Cã³pia (2) de pag6

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6 l Novembro l 2012 l ADESG

Capacitação da Indústria Na-cional de Defesa, indepen-dência, inovação tecnológica

e domínio do Espaço são algumasdas premissas que definem as ativi-dades da recém-criada Comissão deCoordenação e Implantação deSistemas Espaciais (CCISE), que temcomo principal objetivo permitir oemprego do segmento orbital pelasForças Armadas, no cumprimentode suas missões singulares.

A gênese da CCISE se encontra naaprovação da Estratégia Nacional deDefesa, e o Comando da Aeronáuticaficou encarregado da coordenação ea integração do desenvolvimento dosprogramas e ações que dizem respei-to ao setor espacial no âmbito daDefesa.

Dentro deste escopo está a pro-moção de uma série de medidasque buscam garantir a autonomiade produção, de lançamento, deoperação e de reposição de sistemasespaciais, por intermédio do desen-volvimento de veículos lançadoresde satélites e sistemas de solo quepermitam o acesso ao espaço nasórbitas baixas (entre 500 e 800 km)e geoestacionária (a 36 mil km).

Com a finalidade de consubstan-ciar as necessidades das ForçasArmadas no campo da atividadeespacial e atuar como órgão estraté-gico e central para o tema, a CCISE éentão constituída em 17 de abril de2012, pela Portaria nº 184/GC3, doComando da Aeronáutica.

Diretamente subordinada aoComandante da Força Aérea, estaComissão tem por atribuição definir,sob supervisão do Estado-Maior daAeronáutica e em coordenação como Estado-Maior Conjunto das Forças

Armadas, com os Estados-Maiores daArmada e do Exército, as estratégiasde implantação, de integração e definanciamento de sistemas espaciaisrelativos à Defesa, bem como coor-denar e integrar todos os trabalhosde definição de requisitos, integra-ção e implantação dos sistemas e arelativa infraestrutura de operação,tanto dos componentes de usoexclusivo do Ministério da Defesaquanto daqueles de uso comparti-lhado com outros órgãos públicose/ou privados.

A principal ferramenta estratégi-ca da CCISE para a consecução desuas responsabilidades é oPrograma Estratégico de SistemasEspeciais (PESE) que traduz as diver-sas premissas operacionais e técnicasnecessárias ao emprego de SistemasEspaciais, com foco na definição dasnecessidades e requisitos de altonível das Forças Armadas.

Os Sistemas Espaciais previstos aten-derão, na área militar, à modernizaçãodos diversos sistemas militares em ope-ração tais como o Sistema deDefesa Aeroespacial Brasileiro(SISDABRA), Sistema de Enlacesde Digitais da Aeronáutica (SIS-CENDA), Sistema de Comunicaçõesvia Satélite (SISCOMIS), Sistema Militarde Comando e Controle (SISMC2),além daqueles ainda em fase de pla-nejamento e implantação, como oSistema de Gerenciamento daAmazônia Azul (SISGAAZ) e SistemaIntegrado de Monitoramento dasFronteiras (SISFRON).

No campo do emprego dual, osganhos advindos dessa atividadepoderão incrementar, futuramente,os bancos de dados da Defesa Civil,tornar mais eficiente a prevenção e

o combate a grandes catástrofesambientais, reforçar o Sistema deProteção da Amazônia (SIPAM),além de contribuir para a implanta-ção de importante projeto social dogoverno, o Programa Nacional deBanda Larga (PNBL).

O PESE trabalha com um cenáriode ações a curto, médio e longoprazo, num horizonte de 20 anos,onde se pretende atingir as seguin-tes premissas, dentre outras:

a) obter um ambiente industrialfavorável e sustentável do ponto devista de autonomia e independên-cia crescentes;

b) considerar a necessidade deum envolvimento anual das empre-sas e entidades do Setor Espacial,procurando criar arquiteturas desatélites de menor porte e com ciclode vida mais reduzido;

c) priorizar a utilização deSatélites de Órbita Baixa, de formaa procurar minimizar os custos delançamento na implantação;

d) atingir as capacidades opera-cionais desejadas e preconizadas naEND, privilegiando, na medida dopossível, metodologias de projeto“Top-Down”, procurando iniciar asatividades a partir dos produtosdesejados (aplicações e soluções deprojeto);

e) minimizar problemas deobtenção de recursos humanospara a operação e manutenção dosSistemas Espaciais implantados, pri-vilegiando ao máximo o uso daautomação; e

g) favorecer a obtenção de auto-nomia operacional e técnica cres-centes da indústria nacional, com aprodução de sistemas com adequa-do grau de inovação;

A DEFESA E O USO DO ESPAÇOCel Av João Batista Oliveira XAVIERVice-Presidente da Comissão de Coordenação eImplantação de Sistemas Espaciais (CCISE)

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