Post on 28-Sep-2018
1
CÉLULAS-TRONCO E SUAS POSSÍVEIS APLICAÇÕES: estudo sobre a pesquisa dos alunos para elaboração do conhecimento.
Autor: José Marcos Cardieri Cação
1
Orientador: Prof.Dr. Álvaro Lorencini Junior2
Resumo
O estudo das células-tronco tem aberto várias discussões sobre suas possibilidades de aplicações e sobre quando se inicia a vida. É um assunto ainda controverso e que requer um maior aprofundamento. Os livros didáticos adotados na Rede Estadual de Ensino tratam de modo insatisfatório o assunto. Devido a essa carência nos conteúdos, foi realizado um trabalho de atualização sobre as células-tronco e suas possíveis aplicações, com os alunos do terceiro ano do ensino médio do Colégio Padre Wistremundo R. P. Garcia, Londrina (PR). Os alunos foram divididos em grupos e cada grupo desenvolveu um dos temas propostos referentes ao assunto: células-tronco. Após a distribuição dos temas foi realizado pesquisas em livros, revistas, jornais e artigos retirados da internet. Em seguida, foi feita a apresentação do conteúdo pesquisado na forma de seminário e para finalizar, a entrega de relatórios, que foram utilizadas para elaborar o trabalho final. O interesse dos alunos sobre o tema acabou sendo maior do que o esperado e o resultado final foi uma atualização com dados e discussões que levou a uma visão mais crítica por parte dos alunos e a uma visão mais abrangente por parte do professor, no se refere à utilização de atividade de pesquisa em sala de aula. Nos questionamentos realizados após a apresentação dos seminários, o ponto que provocou maior polêmica foi sobre quando se inicia a vida, devido principalmente a influência religiosa de cada um dos alunos. Palavras-chave: ensino de biologia, células-tronco; pesquisa em sala de aula. 1 Especialização em Gestão Escolar, Supervisão e Orientação Educacional, Licenciatura e Bacharelado em Ciências Biológicas, Col. Est. Pe Wistremundo R.P. Garcia.
2
2 Doutorado e Mestrado em Educação, Bacharelado e Licenciatura Plena em Ciências Biológicas, Professor de Didática das Ciências Naturais da Universidade Estadual de Londrina e do Programa de Pós-Graduação: Mestrado e Doutorado em Ensino de Ciências e Educação Matemática da UEL.
1 Introdução
Analisando os três livros didáticos mais adotados para o ensino médio da
disciplina de Biologia (Biologia, volume 3 dos autores: José Mariano Amabis e Gilberto
R. Martho da Editora Moderna, 2004; Biologia, volume único dos autores: Sonia Lopes
e Sérgio Rosso da Editora Saraiva, 2006; Biologia, volume 3 do autor Wilson Roberto
Paulino da Editora Ática e Biologia,Livro Didático Público, Cecília H. V. Dos Santos, et
al, Editora do Estado, 2007), nas escolas da Rede Estadual de Ensino do Núcleo
Regional de Londrina, foi possível observar a deficiência na apresentação dos
conteúdos relativos as novas tecnologias do DNA, como a clonagem, terapia e vacinas
gênicas, triagem populacional, recuperação de espécies em extinção e das células-
tronco. A proposta deste trabalho é a atualização do tema células-tronco. A deficiência
na abordagem deste tema vem desde a ausência de conteúdos atualizados, como
também a forma de descrição e apresentação das ilustrações (figuras, fotos, modelos)
que em alguns livros aparecem como cortes de estruturas, ou modelos em perspectivas
sem situar o leitor se é estrutura original fotografada, ou se é uma analogia da estrutura
presente nos organismos, comprometendo a compreensão pelos alunos. Perante essa
dificuldade de entender os textos e figuras por parte dos alunos, foi realizada uma
complementação deste conteúdo. A importância da atualização dos dados referentes às
células-tronco e suas possíveis aplicações é despertar o interesse do aluno pelo
conteúdo e facilitar a sua compreensão, permitindo que acompanhe as novas
descobertas e entenda o que está ocorrendo e não ser apenas um espectador.
Para a melhor compreensão do conteúdo células-tronco, inicialmente foi
realizada a fundamentação teórica da Genética Clássica, desde Gregor Mendel, até os
dias atuais e também da Genética Molecular, a partir da década de 50.
A partir da fundamentação teórica da Genética, foi ministrado aos alunos as
noções básicas da Citologia e os conceitos necessários para a compreensão do
3
conteúdo células-tronco. A atualização foi realizada com a participação direta dos
alunos, que foram divididos em grupo e realizaram a pesquisa dos cinco temas
propostas relativos às células-tronco. Após a pesquisa, foi realizada uma apresentação
em sala de aula, na forma de seminário e entregue um relatório que fundamentou a
atualização do tema e também expressou a opinião dos alunos.
2 Objetivo
Esse trabalho teve o objetivo principal realizar a atualização sobre o conteúdo
células-tronco devido à defasagem encontrada nos atuais livros didáticos.
Dentro dos objetivos propostos, o aluno deverá aprender a realizar uma pesquisa
científica nos meios de comunicação escrito e digital, pesquisando em livros, revistas,
jornais e internet. A apresentação do conteúdo pesquisado deverá ser em forma de
seminário e com a utilização do recurso didático da TV pen drive. Os relatórios deverão
estar dentro das normas técnicas da ABNT (Associação Brasileira de Normas
Técnicas).
Ao final do trabalho o aluno deverá ter o conhecimento da importância das
células-tronco, sua classificação, discussões éticas e religiosas, leis que as norteiam e
possíveis futuras aplicações.
3 Procedimentos da investigação
Quando foi realizado o planejamento do conteúdo células-tronco para serem
ministrados aos alunos, foi observado a necessidade de realizar uma pesquisa e
atualização do tema em função da defasagem encontrada no livro didático adotado na
escola. Ao pesquisar em outros livros didáticos, foi encontrado o mesmo problema.
4
Ao conversar com os professores da área, eles alegaram que esse conteúdo
deveria ser mais aprofundado nos livros didáticos e que a abordagem, quando existia,
era muito superficial.
A partir dessa pesquisa inicial, foi iniciada a conversar com os alunos e foi
observado um grande interesse por parte deles em ter um maior conhecimento sobre o
assunto, pois ao falar sobre o tema, as perguntas e questionamentos surgiam de todas
as formas, mas sem um conhecimento fundamentado.
Com a possibilidade de realizar o PDE (Programa de Desenvolvimento da Educação)
propus o desenvolvimento desse tema, pois será de grande utilidade para os
professores quando for ministrá-lo em suas aulas.
4 Apresentação
O trabalho sobre células-tronco e suas possíveis aplicações foi realizado no
Colégio Estadual Padre Wistremundo R. P. Garcia, na cidade de Londrina-PR, com os
alunos do 3º ano, turma A do período matutino e da turma B, do período noturno do
Ensino Médio.
Inicialmente foi realizada a proposta do trabalho para as duas turmas e um pré-
teste para identificar o conhecimento dos alunos sobre o assunto. Após essa exposição,
os alunos foram divididos em cinco grupos e realizado um sorteio dos cinco temas
propostos sobre as células-tronco que cada grupo iria desenvolver.
1- O que são células-tronco e como podem ser classificadas?
2- Como as células-tronco podem ser obtidas? Células-tronco diferenciadas podem
voltar a serem embrionárias?
3- Existem leis que normatizam as pesquisas com células-tronco no Brasil? E no
mundo, essas pesquisas são liberadas?
4- Quais são as doenças que os cientistas mais têm esperança de cura com o
tratamento das células-tronco?
5
5- Pesquisa sobre as questões éticas que envolvem as células-tronco e discuta as
diversas opiniões que envolvem esse assunto dentro da sociedade?
O primeiro grupo teve quinze dias para pesquisar o tema em livros, jornais,
revistas, internet, etc, e apresentá-lo na forma de seminário com atualização do recurso
didático da TV pen drivre, em sala de aula e mais quinze dias para a entrega do
relatório, dentro das normas da ABNT. Esse prazo para a entrega dos relatórios foi
necessário para que os alunos tivessem o tempo necessário para as correções e/ou
complementação do conteúdo proposto. No relatório, também foram respondidas as
perguntas abaixo:
1- Os trabalhos desenvolvidos pelo grupo nas pesquisas, relatório e em sala de aula
foram úteis para melhorar o seu conhecimento sobre células-tronco.
2- A partir dos conhecimentos adquiridos durante o estudo das células-tronco, vocês
acham que a evolução desse conhecimento pode levar uma nova revolução no
tratamento de doenças?
3- Analisando a obtenção das células-tronco pelo ponto de vista ético, qual é a posição
do grupo em relação à produção de embriões para obtenção de células-tronco
embrionárias?
Os demais grupos foram apresentando os seus seminários nas aulas
subsequentes e tiveram o mesmo tempo para a entrega dos relatórios. Ao término da
apresentação dos seminários, foi destinado quinze minutos para a discussão e
posicionamento dos alunos sobre o tema apresentado, o qual acabou por ser pouco,
pois o interesse dos alunos acabou superando as expectativas iniciais.
Ao final dos seminários, um representante de cada grupo se reuniu para
finalizarem o trabalho com um relatório único com todos os temas propostos e um
resumo das perguntas.
A aplicação do trabalho foi finalizada com uma prova, que tinha as seguintes
questões:
1- Responda de acordo com a questão que pesquisou e apresentou em sala de aula.
Quais são os pontos que mais chamou sua atenção? Escolha uma das questões mais
chamou sua atenção e descreva.
6
Obs.: Não esqueça de colocar a pergunta que pesquisou.
2- Descreva resumidamente o que mais chamou a sua atenção sobre o que foi
discutido em sala de aula sobre as células-tronco.
A avaliação foi realizada nas diversas fases:
Pesquisa do conteúdo proposto, valor 1,0 ponto. .
Apresentação do seminário, valor 1,0.
Entrega dos relatórios e das perguntas, valor 1,0.
Entrega do relatório final, valor 3,0.
Prova, valor 4,0
5 Análise e Discussão
Inicialmente foi realizada com os alunos uma revisão sobre a estrutura da
molécula do DNA e a função das enzimas de restrição. Na primeira apresentação, os
alunos destacaram a importância que envolve as novas descobertas dentro da biologia
molecular, e que permitiu o desenvolvimento de novas tecnologias utilizando células-
tronco embrionárias. Este assunto vem despertando grande polêmica e discussões
principalmente em relação às células embrionárias. O estudo com esse tipo de célula
teve início em 1968, quando foi realizado o primeiro transplante de medula óssea no
mundo. Na realidade quando se fala em transplante de medula óssea, estamos falando
em transplante de células-tronco (PRANXE, 2010). Os alunos não tinham o
conhecimento de que na medula óssea são encontradas células-tronco e também da
forma como é realizado esse tipo de transplante. Somente vinte anos depois foi
realizado o primeiro transplante de células-tronco originárias de sangue de cordão
umbilical, em Saint Louis, na França. Foi somente em 1990 que se confirmou a
existência de células-tronco embrionárias em humanos e começou o estudo de sua
aplicação na cura de diversas doenças.
7
Os alunos através de diversas fontes, como internet, jornais, revistas e livros
didáticos relataram que as primeiras pesquisas com células-tronco utilizando células
embrionárias humanas foram publicado em 1998 pela equipe do Prof. James Thomson,
da Universidade de Wisconsin/EUA. Neste mesmo ano, a equipe do Prof. John D.
Gearhart, da Universidade Johns Hopkins, realizou pesquisas com células-tronco fetais
humanas (GOLDIM, 2006).
A classificação mais atualizada sobre células-tronco que os alunos encontraram
foi no trabalho de Zatz (2011), que as coloca em quatro grupos, que são:
As células-tronco totipotentes ou embrionárias, que são obtidas de embriões com
3 a 4 dias de vida. Essas células podem dar origem aos 216 tecidos que formam o
corpo humano, incluindo a placenta e anexos embrionários.
As células-tronco pluripotentes ou multipotentes, são retiradas de embriões com
32 a 64 células e podem dar origem a todos os tecidos humanos, excluindo a placenta
e anexos embrionários.
As células-tronco oligopotentes, que podem ser encontradas em diversos
tecidos, com no trato intestinal, se diferenciam em poucos tecidos.
As células-tronco unipotentes, que só conseguem diferenciar-se em um único
tipo de tecido, ou seja, o tecido a que pertencem. Em linhas gerais, podemos dizer que,
quanto mais primitiva na linha de desenvolvimento embrionário, maior é o potencial de
diferenciação de uma célula-tronco.
O interessante é que as células-tronco são como verdadeiros "curingas" no
organismo, porque conseguem realizar o reparo de uma lesão em qualquer tecido. As
células-tronco da medula óssea, por exemplo, regeneraram o sangue, porque as
células sanguíneas se renovam constantemente (WATSON, 2009).
Durante a apresentação dos seminários, os alunos também colocaram que além
dos embriões, as células-tronco embrionárias podem ser obtidas por Clonagem
Terapêutica, que é uma técnica de manipulação genética que produz embriões a partir
da transferência do núcleo da célula já diferenciada, de um adulto ou de um embrião,
para um óvulo sem núcleo. A partir da fusão inicia-se o processo de divisão celular e
assim podem-se obter as células-tronco para diferenciação in vitro dos tecidos que se
8
pretende produzir. Nesta fase ainda não existe nenhuma diferenciação dos tecidos ou
órgãos que formam o corpo humano e por isso podem ser induzidas para a terapia
celular (PEREIRA, 2002).
Nas discussões sobre a Clonagem Terapêutica, vários alunos lembraram da
ovelha Dolly e citaram como exemplo. Na caso da Dolly, temos a Clonagem
Reprodutiva, onde a técnica para formar os embriões é igual a Clonagem Terapêutica,
a diferença é que os embriões formados, são colocados no útero para se
desenvolverem. Através de discussões e perguntas os alunos observaram que a
principal vantagem da Clonagem Terapêutica é a produção de células pluripotentes,
potencialmente capazes de produzir qualquer tecido em laboratório, o que poderá
permitir o tratamento de doenças cardíacas, doença de Alzheimer, Parkinson, câncer,
além da reconstituição de medula óssea, de tecidos queimados ou tecidos destruídos,
etc, sem o risco da rejeição, caso o doador seja o próprio beneficiado com a técnica.
Mas a principal limitação é que no caso de doenças genéticas, o doador não pode ser a
própria pessoa porque todas as suas células têm o mesmo defeito genético (ZATZ,
2011).
Também foi discutido entre os alunos que as células-tronco adultas podem ser
encontradas em células do coração, cérebro, medula óssea, pulmões e outros órgãos.
Elas são nossos kits de reparos embutidos, regenerando células danificadas por
doenças, ferimentos e desgaste diário. As células-tronco adultas já foram vistas como
sendo mais limitadas, apenas desenvolvendo os mesmos tecidos de onde se
originavam (NERI, 2004, p. 59). Atualmente novas pesquisas sugerem que células-
tronco adultas podem ter o potencial de gerar outros tipos de células, também. Por
exemplo, células hepáticas podem ser atraídas a produzir insulina, que é normalmente
produzida no pâncreas. Esta capacidade é conhecida como plasticidade ou
transdiferenciação. As células-tronco extraídas do cordão umbilical e placenta, são
consideradas adultas, pois já são limitadas para sofrerem diferenciação (WATSON,
2009).
Através de várias pesquisas realizadas os alunos relataram que nos anos oitenta
identificou-se o sangue do cordão umbilical e da placenta dos recém-natos como uma
9
fonte rica em células-tronco pluripotentes e, portanto, com um potencial extraordinário
no tratamento de numerosas doenças á partir da reposição celular. Isso acabou criando
nos dias atuais um número crescente de instituições que armazenam o sangue do
cordão umbilical em ambientes apropriados, constituindo os Bancos de Sangue de
cordão umbilical. O material pode representar uma grande fonte de células-tronco para
o tratamento das leucemias e de outras doenças letais ou incapacitantes (SOUZA;
ELIAS, 2005).
Durante o debate e discussão realizada em sala de aula com os alunos foi
colocado que as células-tronco mais bem conhecidas são as do tecido hematopoiético.
Os transplantes de medula óssea para o tratamento de diversas doenças
hematológicas é atualmente a única terapia celular conhecida e de eficácia comprovada
(SOUZA ; ELIAS, 2005).
Na apresentação de seminários que os alunos realizaram foi colocado que
ainda constitui um mistério para os cientistas a ordem ou comando que determina no
embrião humano que uma célula-tronco pluripotente se diferencie em determinado
tecido específico, como fígado, osso, sangue etc. Porém em laboratório, existem
substâncias ou fatores de diferenciação que quando são colocadas em culturas de
células-tronco in vitro, determinam que elas se diferenciem no tecido esperado (ZATZ,
2011). Esse assunto despertou grande interesse por parte dos alunos e para facilitar o
entendimento, comparei os comandos gênicos a um teclado de computador, onde cada
tecla aciona uma função e que no DNA, são substâncias químicas que determinam qual
gene vai ser ativado.
Um dos maiores questionamentos que foram feitos durante os seminários, foi se
as células-tronco seriam a cura para todas as doenças, pois observaram essa
colocação em vários materiais consultados. Isso não é verdade, vários médicos
advertem que estão sendo criadas muitas expectativas a respeito. A cura de todas as
doenças não existe, por isso é totalmente inadequado aumentar as esperanças de
enfermos e familiares dizendo-lhes que se fosse permitida a manipulação de embriões,
se curariam muitas enfermidades, coisa que pode ser totalmente falsa (TUDO, 2011).
10
Os alunos observaram durante os estudos realizados que o uso das células-
tronco para a terapia gênica ainda requer muitos estudos, pois no artigo de
CARVALHO, 2004 ele coloca que apesar de poder crescer em quantidade ilimitada em
laboratório, não ha estudos suficientes para saber se as células embrionárias podem
ser rejeitadas pelo sistema imunológico do paciente quando transplantadas, podendo
inclusive gerar tumores. Como as células-tronco adultas oferecem a possibilidade de
ser retiradas do próprio paciente, evita-se o risco de rejeição. No entanto, ainda há
dúvidas sobre sua capacidade de transformação em outras células. Além disso, sua
produção em laboratório na quantidade necessária é mais difícil.
Além do uso para a cura de doenças, quando os cientistas conseguirem
aprender como dirigir células-tronco para se diferenciarem em tipos de células ou
tecidos, eles podem usá-las para testar novos medicamentos para segurança e efeito.
Uma medicação poderia ser testada num tipo específico de célula para medir sua
resposta mais rapidamente que qualquer teste clínico.
Os alunos selecionaram alguns exemplos descritos abaixo, os quais acharam
mais interessantes sobre as possíveis aplicações das células-tronco: 1- As células-
tronco poderão um dia ser usadas para reparar células cerebrais em pacientes com
doença de Parkinson. Os pacientes com Parkinson têm falta das células que produzem
transmissores químicos chamados de dopamina. Em estudos, os pesquisadores
injetaram células-tronco embrionárias de roedor no cérebro de ratos com doença de
Parkinson. As células-tronco geraram células nervosas produtoras de dopamina,
melhorando a condição do rato. Os cientistas esperam que um dia possam replicar com
sucesso em pacientes humanos. 2- Outra linha de pesquisa é feita com células da
epiderme. Na epiderme do indivíduo adulto as células-tronco se localizam na camada
basal, que é a camada celular mais interna, em contato com a lâmina basal. Quando
por algum motivo ocorre um ferimento na epiderme, as células epidérmicas saudáveis
migram e proliferam para cobrir a área descoberta, através de divisão das células-
tronco. Provavelmente, um dos fatores que determinam se uma célula-filha se
diferenciará ou se manterá como célula-tronco é a perda, ou não, do contato com a
lâmina basal ou com o tecido conjuntivo exposto na ferida. Aquelas células que perdem
11
o contato, se diferenciam e aquelas que o mantém, permanece com o potencial de
célula-tronco (ZERBO, 2011). Nesse momento, alguns alunos relacionaram a
capacidade de regeneração da pele com de outros animais, como a estrela-do-mar.
Expliquei que a capacidade de regeneração nos animais e inversamente proporcional a
diferenciação das células, quanto mais tecidos diferentes o indivíduo possui, menor é
sua capacidade de regeneração. 3- As células nervosas depois de diferenciadas não
são substituídas durante a vida adulta dos indivíduos. Esse ainda é o conceito mais
aceito. Mais, pesquisas recentes indicam que existem células presentes no epitélio de
revestimento das cavidades do sistema nervoso (células ependimais), mais
especificamente, células isoladas da zona ventricular do cérebro de adulto, que têm a
capacidade de gerar novos neurônios e célula gliais (astrócitos e oligodendrócitos),
podendo ser consideradas células-tronco neurais multipotentes (ZERBO, 2011). O
quarto exemplo que despertou o interesse dos alunos foi à utilização de células-tronco
como um meio de substituir as células produtoras de insulina do pâncreas que são
destruídas pelo próprio sistema imunitário dos pacientes. Nos dias atuais, isso parece
ser possível. No Canadá, foi desenvolvido um interessante protocolo de transplantes de
células das ilhotas de Langerhans, que produzem insulina. Esse protocolo está em
testes em vários centros mundiais e constitui uma grande evolução, quando comparado
com o transplante de todo o pâncreas. Ainda assim, a terapia anti-rejeição é obrigatória.
Durante a discussão em sala de aula os alunos despertaram interesse sobre a
possível utilização de células-tronco para obter o equivalente a uma vacina genética
para combater o HIV. O debate entre os alunos sobre esse tema foi mais extenso do
que o esperado. Alguns alunos já haviam lido manchetes que se referiam a uma vacina
contra o HIV, o que ainda não foi possível ser obtido, o que existe são trabalhos iniciais
realizados por KITCHEN (2010). Estudando o citotóxico CD8 dos linfócitos T – o
“matador” do sistema imunológico, que ajuda a combater as infecções – de um
indivíduo infectado com o HIV, identificou a molécula conhecida como receptora de
linfócitos T, que os guiam para reconhecer e matar as células infectadas. Essas células
boas, mesmo que aptas a destruir as infectadas pelo HIV, não existem em quantidades
suficientes para eliminar completamente o vírus do corpo. Então, clonaram o receptor e
12
geneticamente criaram células-tronco originárias do sangue humano, depois colocaram
as células-tronco em um timo humano que tinha sido implantado em ratos, permitindo
estudar a reação em um organismo vivo (KITCHEN, 2010).
Sempre que surge o tema HIV, o interesse dos alunos é aguçado e sempre é
feita a mesma pergunta: Por que não existe uma vacina ou remédio para curar os
indivíduos portadores dessa síndrome doença? Foi então explicado que esse vírus
sofre constantes alterações (mutações) o que dificulta o nosso sistema imunológico a
produzir anticorpos específicos para combatê-los e também a produção de vacina e
drogas para destruí-lo, pois ele vive dentro das nossas células, é um parasita
intracelular.
Quando citado que no Brasil já esta funcionando o primeiro Laboratório Nacional
de Células-Tronco Embrionárias na Universidade Federal do Rio de Janeiro e que
marca um avanço na medicina do país, os alunos ficaram entusiasmados e
comentaram que é importante o país não ficar novamente atrás nas pesquisas, como
ocorre na maioria das vezes. O objetivo desse Laboratório é distribuir linhagens dessas
células para dezenas de centros de pesquisa de todo o país. O estudo das células-
tronco é esperança para a medicina do futuro. A técnica pode ajudar a reconstruir a
dinâmica de doenças humanas em laboratório e servir como plataforma para teste de
novas drogas. Hoje, mais de 300 doenças estão em fase final de testes, com resultados
surpreendentemente positivos. Em breve a ciência pretende reconstituir órgãos inteiros,
não dependendo mais de transplante (Centro de Criogenia Brasil).
A pesquisa com embriões humanos se desenvolveu nas décadas de 1960 e
1970 com o objetivo de disponibilizar técnicas de reprodução assistida. Esta pesquisa
envolve conceitos humanos até a oitava semana de desenvolvimento. No relatório
Warnock, publicado em 1984 no Reino Unido para esclarecer as questões sobre
reprodução e embriologia, existe a proposição de que podem ser feitas pesquisas sem
restrição até o 14º dia, desde que os pré-embriões utilizados sejam destruídos ao final
do experimento. Esta proposta contraria todas as normas e diretrizes de pesquisa em
seres humanos, desde o Código de Nuremberg, que propõem o impedimento de
experimentos cujo desfecho possível seja a morte (GOLDIM, 2008).
13
Porém, essa idéia esbarra na oposição de setores religiosos e grupos anti-aborto
que consideram que a vida começa no momento da concepção, assunto o qual gerou
muita discussão entre os alunos, pois vai de encontro com as diferentes formações
religiosas. Dois grupos distintos se formaram: os que apoiam e os que condenam a
utilização de embriões ou a clonagem terapêutica. Alguns alunos foram mais além na
discussão principalmente por não saberem que lado ficarem em relação à utilização das
células-tronco. Alunos mais interessados no assunto colocaram as suas posições, onde
leigos e especialistas de todas as áreas concordam que a ciência está a serviço da
população, principalmente quando se trata de pesquisas para a descoberta da cura de
doenças que afetam milhares de pessoas. É do interesse da maioria que as
promissoras pesquisas envolvendo células-tronco são importantes e devem continuar,
porém , quando se discute a origem, de onde as células-tronco serão retiradas, não só
a maioria, mas a autonomia dos cientistas desaparece e as pesquisas não avançam.
Os alunos demonstraram uma grande influência de fatores morais quando da
produção de embriões especificamente para fins de pesquisa. Mesmo os alunos que se
demonstraram a favor do uso de células-tronco embrionárias, negaram esta questão.
Esse fato se dá provavelmente pela cultura religiosa da população brasileira que
defende a ética da vida. A moral religiosa, principalmente a católica, sempre tem
defendido com força o valor da vida humana, especialmente porque “a vida é um dom
recebido de Deus, a quem unicamente pertence; atentar contra a vida humana.”
A controvérsia sobre quando começa a vida também afetou as decisões sobre a
liberação das pesquisas com células-tronco no Brasil. Mas em 29 de maio de 2008, o
Superior Tribunal Federal aprovou as pesquisas com células-tronco embrionárias,
transformando o Brasil no primeiro país da América Latina e o 26º no mundo a permitir
esse tipo de pesquisa.
No Brasil, o artigo 5º da Lei de Biossegurança (Lei nº 11.105, de 24 de março de
2005) libera no país a pesquisa com células-tronco de embriões obtidos por fertilização
in vitro e congelados há mais de três anos (BRASIL, 2010).
Art. 5
14
É permitida, para fins de pesquisa e terapia,
a utilização de células-tronco embrionárias
obtidas de embriões humanos produzidos por
fertilização in vitro e não utilizados no respectivo
procedimento, atendidas as seguintes condições:
I- sejam embriões inviáveis; ou
II- sejam embriões congelados há 3 (três) anos
ou mais, na data da publicação desta Lei, ou que,
já congelados na data a publicação desta Lei,
depois de completarem 3 (três) anos, contados a
partir da data de congelamento. .
§1º Em qualquer caso, é necessário o
consentimento dos genitores .
§2º Instituições de pesquisa e serviços de saúde
que realizem pesquisas ou terapia com
células-tronco embrionárias humanas deverão
submeter seus projetos à apreciação e aprovação
dos respectivos comitês de ética em pesquisa.
Art. 6
Fica proibido:
[...]
IV- clonagem humana.
Atualmente, esses embriões são descartados após quatro anos de
congelamento, mas os pais devem autorizar expressamente seu uso para efeito de
pesquisa. Quando a lei foi aprovada, considerou-se um avanço - ao menos perto do
que se tinha para a pesquisa com células-tronco no país. A Lei de Biossegurança de
1995 proibia pesquisas com embriões.
Pela atual lei de biossegurança, apenas os embriões congelados há mais de três
anos e os inviáveis para implantação podem ser utilizados em pesquisas. Existe muito
desentendimento e desinformação sobre o assunto. A proposta é usar esses embriões
que sobram nas clínicas de fertilização e vão para o lixo. São embriões malformados
15
que não teriam capacidade de gerar uma vida se fossem implantados no útero (ZATZ,
2011).
Além disso, a mesma lei diz que os institutos de pesquisa e serviços de saúde
não têm autonomia sobre suas pesquisas com células-tronco embrionárias. Para
realizar pesquisas ou terapias com células-tronco embrionárias humanas eles devem
submeter seus trabalhos para análise e aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa e à
Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (BRAUNER, 2008, p.186).
As questões éticas que envolvem a pesquisa em embriões têm um ponto em
comum: o estabelecimento de quando começa a vida de uma pessoa. Diferentes
posições têm sido defendidas. A Igreja Católica Romana tem defendido a sua posição,
igualmente aceita por muitos cientistas e filósofos não vinculados a ela, de que a vida
de uma pessoa tem início na fecundação.
Observou-se durante o desenvolvimento deste trabalho com os alunos que a
cultura e a religião, estão muito presente na população brasileira. Isto foi verificado
quando os alunos afirmaram que estes fatores são os pilares da sociedade e precisam
estar presentes nas discussões sobre embriões humanos congelados. Mas por outro
lado controvérsias são geradas. Expressaram que estes valores contribuem
negativamente para o sucesso das pesquisas com células-tronco. Mas sempre ficou
uma grande dúvida presente na maioria das discussões e opiniões em situações de
valorizar o avanço da ciência, mesmo perdendo valores morais consagrados pela
sociedade.
O potencial de aplicações médicas desta nova fronteira de conhecimento tem
sido utilizado como justificativa moral para esta prática. Os que defendem a realização
de pesquisas com células-tronco embrionárias humanas utilizam o raciocínio moral de
que um bem social, que será útil para muitas pessoas que sofrem de doenças hoje
incuráveis, se sobrepõe ao de um indivíduo.
Com a Lei de Biossegurança incluindo, de forma extemporânea, a questão da
pesquisa em embriões, este tema assumiu uma falsa dimensão de disputa entre
Ciência e Religião. Divulgaram que todas as pessoas favoráveis à Ciência, eram
favoráveis à utilização de embriões e as que eram contrárias ao proposto no artigo 5º
16
da Lei de Biossegurança são consideradas como porta vozes de pensamentos
religiosos anticientíficos, que impedem as pesquisas que levarão a cura de doenças
atualmente incuráveis (GOLDIM, 2008).
O Conselho Nacional de Saúde recentemente se manifestou de forma favorável
à realização das pesquisas utilizando embriões congelados. Estas pesquisas, que são
realizadas em seres humanos, implicam obrigatoriamente na sua destruição. A
Resolução 196/96 estabelece que os seres humanos vulneráveis devem ser protegidos
e deve ser dada garantia de que os danos previsíveis serão evitados. (GOLDIM, 2008).
O Prof. Paul Berg, criador da técnica do DNA recombinante e propositor da
moratória de pesquisas de Asilomar, única que efetivamente teve seu resultado
atingido, defende a idéia de que os embriões congelados e não utilizados para fins
reprodutivos, quando atingirem o limite de sua validade de uso legal devem servir como
material para pesquisas. Esta posição, de que o bem da sociedade pode estar acima do
individual já havia sido proposta por Charles Nicolle, que foi diretor do Instituto Pasteur,
na Tunísia. Uma citação utilizada por Tereza R. Vieira exemplifica esta posição:
A consciência humana, as leis, a humanidade, a consciência dos
médicos condenam a experimentação no homem, mas ... ela é
sempre feita, se faz e se fará por ser indispensável ao progresso
da ciência médica para o bem da humanidade.
O impedimento de utilizar embriões neste tipo de pesquisa não inviabiliza a
investigação do uso de células-tronco para fins terapêuticos. As células-tronco podem
ser obtidas de outras fontes que não embriões. Em experimentos animais já foi possível
obter células diferenciadas de fígado. Estas pesquisas também podem ser realizadas
com células obtidas a partir da medula óssea humana ou de células de cordão
umbilical. O argumento utilizado é que as células embrionárias são mais promissoras.
(GOLDIM, 2008)
Em relação à opinião dos alunos houve grande variedade de respostas, porém
estas tenderam a não aceitar uma lei para esta condição. A primeira razão seria pela
complexidade em se estipular o início da vida. Consideram, em sua maioria, que este é
17
um conceito muito pessoal e que depende de vários fatores, gerando, portanto, muito
conflito. Seria impossível, conceitualmente, chegar a um consenso e ser estabelecer
uma opinião.
Os alunos se posicionarem em relação as questões que são colocadas como
fundamentais quando se discuti as células-tronco.
Algumas questões que precisam ser discutidas e respondidas:
É adequado utilizar embriões produzidos para fins reprodutivos e não utilizados, cujos
prazos legais de utilização foram ultrapassados, para gerar células-tronco
embrionárias?
Em torno de 80% dos alunos se posicionaram a favor da utilização das células-
tronco quando não são utilizadas. Mas, 20% não concordam com a utilização dos
embriões em nenhuma condição. Quando questionados sobre o porque desse
posicionamento, alegaram convicções religiosas.
É aceitável produzir embriões humanos sem finalidade reprodutiva apenas produzir
células-tronco?
O posicionamento dos alunos foi bem diferente quando questionados sobre a
formação de embriões apenas com a finalidade de obtenção de células-tronco. A
maioria, 65% não concordaram, 25% foram a favor e 10% não tinham uma posição
definida.
A justificativa da necessidade de desenvolver novas terapêuticas está acima da vida
dos embriões produzidos para este fim?
Os alunos não aceitaram esse argumento, alegando que a vida esta acima das
pesquisas mais torcem para que os pesquisadores achem outra forma de continuar
seus trabalhos, porque acham importante.
Por que não incentivar as pesquisas utilizando células-tronco obtidas de outras formas,
que também tem demonstrado bom potencial?
Todos os alunos concordaram que para evitar tanta polêmica com o uso dos
embriões, o mais correto seria aprofundar os estudos com outras células, que não as
embrionárias. Mais 10% dos alunos questionaram se esse procedimento não iria
dificultar as descobertas da cura de doenças.
18
É aceitável a utilização de óvulos não humanos para servirem substrato biológico para
pesquisas em células-tronco humanas, desconhecendo-se os riscos envolvidos neste
tipo de procedimento?
A maioria dos alunos (90%) foi contrária a essa proposta, apenas 10% acharam que a
tentativa seria válida, mais com restrições, por causa dos possíveis riscos.
É justo criar um clima de expectativa para pacientes e familiares de pacientes sobre a
possibilidade de uso terapêutico de células que sequer foram testadas em
experimentos básicos?
Os alunos não concordaram, mais ao mesmo tempo torcem para que as
expectativas se tornem realidade, pois muitos alegaram terem doentes na família ou
conhecerem pessoas que gostam muito com sérios problemas de saúde.
Considerações finais
No pré-teste realizado, os alunos demonstraram ter o conhecimento básico dos
processos de divisão celular e da embriologia, foi realizada uma revisão apenas para
reforçar as fases que compõe cada um dos processos.
Durante o desenvolvimento do tema células-tronco e suas possíveis aplicações,
devido ao grande número de exemplo que os alunos optaram por citar nos seus
trabalhos, vários questionamentos foram realizados, como: o que são as ilhotas de
Langerhans, como os genes funcionam, o que é transdiferenciação, o que é clonagem
19
terapêutica, como são feitos os teste para novos medicamentos, o porque do HIV ainda
não ter cura, o que são doenças genéticas, entre outros. O esclarecimento das dúvidas
acabou por tomar um tempo maior que o previsto inicialmente.
Em relação às perguntas realizadas após o término dos seminários, 100% dos
alunos concordaram que as pesquisas, os seminários e os relatórios esclareceram suas
dúvidas sobre as células-tronco e que o avanço no conhecimento desta área deverá
trazer uma nova revolução no tratamento das doenças, principalmente as genéticas.
Quando responderam sobre sua posição em relação a obtenção das células-tronco a
partir de embriões, 20% dos alunos não concordaram, pois acham que estaria
sacrificando uma vida ao se produzir embriões com esta finalidade. Questionados sobre
esta postura, a maioria alegou acreditar em Deus e que sua crença religiosa
determinava que a vida começa a partir do momento da fecundação e que deveria sim
continuar as pesquisas com as células-tronco, mas não com células embrionárias, e sim
com células adultas, mesmo que esse procedimento seja mais demorado.
A análise da retenção pelos alunos do conteúdo proposto foi realizada pelas
seguintes atividades avaliativas: pesquisa, apresentação de seminário, apresentação
dos relatórios e uma prova. A média das avaliações de todos os alunos foi de 8,4, A
qual achei razoável perante o tempo que foi utilizado para aplicação do conteúdo.
A maior dificuldade encontrada foi no tempo, que acabou sempre pouco diante
das várias intervenções que foram feitas para esclarecer as dúvidas apresentadas
pelos alunos no decorrer da apresentação do conteúdo.
O maior prazer foi perceber o interesse e a dedicação dos alunos em realizarem
a atividade proposta da melhor forma possível.
O tema discutido neste trabalho ainda não faz parte do cotidiano dos alunos no
que se refere à informação e conhecimento sobre células-tronco e principalmente
Bioética. O trabalho desenvolvido rompeu uma barreira de estagnação entre professor
e aluno, propiciando reflexões mais frequentes e qualificadas entre os alunos e
professor. Este estudo também conferiu uma positiva contribuição para reflexões sobre
o papel do professor, aprendizagem dos alunos e a metodologia adotada.
20
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFIA
AMABIS, J.; MARTHO, G. R. BIOLOGIA. 2ºed. São Paulo: Moderna. 2004. 3 v.
BRASIL, Lei Nº11.105, de 24 de março de 2005. Estabelece normas de
segurança e mecanismos de fiscalização de atividades que envolvam
organismos geneticamente modificados – OGM e seus derivados, cria o
Conselho Nacional de Biossegurança – PNB. Presidência da República.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-
2006/2005/lei/L11105.htm, Acesso em: 29 de set. 2010.
BRAUNER, M. C. C. Biotecnologia e produção do direito: considerações
acerca das dimensões normativas das pesquisas genéticas no brasil. In:
SARLET, I. W. , LEITE, G. S. (Org.). Direitos Fundamentais e
Biotecnologia. 1. ed. São Paulo: Método, 2008. p. 176-192
CARVALHO, A. C. C. Células-tronco é promessa para medicina do futuro.
Ciência Hoje, São Paulo, v. 29, n. 172, jun. 2001. Atualizado em: 10 fev.
2004. Disponível em:
http://www.comciencia.br/reportagens/celulas/09.shtml. Acesso em:10 abr.
2011.CENTRO DE CRIOGENIA BRASIL. 2010. Avanço de células-tronco
também no Brasil. Disponível em: http://semprematerna.uol.com.br/diario-
materna/avanco-de-celulas-tronco- tambem-no-brasil. Acesso em: 9 mar
2011.
GOLDIM, J. R. Pesquisas com Células Tronco. 2006. Disponível em:
http://www.ufrgs.br/bioetica/celtron.htm Acesso em: 27 jan. 2011
GOLDIM, J. R. Pesquisa em Embriões. 2008. Disponível em:
http://www.ufrgs.br/bioetica/embrpes.htm. Acesso em: 22 fev. 2011
21
KITCHEN, S. G. Células-tronco podem ser desenvolvidas para matar o
HIV. Medicina e Saúde, Parana201online, 7 jan 2010
http://www.melodiaweb.com.br/Sessao.aspx?cod=1855. Acesso em: 9 mar
2011.
LOPES, S. ; ROSSO, S. BIOLOGIA. 1ºed. São Paulo: Saraiva. 2006. 608 p.
NERI, D. A bioética em laboratório: células-tronco, clonagem e saúde
humana. 1. ed. São Paulo: Loyola, 2004. p.59-60
PAULINO, W. B. Biologia. 1. ed. São Paulo: Ática, 2005, 3 v.
PEREIRA, L. V. A importância do uso das células-tronco para a saúde pública.
Ciência & Saúde Coletiva. v.1, p.7-14, nº13, 2008. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-81232008000100002&script=
sci_arttext, Acesso em: 29 set. 2010.
PRANXE, P. Entenda a evolução das pesquisas em células-tronco. 2005.
Disponível em: http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,
O1481445-EI1434,00Entenda+a+evolucao+das+pesquisas+com+
celulastronco.html. Acesso em: 24 set. 2010.
SANTOS, C. H. V., et al., Biologia. 2a ed. Curitiba: Governo Estadual, 2007
SOUZA, M. H. L. ; ELIAS, D. O . As Células-Tronco e o seu Potencial na
Reparação de Órgãos e Tecidos. 2. ed. São Paulo: Centro de Estudos Alfa –
Programa de educação Continuada. 2005, 14 p.
TUDO o que se necessita saber sobre as células estaminais. Disponível em:
http://www.acidigital.com/clonagem/estaminais.htm. Acesso em 12 abr. 2011.
ZATZ, M. Clonagem e células-tronco. Estudos Avançados, São Paulo, v.
18, n. 51, mai/ago. 2004. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?
pid=S0103-40142004000200016&script=sci_arttext Acesso em: 17 fev. 2011
ZATZ, M. Células-tronco: Conceitos e Linguagem. Projeto ghente. Disponível
em: http://www.ghente.org/temas/celulas-tronco/index.htm Acesso em: 17 fev.
2011.
ZERBO, A. C. Células-tronco e a renovação e manutenção dos tecidos.
Disponível em: http://www.rc.unesp.br/ib/biologicas/tronco.html
22
Acesso em: 3 fev. 2011
WATSON, S. Como funcionam as células-tronco. Tradução de
HowStuffWorks Brasil, 26 jan. 2009. Disponível em:
http://ciencia.hsw.uol.com.br/celulas-tronco.htm. Acesso em: 10 mar 2011.