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ANLISE E LINGUAGENS DOCUMENTAIS III
Cincias da Informao e Documentao
Aluno n 903287 Luis Alberto Gomes Pano
ANLISE E LINGUAGENS
DOCUMENTAIS - III
ANLISE E LINGUAGENS DOCUMENTAIS III
INDICE
Cincias da Informao e Documentao
Aluno n 903287 Luis Alberto Gomes Pano
Tema 1.1 A Indexao no Processo de Descrio Documental .... 1
Tema 1.2 As bibliotecas e a organizao do conhecimento: evoluo e perspectivas .. 7
Tema 2.1 CDU (Classificao Decimal Universal) . 15
Tema 2.2 Tesauro EUROVOC . 35
Tema 3.0 Poltica de Indexao: Definio .. 40
Tema 3.1 Poltica de Indexao: Manuais de Sistemas de Indexao .. 42
Tema 3.2 Poltica de Indexao: Na perspectiva do conhecimento organizacional 50
Tema 3.3 Qualidade da Indexao . 64
Tema 3.4 Ficheiros de Autoridade . 65
Tema 3.5 Descritores .. 68
Tema 4.1 Processo de Indexao: Qualidade da Indexao . 75
Tema 4.2 Processo de Indexao: Controlo do ficheiro de autoridade de assuntos e a
qualidade da Indexao 79
Tema 4.3 Processo de Indexao: Poltica de Indexao .. 85
Tema 4.4 Processo de Indexao: Manual de Indexao .. 90
ANALISE E LIGUAGENS DOCUMENTAIS III
Tema 1.1 A Indexao no Processo de Descrio Documental
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INTRODUO
A par das operaes formais ou catalogao, propriamente dita, o processo de
descrio, compreende uma srie de operaes de ordem intelectual a que damos o
nome de indexao.
A IMPORTNCIA DA INDEXAO FACE SOCIEDADE DA INFORMAO
A indexao definida pela NP 3715 (1989) como a aco que consiste em descrever
ou caracterizar um documento relativamente ao seu contedo, representando esse
contedo numa linguagem documental.
INFORMAO PODER
A informao d-nos o poder de decidir e por isso tornou-se indispensvel, mas como
humanamente impossvel conhecer toda a informao existente, h que saber
procur-la. aqui que os servios de informao e os indexadores, em particular,
desempenham o seu papel. De notar que a informao impressa em papel, no sculo
XX, foi tanta ou mais do que aquela que foi produzida desde a descoberta da
imprensa por Gutemberg em 1450, at ao incio daquele sculo, diversificada tanto
em contedos como no prprio suporte fsico em que apresentada tornando-a de
caractersticas multidimensionais.
Responder s necessidades de informao dos utilizadores face ao manancial de
informao a nossa funo primordial. O indexador o mediador entra as
necessidades de informao dos utilizadores e a informao contida no fundo
documental do servio de informao (biblioteca, centro de documentao,
mediateca, etc.). Para responder a questes temticas elaboraram-se catlogos com
os pontos de acesso ao contedo do documento (por assunto, alfabticos,
sistemticos).
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Tema 1.1 A Indexao no Processo de Descrio Documental
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OBJECTIVOS DA INDEXAO
So considerados os seguintes:
A indexao d a conhecer o contedo dos documentos com o fim de
informar os utilizadores
Possibilita a realizao de seleces temticas
Permite arrumar os documentos por asssuntos
Permite recuperar os documentos por assuntos
Permite fazer a difuso selectiva da informao
ANLISE DO CONTEDO DOCUMENTAL
Na anlise de contedo temos dois nveis, condensao ou resumos (carcter
informativo) e a indexao (contedo temtico). Visa a identificao ou a sntese do
assunto do documento (o seu tipo), assim temos:
Os documentos impressos devem ser analisados com particular ateno os
seguintes elementos:
- Ttulo;
- Resumo;
- Sumrio;
- Introduo;
- Concluso;
- Ilustraes, diagramas, quadros e respectivas legendas;
- Palavras ou grupos de palavras sublinhadas ou realadas por um tipo de
letra diferente;
- Incio dos captulos e pargrafos.
Os documentos no escritos (audiovisuais, visuais ou sonoros) requerem
procedimentos diferentes, a indexao feita com base no ttulo ou no
resumo:
- Equipamento para proceder sua leitura;
- Treino especfico para identificar o assunto.
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Tema 1.1 A Indexao no Processo de Descrio Documental
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Os resumos analticos, segundo a NP 418 (1988), so a representao abreviada e
precisa do contedo de um documento sem interpretao ou crtica. Tm como
objectivo destacar, de forma concisa, os pontos essenciais do documento: a
metodologia, os resultados e as concluses do documento.
A NP 418 (1988) identifica trs tipos de resumos analticos:
Informativo, apresenta a informao quantitativa e/ou qualitativa contida no
documento, numa sequncia de frases interligadas; especialmente til para
textos que descrevem um trabalho experimental e para documentos
consagrados a um nico tema.
Indicativo, apresenta a informao como guia indicativo ou descritivo do tipo
de documentos, dos principais assuntos focados e da maneira como so
tratados; especialmente utilizado em textos discursivos ou extensos, como
reviso de conjunto, crticas e monografias completas.
Informativo indicativo, apresenta a informao combinando a forma
informativa e a indicativa, sendo os aspectos essenciais do documento
abordados de forma informativa e os restantes de forma indicativa; aplica-se
quando a extenso do resumo ou o tipo e estilo do documento o aconselham.
FASES DO PROCESSO DE INDEXAO
O processo de indexao teoricamente dividido em trs fases:
Anlise e definio do contedo do documento; (ponto anterior)
Identificao e seleco dos conceitos representativos do contedo; que
compreende uma identificao sistemtica dos conceitos representativos do
contedo dos documentos; uma seleco dos conceitos (obedece a um
esquema lgico e previamente definido por cada servio de informao).
Traduo dos conceitos escolhidos em termos de linguagem documental,
utilizando para tal os instrumentos de indexao adequados
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Tema 1.1 A Indexao no Processo de Descrio Documental
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No processo de indexao existem duas caractersticas fundamentais para que esta
seja feita com qualidade, so:
A exaustividade - associada ao nmero de conceitos que foram considerados
e que caracterizam o contedo integral do documento; o critrio principal na
seleco dos conceitos que deve ser sempre o seu valor potencial, na
expresso do contedo de um documento e na sua recuperao.
A especificidade - ligada exactido com que determinado conceito
representado por um termo de indexao. Pode ocorrer perda de
especificidade quando um conceito representado por um termo que tem
um significado mais geral.
Outro aspecto ligado aos conceitos escolhidos na traduo, temos dois aspectos a
considerar:
O conceito j est representado por um termo de indexao que deve
permanecer;
O conceito novo e por isso temos que seleccionar o termo de indexao que
o dever representar, respeitando sempre as regras e princpios da linguagem
documental seleccionada.
Para uma boa indexao esses termos recorrem Linguagem documental que uma
linguagem artificial, convencional e controlada, utilizada para descrever o contedo
dos documentos, tendo em vista o armazenamento da informao. A Classificao de
Dewey, a Classificao Decimal Universal ou os tesauros so vrios exemplos de
linguagens documentais.
A escolha de uma linguagem documental est condicionada tomada de deciso do
gestor do servio de informao. Este dever definir a poltica de indexao do seu
servio de informao e decidir qual o sistema a utilizar.
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Tema 1.1 A Indexao no Processo de Descrio Documental
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SISTEMAS DE INDEXAO
Seja qual for a opo do gestor do servio de informao, o objectivo conseguir as
duas qualidades que a pesquisa de informao deve possuir: a preciso e a
exaustividade, ou seja que abarque todos os documentos relevantes apenas para
aquele assunto.
Assim os servios de informao podem optar por dois tipos de sistemas de
indexao:
Sistemas de indexao ps-coordenados - o indexador que combina os
termos de indexao e cria os cabealhos de assunto ou a notao; a
coordenao dos termos de indexao feita antes de se iniciar a pesquisa;
os termos de indexao so coordenados pelo indexador de acordo com um
conjunto de regras de sintaxe definidas para a construo desses termos. A
relao entre os termos de indexao gramatical.
Sistemas de indexao pr-coordenados - o utilizador que constri a
coordenao, no momento em que combina os termos; os termos de
indexao so coordenados no momento da pesquisa; do ponto de vista do
utilizador, a pesquisa implica a coordenao dos termos utilizando uma
sintaxe boleana. Do ponto de vista do indexador, tem pouca ou nenhuma
sintaxe (o seu vocabulrio consiste apenas em termos simples). A relao
entre os termos uma relao lgica.
Caractersticas do sistema pr-coordenado:
Garante a integridade da informao;
Representa os assuntos complexos como tal e no atravs de vrios conceitos
sem qualquer relao explcita (tratados como assuntos independentes);
Representa o assunto em toda a sua especificidade;
Assegura a recuperao de cada termo no contexto em que pertinente;
A linguagem utilizada para a representao dos conceitos utiliza vrios termos
que preciso combinar;
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Tema 1.1 A Indexao no Processo de Descrio Documental
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A combinao feita pelo bibliotecrio no momento da indexao, com a
ajuda de normas precisas;
O vocabulrio construdo a posteriori;
Utiliza cabealhos de assunto ou notaes como termos de indexao;
Adequam-se a bibliotecas gerais e especializadas;
Utiliza uma linguagem flexvel;
A linguagem utilizada mais especfica;
A informatizao potencia as vantagens da linguagem utilizada, pois permite
flexibilizar a pesquisa;
Tem custos maiores para os servios; Tem custos menores para os
utilizadores.
Caractersticas do sistema ps-coordenado:
A combinao dos termos faz-se pelo utilizador no momento da pesquisa da
informao, utilizando os operadores booleanos;
O vocabulrio utilizado construdo a priori, isto , antes de se proceder a
qualquer acto de indexao;
Utiliza descritores como termos de indexao;
Adequam-se a servios especializados;
A informao recuperada no especfica, nem coextensiva com o contedo
da obra;
O indexador despende um tempo menor no processo de indexao;
Tem custos menores para o servio;
Tem custos maiores para o utilizador.
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Tema 1.2 As bibliotecas e a organizao do conhecimento: evoluo e perspectivas
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INTRODUO
Pela sua natureza e misso, a actividade biblioteconmica sempre ocupou um lugar
de destaque ao lado das diversas cincias relacionadas com a organizao do
conhecimento e sua expresso, representando o lado intelectual mais interessante e
o mais difcil para a catividade das bibliotecas. Estas j de certa forma agentes da
democratizao no acesso ao conhecimento e posteriormente como agentes
indispensveis sua intermediao, as bibliotecas adoptaram em complementou ou
substituio fsica das suas coleces, formas de organizao lgica dessas mesmas
coleces, recorrendo a instrumentos de pesquisa separados, cuja aplicao ao
universo de recursos de informao disponveis deu origem aos Catlogos de
Assuntos (organizao do conhecimento em bibliotecas).
CONHECIMENTO E ORGANIZAO: DUAS NOES FUNDAMENTAIS
A actividade bibliotecnmana orienta-se para a resoluo das questes que se
colocam utilizao dos registos do conhecimento humano, fundamental que se
desenvolva na biblioteca uma relao especfica no acesso organizado ao
conhecimento e respectivos contedos de informao.
A primeira funo da biblioteca angariar recursos de informao produzidos
individualmente e organiz-los para uso colectivo, a partir dos:
Conhecimento individual possudo por um indivduo ou acessvel atravs
dele.
Conhecimento social possudo colectivamente por uma sociedade ou
sistema de grupo.
Grande parte do conhecimento humano pertence simultaneamente aos dois nveis
anteriormente citados, tendo o conhecimento social (registado e disponvel
publicamente) origem na produo do conhecimento individual.
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Tema 1.2 As bibliotecas e a organizao do conhecimento: evoluo e perspectivas
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O conhecimento em si tem uma dimenso essencialmente humana, um sistema
contnuo e sempre inacabado de organizao da informao, inserido num processo
dinmico em que a memria se alimenta dessa estrutura relacional (no h
informao sem estruturas cognitivas), sempre em movimento, a informao
armazenada na memria humana evolui no tempo e no esttica, a sua utilizao
gera, continuidade, reinterpretao e modificao, desenvolvendo-se num contexto
de actos comunicativos com a realidade exterior do indivduo.
O plano da comunicao indissocivel na formao e utilizao do conhecimento, a
eficcia dessa comunicao depende no s da paridade das estruturas cognitivas
entre parceiros, como do domnio das formas e mecanismos da transmisso da
informao, que pela sua diversidade das estruturas cognitivas dos indivduos,
produz interpretaes, reprodues e recriaes multifacetadas da informao.
As linguagens documentais visam ultrapassar os fenmenos que na comunicao
natural so geradores de disperso, incoerncia e ambiguidade dentro de
determinados limites de utilizao, assim consideram-se principalmente dois tipos de
sistemas de organizao e representao controlada do conhecimento em
bibliotecas:
Sistemas de classificao de base conceptual hierrquica e com formas de
representao codificadas (numricas e/ou alfanumricas).
Sistemas terminolgicos utilizam formas de representao baseadas em
componentes da linguagem natural.
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Em qualquer dos casos, esses sistemas de representao so linguagens de
comunicao artificiais, com:
Lxico prprio, normalmente composto por unidades de significado ao nvel
dos conceitos, com uma morfologia e semntica definida.
Uma estrutura paradigmtica prpria, que estabelece ligaes semnticas
entre unidades desse lxico, hierrquica e associativamente.
Uma estrutura sintagmtica prpria, que domina as formas de representao
complexas, de associao de conceitos, atravs de expedientes sintcticos
convencionados que combinam duas ou mais unidades do lxico.
Diferentes contextos produzem sistemas de organizao com qualidades e efeitos
diferentes, assim:
A nvel conceptual, destaca-se o grau de adequao e solidez das bases
tericas do sistema e como afectam o grau de coerncia e durabilidade das
suas solues.
Em termos de gesto, o nvel em termos de quantidade/qualidade de
recursos afectos ao desenho, implementao e manuteno de um sistema, e
respectivos resultados da sua aplicao.
Os factores humanos, mais diversos, menos controlveis e que tm
consequncias mais profundas e efeitos mais alargados, incluem factores
como a anlise, interpretao, ponderao, seleco e a representao dos
contedos de informao.
Factores como a subjectividade podem originar o maior ou menor grau de correco
e consistncia dos contedos de informao de um sistema, dadas as diferenas em
matria de educao e treino, literacia e capacidades cognitivas, de quem alimenta o
sistema.
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EVOLUO DOS SISTEMAS DE RECUPERAO POR ASSUNTOS
Os sistemas mais antigos de recuperao e organizao por assuntos, so ainda hoje
usados nas bibliotecas, embora j tenham nascido h cerca de 100 anos, derivados
das classificaes filosficas, universos conceptuais concebidos para encerrar numa
estrutura abrangente, a organizao do conhecimento humano existente.
So as classificaes bibliogrficas enciclopdicas:
Dewey
CDU (Classificao Decimal Universal)
So sistemas de base hierrquica e essencialmente enumerativa, que permitem uma
ordenao sistemtica de conjuntos de objectos de informao, de acordo com
categorias lgicas e atravs de sistemas notacionais independentes das lnguas.
Apresentam problemas na sua manuteno quando seja necessria a inscrio de
novas reas de conhecimento, pode implicar alteraes retrospectivas de base da
estrutura hierrquica de codificao.
Recentemente surgiram Sistemas de Classificao, de natureza mais dinmica e com
uma base intelectualmente slida e mais sofisticada, so disso exemplo:
Colon Classification
Bliss Classification
So sistemas multidimensionais do conhecimento, integrando na sua construo a
noo de facetas e relaes, embora sem implantao to alargada como as
classificaes de Dewey e CDU, esta ltima j possuindo cdigos relacionais e
sintcticos permitiu uma utilizao mais prtica e econmica sem esgotar as suas
possibilidades de classificao.
Simultaneamente com as classificaes surgem sistemas alfabticos constitudos por
ndices fraseolgicos (de carcter classificatrio), estes ndices evoluram para os
chamados Cabealhos Pr-coordenados.
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Dado o crescimento exponencial do volume da informao produzida disponvel,
quer em diversidade quer em complexidade das reas de conhecimento e actividade,
os Sistemas de Classificao tm dificuldade em responder rapidez de produo e
facilidade de utilizao dos respectivos instrumentos de pesquisa, dado que os
ndices alfabticos de cabealhos pr-coordenados existentes no possurem uma
estrutura de controlo e de orientao semntica, nem permitiam uma recuperao
no linear de qualquer dos elementos componentes que no o do elemento
ordenador.
A partir dos anos 70 as bibliotecas adoptam uma nova abordagem, a da organizao
de contedos atravs do controlo das suas formas de expresso lingustica, a
Terminologia, para responder a estas novas necessidades surgiram directrizes
profissionais internacionais, orientadas para processos de desenvolvimento e
manuteno de tesauros, construdos a partir de linguagens documentais
constitudas por vocbulos controlados que incluam estruturas de relaes
hierrquicas e associativas, recebendo a designao de Sistemas Ps-coordenados.
Com a introduo da informtica a coordenao de conceitos na fase de anlise e a
representao da sntese correspondente, atravs de uma sintaxe controlada e
baseada em vocabulrios-base controlados e estruturados, voltam a dar nova enfse
Pr-coordenao.
Os Sistemas informatizados no s proporcionam uma gesto mais eficaz de
cabealhos complexos, como permitem a sua pesquisa multidireccional, por cada
elemento componente independentemente da sua posio, existe uma maior
especificidade na representao, maior coextensividade com os contedos dos
documentos indexados, permitindo ao mesmo tempo uma maior integridade da
informao colhida na fase de anlise, expressa atravs da sua sntese, valor
acrescentado que estes sistemas possuem face indexao ps-coordenada.
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Da anlise s capacidades destes dois sistemas conclui-se que:
Sistemas ps-coordenados aplicam-se com melhores resultados em
bibliotecas especializadas, onde a indexao por conceitos menos
susceptvel de produzir recuperaes no pertinentes.
Sistemas pr-coordenados so essenciais em bibliotecas gerais, em que, do
ponto de vista da pesquisa h maior necessidade de servir a informao
especifica em contexto, uma vez que no lhes est subjacente nenhum
domnio especifico do conhecimento.
Com uma opo ou outra os Catlogos Alfabticos de Assuntos passaram a suprir
melhor as necessidades de acesso rpido e directo informao.
TENDENCIAS E QUESTES ACTUAIS
A validade universal e temporal de qualquer sistema de organizao do
conhecimento enquanto estrutura conceptual uma UTOPIA, do mesmo modo que
no h sistemas de comunicao de informao com validade e eficcia universais
para todos os contextos, indivduos, espaos e tempos.
Tendncias e questes:
Normalizao e compatibilidade nas ltimas dcadas o crescimento
massivo da informao produzida sob as mais variadas formas, tornou cada
vez mais indispensvel a funo de intermediao da biblioteca, reforando
a importncia dos instrumentos de pesquisa ( a anlise e recuperao por
assuntos continua a ser o menos compreendido dos aspectos do controlo
bibliogrfico). No mbito das classificaes existe hoje um redobrado
interesse sobre as suas potencialidades a nvel da compatibilidade e
transferncia internacional de informao, estando neste momento iniciada
a elaborao de um formato MARC (UNIMARC) internacional de troca para
registo electrnico de sistemas de classificao, de modo a facilitar o seu uso
na gesto automatizada dos acessos por assunto em sistemas de gesto
bibliogrfica.
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Fundamentos tericos da interdisciplinaridade nas ltimas dcadas a
gesto das bibliotecas tm sido sujeita a presses que produziram uma
maior tendncia para os aspectos operacionais e procedimentais, em
detrimento da fundamentao dos aspectos estruturais. Para responder
necessidade de uma base comum de entendimento internacional, surge a
IFLA, rgo coordenador e de estudo para a produo de normas
internacionais de catalogao. fundamental que se assumam
competncias interdisciplinares que facilitem a fundamentao explicita, e
no vagamente implcita ou decorativa, em reas como as cincias
cognitivas, da epistemologia, da lingustica e das cincias da comunicao,
quer nos aspectos tericos quer aplicados nomeadamente computao,
uma rea de interesse para a biblioteconomia.
Tecnologias de informao e novas reas de interveno as tecnologias de
informao vieram valorizar drasticamente os instrumentos de pesquisa de
informao produzidos pelas bibliotecas, melhorando os seus mtodos e
processos de explorao, introduzindo facilidades de pesquisa que em
sistemas manuais eram praticamente impossveis. A rapidez e baixo custo
de manipulao automtica de grandes volumes de dados, atravs de
facilidades de pesquisa baseadas em ndices de palavras-chave geradas a
partir de ttulos, resumos, etc., em confronto com os elevados custos em
recursos humanos e tempo para produzir a indexao, alimentou durante
anos a falsa ideia de esta funo poder ser substituda por processos
puramente automticos. Mesmo que fosse possvel programar um
computador para efectuar toda a srie de interpretaes e juzos
discriminatrios que o indexador humano desenvolve ao fazer indexao
atribuda, e que supem um substrato complexo de conhecimentos, dominio
da lngua, de recurso a terceiras fontes de informao, etc., bvio que av
sua utilidade s faria sentido se as bibliotecas dispusessem de verses
electrnicas de todos os documentos que necessitam de priocessar, o que
no tem sido aplicvel, e dificilmente vir a ser na totalidade, realidade das
bibliotecas.
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No quadro da Internet que alimenta a verdadeira internacionalizao da actividade
cientfica e cria expectativas mais exigentes que nunca da parte dos utilizadores, a
intermediao da biblioteca j reconhecida como fundamental, por imperativos
de:
Integrao tecnolgica
Integrao dos diversos tipos de recursos de informao
Integrao de servios
Estes imperativos tm por objectivo a satisfao das necessidades efectivas de
acesso organizado aos recursos de informao externos s Bibliotecas e disponveis
na Internet, tendo-se assistido recentemente a uma integrao dos vrios catlogos
das bibliotecas, bem como a sua disponibilizao pblica atravs da Web.
Esta sbita emergncia trs uma srie de questes:
Como vo as bibliotecas corresponder a neste novo contexto electrnico
misso de angariar os recursos electrnicos existentes em rede que sejam
potencialmente teis para as comunidades?
Como vo, numa segunda etapa, gerir a diversidade e disperso desses
recursos electrnicos, oferecendo acessos por assunto de forma estruturada,
estvel. Abrangente e fivel, como j o fazem para os recursos de informao
que possuem localmente nas suas coleces?
As classificaes universais, dada a sua natureza de sistemas gerais de ordenao
hierrquica, a sua alargada difuso internacional e a sua independncia das lnguas,
so um instrumento que tem sido considerado adequado e utilizado com sucesso,
permitindo a elaborao de extensas listas de Sites onde os recursos existentes na
Internet so indexados com os instrumentos de organizao de conhecimento que
tradicionalmente so usados em bibliotecas.
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A Classificao Decimal Universal uma linguagem documental categorial porque
organiza o universo do conhecimento em categorias ou classes as 10 tabelas
principais: 0 ao 9. uma linguagem documental hierrquica porque as 10 classes
principais representam, cada uma delas, uma rea geral do conhecimento que pode
subdividirse em subclasses, divises e subdivises. A estrutura hierrquica do saber
reflecte a hierarquia numrica, ou seja, quanto menor o nmero mais geral a rea
do conhecimento (exemplo: 32 Politica) e quanto maior o nmero mais especfica
a rea do saber (exemplo: 328.16 Gabinetes de crise). Como refere SIMES (2008:
2223) dentro da tipologia dos sistemas de classificao, quanto ao seu contedo,
uma classificao enciclopdica, na medida em que abarca todos os ramos do saber,
Quanto estrutura, um sistema misto: a sua natureza apresenta caractersticas de
uma classificao enumerativa, devido ao facto de elencar todas as matrias e as
suas subdivises de forma sistemtica em classes e subclasses . No entanto, como
incorpora na sua estrutura tabelas auxiliares, que so constitudas por um conjunto
de expedientes que lhes proporcionam ir mais alm do que representar apenas o
aspecto analtico dos assuntos caractersticas dos sistemas enumerativos , estas
tabelas permitemlhe tambm representar o sinttico caracterstica dos sistemas
facetados. Esta circunstncia concorre para que se classifique a CDU dentro dos
sistemas mistos.
As tabelas mdias impressas apresentam um ndice Alfabtico de Assuntos que
constitui um precioso auxiliar de trabalho uma vez que indica todas as classes
possveis para classificar determinado conceito. A utilizao do ndice meramente
indicativa e o processo de anlise e sntese prevalece para a realizao de uma
classificao de qualidade.
A s diferentes tabelas CDU possuem sempre uma Introduo que funciona como o
corpo doutrinrio do sistema, fazse um breve apresentao da teoria e da histria da
CDU e definemse as normas de uso das diferentes partes.
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Seguemse as Tabelas de Auxiliares Comuns Gerais que se subdividem em:
Tabelas Auxiliares comuns independentes (Tabela Ic. Auxiliares de lngua = ;
Tabela Id. Auxiliares de forma (0); Tabela Ie. Auxiliares de lugar (1/9); Tabela
If. Auxiliares de raa, grupo tnico e nacionalidade (=); Tabela Ig. Auxiliar de
tempo ).
Tabelas Auxiliares comuns dependentes (Tabelas Ik. Auxiliares Comuns de
Caractersticas Gerais: 02 Propriedades; 03 Materiais; 05 Pessoas e
caractersticas pessoais). As primeiras, so designadas de independentes
porque podem ser utilizadas independentemente de um nmero das tabelas
principais e podem ser citadas no incio, no meio ou no fim da notao. Estas
so designadas de dependentes porque s podem ser usadas como sufixos de
um nmero das tabelas principais.
As Tabelas de Auxiliares Especiais;
Smbolos: 1/9 (hfen um barra oblqua hfen nove);
.01/.09 (ponto zero um barra oblqua ponto zero nove);
0/9 (apstrofe zero barra oblqua apstrofe nove)
Deve tomarse ateno a estas subdivises especiais e o classificador deve sempre
comprovar, voltando ao incio da classe ou da subclasse adequada para verificar se a
tabela dos auxiliares especiais foi fornecida. muito fcil no notar a sua existncia,
especialmente se o classificador for directamente para o interior da classe, atravs do
ndice alfabtico. Na classe 62, por exemplo, existe uma extensa tabela de peas de
mquinas, etc., introduzida por 1/9 listada no incio da classe (ver pg. 514).
claramente indicado que podem ser utilizados onde quer que seja adequado entre o
62/69. Apesar de existir uma chamada de ateno sobre a sua existncia no incio de
cada subdiviso principal (de dois dgitos), muito fcil para quem no tem
experincia esquecerse ou desconhecer a sua existncia.
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As subdivises auxiliares especiais aparecem com outras tabelas auxiliares assim
como nas tabelas principais, mas no se confundem com o seu normal
desenvolvimento, pois surgem sempre com a sinaltica prpria: .01/.09 ; 1/9 ; 0/9.
Aqueles que geram maior confuso so os do .01/.09, pois quem no est alertado
confundeos com o desenvolvimento normal das classes que so construdas de trs
em trs dgitos separados por . (ponto). Por exemplo:
625.023
Aqui o .023 um auxiliar especial. As classes desenvolvemse sempre por .1.. ; ou
seja nunca se desenvolvem por .0 . Neste caso o desenvolvimento da classe 625.11.
As Tabelas Principais de 0/9
0 Generalidades.Cincia e conhecimento. Gesto. Informao. Documentao.
Biblioteconomia. Organizaes. Documentos e publicaes
1 Filosofia. Psicologia
2 Religio. Teologia
3 Cincias Sociais. Estatstica. Demografia. Sociologia. Poltica. Economia.
Comrcio. Direito. Administrao Pblica. Assuntos militares. Bemestar
social. Seguros. Educao. Folclore. Etnologia
4 (N/A)
5 Matemtica. Cincias naturais
6 Cincias aplicadas. Medicina. Tecnologia
7 Arte. Recreao. Entretenimento. Desporto
8 Lnguas. Lingustica. Literatura
9 Geografia. Biografias. Histria
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As tabelas principais da CDU representam o universo do saber, ou seja, cada tabela
principal abarca uma das grandes reas do conhecimento.
Exemplo: A classe 1 representa a Filosofia e Psicologia
Um dgito - classe principal;
Dois dgitos - subclasse;
Trs dgitos diviso
Quatro dgitos subdiviso
Exemplo: 6 Cincias Aplicadas. Medicina. Tecnologia
61 Cincias mdicas
612 Fisiologia. Fisiologia humana e comparada
612.1 Sangue. Sistema cardiovascular e circulatrio;
612.11Propriedades do sangue
A classe 2 da tabela CDU representa a Religio. Teologia.
Esta classe foi durante muitos anos alvo de crticas por representar esta rea do
conhecimento de uma forma discriminatria, uma vez que o sistema religioso cristo
era tratado em toda a sua especificidade, enquanto os restantes sistemas eram
abordados de uma forma incipiente. No ano 2000 a CDU foi alvo de inmeras
alteraes e a de maior peso verificou-se, precisamente, na classe 2 que foi
totalmente modificada. Na reviso desta tabela optou-se por uma representao
mais igualitria de todos os sistemas religiosos. Actualmente, possvel desenvolver
com o mesmo nvel de especificidade, os assuntos sobre qualquer sistema religioso,
uma vez que os desenvolvimentos dependem de um conjunto de auxiliares especiais
do tipo -1/-9 que podem ser aplicados sempre que seja pertinente o seu uso.
Exemplo: O livro sagrado de qualquer sistema religioso representado
pelo auxiliar especial -23.
Bblia 27-23
Tora 26-23
Alcoro 28-23
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As grandes reas do conhecimento que sempre foram predominantes na
Classificao Decimal Universal so aquelas que constituem a classe 5 e 6. Esse
predomnio visvel na dimenso de cada uma delas no conjunto das tabelas. As
classes 5 e 6 representam as cincias puras e as cincias aplicadas e ocupam mais de
metade da Classificao Decimal Universal. Esta diferena existe desde o incio da
criao da classificao e reflecte o nvel de desenvolvimento das diversas reas do
saber no sculo XIX e que mais desenvolvimentos sofreram ao longo do sculo XX. As
cincias sociais eram embrionrias data de criao da tabela CDU.
As vantagens de utilizao da CDU so vrias:
Permite utilizar vrios nveis de especificao - nem todos os servios de
informao tm necessidade de recuperar assuntos de uma forma muito
especfica. Por exemplo: uma biblioteca escolar ao nvel do ensino bsico, no
necessita de recuperar os assuntos para alm dos 4 dgitos, enquanto uma
biblioteca universitria ter necessidade de especificar os assuntos ao nvel
dos 6 dgitos e utilizando as tabelas auxiliares de uma forma intensiva.
Notese que cada servio dever definir o nvel de especificidade a aplicar e
deve seguilo de uma forma consistente. Isto significa que todos os assuntos
devero ser recuperados com a mesma especificidade.
Permite organizar e recuperar a informao por assuntos e simultaneamente
permite arrumar os documentos por reas temticas na estante em livre
acesso - para que isto seja possvel importante que cada servio estabelea
em simultneo o seu Plano de Classificao e o Plano de Cotas.
Permite realizar a difuso selectiva da informao para que isto seja
possvel o servio de informao dever conhecer o perfil do utilizador.
uma linguagem universal - j que os tcnicos de qualquer lado do mundo
podem entender o sistema de cdigos numricos e podem cooperar entre si
na troca de informao.
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0
Compatibiliza as diferentes linguagens de indexao terminolgicas
independentemente do idioma esta sem sombra de dvidas uma das
razes principais para a manuteno e desenvolvimento da CDU nos prximos
anos.
As desvantagens da utilizao da CDU so vrias:
A demora na actualizao do sistema em relao aos avanos da cincia o
que dificulta na representao dos assuntos mais actuais e que por isso
mesmo so objecto de uma procura mais imediata por parte dos utilizadores.
ndice alfabtico insuficiente pois no estabelece as relaes de equivalncia
nem as associativas e exclusivo das tabelas mdias;
As dificuldades dos utilizadores compreenderem as notaes complexas sem
o auxlio de um tcnico que faa a mediao.
A ordem de citao a regra que estabelece a ordem pela qual os vrios elementos
do sistema so citados para construir a notao que dever representar um assunto
complexo.
A ordem de citao tem por finalidade garantir a uniformidade e consistncia no
catlogo sistemtico, assim, aps a deciso acerca do critrio a aplicar, este deve ser
rigorosamente cumprido por todos os classificadores de um servio.
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EXEMPLOS
CLASSE 0
1. Metodologia da investigao cientfica. Manual do ensino superior
001.89(075.8)
2. Histria dos centros de documentao em Espanha. Tese
002.6(460)(091)(043)
3. Excell 50 Programa de computador. Manual do utilizador
004.42Excell(083.1)
4. Teoria da gesto
005.1
5. Comportamento organizacional
005.32
6. Gesto da qualidade total
005.6
7. Breve histria da Associao Espanhola para a Normalizao e Certificao
006.03AENC(460)(091)
061.1(460)(091)
8. O estado da cultura no mundo no sculo XXI. Tese
008(100)20(043)
9. A ISO (International Standard Organization)
006.03ISO(100)
061.1(100)
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2
10. Catlogo dos incunbulos da Biblioteca Nacional de Portugal
093(01);017.1BNP(469) ou
016:093
017.1BNP(469)
11. Bibliografia de biblioteconomia
02(01) ou 016:02
12. Bibliografia nacional brasileira
015(81)
13. Bibliografia de obras sobre Jos Rgio
821.134.3Rgio, Jos.09(01)
929Rgio, Jos(01) ou
016:821.134.3Rgio, Jos.09
14. Bibliografia das obras de Jos Saramago
012Saramago, Jos
15. A filmoteca de Veneza
026.06(450Veneza)
16. Guia da Biblioteca Nacional de Portugal
027.54BNP(469)(036)
17. Jornais e revistas espanholas do sculo XX
070(=1:460)19
050(=1:460)19
porque so revista e jornais espanholas e no as que existiam em Espanha no sculo
XX
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3
CLASSE 1
1. Histria da filosofia alem do sculo XVI
101(430)15(091) ou 1(430)15(091)
2. Manual de filosofia do ensino superior
101(075.8) ou 1(075.8)
3. A filosofia de Plato
1Plato
4. A metafsica de Aristteles
11Aristteles
5. Filosofia da natureza
113/119
6. O feminismo no mundo
141.72(100)
7. O marxismo
141.82
8. Histria do atesmo
141.45(091)
9. Manual de psicanlise
159.964(035)
10. O erro de Descartes: emoo, razo e crebro humano (psicologia fisiolgica)
159.91
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CLASSE 2
1. Escritos e documentos de Santa Teresa
27236Teresa, Santa(081)
2. O estado da religio no mundo
2(100)
3. A Bblia
2723
4. Comentrios da Bblia
27273
5. O Esprito Santo
27144
6. Quem Jesus Cristo? Publicao infantil
087.5
2731(0.053.2)
7. A figura da mulher na Bblia
2723055.2
8. Catecismo da Igreja Catlica
272/27328
9. Histria da Igreja Catlica em Portugal. Vdeo
272/2739(469)(086.8)
10. Histria dos Franciscanos
272789.39
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5
11. Histria do budismo em banda desenhada
249(0:741)
CLASSE 3
1. Manual de cincias sociais
30(035)
2. Utopia de Toms Moro
304.9Moro, Toms
3. O modo de vida das cidades no sculo XX
304.3(121)19
4. Estudos sobre as mulheres
305055.2
5. Situao social na China no sculo XX
308(510)19
6. Teoria da estatstica
311
7. Organizao das estatsticas do desemprego na Turquia
311.3:331.56(560) ou 311(560)
331.56(560)
8. A poltica demogrfica nos pases socialistas
314.15(166)
9. Sociologia rural nos EUA
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316.334(73)
10. Congresso de sociologia
316
061.3 ou 316(063)
CLASSE 5
1. Teoria da luz
535.1
2. Congresso europeu de radioactividade
539.16(4)(063) ou
539.16(4)
061.3
3. Laboratrios de qumica prtica
542.1
4. Reaces qumicas
542.9
5. Fotoqumica
544.52
6. Metais em geral
546.3
7. Qumica analtica. Manual de ensino superior.CDROM
543(075.8)
8. Tipos de compostos orgnicos
547.13
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9. Mineralogia
549
10. Qumica quntica
544.18
11. Psicologia animal
591.51
CLASSE 6
1. Dicionrio de medicina
61(038)
2. A sade pblica em Veneza
614.78(450)
3. Nutrio e diettica
612.39
613.2
4. Patologia do figado
616.36
5. Anatomia do fgado
611.36
6. Fisiologia do fgado
612.35
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7. Histologia
611.018
8. Fisiologia do crebro
612.82
9. A educao sexual: orientaes e propostas
613.88(035)
10. Morfina (medicamento)
615.21
11. Silvicultura
630*2
12. Impostos florestais nos EUA
630*95(73)
13. Poltica florestal em Portugal
630*9(460)
14. Guia de beleza corporal
646.7(035)
15. A organizao do trabalho e da indstria
65.012.3
16. Histria da impresso em Portugal
655.11(469)
17. O comrcio do livro em Itlia
655.42(450)
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18. As finanas da sua empresa
658.14/.17
19. Publicidade e vendas
659
658.8
20. A septicemia nos ces polcia. Tese
636.74.09(043): 616.94(043)
21. Bovinos. Problemas no parto
636.2.09:618.5
22. Como educar o seu gato em 20 dias
636.8.01:591.61
CLASSE 7
1. Dicionrio de arte portuguesa
7(=1:469)(038)
2. A figura da Virgem na arte
7.046:272312 ou
7.046
272312
3. A arte de Miguel ngelo
7.034Miguel ngelo
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4. Artistas italianos
7.071(=1:450) ou
7A/Z (450)
5. Catlogo de Arte Pop
7.038.5(083.82)
6. Guia do Museu de Arte Moderna na Austrlia
7.036:069(94)(036)
7. Normas municipais de planeamento urbano
711.4(094.7)
9. Composio do jardim mediterrnico
712.2; 581.9(2620)
10. Requalificao do Jardim Zoolgico de Lisboa
727.62.025(469.411); 712.2(469):59
11. Urbanismo na Grcia Antiga
711.4(38)
12. Guia de arquitectura alentejana
72(=1:469.5)(036)
13. Vida e obra do escultor Francisco Pontes
730Pontes, Francisco
929Pontes, Francisco
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14. Teoria e histria da escultura
730.01
730.03 ou 730.01.03
15. Manual de mtodos fotogrficos. CDROM
77.02(035)(0.034)
16. Histria da msica em banda desenhada
78.03(0:741) e no 78(091)(0:741)
CLASSE 8
1. A semitica como teoria lingustica
8122
2. Linguagem mdica portuguesa
811.134.3276:61
3. Reforma ortogrfica do portugus
811.1343354
4. Morfologia do francs
811.133.1366
5. Sociolingustica
8127
6. Sintaxe latina
811.124367
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7. Lingustica generativa de Noam Chomsky
81116Chomsky, Noam
8. Dialecto andaluz do espanhol
811.134.2282
9. Lingustica computacional
81322
10. Gramtica de ingls
811.11136
11. Semntica do italiano
811.131.137
12. Lexicologia do russo
811.161.1373
13. Gria profissional dos farmacuticos
81276:615.15
14. Dicionrio de autores ingleses do sculo XV
821.11114.09(038)
15. Lngua portuguesa. Manual de ensino superior
811.134.3(075.8)
16. Bibliografia de obras sobre Lus de Cames
821.134.31Cames, lus de.09(01)
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CLASSE 9
1. Revista de arqueologia
902(051)
2. Paleoltico em Espanha
903(460)631/634
3. Artefactos em ouro
903.2032.4
904032.4
4. As pinturas rupestres nas grutas de Altamira (Espanha)
903.2:7.031.1(460)
5. Os castros no sul de Portugal
903.3(46913)
6. Uma necrpole em Sintra
903.5(469.411)
7. Vestgios arqueolgicos romanos em Silves
904(=1:37)(469.6)
8. Cermica medieval
904:73804/14
9. Monografia da Esccia
908(410.6)
10. Geografia de Lisboa
913(469.411)
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11. Viagens entre Espanha e Cuba
910.4(460+729.1)
12. Vida e obra de Cames
929Cames,Lus de
821.134.31Cames, Lus de.09
13. Histria da Famlia Moreira
929.52Moreira, Famlia
14. Bandeiras e escudos da Provncia do Algarve
929.6(469.6)
929.9(469.6)
15. 25 de Abril de 1974. Cronologia de uma revoluo
323.2(469)1974
930.24
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Tema 2.2 Tesauro EUROVOC
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5
O Tesauro EUROVOC surge com o objectivo de representar assuntos de interesse
para as actividades das Comunidades Europeias e da Unio e por isso cobre as
seguintes reas temticas:
04. Actividade poltica
08. Relaes internacionais
10. Comunidades Europeias
12. Direito
16. Actividade econmica
20. Intercmbios econmicos e comerciais
24. Finanas
28. Questes sociais
32. Educao e comunicao
36. Cincias
40. Empresas e concorrncia
44. Emprego e trabalho
48. Transportes
52. Meio ambiente
56. Agricultura, silvicultura e pescas
60. Agroalimentar
64. Produo, tecnologia e investigao
66. Energia
68. Indstria
72. Geografia
76. Organizaes internacionais
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Tema 2.2 Tesauro EUROVOC
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O tesauro EUROVOC encontrase estruturado de modo genrico, segundo uma
classificao a dois nveis:
O tesauro encontrase estruturado ao nvel especfico dos descritores e no
descritores, por relaes semnticas:
Microtesauros segundo a NP 42854 (2000:13), um tesauro constitudo por uma
parte de um tesauro, por vezes completado por novos termos.
A NP 4036 (1992:5) define no-descritor como sinnimo ou quasi-sinnimo de um
descritor. No pode ser atribudo a documentos, mas serve de entrada num tesauro
ou num ndice alfabtico sendo, neste caso, remetido, atravs de uma nota (por
exemplo USE ou VEJA), para o descritor apropriado; por vezes chamado de termo no
preferencial.
Segundo SIMES (2008:86), Os no-descritores, no sendo passveis de representar
o conhecimento, acabam todavia por o veicular na medida em que tornam possvel o
seu acesso num segundo momento, devido a reenviarem para outro descritor que
representa no tesauro o mesmo conceito. Neste sentido os no- descritores so
tambm designados por termos de entrada. Ao proporcionarem pontos de entrada
adicionais no vocabulrio atravs dos quais se pode aceder ao conhecimento, -lhes
tambm reconhecido um estatuto cognitivo e so tambm considerados termos de
indexao.
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Tema 2.2 Tesauro EUROVOC
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O procedimento para indexar com recurso ao Tesauro Eurovoc o seguinte:
das seguintes regras: 1. a selectividade: s escolher os conceitos em relao aos quais
o documento fornece uma informao susceptvel de interessar aos utilizadores; 2. a
exaustividade: devem ser escolhidos todos os conceitos teis que figuram no texto,
quer apaream de forma explcita, quer de forma implcita;
Representao dos conceitos seleccionados por descritores do tesauro.
A representao dos conceitos por descritores do tesauro efectuase mediante a
no mesmo nvel de especificidade do conceito ou, no caso de aquele no existir, no
conceito composto existe no tesauro um descritor composto, este deve ser utilizado
em vez de uma combinao de descritores.
A taxa de recuperao est ligada capacidade de um servio responder a uma
determinada questo, com todos os documentos pertinentes, ou seja que
respondem bem necessidade de informao do utilizador. Se o servio conseguir
fornecer todos os documentos pertinentes, ento a taxa de recuperao de 100%.
Podemos tambm afirmar que no houve silncio, ou seja, nenhum documento til
para aquela questo ficou por disponibilizar.
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Tema 2.2 Tesauro EUROVOC
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A taxa de preciso est ligada capacidade de um servio de informao conseguir
fornecer apenas os documentos que so efectivamente pertinentes para a questo
colocada. Quando a taxa de 100% podemos tambm dizer que no houve rudo, ou
seja, o leitor no recebeu documentos cujo assunto no era relevante para a sua
necessidade de informao.
Vantagens de utilizao do Tesauros EUROVOC na indexao por assuntos:
introduzir numa base de dados documentais, e de formulao das questes aquando
da interrogao dessa mesma base, permitindo uma grande eficcia da pesquisa
documental;
procurlos na lngua do utilizador;
ooperao entre servios documentais que
utilizam o EUROVOC, evitando, assim, a repetio de trabalho.
Desvantagens:
documentais gerais no que se refere s actividades comunitrias, no sendo
adequado para documentos especializados [nem para bibliotecas generalistas, uma
vez que os fundos documentais abarcam todas as reas do conhecimento];
necessidades dos utilizadores no pertencentes s instituies comunitrias, o
EUROVOC no pode ter a pretenso de abranger as diferentes realidades nacionais
com suficiente especificidade.
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Tema 2.2 Tesauro EUROVOC
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9
EXEMPLO
1. No EUROVOC a rea temtica que melhor representa os assuntos abordados na
nossa U.C. a 32 Educao e comunicao.
2. Os microtesauros dessa rea so:
3206 educao
3211 ensino
3216 organizao do ensino
3226 comunicao
3231 informao e tratamento da informao
3236 informtica e processamento de dados
3. O descritor indexao de documentos pertence ao microtesauro 3221
documentao.
Os nodescritores do termo indexao de documentos so: Descritor e no
descritor.
4. Os termos genricos do descritor indexao de documentos so:
Anlise da informao
Documentao.
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Tema 3.0 Poltica de Indexao: Definio
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0
Poltica de indexao o conjunto de directrizes que explicam e justificam as opes
tcnicas que a biblioteca/servio de informao faz e s quais os profissionais
devero responder tecnicamente, ou seja, as suas rotinas de trabalho submetem-se
a essas orientaes que so estabelecidas considerando, fundamentalmente, duas
variveis: o seu acervo e o seu utilizador.
Os requisitos imprescindveis para o estabelecimento de uma poltica de indexao
de um servio de informao so:
Identificao da organizao o conhecimento da misso, dos objectivos e
actividades da organizao fundamental para a determinao do tipo de
servio a ser implementado. Esse conhecimento permitir identificar as reas
de assunto a privilegiar e o tipo de documentos a seleccionar e que
respondero melhor quela temtica. Este requisito contribui tambm para o
estabelecimento de uma poltica de seleco e de aquisio de documentos.
O tipo de organizao determina tambm o sistema de indexao (pr ou
ps-coordenado) a adoptar, bem como os nveis de exaustividade e
especificidade a exigir.
Identificao da clientela identificar os potenciais utilizadores e conhecer as
suas necessidades um pr-requisito para o planeamento de qualquer
sistema de informao. Os estudos de perfil do utilizador so essenciais para
a correcta definio das polticas de indexao, pois atravs deles obteremos:
1. Conhecimento acerca dos assuntos a privilegiar e quais os nveis de
tratamento exigidos;
2. Seleco do vocabulrio e tipo de linguagem documental;
3. Tipo de resposta exigida (nvel de revocao, de preciso e de
exaustividade);
4. Forma de apresentao dos resultados de pesquisa.
Determinao dos recursos financeiros, materiais e humanos - o
conhecimento acerca da limitao de qualquer um destes factores
determinante para o planeamento de qualquer sistema de recuperao da
informao.
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Tema 3.0 Poltica de Indexao: Definio
Cincias da Informao e Documentao
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Os elementos a considerar no processo de elaborao de uma poltica de indexao
so:
Cobertura dos assuntos
Seleco e aquisio dos documentos-fonte
O processo de indexao
Nvel de exaustividade
Nvel de especificidade
Escolha da linguagem
Capacidade de revocao e preciso do sistema
Estratgias de busca/pesquisa
Tempo de resposta do sistema
Formato de sada dos resultados da pesquisa
Avaliao do sistema.
O documento onde deve ser formalizada a poltica de indexao de um servio de
informao designa-se por Manual de Procedimentos de Indexao.
Este documento deve enunciar a poltica de indexao e os vrios elementos que a
corporizam, deve dispor acerca do tratamento a dar s diferentes reas temticas do
acervo e justificar, dever seleccionar a ou as linguagens documentais que vai utilizar
e justificar as opes, definir como se proceder para actualizar a linguagem
documental adoptada e justificar, dever registar as opes tomadas no dia-a-dia no
processo de indexao e justificar, dever estabelecer a periodicidade do processo
de avaliao do sistema.
O Manual de Procedimentos deve ser elaborado de forma colaborativa por todos os
tcnicos/bibliotecrios/documentalistas do servio e submetido considerao
superior de forma a ser homologado pela direco do servio que ficar, desta
forma, comprometida com a sua execuo.
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Tema 3.1 Poltica de Indexao: Manuais de Sistemas de Indexao
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A poltica de indexao em sistema de informao imprescindvel porque
condiciona os resultados da estratgia de busca.
Conclui que dois elementos so imprescindveis: exaustividade e especificidade, pois
esto vinculados leitura documentria e poltica de indexao adoptada pelo
sistema.
INTRODUO
A indexao deve proporcionar a identificao de conceitos mais pertinentes ao
contedo do documento produzindo uma correspondncia precisa com o assunto
pesquisado em ndices. Dessa maneira, pode-se considerar a indexao como a parte
mais importante dentro de um sistema de recuperao da informao. a partir da
realizao desse processo que os resultados da questo de busca do usurio estaro
condicionados.
A poltica de indexao uma deciso administrativa indispensvel a um sistema de
recuperao de informao pois, somente depois de seu estabelecimento, que o
sistema em questo poder definir suas caractersticas principais.
A POLITICA DE INDEXAO EM SISTEMAS DE INFORMAO
Uma poltica de indexao:
deve servir como um guia para tomada de decises, deve levar em conta
os seguintes fatores: caractersticas e objetivos da organizao,
determinantes do tipo de servio a ser oferecido; identificao dos
usurios, para atendimento de suas necessidades de informao e recursos
humanos, materiais e financeiros, que delimitam o funcionamento de um
sistema de recuperao de informaes.
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Tema 3.1 Poltica de Indexao: Manuais de Sistemas de Indexao
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Uma poltica de indexao s pode ser estabelecida depois de observados alguns
aspectos:
Os seguintes elementos devem ser considerados na elaborao de uma poltica de
indexao:
Cobertura de assuntos: assuntos cobertos pelo sistema (centrais e
perifricos);
Seleo e aquisio dos documentos-fonte: extenso da cobertura do sistema
em reas de assunto de seu interesse e a qualidade dos documentos, nessas
reas de assunto, includos no sistema;
Processo de indexao:
- Nvel de exaustividade: uma medida de extenso em que todos os assuntos
discutidos em um certo documento so reconhecidos na operao de
indexao e traduzidos na linguagem do sistema (Lancaster, 1968 apud
Carneiro,1985, p.232);
- Nvel de especificidade: a extenso em que o sistema nos permite ser
precisos ao especificarmos o assunto de um documento que estejamos
processando (Foskett, 1973, apud Carneiro, 1985, p.232);
- Escolha da linguagem: a linguagem de indexao afeta o desempenho de um
sistema de recuperao de informao tanto na estratgia de busca
(estabelece a preciso com que o tcnico de busca pode descrever os
interesses do usurio) quanto na indexao (estabelece a preciso com que o
indexador pode descrever o assunto do documento). Portanto, a partir de
identificao das caractersticas do usurio (reas de interesse,
nvel, experincia, atividades que exercem);
volume e caractersticas da literatura a ser integrada ao sistema;
volume e caractersticas das questes propostas pelo usurio;
nmero e qualidade dos recursos humanos envolvidos;
determinao dos recursos financeiros disponveis para criao e
manuteno do sistema;
determinao dos equipamentos disponveis.
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estudos do sistema, deve-se optar entre linguagem livre ou linguagem
controlada e linguagem prcoordenada ou ps-coordenada;
- Capacidade de revocao e preciso do sistema: exaustividade, revocao e
preciso esto relacionadas. Quanto mais exaustivamente um sistema indexa
seus documentos, maior ser a revocao (nmero de documentos
recuperados) na busca e, inversamente proporcional, a preciso ser menor;
Estratgia de busca: deve-se decidir entre a busca delegada ou no;
Tempo de resposta do sistema;
Forma de sada: o formato em que os resultados da busca so apresentados.
Tem grande influncia sobre a tolerncia do usurio quanto preciso dos
resultados. Deve-se verificar qual a preferncia do usurio quanto
apresentao dos resultados;
Avaliao do sistema: determinar at que ponto o sistema satisfaz as
necessidades dos usurios.
A indexao comporta quatro operaes distintas, a saber:
conhecimento do contedo do documento;
escolha dos conceitos a serem representados, baseando-se na aplicao da
regra da seletividade e exaustividade;
traduo dos conceitos selecionados da forma em que aparecem impressos
no documento, para os descritores do thesaurus aplicando a regra da
especificidade;
incorporao dos elementos sintticos.
a indexao a parte mais importante da anlise documentria.
Consequentemente, ela que condiciona o valor de um sistema
documentrio (Chaumier. 1998,p.63)
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De acordo com a Norma ISO 5963, a indexao consiste em trs fases:
exame do documento e estabelecimento do assunto de seu contedo;
identificao dos conceitos presentes no assunto;
traduo desses conceitos nos termos de uma linguagem de indexao.
Independentemente do nmero de etapas, a indexao ser realizada, basicamente,
com a identificao dos conceitos e sua posterior traduo na linguagem do sistema.
Lancaster (1993), a principal deciso poltica diz respeito exaustividade da
indexao, definindo-a como sendo o emprego de termos em nmero suficiente
para abranger o contedo temtico do documento de modo bastante completo
(p.23), a especificidade um princpio que, isoladamente, o mais importante da
indexao de assunto sendo aquele segundo o qual um tpico deve ser indexado
sob o termo mais especfico que o abranja completamente (p. 14).
A partir das afirmaes desses dois autores, fica claro que tanto a exaustividade
como a especificidade so elementos que devem estar claramente definidos na
poltica do sistema de informao, pois exercero influncia directa sobre a
indexao realizada.
A observao da exaustividade e da especificidade, alm dos outros elementos
considerados, tambm, como decises polticas, pode ser feita, principalmente, por
meio da documentao oficial do sistema de informao.
O manual de indexao um exemplo dessa documentao pois, alm de ser
produzido dentro dos sistemas de informao em questo, pressupe-se que a
maioria dos elementos constituintes de uma poltica esteja nele descrita.
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Um sistema de informao formado por um conjunto de centros referenciais de
informao especializada interdependentes, com objectivos comuns, apresentando,
entre outras, as seguintes caractersticas: mbito informacional definido; informao
concentrada e especializada; fornecimento de produtos informacionais.
Esses sistemas permitem o acesso informao mundial produzida pela rea porque
se apoiam na cooperao entre os centros da rea de assunto coberta por eles.
ANALISE DOS MANUAIS DE INDEXAO: METODOLOGIA
A poltica de indexao de um sistema de informao pode ser observada tanto por
meio de diagnsticos de infra-estrutura fsica, de servios e de recursos humanos,
quanto por meio de sua documentao oficial, como o manual de indexao.
A anlise comparativa dos manuais de indexao constituiu-se em trs etapas:
Anlise do contedo: a fim de se verificar o contedo de cada captulo dos
manuais;
Anlise da estrutura: com o objetivo de verificar qual a seqncia de
apresentao dos contedos dos manuais;
Identificao dos elementos de poltica de indexao presentes nos manuais
de indexao para verificar em que medida eles influenciam a leitura do
indexador
O manuais podero possuir caractersticas como por exemplo, apesar de no
apresentar um dos elementos de poltica de indexao, pode ser considerado
didtico e completo:
Didtico, porque estruturado de maneira lgica, comeando com introduo
aos sistemas de informao, passando pela indexao, sua importncia para a
recuperao da informao, linguagens de indexao, etapas de anlise de
assunto, entre outros, at a exemplificao, com vrios exerccios de
indexao, como deve ser feita a entrada de dados no sistema e bibliografia;
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Completo, porque, apesar de no conter apenas um dos elemento de poltica
de indexao, foi o nico a apresentar um roteiro lgico a ser seguido para a
identificao de conceitos do documento pertinentes indexao, sugerindo
uma srie de questes para tal sendo que nem mesmo a Norma ISO menciona
algo parecido.
Analisando manuais quanto exaustividade, poderemos encontrar chamadas de
ateno quanto a:
Recomendaes para que o nmero de descritores seleccionados varie entre
l0 e 12, dependendo do tipo e do assunto do documento, e que no se deve
determinar um descritor e um de seus termos genricos para o mesmo
documento.
Recomendaes para a identificao de todos os conceitos que compem o
tema do documento, e a seleco de tantos quantos forem necessrios para
uma descrio exaustiva (entre 2 e 20 conceitos).
Quanto especificidade:
explicar que o indexador tem o compromisso de atingir o maior grau de
especificidade possvel;
recomendar o uso do descritor apropriado mais especfico;
esclarecer que a indexao deve refletir o nvel exato de especificidade do
documento.
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CONSIDERAES FINAIS
No existindo um nmero fixo de descritores que representaro exaustivamente um
documento, pois este nmero depender do sistema de informao e do tipo de
material por ele adquirido, de uma maneira geral, os sistemas de informao
apresentam um nmero mdio de termos a serem selecionados, seja ele
restritamente varivel entre l0 e 12, ou amplamente flexvel entre 2 e 20.
O manual para o programa de orientao formao e capacitao do indexador em
leitura documentria deve:
Ser didctico: conter o propsito do sistema, a indexao e suas linguagens,
classificao, anlise de assunto (apresentar os procedimentos para
identificao de conceitos, fazer ligao com o processo de leitura e incluir
questionamentos para esta finalidade), procedimentos para resumos e
fornecer exemplos de indexao e resumos.
Conter, de maneira clara e objectiva, os elementos constituintes da poltica de
indexao do sistema: cobertura de assunto, critrios de seleco e aquisio
dos documentos-fonte, nvel de exaustividade, nvel de especificidade e a
escolha da linguagem pelo sistema de informao.
Como concluso final existem dois elementos que se podem considerar
imprescindveis ao processo de indexao, so eles,
a EXAUSTIVIDADE e a ESPECIFICIDADE.
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No caso da exaustividade, o indexador, no momento da leitura, dever estar ciente
do nmero de descritores que poder extrair de cada documento, seleccionando
aqueles que atendam ao critrio da exaustividade.
No caso da especificidade, caso seja recomendao do sistema de informao que o
indexador seja o mais especfico possvel, necessrio que se leia o documento,
tendo em mente o nvel de especificidade exigida.
Finalmente, conclui-se que estes dois elementos esto directamente ligados poltica
de indexao adoptada pelo sistema e leitura documentria e que influenciaro no
desempenho da indexao realizada pelo sistema de informao, o que reflectir na
recuperao da informao.
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Tema 3.2 Poltica de Indexao: Na perspectiva do conhecimento organizacional
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A poltica de indexao deve ser constituda de estratgias que permitam o alcance
dos objectivos de recuperao do sistema de informao.
O indexador tem a funo primordial de compreender o documento ao realizar uma
anlise conceitual que represente adequadamente seu contedo.
INTRODUO
A poltica de indexao dentro de um sistema de informao deve ser entendida
como uma filosofia pertinente aos objectivos de recuperao da informao e no
somente como uma lista de procedimentos a serem seguidos durante a realizao da
indexao.
Inserindo a indexao no contexto administrativo da biblioteca e no a relegando a
um contexto meramente de cunho tcnico, dessa maneira, valorizando-a.
Os sistemas de informao so compostos por partes interligadas (insero de
documentos, classificao, catalogao, indexao etc.) com objectivo comum de
disponibilizar a informao da melhor maneira possvel.
Sob o ponto de vista do sistema de recuperao da informao, a indexao
reconhecida com sua parte mais importante dentro dos procedimentos realizados
para o tratamento da informao, pois condiciona os resultados das estratgias de
busca. Nesse contexto, o indexador tem como funo compreender o documento ao
realizar uma anlise conceitual que represente adequadamente seu contedo, de
modo que ocorra correspondncia entre o ndice e o assunto pesquisado pelo
usurio. Para isso, existem os manuais de indexao que devem reflectir a poltica de
indexao do sistema de informao e a realidade de trabalho do indexador.
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POLITICA DE INDEXAO
Cubillo (2000) que trata sobre as mudanas e continuidades das organizaes de
gesto do conhecimento. O referido autor ressalta que na sociedade da informao o
tratamento documentrio assume uma dimenso estratgica, uma vez que o
documento o representante ou substituto das ideias, e por isso a importncia e
urgncia da implantao de poltica de indexao.
Uma poltica de indexao
requisitos imprescindveis ao planeamento de um sistema de recuperao de
informao ao se estabelecer uma poltica de indexao:
a identificao da organizao qual estar vinculada ao sistema de
indexao (contexto);
a identificao da clientela a que se destina o sistema (destinatrio);
os recursos humanos, materiais e financeiros (infra-estrutura), a poltica de
indexao est inserida em dois contextos complementares:
a ) contexto sociocognitivo do indexador: a poltica de indexao, as regras e
procedimentos do manual de indexao, a linguagem documentria para
representao e mediao da linguagem do usurio e os interesses de busca
dos usurios;
b) Contexto fsico de trabalho do indexador e dos gerentes o sistema de
informao. (FUJITA, 2003).
[...] deve servir como um guia para tomada de decises, deve levar em conta
os seguintes factores: caractersticas e objectivos da organizao,
determinantes do tipo de servio a ser oferecido; identificao dos usurios,
para atendimento de suas necessidades de informao e recursos humanos,
materiais e financeiros, que delimitam o funcionamento de um sistema de
recuperao de informaes. (Carneiro. 1985, p.221)
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A poltica de tratamento e recuperao da informao est condicionada a
caractersticas dos sistemas documentrios:
necessidades do usurio;
instituio onde se desenvolve
domnio tratado;
recursos humanos, fsicos e financeiros disponveis;
produtos e servios;
relao custo/desempenho.
A poltica de indexao no deve ser vista como uma lista de procedimentos a serem
seguidos, mas sim como uma filosofia a ser adoptada pelo sistema de recuperao da
informao. No entanto, segundo Carneiro (1985), os seguintes elementos devem ser
considerados na elaborao de uma poltica de indexao:
Cobertura de assuntos: assuntos centrais e perifricos cobertos pelo sistema;
Seleo e aquisio dos documentos-fonte: extenso da cobertura do sistema
em reas de assunto de seu interesse e a qualidade dos documentos,
includos no sistema;
Processo de indexao:
c.1 Nvel de exaustividade: todos os assuntos apresentados no documento
so identificados durante a indexao e traduzidos em uma linguagem
documentria;
c.2 Nvel de especificidade: somente os assuntos realmente tratados no
documento so identificados, de maneira especfica;
c.3 Escolha da linguagem: a linguagem de indexao afeta o desempenho de
um sistema de recuperao de informao tanto na estratgia de busca
(estabelece a preciso com que o tcnico de busca pode descrever os
interesses do usurio) quanto na indexao (estabelece a preciso com que
o indexador pode descrever o assunto do documento). Portanto, a partir de
estudos do sistema, deve-se optar entre linguagem livre ou linguagem
controlada e linguagem pr-coordenada ou ps-coordenada;
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c.4 Capacidade de revocao e preciso do sistema: exaustividade,
revocao e preciso esto relacionadas. Quanto mais exaustivamente um
sistema indexa seus documentos, maior ser a revocao (nmero de
documentos recuperados) na busca e, inversamente proporcional, a
preciso ser menor;
Estratgia de busca: deve-se decidir entre a busca delegada ou no;
Tempo de resposta do sistema;
Forma de sada: o formato em que os resultados da busca so apresentados.
Tem grande influncia sobre a tolerncia do usurio quanto preciso dos
resultados. Deve-se verificar qual a preferncia do usurio quanto
apresentao dos resultados;
Avaliao do sistema: determinar at que ponto o sistema satisfaz as
necessidades dos usurios.
Aspectos apresentados como complementares ao estudo sobre poltica de
indexao:
Capacidade de consulta a esmo (browsing): torna-se necessrio pensar a
respeito da interface dos sistemas de busca, revelando, de maneira fcil e
direta, a estrutura temtica que os organiza;
Garantia literria (literary warrant): diz respeito a linguagem de indexao,
suas representaes de conceitos realmente utilizados pela comunidade
usuria em questo;
Formao do indexador: em termos de conhecimento das reas de assunto
dos documentos; da metodologia de indexao; das caractersticas da
linguagem documentria e de suas habilidades lingusticas.
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Alguns dados referentes realidade actual dos sistemas de informao quanto :
Cobertura de assuntos: aspectos como a converso retrospectiva de dados e a
compatibilidade de linguagem de indexao entre integrantes de um mesmo
sistema cooperativo;
Seleco e aquisio de documentos-fonte: aliar procedncia (especialmente
no que diz respeito a sites), ao custo, lngua etc.
Em razo disso, consideramos que a poltica de indexao de um sistema de
informao pode ser observada por meio de diagnsticos de infra-estrutura fsica, de
servios e de recursos humanos como tambm por meio de sua documentao
oficial, como o manual de indexao.
Notamos que os problemas enfrentados pelos bibliotecrios destas instituies so
os mesmos, independente do tamanho e da rea de assunto coberta pela instituio.
Eles dizem respeito principalmente aos procedimentos de indexao; ao manual de
indexao, muitas vezes inexistente; falta de poltica de indexao; actualizao
da linguagem documentria; utilizao eficiente de software; capacitao dos
usurios e falta de um grupo de estudos sobre indexao. Devido a essas
dificuldades, escassa literatura sobre poltica de indexao e importncia da
indexao sob o ponto administrativo e gesto da biblioteca, procuramos novos
caminhos atravs da cultura e do conhecimento organizacional, uma vez que um
sistema de informao no deixa de ser uma organizao, e pretendemos transpor
essa realidade administrativa para os servios de recuperao dos sistemas de
informao.
[...] uma poltica s poder ter continuidade e aperfeioamento no
decorrer dos anos se devidamente registada em documentos, de modo
a que se possa ter clareza (independentemente dos elementos
humanos) do conjunto de decises tomadas, suas razes e seu
contexto. (Guimares. 2000, p. 55-56)
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O CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL PARA POLTICA DE INDEXAO EM SISTEMAS
DE RECUPERAO DA INFORMAO
Um sistema de informao pode ser considerado um tipo de empresa que,
geralmente, no visa lucro directo, mas agrega valor informao ao adquiri-la e
process-la tecnicamente de forma a torn-la disponvel.
podemos considerar o sistema de informao como uma organizao
Elementos de poltica de indexao so os valores peculiares de cada sistema de
informao que esto expressos oficialmente em manuais de indexao e expressam
a viso do dirigente sobre como deve proceder todos os centros subordinados ao
sistema de informao.
Objectos de estudos da gesto do conhecimento
Tipos de conhecimento:
O conhecimento tcito pessoal, especfico ao contexto e, assim difcil de ser
formulado e comunicado.
O conhecimento explcito refere-se ao conhecimento transmissvel em
linguagem formal e sistemtica.
A criao do conhecimento organizacional deve ser entendida como um
processo que amplia organizacionalmente o conhecimento criado pelos
indivduos, cristalizando-o como parte da rede de conhecimento da
organizao. (NONAKA; TAKEUCHI, 1997, p. 65, grifo dos autores)
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Tema 3.2 Poltica de Indexao: Na perspectiva do conhecimento organizacional
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O conhecimento criado por meio da interaco entre o conhecimento tcito e o
conhecimento explcito. Por isso, estabelecem quatro modos diferentes de converso
do conhecimento:
socializao: de conhecimento tcito em conhecimento tcito;
externalizao: de conhecimento tcito em conhecimento explcito;
combinao: de conhecimento explcito em conhecimento explcito;
internalizao: de conhecimento explcito para conhecimento tcito.
O conhecimento explcito dentro do sistema de informao composto por sua
documentao oficial e que, especificamente no caso do servio de indexao, por
seu manual de indexao.
O conhecimento tcito aquele inerente a cada indivduo que actua no sistema de
informao, como o gerente e o prprio indexador.
A socializao
[...] um processo de compartilhamento de experincias e, a partir da, da
criao do conhecimento tcito como modelos mentais ou habilidades
compartilhadas.
A internalizao
o processo de incorporao do conhecimento explcito no conhecimento
tcito. Est relacionada ao aprender fazendo.
A funo da organizao no processo de criao do conhecimento
fornecer contexto apropriado para facilitao das actividades em grupo e
para a criao e acmulo de conhecimento em nvel individual.
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Tema 3.2 Poltica de Indexao: Na perspectiva do conhecimento organizacional
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esse conhecimento que nos interessa observar, por meio da leitura como evento
social/protocolo verbal em grupo, pois nem sempre o que est descrito nos
documentos oficiais (manual de indexao) praticado pelos funcionrios
(indexadores). Alm disso, a utilizao da metodologia propiciar, de acordo com os
autores citados, um contexto apropriado para a reunio de indexadores e gerentes
para o desenvolvimento de uma actividade em grupo.
Os manuais de indexao dos sistemas de informao tm como finalidade
uniformizar os procedimentos de indexao realizados pelos indexadores, um manual
de indexao em um sistema de informao importante devido:
grande amplitude do sistema, uma vez que sua filosofia reunir em uma
base de dados toda a literatura sobre determinado assunto produzida pelos
pases cooperantes;
complexidade da tarefa de indexao e necessidade de uniformizao de
seus procedimentos por parte de todo