Post on 22-Apr-2015
CÂNCER DE MAMA
ANATOMOFISIOLOGIA MAMÁRIA:
Órgãos glandulares pares que se desenvolvem ao longo das LINHAS LÁCTEAS;
Dividem-se nas regiões periférica, areolar e papilar;
São assimétricos em 80% das mulheres;
Têm como função a produção e a secreção de leite através da ação da prolactina e da somatotropina;
Compõe-se de ductos, lóbulos, tec. conjuntivo fibroso, adiposo, vasos sanguíneos, linfáticos e nervos.
ANATOMOFISIOLOGIA MAMÁRIA:
Os lóbulos são formados por 10 a 100 álveolos;
Lóbulos agrupados formam 10 a 20 lobos mamários;
Cada lobo corresponde a um DUCTO principal ou galactóforo;
A pele da mama é fina, elástica, coberta de pêlos, mas na parte central é mais pigmentada, enrugada e desprovida de pêlos
(COMPLEXO AREOLOPAPILAR)
ANATOMOFISIOLOGIA MAMÁRIA: A aréola é a região circular que
possui glândulas sebáceas e sudoríparas;
A papila é a forma cilíndrica que emerge do centro da aréola e possui a desembocadura dos condutos galactóforos
IRRIGAÇÃO SANGUÍNEA DA MAMA: Metade interna da mama: artéria
mamária interna; Face profunda da mama: artérias
intercostais, ramos da aorta e da subclávia;
Metade externa da mama: artéria mamária externa ou torácica externa(vaso axilar importante)
DRENAGEM VENOSA DA MAMA: As veias seguem o trajeto das artérias e
drenam principalmente para as axilas; As veias superficiais são visíveis pela pele e
seguem trajetos circulares e transversos; Desempenham papel importante nas
metástases; O sistema venoso profundo é representado
pelas veias intercostais, veia axilar e veias perfurantes mamárias internas
DRENAGEM LINFÁTICA DAS MAMAS: Tem curso semelhante ao sistema
venoso; Sua principal via são os linfonodos
axilares;
Principal via de disseminação de células neoplásicas;
A manipulação cirúrgica favorece o surgimento de linfedemas
PATOLOGIAS BENIGNAS DA MAMA: TUMORES BENIGNOS:
Servem de diagnóstico diferencial a o carcinoma de mama;
Acometem mulheres mais jovens; Seus tipos mais comuns são:
FIBROADENOMA: é o mais freqüente; mulheres negras e jovens;
constitui-se de tecido
conjuntivo; nódulo firme, bem
delimitado e móvel
PATOLOGIAS BENIGNAS DA MAMA: TUMORES BENIGNOS:
LIPOMA: derivado de tecido adiposo; É macio e nem sempre bem delimitado.
HAMARTOMAS: Derivado de tecido epitelial, conjuntivo e
gorduroso; Lesão firme e circunscrita
Em todos os casos a abordagem cirúrgica deve ser o mais estética possível !
PATOLOGIAS BENIGNAS DA MAMA: Derrame papilar:
É bastante freqüente; É multifatorial; Pode estar relacionado com
malignidade; Divide-se em FISIOLÓGICO E
PATOLÓGICO PROCESSOS INFLAMATÓRIOS:
Abscessos subareolares→ fibroses→retração papilar
CÂNCER DE MAMA Patologia que
apresenta incidência e mortalidade alarmantes;
De etiologia desconhecida;
É heterogênea; Tem importante
impacto psicológico; Dissemina-se por
extensão DIRETA ou METASTÁSICA;
CÂNCER DE MAMA DIAGNÓSTICO:
AUTO-EXAME
MAMOGRAFIA: Mulheres acima de 35 anos, sintomáticas ou não; Detecta neoplasias de poucos milímetros, não-
palpáveis.
CÂNCER DE MAMA ULTRA-SONOGRAFIA:
Complementa a mamografia; Serve de guia para punções; Tem menor resolução em mamas
adiposas
BIÓPSIA ASPIRATIVA: É indicada nos casos de lesões
palpáveis
CÂNCER DE MAMA ESTADIAMENTO DO CÂNCER:
É a avaliação anatômica da doença e dos órgãos acometidos;
Reflete a taxa de crescimento e extensão da neoplasia;
Utiliza a classificação TNM: T: extensão do tumor; N: ausência ou presença de metástase em
linfonodos regionais; M: ausência ou presença de metástase à distância
CÂNCER DE MAMA
TRATAMENTO: CIRURGIA:
É a retirada do tumor, dos tecidos adjacentes e dos vasos linfáticos axilares;
A escolha da cirurgia leva em conta a idade do paciente, o tipo histológico, tamanho do tumor e o protocolo de cada serviço
CIRURGIAS CONSERVADORAS
TUMORECTOMIA: Feita em tumores de
até 1 cm de diâmetro; Remove-se tumor sem
tecido adjacente; Associa-se a
linfadenectomia axilar radical e radioterapia complementar;
Tem índice de recidiva moderado;
CIRURGIAS CONSERVADORAS
QUADRANTECTOMIA: Remove-se o quadrante se localiza o
tumor; É feita em tumores de 2 a 3 cm de
diâmetro; Associa-se a radioterapia e ao
esvaziamento ganglionar axilar
CIRURGIAS CONSERVADORAS
MASTECTOMIA RADICAL MODIFICADA OU MIOCONSERVADORA:
É a retirada total da mama, com esvaziamento radical, mas com preservação do grande peitoral;
É indicada em tumores maiores que 3cm de diâmetro não fixados à musculatura;
Divide-se em: TIPO PATEY: remove o
pequeno peitoral; TIPO MADDEM: preserva o
pequeno peitoral
CIRURGIAS CONSERVADORAS
MASTECTOMIA TOTAL: É retirada toda a mama, mas sem
esvaziamento axilar. MASTECTOMIA RADICAL HALSTED:
É a retirada da mama, pequeno e grande peitoral e esvaziamento axilar radical;
É indicada em tumores avançados; É pouco estética; Exige hemostasia rigorosa e uso de dreno
no PO Traz complicações como linfedemas e
impotência funcional do MS
RADIOTERAPIA: É a utilização de raios
ionizantes com o objetivo de bloquear a divisão celular ou causar destruição celular;
É local ou regional, sem causar lesões em órgãos fora do campo de radiação;
Tem como efeitos colaterais:irritações ou queimaduras leves de pele; inflamação das mucosas, queda de cabelo nas regiões irradiadas e ↓ das células sanguíneas
TRATAMENTO SISTÊMICO OU QUIMIOTERÁPICO
É a utilização de agentes citostáticos ou citolíticos com objetivo de destruição celular;
Não obedece a obstáculos anatômicos;
Tem como efeitos colaterais: ↓ das células sanguíneas→ hipoatividade e vulnerabiliddae à infecções, inflamações, queda de cabelo.
FISIOTERAPIA: NO PRÉ-OPERATÓRIO:
Deve-se avaliar: função pulmonar, dos ombros e da cintura escapular, ADM’s e FM dos MMSS, perimetria dos MMSS e postura.
NO POI: Evitar complicações próprias da inatividade
e da imobilização do paciente; Orientar sobre cuidados com o MS
ipsilateral à cirurgia; Reeducação respiratória; Estímulo à deambulação;
FISIOTERAPIA:
NO 1º. DPO: Flexão/extensão dos dedos, punho e
cotovelos; Pronação e supinação do antebraço; Flexão e abdução até 30º dos ombros obs: não usar resistência até a retirada
dos pontos, bem como não ultrapassar 90º de flexão de ombros e 75º de abdução
FISIOTERAPIA: NO POT:
Tratamento ambulatorial individual ou em grupo;
Liberdade de ADM Exercícios respiratórios; Mobilização cicatricial; Drenagem linfática; Reeducação postural; Cinesio ativa de MMSS, cintura
escapular e cervical
FISIOTERAPIA:
Tratar o linfedema com; Drenagem linfática manual; Enfaixamento compressivo; Contenção elástica; Cinesioterapia; Auto-massagem
ORIENTAÇÕES GERAIS: EVITAR:
Ferir o MS Depilar a axila; Medir TA; Aplicar injeções, vacinas, colher exames; Movimentos repetitivos; Exposição excessiva ao sol; Picadas de inseto; Uso de pulseiras relógios ou anéis apertados