo e Montevidéu.
Plano Obus: reurbanização de Argel, capital da Argélia, onde o planejamento era fazer uma cidade em um edifício. Comum a todas as propostas do século XX, também
o plano de Corbusier trata o tema da mobilidade, no entanto quebra com alguns dos princípios da Carta de Atenas. O plano envolve 3 ingredientes que procuram
configurar a cidade: o viaduto habitado, o grande complexo residencial e os serviços administrativos, junto ao mar. Mas obteve fracasso, segundo os críticos porque
faltou relação do projeto com o ambiente existente;
Ville contemporaine: apresentado em 1922 no Salon d'Automne de Paris e concebido para abrigar uma população de três milhões de habitantes, era uma cidade
capitalista que seria o centro de administração e controle, com cidades-jardim para os trabalhados e um cinturão verde que envolvia a cidade. Consistia em blocos
residenciais de dez a doze andares cada, além de vinte e quatro escritórios centrais com sessenta andares, com o conjunto cercado por um parque pitoresco que mantinha
a separação de classe entre elite urbana e proletariado suburbano. As próprias torres para os escritórios – os chamados arranha-céus – tinham a finalidade evidente de
substituir, em sua condição de centros do poder secular, as estruturas religiosas da cidade tradicional.
RESUMO: Plano de Cerdá
Idelfonso Cerdá escreve em sua Teoria Geral da Urbanização: A cidade Linear, que apresenta dois conceitos diretores, a
“habitação” e a “circulação”, que hoje são dois polos operacionais de extrema importância no urbanismo. Consiste
basicamente em um pensamento racional do Urbanista em desenvolver um planejamento axial para a cidade. Oferecendo
aos Habitantes uma homogeneidade, coerência espacial, circulação, convívio social. Em outras palavras, é de natureza
racionalista a preocupação com os indivíduos que irão habitar a cidade. Como reforço, as habitações planejadas por Cerdà
tinham como características: a privacidade do indivíduo no lar, com condições dignas de vida, o higienismo (sol, vento, ar,
luz natural).
Em Barcelona, Cerdá prevê o fluxo simultâneo de pedestres. Serviços como água, rede de esgoto, telégrafo, ferrovia
e rede de energia elétrica são planejados de modo que não poluam ou interfiram na paisagem da cidade (cabos, fios, postes
e etc.), estes devem ser subterrâneos. Cerdá pensa na cidade como um todo: o ato de ir e vir, seja qual for o meio de
transporte, a ordenação dos serviços básicos, o enquadramento e as perspectivas do lugar. Com isso a cidade passa a ser
mais funcional e menos estética. Rompendo assim, a antiga configuração das cidades medievais. Tanto de maneira
conceitual quanto física, pois Recebe um traçado ortogonal sustentado por eixos viários, formando as grandes vias arteriais
que se estendem por quase todo o perímetro da cidade. Oferecendo uma livre circulação e um fácil acesso em distintas
zonas da cidade.
Além disso, as quadras passam a ter um novo tratamento, o corte (chanfro) diagonal nas esquinas da quadra
transforma o simples cruzamento de vias em lugar, gera também desta forma maior amplitude visual dos edifícios de
esquina. O importante é enfatizar que neste momento a quadra passa de uma condição de residual para se tornar suporte
de uma composição urbana que a tem como espaço da cidade.
RESUMO: Carta de Atenas
A partir do século XIX um pensamento mais estruturado sobre a proteção do patrimônio cultural começa a ser organizado, mas somente no início do século XX que posturas,
legislações e atitudes mais abrangentes e concretas são postas em práticas.
No ano de 1928 aconteceu a fundação dos CIAM. Depois de ter examinado, a partir de um programa elaborado em Paris, o problema que colocava a arte de edificar, eles
firmaram um ponto de vista sólido e decidiram reunir-se para colocar a arquitetura diante de suas verdadeiras tarefas. Assim foram fundados os Congressos Internacionais de
Arquitetura Moderna. Aos Arquitetos que fariam parte dos Congressos, foi instituída uma declaração onde afirmaram sua unidade de pontos de vista sobre as concepções
fundamentais da arquitetura e sobre suas obrigações profissionais. Insistiam no fato de que ‘’ construir’’ é uma atividade elementar do homem, ligada intimamente à
evolução da vida e afirmavam ainda, que necessitavam de uma concepção nova da arquitetura que satisfizesse as exigências materiais, sentimentais e espirituais da vida
presente. Se reuniriam com a intenção de pesquisar a harmonização dos elementos presentes no mundo moderno e de recolocar a arquitetura em seu verdadeiro plano, que
é de ordem econômica e sociológica e inteiramente a serviço da pessoa humana.
O Urbanismo, por sua essência, é de ordem funcional. As três funções fundamentais pela realização das quais o urbanismo deve velar são: 1) habitar; 2) trabalhar; 3) recrear-
se. Seus objetivos são: a) ocupação do solo; b) organização da circulação; c) legislação. Com isso, os objetivos da CIAM vieram a ser: formular o problema arquitetônico
contemporâneo; apresentar a ideia arquitetônica moderna; fazer essa ideia penetrar nos círculos técnicos, econômicos e sociais e zelar pela solução do problema da
arquitetura.
Existiram duas cartas que se destacaram, a de 1931 que tinha como objetivo principal trazer para pauta as principais preocupações encarnadas naquele período: os aspectos
legais, os técnicos construtivos e os princípios norteadores da ação de conservação. Houve também, grande preocupação com a legislação de cada país e com a necessidade
de se construir princípios habituais entre os signatários, mesmo que integrados ás condições locais, principalmente para assegurar o predomínio do direito coletivo sobre o
individual.
Já a carta de 1933, considerada a principal, obtinha uma preocupação em relação a arquitetura em um período de grande crescimento urbano. Seus principais aspectos
debatidos foram a necessidade de planejamento regional e infra-urbano, a implantação de zoneamento, através da separação de usos em zonas distintas, de modo a evitar o
conflito de usos incompatíveis, a submissão da propriedade privada do solo urbano aos interesses coletivos, a verticalização dos edifícios situados em amplas áreas verdes, a
industrialização dos componentes e a padronização das construções. Com isso, dividiu-se em dois seguimentos distintos a serem levados em conta: os arquitetos voltados
designadamente à ação de conservação do patrimônio arquitetônico e urbano (que o definiam como um testemunho do passado, devendo ser respeitado por seu valor
histórico ou sentimental e por sua virtude plástica, desse modo, condenavam o emprego de estilos do passado, sob o pretexto estético, em construções novas erguias em
zonas históricas, as quais se tornariam falsificadas, ocasionando descrédito aos testemunhos autênticos) e os domínios voltados as propostas de inovação do chamado
Movimento Moderno (na arquitetura e também no urbanismo).
A carta de Atenas (1933) é o manifesto urbanístico resultante do IV CIAM, o evento teve como tema a ‘’cidade funcional’’; após a criação da carta, cidades europeias em
desenvolvimento após a Segunda Guerra mundial e também a criação do Plano Piloto de Brasília foram influenciados pela própria.
Assim, ao passar dos anos, foram realizados 10 Congressos Internacionais, três deles antes do desenvolvimento da Carta de Atenas: 1928 - 1º Congreso, La Sarraz (Fundação
do CIAM), 1929 – 2º Congresso, Frankfurt (Estudo da moradia mínima), 1930/1931 - 3º Congresso, Bruxelas (Estudo do loteamento racional), 1933 4º Congresso, Atenas
(Análise de 33 cidades, elaboração da carta do urbanismo), 1937 5º Congresso, Paris (Estudo do problema moradia e lazer), 1947 6º Congresso, Bridgwater (Reafirmação dos
objetivos do CIAM), 1949 7º Congresso, Bérgamo (Execução da Carta de Atenas, nascimento da ‘’grille’’ CIAM do urbanismo), 1951 8º Congresso, Hoddesdon (Estudo do
centro, do coração das cidades) 1953 9º Congresso, Aixen-Provence (Estudo do habitat humano), 1956 10º Congresso, Dubrovnik (Estudo do habitat humano).