Transcript of BRASIL IMPÉRIO 1º Reinado, período Regencial e 2º Reinado – acontecimentos políticos e os...
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- BRASIL IMPRIO 1 Reinado, perodo Regencial e 2 Reinado
acontecimentos polticos e os movimentos sociais.
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- A INDEPENDNCIA DO BRASIL E O 1 REINADO Aps a Proclamao da
Independncia e a coroao de D. Pedro I, teve incio o perodo
conhecido como Primeiro Reinado, que foi marcado por instabilidade
poltica, forte autoritarismo do rei e confrontos para a consolidao
da Independncia. D. Pedro I demonstrou falta de habilidade ao lidar
com os problemas internos e externos: o fechamento da Assembleia, a
imposio da Constituio, a Guerra da Cisplatina, a represso aos
rebeldes da Confederao do Equador, etc.
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- Os movimentos sociais no 1 Reinado As inquietaes em relao ao
governo de D. Pedro aumentaram quando D. Joo VI faleceu em
Portugal, e muitos antilusitanos passaram a se preocupar com a
possibilidade de o Imperador assumir o trono portugus, realizando a
unio dos dois reinos. A Noite das Garrafadas demonstrou o quanto o
governo D. Pedro estava comprometido. As manifestaes contrria a sua
permanncia se tornavam insuportveis.
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- A CRISE DO 1 REINADO E O PERODO REGENCIAL D. Pedro I abdicou de
seu trono, em 7 de abril de 1831, em favor de seu filho, D. Pedro
de Alcntara. Na poca, o herdeiro do trono tinha cinco anos de
idade. Fato que o impossibilitava de governar o Reino. Comeava
assim o Perodo Regencial (1831-1840). O Brasil seria governado por
regentes at que o menino D. Pedro II atingisse a maioridade.
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- OS EMBATES POLTICOS Nesse perodo, foi formada a Guarda
Nacional, que era uma milcia armada destinada a reprimir levantes
populares e em 1832, foi criado o Cdigo de Processo Criminal. Esse
perodo bastante singular colocou em embate uma elite agrria,
comercial e burocrtica, e a maioria da populao que demonstrava, por
meio de vrios levantes, sua insatisfao com o governo. Descontentes
com a orientao poltica centralizadora, vrios grupos organizaram
movimentos que contestavam a ordem do Estado, exigindo maior
autonomia regional. Algumas provncias chegaram a desejar a separao
do restante do Brasil, ameaando a unidade nacional.
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- OS MOVIMENTOS SOCIAIS NO PERODO REGENCIAL A Cabanagem (Par). a
nica revolta regencial em que as camadas inferiores da populao
conseguiram ocupar o poder de uma provncia, com certa estabilidade.
O movimento teve incio em 1834 e prosseguiu at 1840, envolvendo
mestios, negros e indgenas. Os cabanos eram os pobres do Par,
moravam em barracos feitos de madeira e bambu, s margens dos rios.
O trabalho desses homens era intenso, porm no se via o resultado de
tal sacrifcio. O lucro da produo de tabaco, cacau, borracha,
especiarias do serto e castanha ficava nas mos dos latifundirios e
de grandes comerciantes que dominavam o comrcio e a provncia.
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- A Revolta da Balaiada ocorreu no Maranho (1838-1841).
Inicialmente, o conflito era uma disputa entre polticos, mas
estendeu-se aos populares. A crise na economia algodoeira, por
causa da concorrncia estadunidense, gerava revolta, pois os
privilgios dos latifundirios e comerciantes portugueses eram
enormes, enquanto a misria e a pobreza reinavam entre a maioria da
populao. A Sabinada ocorreu na capital baiana e foi organizado e
liderado pelo mdico e jornalista baiano Francisco Sabino Barroso.
Profissionais liberais e militares participaram desse movimento.
Foi, portanto, uma revolta feita pelas camadas mdias urbanas que
reivindicavam uma maior autonomia da provncia (direito de escolher
o governador e de elaborar as prprias leis provinciais).
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- No Rio Grande do Sul, ocorreu a mais longa guerra civil do
Brasil, a Guerra dos Farrapos ou Farroupilha, entre 1835 e 1845.
Reivindicavam maior autonomia e reduo dos altos impostos sobre o
charque (carne seca), o couro, o sebo e o sal. Os produtos
brasileiros enfrentavam uma concorrncia desigual e desleal com os
da Argentina e do Uruguai, que pagavam baixas tarifas alfandegrias,
chegando ao Pas com o preo mais baixo do que os nacionais.
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- As revoltas que ocorreram durante o Perodo Regencial foram
facilitadas pela adoo do Ato Adicional de 1834, que estabeleceu
autonomia poltica para as provncias, aumentando, assim, os temores
da aristocracia rural. Como os sucessivos governos regenciais
enfrentavam dificuldades para conter as revoltas e pacificar o Pas,
um projeto de antecipao da maioridade de D. Pedro II comeou a
ganhar fora.
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- Para muitos representantes das elites polticas, somente a
figura de um imperador, com o prestgio e o respeito que o cargo
impe, teria condies de pacificar a Nao, garantir a ordem social e
preservar a unidade territorial, at ento ameaada. Detalhe:
pacificar significava acabar com as manifestaes populares, nem que
fosse necessrio, para isso, o uso de violncia. Garantir a ordem
significava manter uma estrutura social caracterizada pela
desigualdade, pela escravido e com a aristocracia rural no
poder.
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- 2 REINADO Assim, no primeiro semestre de 1840, com apenas 14
anos de idade, D. Pedro II foi aclamado imperador do Brasil.
Comeava o Segundo Reinado, cuja principal caracterstica poltica foi
a concentrao de poderes nas mos dos grandes proprietrios rurais,
com uma economia voltada para os interesses da oligarquia rural. As
permanncias na poltica: O pas foi pacificado, apesar da
continuidade da Revoluo Farroupilha at 1845, a centralizao poltica
continuou vigorando, a fora de trabalho escravo foi conservada e as
reivindicaes das camadas populares foram silenciadas. A
aristocracia rural conservou em suas mos o poder poltico e
econmico.
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- O trabalho escravo e a produo de produtos agrcolas continuaram
sendo a base da economia brasileira. Essas mercadorias eram
exportadas para Europa, e os pases europeus, por sua vez, forneciam
produtos industrializados ao Brasil. Se a condio do escravo no pas
era de extrema explorao e submisso aos seus senhores, a situao dos
trabalhadores europeus tambm no era nada animadora.
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- A REALIDADE DO TRABALHADOR Diferente da realidade brasileira,
no sculo XIX na Europa, principalmente na Inglaterra e na Frana, as
indstrias aumentavam em nmero e aprimoravam suas formas de produo,
transformando radicalmente o cotidiano dos trabalhadores. Enquanto
no Brasil se mantinha a escravido, na Europa, ocorria o processo de
diviso do trabalho, atravs do qual o trabalhador exercia uma funo
especfica dentro do processo de produo. Ou seja, o trabalhador, ao
invs de fazer o produto todo, passou a realizar parte dele,
perdendo o controle sobre a produo.
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- PENSADORES DO PERODO Charles Dickens (autor de Tempos Modernos,
David Copper eld, Oliver Twist), Friedrick Engels (A formao da
classe operria na Inglaterra), Emile Zola (Germinal) e Victor Hugo
(Os miserveis) denunciaram as mazelas sociais provocadas pela
industrializao, as horrendas condies de vida e de trabalho dos
primeiros operrios, a explorao brutal do trabalho feminino e
infantil e, ao mesmo tempo, um misto de admirao e espanto pela
cidade industrial. A misria vivenciada pelos trabalhadores era
explicada por Thomas Malthus como consequncia da lei da prpria
natureza. Ele escreveu em seu livro, Ensaio sobre princpios da
populao, que a populao crescia em progresso geomtrica (1, 2, 4, 8,
16...), enquanto os meios de subsistncia cresciam em progresso
aritmtica (1, 3, 5, 7, 9...). Concluiu que era inevitvel a misria,
pois no haveria alimento para todos.
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- Malthus defendia tambm o controle de natalidade. Segundo ele, o
governo deveria proibir o casamento entre jovens, limitar o nmero
de filhos para a populao pobre, reduzir os salrios e aumentar os
preos das mercadorias, dificultando o sustento de uma grande prole.
A precria condio em que viviam, aliada as pssimas condies de
trabalho baixo salrio, jornada de trabalho de at dezesseis horas
por dia, sem frias e sem nenhum direito trabalhista levaram os
trabalhadores a clamarem por uma vida mais digna. Sem terem
direitos garantidos ou regulamentados os operrios comearam a
protestar e a fazer greves. Se, no incio, quebravam as mquinas
porque trabalhavam muito e recebiam pouco, com o decorrer do tempo,
as destruies passaram a ter outra razo: o desemprego. O maquinrio
substitua a mo de obra humana, e o homem passou a ser
descartvel.
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- LUDISMO Por meio dessas lutas, os operrios tomavam conscincia
de que pertenciam a uma mesma classe social: o proletariado. Um
desses movimentos ocorreu entre 1811 e 1812 e denominou-se Ludita
ou Ludismo devido ao nome do possvel lder, Ned Ludd. O Ludismo foi
uma das primeiras formas de luta dos trabalhadores. Alguns anos
depois, os operrios ingleses, percebendo a fora que tinham,
comearam a se organizar e formaram associaes sindicais: as Trade
Unions. Tais associaes reuniam os
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- CARTISMO Sem ter direito de votar, j que o voto era censitrio
(s votavam aqueles que tinham uma renda considervel), a primeira
luta foi, portanto, pelo direito de participao nas eleies. Em 1836,
a associao dos operrios ingleses organizou um grande programa de
reivindicaes, que ficou conhecido por Cartismo. A denominao de
Cartismo est relacionada origem do movimento que foi baseado na
Carta do povo. O movimento demonstrou que se formava uma conscincia
entre os trabalhadores, com o objetivo de mudar as condies polticas
e sociais dessa classe.
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- KARL MARX E FRIEDRICH ENGELS Para eles, os trabalhadores
constituam a classe social produtora de toda a riqueza material por
meio de seu trabalho. E, quando tomassem conscincia de sua fora e
de seu papel social e histrico, poderiam formar uma fora poltica
capaz de suprimir as opresses e realizar uma revoluo. Era a crena
na luta de classes (patres X empregados), como a fora capaz de
mudar os rumos da Histria. Enquanto os socialistas utpicos
acreditavam que o mundo poderia ser modificado pela vontade dos
burgueses, o marxismo ridicularizava essa utopia e defendia a ideia
de que a nica fora social capaz de transformar o mundo era o
proletariado. Para Karl Marx, o Capitalismo era um sistema econmico
injusto e irracional. Segundo ele, a burguesia s lucrava porque
explorava a fora de trabalho da classe trabalhadora, e o capital
acumulado (lucro) era o resultado do trabalho no pago. Assim, o
trabalho excedente, que no pago, Marx denominou de mais-valia.