Post on 05-Jun-2015
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Cenário econômico mundial e expectativas para o Brasil
Carlos Thadeu de Freitas GomesRecife - PE, 2 de julho de 2013Encontro Regional do Sicomercio
• Com a perspectiva de redução dos intensos estímulos monetários dos Estados Unidos, devido à recuperação de sua economia o dólar volta a apresentar uma trajetória de valorização;
• Por outro lado, a economia da China passa a apresentar um crescimento mais moderado e essa perspectiva tem impactado nas cotações de commodities e, por consequência, nos termos de troca da balança comercial brasileira;
• Alguns fatores internos também atuam na direção de um Real mais desvalorizado – crescimento do déficit nas transações correntes e perspectiva de menor crescimento econômico;
Novo cenário internacional
2
Mudança na percepção de risco dos investidores: maiores retornos no mercado norte-americano expôs vulnerabilidade
externa dos mercados emergentes, assim como as perspectivas de menor crescimento econômico nesses países
Rand sul africanoIene
Dólar australianoPeso colombiano
RealLira turca
Rublo russoDólar neozelandês
Peso chilenoLibra
Coroa norueguesaDólar canadenseRupia indonésia
Zloty polonêsFranco suíço
Peso mexicanoCoroa sueca
Índice - USD*Florim húngaro
Euro
-15.1
-8.2
-8.2
-6.4
-5.5
-4.8
-3.9
-3.6
-3.3
-3.3
-2.8
-2.6
-2.5
-2.3
-0.8
0.1
0.7
1.1
1.2
1.3
Variação % acumulada no ano (até 17 de junho)
Moedas têm se desvalorizado frente ao dólar
Fonte: Banco Central do Brasil
* O Índice - USD indica o valor internacional do dólar contra uma cesta de moedas dos principais parceiros comerciais dos EUA (euro, iene, libra esterlina, dólar canadense, coroa sueca e franco suíço)
Países com déficits
expressivos em conta corrente foram os mais
afetados
Sólidos Fundamentos Macroeconômicos
Cenário Doméstico4
Bélgica
Luxemburgo
Chile
Índia
Irlanda
Rússia
Canadá
Austrália
Singapura
França
Reino Unido
Brasil
Hong Kong
China
EUA
19.3
22.6
26.4
27.3
39.6
44.1
47.2
48.5
54.4
58.9
62.5
65.3
72.5
119.7
146.7
Maiores recebedores de Inves-timentos Estrangeiros - 2012
Fonte: Banco Central, Financial Times
Sólidos Fundamentos Macroeconômicos
5
1984
1986
1988
1990
1992
1994
1996
1998
2000
2002
2004
2006
2008
2010
-100
-50
0
50
100
150
200
250
Dívida externa líquida (US$ bilhões)
200120022003200420052006200720082009201020112012
5260
5551 48 47 46
3942 39 36 35
Dívida Líquida do Setor Público (% PIB)
1984
1986
1988
1990
1992
1994
1996
1998
2000
2002
2004
2006
2008
2010
2012
050
100150200250300350400 373
Reservas internacionais (US$ bilhões)
Fonte: Banco Central
Projeções
6
Principais Variáveis 2011 2012 2013*
Volume de Vendas do Varejo1 (var. %) 6,70 8,40 4,50
Produção Industrial (var. %) 0,40 -2,60 2,56
IPCA (var. - %) 6,50 5,80 5,86
Taxa de Juros Selic - Fim de Período (%a.a.) 11,00 7,25 9,00
Balança Comercial (US$ bilhões) 29,80 19,42 6,50
Taxa de Câmbio - Fim de Período (RS/US$) 1,88 2,04 2,13
*Projeções
¹PMC Restrita
Fonte: IBGE, Funcex, BC, Divisão Econômica - CNC
Expetativa de crescimento do PIB é revisada
7
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 *
3.2%4.0%
6.1%
5.2%
-0.3%
7.5%
2.7%
0.9%
2.7%
PIB
Fonte: IBGE e Banco Central do Brasil* Projeção para 2013 do Relatório de Inflação de Junho de 2013
• Evolução favorável do mercado de trabalho, embora em ritmo mais lento, deve continuar impulsionando crescimento das vendas do varejo.
• Mudança do perfil de endividamento das famílias e reversão da política monetária devem reduzir o ritmo de crescimento da demanda de crédito para o consumo em relação aos últimos anos.
• Riscos: Deterioração das expectativas inflacionárias já promovem ajustes na curva de juros futuros e podem impactar negativamente no mercado de crédito.
• Inflação é a maior preocupação no curto prazo
Varejo
8
Principais determinantes dademanda doméstica - Emprego
9
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013*-2.0
0.0
2.0
4.0
6.0
8.0
10.0
3.12.1 2.2 2.6
3.0
1.4
2.9
1.3
3.1
0.1
-0.4
6.0
4.2
2.2
3.6
0.7
5.9
2.63.2
1.4
2.5
8.3
5.7
4.6
7.2
2.3
9.4
3.4
6.5
1.5
Emprego e Renda( Var. % anual)
Pessoas Ocupadas
Rendimento Médio Real do Trabalhador - Habitual
Massa de Rendimentos Real da População Ocupada - Habitual
Fonte: IBGE* Até maio de 2013
Principais determinantes dademanda doméstica - Crédito
10
Mar-08
Jul-08
Nov-08
Mar-09
Jul-09
Nov-09
Mar-10
Jul-10
Nov-10
Mar-11
Jul-11
Nov-11
Mar-12
Jul-12
Nov-12
Mar-13
0.0%
5.0%
10.0%
15.0%
20.0%
25.0%
30.0%
35.0%
40.0%
Crescimento do crédito às famílias Livres x Direcionados
Saldo da carteira de crédito com recursos livres - Pessoas físicas - Var. % anual
Saldo da carteira de crédito com recursos direcionados - Pessoas físicas - Var. % anual
Fonte: Banco Central do Brasil
62%38%
mai/13Livres Direcionados
Principais determinantes dademanda doméstica - Inflação
11
-10.00
-5.00
0.00
5.00
10.00
15.00
Inflação ao Consumidor - IPCAIPCA - Var. % acumulada em 12 meses
IPCA - Bens não-duráveis - Var. % acumu-lada em 12 meses
IPCA - Duráveis - Var. % acumu-lada em 12 meses
IPCA - Serviços - Var. % acumu-lada em 12 meses
Meta Central
Teto Superior
Teto Inferior
Fonte: IBGE e Banco Central
Cenário para as vendas do varejo
12
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 *
6.2
9.79.1
5.9
10.9
6.7
8.4
4.5
Volume de Vendas no Comércio Varejista Variação Acumulada de 12 meses (%)
Fonte: IBGE e CNC* Projeção da DE/ CNC
13
Cenário de Longo Prazo:
• A principal restrição ao crescimento econômico sustentável da economia brasileira é a escassez de poupança interna, que leva a um baixo nível de investimento, a baixa produtividade do trabalho num ambiente de redução do desemprego.
• Condições favoráveis da dívida brasileira diminuíram seu prêmio de risco e colocam o país em uma rota sustentável de crescimento econômico, cujo ritmo vai depender do cenário externo.
• Apesar do bônus fiscal atual, o ajuste dos desequilíbrios passa pela sustentabilidade das finanças públicas, que também atuaria sobre as expectativas inflavionárias.