Post on 26-Jun-2015
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CAIXINHA DE BEIJOS
Certo dia, um homem chegou em casa e ficou muito irritado com sua
filha de três anos. Ela havia apanhado um rolo de papel de
presente dourado e literalmente desperdiçado, fazendo um embrulho.
Porque o dinheiro andasse curto e o papel fosse muito caro, ele não
poupou recriminações para a garotinha, que ficou triste e
chorou.
Naquela mesma noite, o pai descobriu num canto da sala, no local onde a família colocara os
presentes para serem distribuídos no dia de Natal, um
embrulho dourado não muito bem feito
Na manhã seguinte, logo que despertou, a menininha correu para ele com o embrulho nas
mãos, abraçou forte o seu pescoço, encheu seu rosto de
beijos e lhe entregou o presente.
“Isto é pra você, paizinho!” Foi o que ela disse.
Ele se sentiu muito envergonhado com sua furiosa reação do dia anterior. Mas, logo que abriu o embrulho, voltou a explodir. Era
uma caixinha vazia.
Gritou para a filha: “Você não sabe que quando se dá um presente a alguém, a gente
coloca alguma coisa dentro da caixa?”
A criança olhou para ele, com os olhos cheios de lágrimas e
disse:
“Mas, papai, a caixinha não está vazia. Eu soprei muito beijos
dentro dela. Todos para você, papai.”
O pai quase morreu de vergonha. Abraçou a menina e suplicou que
ela o perdoasse.
Dizem que o homem guardou a caixa dourada ao lado de sua
cama por anos. Sempre que se sentia triste, chateado,
deprimido, ele tomava da caixa um beijo imaginário e recordava
o amor que sua filha havia posto ali.
De uma forma simples, cada um de nós, humanos, temos recebido uma caixinha dourada, cheia de
amor incondicional de nossos pais, de nossos filhos, de nossos irmãos
e amigos.
Entretanto, nem sempre nos damos conta. Estamos tão
preocupados com o ter, com valores do mundo, que as coisas pequenas não são percebidas por
nós.
Assim, a esposa não valoriza o ramalhete de flores do campo que
o marido lhe enviou, no dia do aniversário. É que ela esperava ganhar uma valiosa jóia e não
aquela insignificância.
O marido nem agradece o fato da esposa, no dia em que
comemoram mais um ano de casados, esperá-lo com um jantar
simples, a dois, em casa. Ele estava esperando uma
comemoração em grande estilo, ruidosa, cercado de amigos e
muitos comes e bebes.
Os pais não dão importância para aquele cartão meio
amassado que os pequenos trazem da escola, pintado com
as mãos de quem apenas ensaia a arte de dominar as tintas e os pincéis nas mãos
pequeninas.
Eles estão mais envolvidos com as contas que a escola está
cobrando e acreditam que, pelo tanto que lhes custa a
mensalidade escolar, os professores deveriam ter lhes enviado um presente de valor.
É, muitos de nós não encontramos os beijos na
caixinha dourada. Só vemos a caixinha vazia.
REFLETINDO...
O amor é feito de pequeninas coisas. Não exige fortunas para se
manifestar.
Por vezes, é um ato de renúncia, como a daquele homem que no dia de Natal, em plena guerra, conseguiu apenas uma laranja para a ceia dele e da esposa.
Então a descascou, colocou em um prato, criando uma careta com
os gomos bem dispostos e entregou para a esposa, com um
beijo e um pedaço de papel escrito: “Feliz Natal”.
E ficou observando-a comer, com vagar, feliz por ver os olhos dela brilharem e ela se deliciar com a
fruta tão rara naqueles dias, naquele local.
PENSEMOS NISSO!!Fonte: Site “Momento Espírita”
Formatação: jairowildgen2@hotmail.com