Post on 26-Dec-2018
FICHA TÉCNICA
Título original: Chica Vampiro – Max & Daisy: La Nostra StoriaCHICA VAMPIRO © 2016 series RCN Television, S.A. produzido por Televideo, Colômbia
Todos os nomes comerciais e seus derivados, todas as personagens e seus nomes, logotipos, nomes de produtos, títulos e imagens da série de televisão e o guia de estilo visual
são propriedade dos RCN Television S.A. Colômbia.Qualquer uso ou reprodução sem licença oficial é proibido por lei.
Todos os direitos reservados.Licenciado por BRANDS & RIGHTS 360, Madrid, Espanha.
baseado na série de tv criada por MARCELA CITTERIO
Tradução © Editorial Presença, Lisboa, 2017Tradução: Filipe Guerra
Revisão: Paulina Amaral/Editorial PresençaFotocomposição, impressão e acabamento: Multitipo – Artes Gráficas, Lda.
1.a edição, Lisboa, fevereiro, 2017Depósito legal n.º 420 128/17
Reservados todos os direitospara Portugal à
EDITORIAL PRESENÇAEstrada das Palmeiras, 59
Queluz de Baixo2730-132 Barcarena
info@presenca.ptwww.presenca.pt
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A nossa história
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Chamo ‑me Daisy O’Brien, tenho dezasseis anos e… sou uma miúda ‑vampiro.Sei o que estão a pensar: «É fantástico, poder
voar e transformar ‑me em morcego! Poder estar acor‑dada toda a noite e dormir num caixão!» De certeza que a Lúcia, a minha melhor amiga, pensará assim. Mas eu passaria muito bem sem isso. Aliás, para dizer a verdade, é mesmo uma tragédia!
Sim, porque, apesar de os vampiros já conviverem pa‑cificamente com os humanos, há algumas regras que não podem infringir, e uma delas é os vampiros e os huma‑nos não poderem namorar, o que para mim é um grande problema, visto que estou apaixonadíssima pelo Max, o rapaz dos meus sonhos… e ele também me ama.
Foram os meus pais, também vampiros, que me trans‑formaram: tive um acidente muito grave no dia do meu aniversário, e a alternativa seria deixarem ‑me morrer.
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Então, morderam ‑me e começou uma vida nova para mim, dividida entre o mundo humano e o vampiro. Não posso censurá ‑los: eu, no lugar deles, faria o mesmo.
No entanto, a minha vida tornou ‑se terrivelmente complicada desde aquele dia…
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Diário de Daisy
Finalmente, o dia do meu aniversário!Fazer dezasseis anos é uma meta importante para uma rapariga. No meu caso, é ainda mais, porque
tomei uma decisão importante. Disse -o esta manhã aos meus pais, depois de eles me terem acordado, juntamente com o resto da família, levando -me um bolo esplêndido.
Decidi que não quero tornar -me num vampiro. A mi-nha mãe e o meu pai não gostaram muito, mas o que mais lhes importa é que eu seja feliz. É claro que, se fosse vampiro, teria muitas vantagens, mas também perderia muitas coisas… e, sobretudo, perderia o Max. Tratei de explicar isto também à Lúcia, que veio visitar -me esta manhã para me dar os parabéns, antes de ir para a esco-la: humanos e vampiros não podem namorar. E eu não posso ficar sem o Max. Então, ficarei humana.
E foi precisamente quando a Lúcia estava aqui que o Max telefonou! Fingi que não me lembrava dele, para
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me dar importância, mas a verdade é que estava mor-tinha por o ver. E, como se me lesse os pensamentos, convidou -me para sair, hoje, depois dos ensaios para o espetáculo! Disse que tem de me falar de uma coisa im-portante. Será que decidiu finalmente declarar -se? E se não for isso, se me estiver a iludir, porque gosto tanto dele? Oh, hoje vai ser um dia muito comprido!
A Marilyn é uma autêntica bruxa!Não perde uma oportunidade para se fazer no-tar aos olhos do Max. Hoje, aproveitou -se dos
ensaios na escola. A minha audição correu bem: depois de ter cantado a minha canção, o diretor e a Pavlova, a professora de Representação, deram -me os parabéns. Logo depois, subiu ao palco a Marilyn, para cantar em dueto com o Max, e foi… horrível!
Não, o Max não foi horrível, evidentemente. Foi fan-tástico. Mas a Marilyn, com a desculpa da coreografia,
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não fazia outra coisa senão atirar -se a ele. Eu já não su-portava vê -los juntos e fui -me embora, com a Lúcia e o nosso amigo Benjamin. A Lúcia disse-me que eu fiz mal, porque no fim da canção, quando já estávamos a sair, virou -se e viu o Max a procurar -me com o olhar.
Não sei se será verdade ou se terá dito isso só para me consolar, mas naquele momento, precisamente, o meu te-lemóvel tocou. Era o Max! Ligava -me porque me tinha visto a sair e para me lembrar do nosso encontro perto da geladaria. Com a emoção, larguei de repente a bicicleta, que por pouco não caiu para cima dos pés da Lúcia.
Oh, Max! Apaixonei -me por ele no primeiro mo-mento em que o vi, coberto de ketchup da cabeça aos pés. Sim: o nosso primeiro encontro foi antes um encontrão. Os tabuleiros da mesa da escola voaram pelos ares e caíram -nos em cima da cabeça. Mas quando os nossos olhares se cruzaram, já não vimos mais ninguém a não ser nós. Foi amor à primeira vista, e ele pensa o mesmo – de certeza –, só que é muito tímido para o admitir.
Ia a pensar nisto, enquanto pedalava a caminho da geladaria. Em poucos minutos, o céu tinha -se coberto
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de nuvens, rebentaram os primeiros trovões e começou a chover com muita força. Chovia a cântaros, mas eu sentia -me tão leve, que nem me apercebia da água que me ensopava da cabeça aos pés. Cantava a canção do espetáculo e contava os segundos que me separavam do Max.
Mal dobrei a esquina, lá estava ele! Dançava sob as bátegas, com o seu guarda -chuva, no passeio, bonito e elegante, como um ator de outros tempos. Levantou a cabeça, sorriu -me… e depois foi a escuridão.
Acordei várias horas depois, na cama do hospital. E já tudo tinha acontecido. Não percebi logo. A princípio, estava muito feliz
por ter sobrevivido ao choque com o camião. O médico falava de «um milagre» e eu acreditei. Mas quando se foi embora, a mamã e o papá disseram -me a verdade. O aci-dente pusera -me às portas da morte e corria o risco de
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morrer. Assim, fizeram a única coisa sensata que pude-ram: morderam -me, e tornei -me num vampiro.
Depois de mo terem dito, afundei a cabeça na almofa-da e não disse nada. Sentia -me despedaçada. Acontecera aquilo que mais temia, a coisa que menos desejava no mundo: tornara -me num vampiro. Estava viva, é verda-de, e praticamente indestrutível e eterna, mas teria fei-to, de uma vez para sempre, dezasseis anos. Ficaria uma adolescente para o resto da eternidade e… para o resto da eternidade, teria de renunciar ao Max. Os vampiros não podem namorar os humanos, porque seriam cons-tantemente tentados a mordê -los.
Os meus pais saíram e, pouco depois, chegou a Lúcia. Não ajudou nada a tranquilizar -me: estava excitadíssi-ma, como se lhe tivesse acontecido a ela (é a única que sabe o segredo da minha família, e é louca por vampi-ros), e não fazia outra coisa senão enumerar as coisas maravilhosas que eu poderia realizar dali em diante. De-pois, irrompeu pelo quarto o meu irmão Vicente, que se declarou «indignado» porque era o único membro da família a manter -se humano e sentia -se discriminado.
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Era inútil explicar -lhe que eu não me tornara vampiro por vontade própria.
O Max veio ver -me no dia seguinte, estava eu a dor-mir. Quando me apercebi de que era ele, fingi que conti-nuava a dormir, mas ele deu conta disso. Então, fingi que estava a acordar naquele momento. Tinha muito medo do que iria acontecer. Sabia o que ele me iria dizer… e não queria que o dissesse, porque, infelizmente, só teria uma resposta a dar -lhe.
Tentou declarar -se. Até ao dia anterior, era tudo o que eu queria ouvir. Mas já era demasiado tarde, e tive de lhe dizer que entre mim e ele não poderia haver nada, nem agora nem nunca.
As minhas palavras deixaram -no petrificado. Não me disse mais uma palavra, deu meia -volta e saiu. Pela ex-pressão do seu rosto, vi que lhe despedaçara o coração.
Sentia -me tão mal, que pensava em morrer. Ora, mas isso é que não posso, evidentemente, porque agora sou um vampiro. O Max não sabe, mas esta é a única manei-ra de ele se manter seguro. E se, para o proteger, tiver de o renunciar, fá -lo -ei.
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