Post on 27-Nov-2018
O Centro Novas Oportunidades do Agrupamento de Escolas de Condeixa é a Porta de Entrada para cidadãos, maiores de 18 anos, que procuram uma oportunidade de qualificação e certificação, de nível básico e secundário, adequada ao seu perfil e necessidades, experiência de vida, expectativas e motivações, bem como para todos os que querem apostar numa verdadeira aprendizagem ao longo da vida.
Centro Novas Oportunidades
(CNO) Nº12/2011
O Blogue do Centro Novas Oportunidades pretende ser um espaço de informação, divulgação e partilha da Iniciativa Novas Oportunidades.
Visite o nosso blogue e participe!
http://cnofernandonamora.blogspot.com/
FORMAÇÃO MODULAR CERTIFICADA
Promovida pelo Centro Novas Oportunidades, em parceria com as entidades formadoras Talentus, Inweb e Cecoa,
teve início, durante o último trimestre, Formação Modular (UFCD) nas áreas de:
. Língua Estrangeira Iniciação - Inglês
. Língua Estrangeira Continuação - Inglês
. Processador de Texto
. Folha de Cálculo - Excell
. Internet
. Higiene e Segurança no Trabalho - Equipamentos
. Higiene e Segurança no Trabalho - Produtos químicos
Grupo de Formandos da UFCD de Higiene e Segurança no Trabalho
Siga o seu exemplo e venha inscrever-se!
REDE PARA A APRENDIZAGEM E QUALIFICAÇÃO
- Promover a reflexão conjunta sobre práticas e metodologias de trabalho colaborativo, no sentido da implementação
de soluções/respostas diversificadas e potencialmente inovadoras
- Optimizar os recursos educativos na área geográfica de intervenção de modo a que as respostas sejam conjuntas,
flexíveis e articuladas entre todos os operadores, numa lógica de complementaridade e de aproximação aos dife-
rentes contextos de vida dos jovens e dos adultos
- Organizar e divulgar as ofertas formativas de forma articulada
Estes são alguns dos objectivos da Rede de Aprendizagem e Qualificação estabelecida entre os Centros Novas
Oportunidades e entidades formadoras dos concelhos de Condeixa, Soure, Montemor-o-Velho e Figueira da Foz ,
cujo protocolo foi assinado no passado dia 19 de Maio, nas instalações da Casa Nossa Senhora do Rosário, na
Figueira da Foz.
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OS NOSSOS CERTIFICADOS
NÍVEL BÁSICO
Diferentes histórias, diferentes aprendizagens, diferentes formas de ser e de estar, mas um
denominador comum: uma vida de competências!
Sessão de Júri - 13 de Abril
NÍVEL SECUNDÁRIO
Sessão de Júri - 16 de Junho
Sessão de Júri - 18 de Maio
Sessão de Júri - 13 de Maio
Aprender compensa A todos, os nossos PARABÉNS!
À candidata Maria dos Anjos e ao candidato Rui Silva que, em Setembro,
vão integrar a turma do curso EFA escolar para conclusão do seu percurso
formativo, a equipa do CNO deseja os maiores sucessos escolares e pro-
fissionais.
Certificação Parcial Nível Secundário
Parabéns ao Nuno Ferreira, candidato certificado com o nível
secundário, que connosco partilhou a satisfação de ter atingido o
seu objectivo - a entrada no ensino superior, no curso de Solicita-
doria e Administração, no Instituto Superior de Contabilidade e
Administração.
Acesso ao Ensino Superior
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Uma Escola “para a vida” e “ao longo da vida”!
Respondendo ao desafio proposto pela Fundação Concelho de Condeixa, o
Agrupamento de Escolas de Condeixa apresentou o seu Projecto Educativo à
comunidade educativa de Condeixa-a-Nova, numa sessão que teve lugar no
dia 14 de Maio, no Auditório do Museu Monográfico de Conímbriga.
No decorrer da sua exposição, a Directora do Agrupamento, Anabela Lemos,
referiu que, entre outros objectivos, pretende-se que a escola seja um pólo
difusor de Educação, Cultura e Formação Profissional “para a vida” e “ao lon-
go da vida”, promovendo a igualdade de oportunidades na perspectiva de
uma Escola inclusiva que valoriza o saber e o saber-fazer.
Graça Figueiredo, professora de Matemática, formadora do Centro Novas
Oportunidades e mediadora do curso EFA, apresentou a vertente
“Aprendizagem ao Longo da Vida”, fazendo uma retrospectiva do trabalho
que tem vindo a ser realizado no âmbito da Educação e Formação de Adul-
tos, desde as Unidades Capitalizáveis aos cursos EFA e Processo de RVCC.
Reforçando a importância de apostarmos na formação “ao longo da vida”,
referiu ainda a formação modular que tem sido promovida pelo Centro Novas
Oportunidades, destinada a todos os adultos que queiram investir na sua qua-
lificação de nível básico ou secundário.
Esta apresentação culminou com o testemunho de dois adultos certificados no Processo de RVCC de Nível
Secundário, Fátima Oliveira e José Mota, e de um formando do curso EFA, José Neves. Nas suas intervenções,
descreveram as experiências que viveram, transmitindo a alegria que sentiram quando concretizaram um projec-
to há muito adiado... voltar à escola!
Alfabetização para a Inclusão e Cidadania
No âmbito do Plano de Acção do Núcleo Local de Inserção (NLI) em colaboração com o Centro Novas Oportunida-
des do Agrupamento de Escolas de Condeixa, realizou-se no dia 18 de Maio a primeira sessão de divulgação e
informação destinada aos beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI), com habilitações escolares inferio-
res ao 4º ano e analfabetos.
Alfabetização para a inclusão e cidadania foi o nome escolhido para o projecto em curso.
Pretendemos com este projecto desenvolver um conjunto de acções de sensibilização/formação, ajustadas às
necessidades da população-alvo, que possibilitem a aquisição e desenvolvimento de competências pessoais e
sociais, promovendo o aumento da auto-confiança, com vista a uma melhor integração na sociedade.
Durante os meses de Junho e Julho serão desenvolvidas sessões de formação direccionadas paras as áreas da
cidadania, saúde e segurança, e para Setembro está previsto o início do programa de formação em competências
básicas, que visa promover a aquisição de competências de leitura, escrita, cálculo e iniciação às tecnologias de
informação e comunicação.
Julgamos que esta será mais uma boa oportunidade ao alcance dos cidadãos mais desfavorecidos, para melhorar a
sua qualidade de vida e desenvolver capacidades que lhes permitam o
exercício de uma cidadania mais activa.
Esta sessão contou com a adesão de cerca de 50 beneficiários do RSI
e foi dinamizada pelos representantes das entidades parceiras interve-
nientes no NLI - Segurança Social, Câmara Municipal, IEFP e Centro
Novas Oportunidades.
Sessão com famílias de etnia cigana
“A escola e a família”.
“Novas e mais intensas relações se esta-
belecem entre os pais ciganos e os estabelecimentos de ensi-
no. É necessário, no entanto, para que este relacionamento
resulte positivo que, por um lado, não se perca a identidade e a
originalidade da cultura cigana e se promova a sua integração
no fundo cultural comum e, por outro, se vençam preconceitos
e rotinas dos pais ciganos em relação às escolas e destas em
relação à população cigana” (Noronha, 2003, p. 7).
No âmbito do projecto “Alfabetização para a Cidadania” realizou-se no
dia 15 de Junho, na Escola Secundária Fernando Namora, com famí-
lias de etnia cigana, beneficiárias do Rendimento Social de Inserção
(RSI), uma sessão sobre a escola e a família. Esta sessão teve como
objectivos apresentar sugestões às famílias para prepararem a ida
dos filhos para a escola e apresentar estratégias que podem imple-
mentar para contribuírem para o seu sucesso educativo. Ora,
“qualquer abordagem à população cigana deve iniciar-se pela família,
pois é (…) através desta que os elementos mais novos das comuni-
dades ciganas acedem à cultura e identidade ciganas, etc.” (Ferreira,
et al, 2005 p. 17).
Foi louvando os adultos presentes por, em Setembro, iniciarem o cur-
so de Competências Básicas, que se iniciou a sessão. De facto, é
através do exemplo que melhor se educa e a aposta na aprendiza-
gem, por parte dos pais, contribui para a valorização, pelos filhos, do
seu percurso educativo. Além disso, segundo um dos adultos presen-
tes, é importante saber ler, escrever e contar para “poder utilizar um
multibanco, saber em que lugar da fila se está, quando se tira uma
senha, e ajudar os filhos na escola”.
A sessão terminou depois de se destacar a importância de a família
colaborar na/com escola através da sua presença em reuniões de
pais, na realização de atendimentos com os directores de turma e na
participação na Associação de Pais. Geralmente, os pais e mães
ciganos não participam nas Associações de Pais porque pensam que
não são aceites ou não reúnem os requisitos necessários para o
fazer: saber ler e escrever. Consequentemente, a escola continua,
sobretudo, a ser pensada para os meninos não-ciganos (Noronha,
2003, p. 62).
Bibliografia
Noronha, M (2003). A escola é uma esperança. Sugestões para famílias de etnia cigana. Lisboa. Secretariado Entreculturas Ferreira, B., Almeida, C., Pinto, F., Santos, M., Caldeira, S., Maranha, S.
(2005). Ciganos…Crónicas, Números e Histórias. Projecto EntreCulturas.
Edição: Associação Fernão Mendes Pinto.
Escola é
… o lugar onde se faz amigos.
Não se trata só de prédios, salas, quadros,
Programas, horários, conceitos…
Escola é sobretudo gente
Gente que trabalha, que estuda
Que alegra, se conhece, se estima.
O director é gente,
O coordenador é gente,
O professor é gente,
O aluno é gente,
Cada funcionário é gente.
E a escola será cada vez melhor
Na medida em que cada um se comporte
Como colega, amigo, irmão.
Nada de “ilha cercada de gente por todos os lados”
Nada de conviver com as pessoas e, depois,
Descobrir que não tem amizade a ninguém.
Nada de ser como tijolo que forma a parede, indiferen-
te, frio, só.
Importante na escola não é só estudar, não é só traba-
lhar,
É também criar laços de amizade,
É criar ambiente de camaradagem,
É conviver, é se “amarrar nela”!
Ora é lógico…
Numa escola assim vai ser fácil! Estudar, trabalhar,
crescer,
Fazer amigos, educar-se, ser feliz.
É por aqui que podemos começar a melhorar o mun-
do.
Paulo Freire
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Composição, revisão e processamento de texto/Equipa do CNO
O Dia do Patrono No dia 8 de Abril de 2011, a Escola Secundária Fernando Namora comemorou o dia do seu Patrono. À noite, pelas vinte horas e trinta minutos, no Moinho das Lapas em Cernache, realizou-se uma Tertúlia Literária em
homenagem a Fernando Namora. Falou-se de uma história, A Primeira Consulta, um capítulo do livro, Retalhos da Vida de Um Médico, 1ª Série. Antes da tertúlia, as profissionais de RVC distribuíram uma fotocópia da história por todos os candidatos que frequentavam o Processo RVCC, para lermos em casa e melhor compreender o texto. Este pequeno capítulo, além de nos mos-trar as dificuldades pelas quais passavam os médicos das províncias, também tinha um certo humor.
Os alunos do Curso Profissional de Apoio Psicossocial representaram, também, pequenos excertos de textos de Fernan-do Namora. A sua representação surpreendeu o público e animou a noite. Algumas das adaptações eu já conhecia, pois numa sessão de balanço de competências, foi-nos proposto ler o livro Retalhos da Vida de Um Médico – 1ª Série. Como gostei muito e tinha a colecção das obras de Fernando Namora, comecei a lê-la, pois, até então, não me tinha despertado interesse. O autor, na sua escrita, retrata a sociedade urbana e a rural daquela época e também como era o início de carreira dos médicos que tinham de ir exercer a sua profissão na província, onde as dificuldades eram muitas como, por exemplo, nos transportes. Por vezes, um médico para se deslocar para consultar os doentes, tinha de ir a cavalo, ou a pé, porque as pessoas viviam na misé-ria e não tinham dinheiro para pagar as consultas.
Foi a primeira vez que assisti a uma tertúlia. No final, estava muito satisfeita e julgo que todas as pessoas presentes tam-bém ficaram. Foi uma pequena homenagem a um Grande Homem, que nasceu em Condeixa e que passava as suas férias em Vale Florido, freguesia do Alvorge, concelho de Ansião, de onde eram naturais os seus pais.
Algumas das personagens dos seus romances são os mesmos que conheceu e com quem conviveu nesses anos de infância e juventude, que passava na aldeia e o marcavam, a ponto de serem retratados nos seus livros.
Muito havia para falar de Fernando Namora sobre a sua vasta colecção de livros de prosa e poesia, mas o tempo é sem-pre curto, quando se trata de divulgar a vida e obra de um grande Senhor como ele.
Depois de falar sobre o escritor, houve um Porto de honra e assim terminou esta tertúlia, da qual saí a saber um pouco mais sobre Fernando Namora.
Celeste Cunha Candidata certificada com o nível basico
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Um relógio numa estação de comboios…
Ao olhar para esta imagem, lembro-me do dia vinte e dois de Janeiro do ano de mil novecentos e sessenta e três, quando tive de deixar a minha casa, a família e ir para o serviço militar, em Viseu, no Regi-mento de Infantaria número catorze. Quando cheguei a uns cinquenta metros da entrada principal da esta-ção dos caminhos-de-ferro, em Coimbra, olhei para o edifício e verifiquei que, acima da porta, a meio da empena do prédio, havia um grande relógio. Vi as horas, eram três da tarde, o comboio que me ia levar só partia por volta das dezasseis horas. Como ainda era cedo, fui sentar-me num banco em madeira que havia na gare, ao lado do bar e em frente ao gabinete do revisor. Deste local, podia ver outro relógio, pelo que ia acompanhando os minutos e segundos que faltavam para que aquele maldito com-boio viesse e me levasse para o local que eu tanto detestava. Com as mãos no rosto e a cabeça baixa, pensava no que me iria acontecer, diziam que na tro-pa éramos maltratados e isso trazia-nos medo.
Cheguei ao quartel, apresentei-me e fui entregue a um cabo que me ensinou onde era a minha caser-na. Recebi um número, pelo qual passei a ser chama-do e, assim, andei durante todo o tempo em que lá permaneci, nunca mais tive nome, só no dia em que saí.
Depois, foi-me distribuído o fardamento, a roupa de cama e dois pares de botas. Tudo isto foi colocado em cima duma manta da cama, embrulhado em forma de panal, e lá foi o novo recruta vestir a roupa e ficar à ordem dos senhores que, de facto, não eram muito simpáticos.
Os dias eram passados a pensar na família e na liberdade que tinha em casa, pois ali só havia regras que tinham de ser cumpridas e com cara alegre.
Ainda hoje, passados quase quarenta e oito anos, quando passo junto à estação e olho para o relógio, lembro-me dos momentos que passei à espe-ra daquela máquina que me ia levar ao destino. Eram momentos de tristeza porque tinha de deixar o meu cantinho e só voltava àquele local ao fim-de-semana.
Foi um tempo que jamais esquecerei… Quando regressava, tinha de esperar pela sua partida, muitas vezes, durante duas horas ou mais, sentado num banco da estação, embrulhado a um capote, sem qualquer conforto e cheio de frio. Era nestes momen-tos que mais pensava em mim, nos meus familiares, no meu passado e no meu futuro. Sentia-me triste por ver passar a minha juventude e não poder aproveitá-la…
António Carvalho
Candidato de Nível Básico – Itinerância de Bruscos
Imagem disponível on-line em http://luis363.blogspot.com/2010/08/estacao-de-vila-real-antiga-linha-do.html (14/06/2011)
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O Caminho de Santiago
No dia 21 de Maio 2011, os elementos da Equipa Técnico-Pedagógica do Centro
Novas Oportunidades Fernando Namora e alguns Candidatos, que frequentam o
Processo de RVCC, reviveram uma tradição antiga e percorreram um pequeno
trilho do Caminho de Santiago. Esta actividade, integrada no Plano Anual de Acti-
vidades, como “Explorando em Acção”, foi orientada pelo Professor Fernando
Abreu, Presidente da Junta de Freguesia do Zambujal, e resultou do trabalho ela-
borado pelo Candidato Manuel Figueira, da itinerância do Zambujal.
Pela manhã,, percorremos um caminho muito bonito, por entre zonas agrícolas com muros antigos de pedra, linhas
de água, bosques e pastos. O percurso iniciou-se na Igreja do Rabaçal, pequena aldeia muito conhecida pelo seu
queijo, e terminou na pequena localidade de Fonte Coberta, onde se realizou um almoço partilhado. O almoço
decorreu numa eira amavelmente cedida por uma habitante local, que foi surpreendida por esta iniciativa.
Este Explorando em Acção promoveu a divulgação da cultura, história e riquezas naturais da região, pelas pertinen-
tes explicações dadas pelo Presidente da Junta de Freguesia do Zambujal, ao longo do trajecto percorrido. Para
além disso, a actividade proporcionou o convívio entre os elementos da Equipa Técnico-Pedagógica e diversos
Candidatos e seus familiares, tendo sido notório o envolvimento da comunidade local, nomeadamente do Zambujal
e da Fonte Coberta.
Como sempre, ficam as recordações e a alegria de descobrir novas paisagens das belíssimas Terras de Sicó e a
promessa de voltar para um novo desafio.
Estão abertas as inscrições no Centro Novas Oportunidades para:
RVCC de Nível Básico
RVCC de Nível Secundário
Cursos EFA de Nível Básico e Secundário
Formação Modular Certificada
Português para Estrangeiros
Curso de Alfabetização
SEMANA DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE ADULTOS
26 A 30 DE SETEMBRO
- Exposição “Um olhar sobre o passado”
- Mostra de competências em acção
- Conferência
- Entrega de diplomas
- Debates
- Sessão de Júri na Escola Básica de Bruscos
- Prova de produtos regionais
- Cantares tradicionais
- …
São algumas das actividades que estamos a organizar …
Contamos com a sua participação!
Boas Férias!
Convite
Convite
Convite
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