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Nº 71 quarta-feira,13 de abril de 2016
Boletim de Serviço
Nº 71, 13 de abril de 2016
Hospital
Universitário
Júlio
Muller
Nº 71 quarta-feira,13 de abril de 2016
EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES – EBSERH
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JÚLIO MULLER
Avenida Luis Philipe Pereira Leite, S/N, Bairro Alvorada, 78048-902
Cuiabá – MT - Telefones : 3615 7230/7231
ALOIZIO MERCADANTE
Ministro de Estado da Educação
NEWTON LIMA NETO
Presidente
JEANNE LILIANE MARLENE MICHEL
Diretora vice-presidente
ADRIANA KARLA NUNES BARBUIO Diretor de Atenção à Saúde - Substituta
GARIBALDI JOSÉ CORDEIRO DE ALBUQUERQUE Diretor de Administração e Infraestrutura
CRISTIAN DE OLIVEIRA LIMA
Diretor de Controladoria e Finanças
MARCOS AURÉLIO SOUZA BRITO
Diretor de Gestão de Pessoas - Substituto
CRISTIANO CABRAL Diretor de Gestão de Processos e Tecnologia da Informação
FRANCISCO JOSÉ DUTRA SOUTO
Superintendente / Hujm
EDUARDO DE LAMÔNICA FREIRE
Gerente de Atenção à Saúde / HUJM
COR JESUS FERNANDES FONTES
Gerente de Ensino e Pesquisa / HUJM
CASSIANO MORAES FALLEIROS
Gerente Administrativo / HUJM
Nº 1 – De 30 de ulho de 2013 Nº 05, 29 de dezembro de 2014
Nº 71 quarta-feira,13 de abril de 2016
SUMÁRIO
SUPERINTENDÊNCIA .... .............................................................................................. 4
PUBLICAÇÃO...............................................................................................................4
Procedimento Operacional Padrão nº 14, de 13 de abril de 2016.
POP/SADT-UCC/001/2016 Montagem de Sala Cirúrgica .....................................4
Procedimento Operacional Padrão nº 15, de 13 de abril de 2016
POP/SADT-UCC/004/2016 Limpeza e Desinfecção de Superfícies ..........12
Procedimento Operacional Padrão nº 16, de 13 de abril de 2016
POP/SADT-UCC/006/2016 Tricotomia Cirurgica .....................................15
Procedimento Operacional Padrão nº 17, de 13 de abril de 2016. POP/SADT-
UCC/008/2016 Limpeza Prévia dos Instrumentos Cirúrgicos ...................17
Procedimento Operacional Padrão nº 18, de 13 de abril de 2016. POP/SADT-
ULAD/004/2016 Hematologia....................................................................21
Protocolo Clínico nº 01, de 13 de abril de 2016
PC/SADT-AGT/001/2016 Conduta em Reação Transfusional..................29
Protocolo Assistencial nº 01, de 13 de abril de 2016
PA/SVSSP-SCIH/001/2016 Precauções e Isolamento ..............................46
Procedimento Operacional Padrão nº 19, de 13 de abril de 2016.
POP/SADM-UCON/001/2016 Medição de notas fiscais no SIASG..........77
SUPERINTENDÊNCIA
PUBLICAÇÃO
Procedimento Operacional Padrão nº 14, de 13 de abril de 2016
POP/SADT-UCC/003/2016 Montagem da Sala Cirúrgica Versão 1.0
OBJETIVO
Organizar e padronizar a realização dos procedimentos no âmbito do Centro Cirúrgico.
DOCUMENTOS RELACIONADOS
POP/SVSSP/001/2015 – Higienização das mãos
ABREVIATURA E SIGLAS
EPI – Equipamento de Proteção Individual
CME – Central de Material e Esterilização
HIV – Virús da Imunodeficiência Humana
RN – Recém-nascido
SF – Soro Fisiológico
Fr- French
APLICAÇÃO
Este padrão se aplica a Unidade de Cirurgia / Recuperação Pós Anestésica, nas salas
operatórias, sala de pequena cirurgia e sala de escopias.
RESPONSÁVEL
Enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliar de enfermagem, equipe de anestesia e equipe
cirúrgica, e acadêmicos de enfermagem.
04
I. INTRODUÇÃO
A montagem da sala cirúrgica consiste na colocação dos aparelhos e materiais em condições de
uso antes de iniciar a cirurgia proposta. Tem por objetivo garantir o bom desenvolvimento do ato
cirúrgico, diminuindo os imprevistos e atrasos.
A montagem da sala do recém-nascido consiste na preparação da sala para recepcionar
neonatos tanto hígidos/com boa vitalidade quantos aqueles que necessitarem de manobras de
reanimação ou situações especiais como por exemplo: mecônio, gestante HIV, prematuridade e
outros. O material deve ser destinado à reanimação, manutenção da temperatura, aspiração de
vias aéreas, ventilação, administração de medicações e assistência em geral (SPB, 2013).
II. Descrição das tarefas
2.1 Montagem da Sala Cirúrgica
Enfermeiro:
1. Confirma o mapa para que o técnico proceda a montagem da sala. O enfermeiro
deve supervisionar a montagem.
2. Em caso de mau funcionamento de algum item necessário deve comunicar a
manutenção.
3. Comunicar ao técnico/auxiliar em enfermagem qualquer alteração do mapa
previamente
Técnico em Enfermagem:
1. Observar o mapa para confirmar o procedimento.
2. Lavar as mãos conforme recomendações do SCIH POP/SVSSP/001/2015 – Higienização
das mãos e colocar a máscara.
3. Adentrar na sala, acender as luzes e certificar-se da limpeza da mesma.
4. Auxiliar no preparo do carrinho de anestesia, oferecendo os materiais necessários e
solicitados pela equipe de anestesiologia (ver check list dos materiais anestésicos).
5. Testar o funcionamento do aspirador, do foco principal e auxiliares.
05
6. Ligar as tomadas para comprovar o funcionamento do monitor, carrinho de anestesia,
bisturi elétrico, bombas de infusão (quando se fizerem necessárias), etc.
7. Testar o funcionamento da mesa cirúrgica realizando as diferentes posições necessárias.
8. Acomodar as torres de vídeo na sala, em caso desse tipo de cirurgia, e testar o seu
funcionamento, bem como verificar o cilindro de gás.
9. Dispor sobre as mesas auxiliares os materiais têxtis como aventais e campos, caixas de
instrumentais cirúrgicos e demais materiais provenientes dos kits para o procedimento,
bem como os solicitados pela equipe de cirurgia. (Ver checklist das cirurgias)
10. Conferir os materiais no carrinho monta-carga como extensões, cubas, tesouras, cabos de
bisturis, etc, e observar sua integridade e validade. (Ver checklist das cirurgias)
11. Providenciar os impressos necessários. (Ver checklist das cirurgias)
12. Encaminhar o paciente para a sala assim que já estiver montada.
Equipe de anestesia:
1. Confirmar o procedimento a ser feito e o tipo de anestesia selecionada para o caso.
2. Testar o funcionamento do carrinho de anestesia e comunicar a equipe de enfermagem em
caso de dano ou falha.
3. Selecionar e organizar juntamente com o técnico/auxiliar em enfermagem os materiais
necessários para a anestesia.
4. Conferir os materiais a serem utilizados.
5. Verificar as medicações necessárias na psicobox e solicitar junto a farmácia satélite outras
medicações não contempladas na caixa.
Equipe de cirurgia:
1. Confirmar o procedimento a ser realizado na sala.
2. Confirmar a Equipe de Enfermagem os materiais necessários ao ato cirúrgico, como fios
especiais, drenos, sondas, etc. (este já deve ter sido enviado via formulário de marcação
de cirurgia)
3. Observar se os materiais solicitados estão previstos em sala.
Desvios/Ações
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Se for observado defeito equipamentos ou materiais, este deve ser comunicado
imediatamente ao enfermeiro para acionar manutenção para engenharia clínica ou
providenciar troca na CME ou almoxarifado.
Se algum material solicitado não for de uso rotineiro no hospital ou se o mesmo estiver em
falta, comunicar o enfermeiro imediatamente.
Se houver falha na montagem da sala, poderá haver atrasos e/ou suspensão do
procedimento por falta do material ou equipamento adequado.
2.2 Montagem da Sala do Recém-nascido
Materiais necessários
Luvas de procedimentos;
Luvas estéreis;
Berço de calor radiante com acesso por 3 lados;
Fontes de oxigênio umidificado com fluxômetro;
Fonte de ar comprimido com manômetro e aspirador;
Monitor de oxímetro de pulso;
Óculos de proteção individual;
Compressas e gazes estéreis;
Estetoscópio neonatal;
Saco de polietileno de 30x50cm;
Touca para proteção térmica do prematuro;
Relógio de parede com ponteiro de segundos;
Balança;
Lixeiras com sacos plásticos branco leitoso e saco preto;
02 (cada) sondas traqueais nº 6, 8 e 10;
02 (cada) sondas gástricas curtas nº 6 e 8;
Dispositivo para aspiração de mecônio;
Reanimador manual neonatal (balão auto-inflável com volume máximo de 750 mL,
reservatório de O2 e válvula de escape com limite de 30-40 cm H2O e/ou manômetro)
Ventilador mecânico manual neonatal em T;
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01 (cada) máscaras redondas com coxim para prematuros tamanho 00 e 0 e de termo 1;
Blender para mistura oxigênio/ar;
Oxímetro de pulso com sensor neonatal;
02 laringoscópios infantis com lâmina reta nº 00, 0 e 1;
02 (cada) cânulas traqueais sem balonete, de diâmetro uniforme 2,5/ 3,0/ 3,5 e 4,0 mm;
Material para fixação da cânula: tesoura, fita adesiva e algodão com SF 0,9%;
Pilhas e lâmpadas sobressalentes;
Bandeja para cateterismo umbilical;
Fio agulhado mononylon 4.0;
Fio algodão 0;
01 (cada) sonda traqueal sem válvula nº 6 ou 8 ou cateter umbilical 5Fr ou 8Fr;
Kit para curativo de RN;
Álcool a 70%;
02 Seringas de 01ml;
01 Seringa de 5ml;
01 Seringa de 10ml;
03 Seringas de 20 mL;
01 Agulha 40x12;
02 Agulhas 25x8;
01 Agulha 13x4,5;
01 Ampola adrenalina;
04 Ampolas de SF 0,9%;
01 Ampola de fitomenadiona (vitamina K);
Capacetes de Hood de tamanhos diferentes;
Umidificador de O2;
Coletor de perfurocortantes;
Papel toalha.
Técnico, Auxiliar em enfermagem, Enfermeiro
1. Higienizar as mãos;
08
2. Dispor sobre a bancada o material:
Para recepção do recém nascido:
- 01 caixa de luva de procedimento;
- 02 (cada) Luva estéril nº 6,5/ 7,0/ 7,5.
Para medicações
- Adrenalina (01 ampola): 02 seringas de 20ml, uma seringa de 01ml, uma seringa de 10ml,
uma seringa de 5 ml, uma agulha 40x12, 02 agulhas 25x8, 4 ampolas de SF 0,9%.
Importante! Após a diluição, as seringas com adrenalina devem ser cobertas, para não
ficarem expostas à luz. Se devidamente acondicionada, essa medicação diluída tem
validade por 24h.
- Fitomenadiona (Vitamina K): uma seringa de 01ml e uma agulha 13x4,5.
Para intubação orotraqueal
- 02 Tubos/cânulas orotraqueais de cada tamanho;
- 02 Cabos de laringoscópio com as lâminas retas, já testados;
- Material para fixação da cânula: tesoura, fita adesiva e algodão com SF 0,9%;
- Pilhas e lâmpadas sobressalentes.
Para cateterismo umbilical
- Bandeja para cateterismo umbilical;
- Fio agulhado mononylon 4.0;
- Fio algodão 0;
- 01 (cada) sonda traqueal sem válvula nº 6 ou 8 ou cateter umbilical 5F ou 8F.
Para laqueação do coto umbilical
- Kit para curativo de RN;
- Álcool a 70%;
- 01 pacote de gaze estéril.
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Para ventilação
- 01 (cada) máscara redonda com coxim para prematuros tamanho 00 e 0 e de termo 1.
Para aspiração
- 02 (cada) sondas traqueais nº 6, 8 e 10;
- 02 (cada) sondas gástricas curtas nº 6 e 8;
- Dispositivo para aspiração de mecônio.
3. Dispor no berço de calor radiante: oxímetro de pulso, reanimador manual neonatal,
estetoscópio. O saco de polietileno deve ser colocado a disposição quando o RN for
baixo peso (<1500g), juntamente com as toucas térmicas destinadas a prematuros;
4. Forrar colchonete do berço de calor radiante com dois cueiros (um envolvendo o
colchonete e outro com as bordas soltas para envolver o RN);
5. Deixar sobre o colchonete forrado uma sonda gástrica nº 8 para aspiração;
6. Conectar extensão de látex no frasco aspira ligado à rede de ar comprimido, e deixá-la
sobre o carrinho;
7. Conectar extensão de látex na saída de O2 (umidificador) do berço de calor radiante e
encaixá-la no reanimador manual neonatal (ambú);
8. Conectar o respirador em T à saída do blender do berço aquecido;
9. Deixar capacetes de Hood disponíveis, em local visível;
10. Forrar balança com papel toalha;
11. Verificar condições dos coletores de perfurocortantes e trocá-los quando necessário.
III. REFERÊNCIAS
Associação Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de
Material e Esterilização (SOBECC). Práticas recomendadas SOBECC. 6.ed. São Paulo:
Manole/SOBECC, 2013.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA (SBP). Reanimação neonatal em sala de parto: Documento
Científico do Programa de Reanimação Neonatal da Sociedade Brasileira de Pediatria. 2013.
10
Disponível em: http://www.sbp.com.br/src/uploads/2015/02/PRN-SBP-ReanimaoNeonatal-
atualizao-1abr2013.pdf
IV. ELABORAÇÃO
NOME CARGO ASSINATURA/CARIMBO
Cyndielle Barcelos da Rocha Enfermeira Assistencial
Natália Arnaut Antiqueira Enfermeira Assistencial
V. REVISÃO
NOME CARGO ASSINATURA/CARIMBO
Eglivani F. Miranda Enfermeira Chefe Unidade de
Cirurgia/RPA/CME
VI. APROVAÇÃO
NOME CARGO ASSINATURA/CARIMBO
Eduardo Guim Chefe do Setor de Apoio
Diagnóstico e Terapêutico
Mara Regina Rosa Ribeiro
Chefe da Divisão de
Enfermagem
Eduardo De Lamonica Freire Gerente de Atenção à Saúde
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Procedimento Operacional Padrão nº 15, de 13 de abril de 2016
POP/SADT-UCC/004/2016 Paramentação Cirúrgica
OBJETIVO
Formar barreira microbiológica contra penetração de microorganismos no sítio cirúrgico, proteção
de exposição dos profissionais a sangue e outros fluidos dos pacientes.
DOCUMENTOS RELACIONADOS
POP/SVSSP/001/2015 – Higienização das mãos
ABREVIATURA E SIGLAS
EPI – Equipamento de Proteção Individual
SCIH – Serviço de Controle de Infecção Hospitalar
CME – Central de Material e Esterilização
RPA – Recuperação Pós Anestésica
APLICAÇÃO
Este padrão se aplica a Unidade de Cirurgia / Recuperação Pós Anestésica, nas salas
operatórias, sala de pequena cirurgia e sala de escopias.
RESPONSÁVEL
Enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliar de enfermagem, equipe de anestesia e equipe
cirúrgica, e acadêmicos de enfermagem.
I. INTRODUÇÃO
A Paramentação Cirúrgica é o uso de vestimentas adequadas durante o ato cirúrgico. Ela tem por
objetivo a formação de barreira microbiológica contra penetração de microorganismos no sítio
cirúrgico, proteção de exposição dos profissionais a sangue e outros fluidos dos pacientes.
ii. Descrição das tarefas
Materiais necessários
12
Roupa privativa
Gorro
Propés
Máscara
Óculos de proteção
Avental estéril
Compressa estéril
Luva estéril.
Procedimento
1. O circulante deve observar a integridade dos materiais bem como a data da validade
de esterilização.
2. É necessário garantir espaço livre durante a paramentação do profissional para que
não toque em superfícies não estéreis ou em outros membros da equipe.
3. A equipe de enfermagem deve garantir que a paramentação seja feita de maneira
adequada e que todos os profissionais envolvidos no ato cirúrgico a faça, garantindo
segurança ao profissional e ao paciente.
4. Vestir a roupa privativa, gorro, propé, óculos de proteção e máscara, e dirigir-se ao
lavatório.
5. Realizar a degermação das mãos conforme recomendação do SCIH
POP/SVSSP/001/2015 – Higienização das mãos e dirigir-se a sala cirúrgica
6. Enxugar as mãos com uma compressa estéril fornecida pelo circulante de sala.
7. Por as mãos dentro das dobras do capote estéril (que está aberto sobre a mesa
auxiliar) e deixá-lo cair sobre os braços e acomodar os polegares nas alças do punho
do avental.
8. O circulante da sala, deve ajustar o capote pela face interna das costas e o amarrar
na sequência da gola a cintura.
9. Em seguida calçar as luvas estéreis.
Desvios/Ações
Se for observado algum defeito nos materiais durante a paramentação, o profissional deverá
comunicar para que seja feita a troca.
13
Se durante o ato cirúrgico, for observado rompimento de luvas ou sujidade de sangue em excesso
no avental, estes itens deverão ser retirados e deverá ser feita nova paramentação.
III. REFERÊNCIAS
MONTEIRO, Ernesto Lentz de Carvalho. Técnica Cirúrgica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2006.
CATANEO, C. et al. O PREPARO DA EQUIPE CIRÚRGICA.Rev Latino-am Enfermagem, v. 12, n. 2,
p. 283-6, 2004.
Associação Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de
Material e Esterilização (SOBECC). Práticas recomendadas SOBECC. 6.ed. São Paulo:
Manole/SOBECC, 2013.
IV. ELABORAÇÃO
NOME CARGO ASSINATURA/CARIMBO
Natália Arnaut Antiqueira Enfermeira Assistencial
V. REVISÃO
NOME CARGO ASSINATURA/CARIMBO
Eglivani F. Miranda Enfermeira Chefe Unidade de
Cirurgia/RPA/CME
VI. APROVAÇÃO
NOME CARGO ASSINATURA/CARIMBO
Eduardo Guim Chefe do Setor de Apoio
Diagnóstico e Terapêutico
Mara Regina Rosa Ribeiro
Chefe da Divisão de
Enfermagem
Eduardo De Lamonica Freire Gerente de Atenção à Saúde
14
Procedimento Operacional Padrão nº 16, de 13 de abril de 2016
POP/SADT-UCC/006/2016 Tricotomia Cirúrgica Versão 1.0
OBJETIVO
Preparar a pele para procedimento cirúrgico através da remoção de pelos como medida de
prevenção a infecção em sítio cirúrgico,
DOCUMENTOS RELACIONADOS
POP/SVSSP/001/2015 – Higienização das Mãos.
ABREVIATURA E SIGLAS
EPI – Equipamento de Proteção Individual
SCIH – Serviço de Controle de Infecção Hospitalar
CME – Central de Material e Esterilização
APLICAÇÃO
Este padrão se aplica a Unidade de Cirurgia / Recuperação Pós Anestésica, nas salas
operatórias, sala de pequena cirurgia e sala de escopias.
RESPONSÁVEL
Enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliar de enfermagem, e equipe cirúrgica, acadêmicos de
enfermagem e residentes.
I. INTRODUÇÃO
A tricotomia cirúrgica é o preparo da pele para a realização de alguns procedimentos, facilitando
a visualização da área através da remoção dos pelos, preferencialmente com aparelho elétrico.
O procedimento deve ser realizado na sala de cirurgia.
II. DESCRIÇÃO DAS TAREFAS
Materiais necessários
Bandeja.
15
Gaze estéril.
Tricotomizador descartável
Tesoura ponta romba estéril
Ampolas de Soro Fisiológico 0,9%
Clorexidina
EPIs ( roupa privativa, máscara, sapato fechado, touca, propé, luvas de procedimento)
Procedimento
1. Proceder a lavagem das mãos conforme recomendações do SCIH POP/SVSSP/001/2015
– Higienização das Mãos.
1. Realizar desinfecção da bandeja e reunir todo o material na bandeja
2. Verificar e confirmar a área a ser tricotomizada de acordo com o procedimento
3. Posicionar o paciente de maneira confortável e manter a privacidade do mesmo, evitando
a exposição desnecessária do seu corpo;
4. Calçar as luvas de procedimento
5. Cortar os pelos longos com a tesoura, se necessário e desprezá-los no lixo
6. Umidecer a região com clorexidina, esticar a pele com uma tração suave em direção
oposta a raspagem. Com a outra mão passar o tricotomizador rente a pele, no sentido da
inserção, com movimentos firmes e regulares. Observar para que todos os pêlos sejam
removidos
7. Descartar no lixo os pêlos cortados e o material de uso único.
8. Desprezar o tricotomizador com lâminas em caixa de perfuro cortante
Desvios/Ações
Realize a tricotomia o mais próximo do momento de iniciar o procedimento cirúrgico
III. REFERÊNCIAS
Medeiros, E. A. S.; Wey, S. B. Diretrizes para a prevenção e o controle de infecções relacionadas
à assistência à saúde. Comissão de epidemiologia hospitalar. Hospital São Paulo. UNIFESP. São
Paulo. 2011.
http://www.hospitalsaopaulo.org.br/sites/manuais/arquivos/2015/centro_cirurgico/POP_Tricot
omia_cirurgica.pdf
16
Procedimento Operacional Padrão nº 17, de 13 de abril de 2016
POP/SADT-UCC/008/2016 Limpeza Prévia dos Instrumentais Cirúrgicos Versão 1.0
OBJETIVO
Remover o excesso de sujidade dos instrumentais cirúrgicos de modo a prepará-los para a
limpeza na CME, evitando assim, a formação de biofilme.
DOCUMENTOS RELACIONADOS
Não se aplica
ABREVIATURA E SIGLAS
EPI – Equipamento de Proteção Individual
CC – Centro Cirúrgico
CME – Central de Material e Esterilização
RPA – Recuperação Pós Anestésica
APLICAÇÃO
Este padrão se aplica a Unidade de Cirurgia / Recuperação Pós Anestésica, nas salas
operatórias, sala de pequena cirurgia e sala de escopias.
RESPONSÁVEL
Enfermeiros, técnicos de enfermagem e auxiliar de enfermagem, e acadêmicos de enfermagem.
I. INTRODUÇÃO
É limpeza prévia dos instrumentais ainda em sala cirúrgica.
II. DESCRIÇÃO DAS TAREFAS
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Materiais necessários:
Recipiente plástico;
Compressas limpas;
Soro fisiológico de 500ml;
01 Seringa de 10ml;
E.P.I 's (gorro, luvas de procedimento, máscara cirúrgica).
Técnico, Auxiliar em Enfermagem (Instrumentador)
1. Verificar se todos os perfurocortante foram retirados;
2. Separar os instrumentais dos materiais de vídeo;
3. Fechar as pinças traumáticas (backaus, pozzi, Kocher), e separar;
4. Desmontar todas as pinças, trocater, aspirador entre outros de vídeo;
5. Friccionar cada instrumental com uma compressa limpa embebida em soro fisiológico, de modo
a retirar o excesso de sangue e secreções, com atenção as reentrâncias e cremalheiras;
6. Abrir as pinças atraumáticas e acondicionar os instrumentais em caixa plástica rígida, com as
pinças delicadas sobre as mais pesadas;
7. Aspirar soro fisiológico com uma seringa de 10ml e injetar nos canulados e extensões e
materiais com lúmen, de modo a retirar o sangue e secreções de seu interior. Injetar o soro,
quantas vezes for necessário, até ele sair transparente;
8. Repetir o mesmo procedimento com os materiais de vídeo, dando atenção àqueles com lúmen,
canulados e óticas;
9. Verificar se todos os instrumentais foram limpos e se foram retirados da mesa de Mayo.
10. Separar as óticas e cabos de fibra ótica em um vasilhame sem água.
11. Fechar o recipiente plástico com uma tampa;
12. Transportar para o expurgo do CC e adicionar água ao recipiente de forma a cobrir o
material, exceto nas óticas e cabos de fibra ótica.
Desvios/ações
Comunicar ao enfermeiro para substituir ou solicitar reparos dos materiais danificados ou
que apresentem resultados duvidosos;
18
Comunicar ao enfermeiro caso perceba a falta de instrumental pertencente aos kits, para
realizar a busca dos mesmos com a equipe circulante do CC.
Atentar para junções e cremalheiras;
III. REFERÊNCIAS
SOBECC. Práticas recomendadas SOBECC: Central de Material de Esterilização, Centro
Cirúrgico e Recuperação Pós-anestésica. 6ed. Manole: São Paulo, 2013.
IV. ELABORAÇÃO
NOME CARGO ASSINATURA/CARIMBO
Bruna Cristina da Silva Santos Enfermeira Assistencial
V. REVISÃO
NOME CARGO ASSINATURA/CARIMBO
Eglivani F. Miranda Enfermeira Chefe Unidade de
Cirurgia/RPA/CME
VI. APROVAÇÃO
NOME CARGO ASSINATURA/CARIMBO
Eduardo Guim Chefe do Setor de Apoio
Diagnóstico e Terapêutico
Mara Regina Rosa Ribeiro
Chefe da Divisão de
Enfermagem
Eduardo De Lamonica Freire Gerente de Atenção à Saúde
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IV. ELABORAÇÃO
NOME CARGO ASSINATURA/CARIMBO
Cláudia Irene Reis Arruda Enfermeira Assistencial
V. REVISÃO
NOME CARGO ASSINATURA/CARIMBO
Eglivani F. Miranda Enfermeira Chefe Unidade de
Cirurgia/RPA/CME
VI. APROVAÇÃO
NOME CARGO ASSINATURA/CARIMBO
Eduardo Guim Chefe do Setor de Apoio
Diagnóstico e Terapêutico
Mara Regina Rosa Ribeiro
Chefe da Divisão de
Enfermagem
Eduardo De Lamonica Freire Gerente de Atenção à Saúde
20
Procedimento Operacional Padrão nº 18, de 13 de abril de 2016
POP/SADT-ULAB/004/2016 Hematologia Versão 1.0
OBJETIVO
O hemograma reunido aos dados clínicos permite conclusões diagnósticas e prognósticas de
grande número de patologias.
GLOSSÁRIO/ABREVIATURAS/SIGLAS
HEM - Hemograma;
Hb - Dosagem da hemoglobina;
Ht - Hematócrito;
VCM - Volume Corpuscular Médio;
HCM - Hemoglobina Corpuscular Média;
CHCM - Concentração da Hemoglobina Corpuscular Média.
APLICAÇÃO
Este padrão se aplica a Unidade Laboratório de Patologia Clínica
RESPONSÁVEL
Biomédicos, Farmacêuticos – Bioquímicos, Químicos e Técnicos de Laboratório.
i. INTRODUÇÃO
O hemograma é o nome dado ao conjunto de avaliações das células do sangue.
É composto por três determinações básicas que incluem as avaliações dos eritrócitos (ou série
vermelha), dos leucócitos (ou série branca) e das plaquetas (ou série plaquetária).
A análise da série vermelha é constituída pelas seguintes determinações básicas:
1 – Contagem de eritrócitos (CE): 106/mm3
2 – Dosagem da hemoglobina (Hb): g/dL
3 – Hematócrito (Ht): %
4 – Volume Corpuscular Médio (VCM): μm3 ou fm3
5 – Hemoglobina Corpuscular Média (HCM): pg
21
6 – Concentração da Hemoglobina Corpuscular Média (CHCM): g/dL
Recentemente com a automatização das avaliações das células do sangue, aliada a programas
de informática, obtém-se dados sobre diâmetro ou superfície celular, histograma e gráficos de
distribuição de células. Especificamente para a série vermelha a automatização fornece o índice
RDW que avalia a amplitude da superfície dos eritrócitos.
A série branca, por sua vez, é analisada por meio dos seguintes índices:
1 – Contagem total de leucócitos (CTL): 103/mm3
2 – Contagem diferencial de leucócitos (CDL)
Neutrófilos (Bastonetes e Segmentados): % e 103/mm3
Eosinófilos: % e 103/mm3
Basófilos: % e 103/mm3
Linfócitos: % e 103/mm3
Monócitos: % e 103/mm3
A contagem diferencial de cada leucócito é emitida em % (ou valor relativo) e em 103/mm3
(ou valor absoluto). O valor absoluto tem melhor expressão diagnóstica em relação ao valor
relativo.
As plaquetas são analisadas quantitativamente (CP: 103/mm3) e com uso de contadores
automatizados é possível obter o índice PDW (%) que fornece o resultado da amplitude da
superfície das plaquetas quantificadas, bem como o MPV (fm3) que indica o volume médio
plaquetário.
Todas as avaliações apresentadas até aqui são resultados quantitativos das três séries: vermelha,
branca e plaquetária. Entretanto o hemograma deve abranger as análises qualitativas dos
eritrócitos, leucócitos e plaquetas (através do esfregaço sanguíneo), que consideram o tamanho e
a forma celular, a coloração e as inclusões citoplasmáticas e nucleares, a presença de vacúolos,
as atipias celulares, etc. Essas observações são fundamentais para auxiliar o diagnóstico clínico,
p.ex.: eritrócitos falcizados nos esfregaço sanguíneo indicam relação com doença falciforme;
expressivo número de linfócitos atípicos pode estar relacionado a viroses; plaquetas gigantes
geralmente estão associadas a determinadas síndromes, etc.
O analisador hematológico automático utilizado pelo Laboratório de Patologia Clínica é o CELL –
DYN Ruby. Utiliza a tecnologia MAPSS (Separação de Dispersão Polarizada de Ângulo Múltiplo) e
Citometria de Fluxo a Laser.
Os reagentes utilizados no CELL – DYN Ruby são:
22
1- Diluente Sheath com 20 litros – Mantem o volume de células vermelhas e plaquetas diluído
e estável, durante a contagem e designação de tamanho do ciclo de medição; serve como
fluido leucoprotetor para o processo de enfoque hidrodinâmico.
2- Lyse NOC com 4 litros – Lisa as hemácias; retira o citoplasma da célula branca deixando
intacta de modo que os núcleos possam ser enumerados.
3- Lyse WBC com 4 litros – Atua como diluente para os leucócitos, lisa de forma osmótica as
células vermelhas.
ii. Descrição das tarefas
Tipo de Amostras: Sangue total anticoagulado com EDTA K3 ou K2 (pó ou solução) na
concentração final de 1,5 a 2,2 mg/ml.
Recebimento das amostras: As amostras são entregues no setor de hematologia provenientes da
sala de triagem onde são avaliadas quanto a identificação, posição do rótulo,
volume, coágulos e microcoágulos. Amostras mal identificadas devem retornar ao setor
administrativo. Amostras de pouco volume devem ser tratadas individualmente e seus resultados
avaliados. Amostras coaguladas serão rejeitadas incondicionalmente, devendo o setor de coleta
providenciar sua nova coleta conforme rotina preconizada.
Preparação da Rotina de Trabalho: Separar os pedidos médicos priorizando as emergências.
Separar as amostras com os respectivos pedidos médicos seguindo a prioridade estabelecida
acima, identificar, numerando sequencialmente os tubos de amostras com os respectivos pedidos
médicos. Colocar os tubos no homogeneizador já identificados.
O CELL – DYN Ruby fornece duas formas de introduzir um espécime no analisador:
Modo Fechado:
1- No sistema fechado utilizam-se as racks, onde cada uma delas apresentam 10 posições
para tubo primário convencional;
2- O tubo primário necessita ser devidamente identificado com nome do paciente, n° do
pedido, código de barras e n° de código de barras.
3- Ao inserir os tubos previamente numerados nas racks, atentar para que os códigos de
barra das racks fiquem voltados para frente (para leitura no equipamento);
4- Na tela de corrida, no lado esquerdo no monitor, dar o comando F11 SELECIONAR
FECHADO (pois a tela é touch screen);
5- Na sequencia, dar o comando INICIAR CARREGAMENTO.
6- Na tela de corrida, no lado inferior do monitor, tem a opção IMPRIMIR, caso necessário;
23
7- O tubo é identificado pelo leitor de código de barras no analisador no momento da
aspiração. Volume mínimo de amostra > 1,2 ml. (Seguindo as recomendações do
fabricante do tubo de coleta para o mínimo em tubo de espécimes).
Modo Aberto:
1- Colocar as amostras para homogeneizar devidamente identificadas;
2- Na tela de corrida, dar o comando F12 SELECIONAR ABERTO (o monitor é touch screen);
3- Passar o código de barras no tubo;
4- Aparecerá uma mensagem no lado esquerdo do monitor HOST QUERY;
5- Deve-se tocar na tela do monitor onde aparecerá a palavra PAREADA! – significa que a
amostra está identificada pelo analisador;
6- Abrir o tubo e colocar na posição da agulha para aspirar e pressionar a placa de toque.
7- Volume mínimo de espécime > 0.5 ml.
1.0 - Avaliação microscópica da amostra
Examinar as lâminas das amostras selecionadas após coloração. Utilizar-se do microscópio do
setor (Nikon Modelo Eclipse E-200). Usar objetiva de 40X a seco, a objetiva de 100X de
imersão deve ser reservada para avaliação de inclusões, granulações citoplasmáticas etc.
Avaliar a série vermelha focando campos da cauda da distensão onde os eritrócitos não se
sobrepõem. Observar a forma, dimensão, coloração e empilhamento dos
eritrócitos. Verificar se os dados numéricos do resultado fornecido pelos equipamentos de
automação são comparáveis aos vistos ao microscópio. Avaliar as plaquetas quanto ao
número e morfologia independentemente de terem sido solicitadas ou não. Fazer a
fórmula leucocitária percorrendo a lâmina ao longo da distensão junto a borda lateral da
cauda, método em ameia (iniciar a contagem na borda lateral penetrando no corpo
da lâmina em movimento ziguezague). Contar 100 leucócitos classificando-os. Atentar
para características morfológicas, tintoriais e atípicas. Observar a existência de eritroblastos,
contá-los separadamente dos leucócitos relacionando-os com 100 leucócitos, corrigindo a
contagem global de leucócitos se for o caso.
2.0 – Resultados
As informações contidas nos laudos de resultado resultam das medidas efetuadas no
equipamento com alterações e informações acrescidas após avaliação microscópica da
24
amostra. Estão expressos em formato aceito e consagrado internacionalmente, sendo
liberados diretamente em rede informatizada e interfaceada após conferência individualizada por
profissional de nível superior habilitado. Alterações de resultados devem ser rubricadas.
Para exames de pacientes internados retiram-se duas vias onde, uma via fica no laboratório e
outra via fica com o médico.
3.0 - Cálculos
Valor real da contagem global de leucócitos (WBC): Em caso de presença de mais de 5%
eritroblastos em 100 leucócitos convém descontá-los da leucometria pela fórmula:
WBC = 100 x WBC obtida / 100 + eritroblastos
Diluição de amostras: multiplicar os parâmetros: Leucócitos, hemácias, hemoglobina,
hematócrito e plaquetas pela diluição realizada com a amostra, p.ex.: diluição 1:10 (uma parte de
sangue + 9 partes de diluente Sheath), multiplicar os parâmetros acima por 10. Os demais
parâmetros do resultado não necessitam cálculos.
4.0 - Controle de Qualidade
4.1 Controle Interno: Utiliza-se os controles hematológicos diariamente para monitorar a
determinação dos valores das células sanguíneas no CELL – DYN Ruby para realizar o
diferencial de 3 – partes: Controle Baixo, Controle Normal e Controle Alto.
4.2 Controle Externo: Mensal - PNCQ.
5.0 Estabilidade
A estabilidade dos reagentes de automação é de 60 dias após a abertura e/ou instalação no
equipamento. O corante panótico rápido em uso possui estabilidade de 7 dias e de 3 anos quando
no frasco original.
6.0 Armazenamento:
Temperatura ambiente e abrigo da luz solar, exceto controles hematológicos que ficam na
geladeira com temperaturas entre 2 a 8°C.
7.0 Confecção de lâminas:
25
11
Método: Método de Cunha – Preparo da distensão com uso de duas lâminas de vidro
para microscopia, uma para receber a distensão e outra chamada de lâmina distensora.
Reagentes / Materiais: Solução salina (soro fisiológico) para limpeza da
lâmina distensora. Lâminas de vidro para microscopia. Lâmina distensora (lâmina
lapidada nas quatro faces, com as bordas recortadas a fim de torná-la ligeiramente mais
estreitas que as lâminas para microscopia). Pipetas de 5µl, ponteiras e lápis
dermográfico.
Técnica:
7.1 Colocar uma gota ( 2 a 3 mm de diâmetro) de sangue devidamente homogeneizado (usando a
pipeta de5µl) aproximadamente a 1 cm do final de uma lâmina para microscopia limpa, seca e
isenta de pó e gordura e apoiada em uma superfície plana ( bancada de trabalho);
7.2 Com o polegar e o indicador segurar o final (extremidade) da lâmina distensora com ângulo
de 30 a 45 graus em frente a gota de sangue na lâmina descrita acima;
7.3 Puxar a lâmina distensora para traz até entrar em contato com a gota de sangue. Deixar o
sangue espalhar-se e completar o angulo formado entre as duas lâminas;
7.4 Empurrar a lâmina distensora para frente a uma velocidade moderada e constante, até que a
gota de sangue tenha sido espalhada em um filme moderadamente delgado. Observar para
que o ângulo entre as lâminas seja mantido igual em todo o processo;
7.5 Secar a distensão por repouso, ao ar por agitação;
7.6 Identificar as lâminas com número sequencial do setor, usando lápis dermográfico;
7.7 Limpar a lâmina distensora utilizando uma gaze embebida em solução fisiológica;
7.8 Repetir o processo para todos os hemogramas solicitados.
8.0 Coloração de lâminas
Método: Baseia-se no princípio de coloração hematológica estabelecida por
Romanowsky, cujas células apresentam estruturas nucleares e citoplasmáticas que
possuem afinidade por corantes ácidos e básicos ou coram-se tanto pelo ácido ou pela
base. Esta variação de afinidade pelos corantes é que permite a classificação dos
diferentes tipos de leucócitos.
Apresentação do corante para contagem diferencial em hematologia - Caixa contendo 3 frascos
com 500 ml de:
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Instant Prov I: Solução de Ciclohexadienos a 0,1%;
Instant Prov II: Solução de Azobenzenosulfônicos a 0,1%;
Instant Prov III: Solução de Fenotiazinas a 0,1%.
Técnica de coloração:
8.1. Mergulhar lâmina com a distensão sanguínea na cuba do corante Instant Prov I e deixar por
10 segundos. Durante esse tempo não há necessidade de se executar nenhum movimento, apenas
deixar a lâmina totalmente submersa no corante. Aos 10 segundo retirar do corante e deixar
escorrer durante 5 segundos;
8.2 Colocar a lâmina na cuba do corante Instant Prov II e deixar durante o tempo de 10
segundos. Durante este tempo não há necessidade de se executar nenhum movimento, apenas
deixar a lâmina totalmente submersa no corante. Retirar do corante e deixar escorrer durante 5
segundos;
8.3 Colocar a lâmina na cuba do corante Instant Prov III e deixar durante o tempo de 20
segundos. Durante este tempo não há necessidade de se executar nenhum movimento, apenas
deixar a lâmina totalmente submersa no corante. Retirar do corante e deixar escorrer durante 5
segundos e lavar a lâmina em água corrente.
OBS:
A técnica de coloração deve ser seguida rigorosamente observando o volume de corante
( a extensão totalmente submersa no corante) e o intervalo de 5 segundos entre os
corantes e o enxágue ( o corante deve escorrer bem);
Para evitar evaporação do corante I e alterações nos corantes II e III, as cubas devem ser
bem fechadas;
Observar periodicamente o volume do corante I, pelo fato de ser alcoólico e pode
evaporar. O seu volume pode ser completado sempre que necessário;
Os corantes II e III que estão na cuba não devem ser completados e sim desprezados. O
tempo para que os corantes sejam desprezados depende do numero de lâminas que são
coradas diariamente. Ao desprezar o corante, a cuba deve ser lavada com agua
deionizada e estar seca antes de se adicionar novo volume de corante;
A lavagem da lâmina deve ser feita com agua deionizada recente. O pH da agua de
lavagem interfere na coloração.
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iii. REFERÊNCIA
LORENZI, T.F. Manual de Hematologia – Propedêutica e Clínica. Editora Médica e
Científica, 1992.
WILLIAM, JW, et. at. Manual de Hematologia de Williams. Editora Artmed, 2005, Porto
Alegre.
Manual Operacional do Equipamento CELL – DYN Ruby, produzido pela PMH.
IV. ELABORAÇÃO
NOME CARGO ASSINATURA/CARIMBO
Déborah Claudia Denis de
Souza Caetano
Farmacêutica - Bioquímica
V. REVISÃO
NOME CARGO ASSINATURA/CARIMBO
Teresinha Célia de Mesquita Farmacêutica – Bioquímica
VI. APROVAÇÃO
NOME CARGO ASSINATURA/CARIMBO
Amanda Colichio Bini
Napoleão
Chefe da Unidade Laboratório
de Análises Clínicas e
Anatomia Patológica
Eduardo De Lamonica Freire
Gerente de Atenção à Saúde
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Protocolo Clínico nº 01, de 13 de abril de 2016
PC/SADT-AGT/001/2016 Conduta em Reação Transfusional Versão 1.0
OBJETIVO
Orientar os profissionais de saúde na conduta em caso de reação adversa relacionada ao ato
transfusional.
DOCUMENTOS RELACIONADOS
POP de Solicitação de Transfusão;
POP de Coleta de sangue;
POP de Exames Imunohematológicos Pré transfusionais;
Ficha de acompanhamento de transfusão
Ficha de Notificação e Investigação de Incidentes Transfusionais.
GLOSSÁRIO/ABREVIATRUAS/SIGLAS
ALG - Reação alérgica leve, moderada e grave
ALO/PAI - Aloimunização eritrocitária / Pesquisa de Anticorpos irregulares
CB - Contaminação bacteriana
CIVD - Coagulação intravascular disseminada
DECH/GVHD Doença do enxerto-contra-hospedeiro pós transfusional
DM - Distúrbios metabólicos
HEMOS - Hemossiderose
HLA - Aloimunização
HIPOT - Hipotensão relacionada à transfusão
IgG – Imunoglobulina G
IgE – Imunoglobulina E
IgA – Imunoglobulina A
IgM – Imunoglobulina M
PTT Púrpura pós transfusional
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Rx – Raio X
RFNH - Reação febril não-hemolítica
RHAI - Reação hemolítica aguda imune
RHANI - Hemólise não imune aguda
SC/TACO - Sobrecarga circulatória relacionada à transfusão
TRALI - Lesão pulmonar aguda relacionada à transfusão
APLICAÇÃO
Este documento se aplica em todas as unidades assistenciais onde ocorre a transfusão sanguínea
e na agência transfusional.
RESPONSÁVEL
Médico, residente de medicina, enfermeiro, residente de enfermagem, acadêmico de
enfermagem, técnico de enfermagem, técnico do laboratório da agência transfusional e auxiliar
de enfermagem.
I. INTRODUÇÃO
A reação transfusional é toda e qualquer intercorrência que ocorra como consequência da
transfusão sanguínea, durante ou após a sua administração.
As reações transfusionais podem ser classificadas como:
Imediatas – até 24 horas da transfusão (Imune e Não Imune);
Tardias – após 24 horas da transfusão (Imune e Não Imune).
IMUNE NÃO IMUNE
IMEDIATA Reação febril não-hemolítica
(RFNH)
Sobrecarga circulatória relacionada à
transfusão (SC/TACO)
Reação hemolítica aguda imune
(RHAI)
Contaminação bacteriana (CB)
Reação alérgica leve, moderada e
grave (ALG)
Hipotensão relacionada à transfusão
(HIPOT)
30
Lesão pulmonar aguda relacionada
à transfusão
(TRALI)
Hemólise não imune aguda (RHANI)
Distúrbios metabólicos (DM)
Embolia aérea
Hipotermia
TARDIA Aloimunização eritrocitária
(ALO/PAI)
Hemossiderose (HEMOS)
Aloimunização (HLA) Transmissão de doenças infecciosas
Doença do enxerto-contra-
hospedeiro pós transfusional
(DECH/GVHD)
Púrpura pós transfusional (PTT)
Imunomodulação
Fonte: Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Hospitalar e de
Urgência. Guia para o uso deHEMOCOMPONENTES. 2ªed. Brasília, 2014.
II. DEFINIÇÕES
2.1 Reações Imunológicas imediatas
2.1.1 Reação urticariforme
Definição: É a reação transfusional mais comum, ocorrendo em 1 a 2% dos pacientes e sua
etiologia está relacionada à hipersensibilidade às proteínas plasmáticas. É caracterizada por
lesões urticariformes, provocadas pela formação de anticorpos contra substâncias solúveis no
plasma do receptor. Ocorre logo após o início da transfusão, mas pode se instalar até duas a três
horas do seu término.
Sintomas: prurido, eritema, pápulas, rush. Raramente evolui para anafilaxia. Os sintomas e sinais
como rouquidão, dispneia, ansiedade, cianose, dor torácica e tosse podem ser as primeiras
manifestações indicando comprometimento do trato respiratório superior. O desaparecimento das
lesões pode ocorrer em 8 horas. Esta é uma das únicas situações transfusionais na qual, não
ultrapassando as primeiras quatro horas de infusão, pode-se retornar à transfusão.
31
2.1.2 Reação anafilática
Definição: Reação imediata grave que ocorre após transfusão de poucos mililitros de sangue.
Ocorre pela presença de IgG ou IgE ou anti-IgA em receptores deficientes em IgA. A
frequência é de uma reação a cada 20.000 a 50.000 transfusões.
Sintomas: quadro grave de broncoespasmo, edema de glote e sensação de morte iminente,
urticária generalizada, hipotensão arterial, perda da consciência, arritmia cardíaca e choque.
2.1.3 Reação febril não hemolítica
Definição: É a elevação da temperatura corporal acima de 1ºC num paciente submetido a
transfusão. Ocorre pela interação de anticorpos presentes no receptor contra os antígenos em
granulócitos, linfócitos e plaquetas do doador. Também são devidas às substancias (citocinas)
presentes em grandes quantidades, liberadas pelos leucócitos durante a estocagem dos
concentrados de plaquetas. Frequência de 0.5 a 1.5% principalmente em politransfundidos.
Ocorre logo após o início ou até 04 horas após a transfusão.
Sintomas: tremores, calafrios e elevação aguda da temperatura, nos casos mais graves, cefaleia,
náusea, vômito, hipertensão e dispnéia.
2.1.4 Reação hemolítica aguda
Definição: São causadas por reação de antígeno-anticorpo, envolvendo os anticorpos naturais
IgM (anti-A, Anti-B, Anti-AB) ou imune, presentes no soro do paciente e respectivo antígeno
presente na unidade transfundida, resultando na hemólise das hemácias ou liberação de
citocinas, ativação de complemento (hemólise intravascular – ABO, Kell, Duffy e Kidd), ativação
da via intrínseca da coagulação e geração de bradicinina que pode desencadear hipotensão
arterial e vasoconstrição dos principais órgãos levando a insuficiência renal. Frequência uma a
cada 5.000 a 10.000 transfusões. Ocorrem minutos a horas da do início da transfusão.
32
Sinais e sintomas: Dor no trajeto venoso, ansiedade e angústia respiratória, dor torácica, dor
lombar, dispnéia, tremores, febre 39 a 42ºC, cianose labial e de extremidades, hipotensão,
podendo evoluir para quadro grave com choque, coagulação intravascular disseminada (CIVD),
insuficiência renal aguda. A intensidade da reação depende da quantidade de sangue infundido
e dos títulos e tipos dos anticorpos envolvidos. Sabe-se que aproximadamente cerca de 30 ml de
sangue incompatível infundido pode levar ao óbito do paciente.
2.1.5 Trali – injúria pulmonar aguda
Definição: Reação imediata grave, caracterizada pela presença de anticorpos antileucocitários,
presentes na bolsa de sangue transfundido, que se ligam ao antígeno do receptor e se aglutinam
na vasculatura pulmonar, com liberação de enzimas lisossômicas, ativação de complemento,
aumento da permeabilidade vascular pulmonar e extravasamento de líquido nos alvéolos.
Freqüência1 em cada 5.000 a 10.000 transfusões. Ocorre em até 04 horas após a transfusão.
Depois da RHA é a causa mais comum de reação transfusional fatal – 5%.
Sinais e sintomas: Angústia respiratória, dispnéia, hipoxemia e taquicardia, podendo evoluir com
febre alta, hipotensão, calafrios, cianose de extremidades e insuficiência respiratória.
Existe um infiltrado pulmonar difuso intenso no Rx de pulmão. O quadro é autolimitado e tende a
desaparecer em 48 a 96 horas.
2.2 Reações Não imunológicas imediatas
2.2.1 Sobrecarga circulatória
Definição: Decorre do súbito aumento da volemia em geral num paciente cardiopata.
Sintomas: Agitação psicomotora, dispnéia, hipóxia.
2.2.2 Reações hemolíticas
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Definição: Reação rara, mas pode ocorrer por inadequada estocagem e/ou manipulação,
congelamento, aquecimento, adição de drogas e/ou soluções não compatíveis com a transfusão.
Alterações de hemoglobinas (AS) ou de enzimas (G6PD) do doador podem, em alguns casos, se
associar a hemólise do sangue transfundido.
Sintomas: Febre, calafrios, dor torácica, náuseas, dispnéia, CIVD, dor lombar, hipotensão,
sangramento, oligúria / anúria e hemoglobinúria.
2.2.3 Embolia gasosa
Definição: Rara, porém fatal, conforme a intensidade da ocorrência.
Sintomas: Dor torácica, dispnéia, hipóxia e cianose.
2.2.4 Contaminação bacteriana
Definição: Reação rara, dramática, com alto índice de mortalidade.
Sintomas: Febre, vasodilatação periférica, cólica intestinal, dor muscular, choque séptico,
diarreia, CIVD e insuficiência renal.
2.2.5 Alterações metabólicas
Definição: As principais alterações metabólicas ocorridas com o uso de sangue estocado referem-
se ao citrato e ao potássio. A toxidade do citrato ocorre nos pacientes submetidos a transfusões
maciças (troca de uma volemia em 24 horas).
Sintomas: Parestesias periorais, tremores musculares e, nos casos graves, náuseas, vômitos e
alterações cardíacas como arritmias. Estes sinais são aumentados se houver hipotermia ou
hepatopatias associadas. Toxidade do Potássio só ocorre em pacientes hipercalêmicos e
nefropatas que recebem grandes volumes de transfusão.
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2.3 Reações tardias imunológicas
2.3.1 Reação hemolítica tardia
Definição: Está reação costuma aparecer após 24 horas, ou mesmo dias ou semana após o
sangue ter sido transfundido. A hemólise é lenta e gradual com queda da hemoglobina.
Geralmente a hemólise é extravascular, ocasionada por anticorpos do sistema Rh, Kell, Kidd,
Duffy e outros. Frequência ocorre em 1 a cada 200 transfusões, clinicamente detectável em
apenas 0.05 a 0.07% dos pacientes transfundidos.
Sintoma: A maioria dos pacientes não apresenta manifestação clínica, sendo a suspeita feita
laboratorialmente. Em geral apresentam anemia, outros têm icterícia, anemia e hemoglobinúria,
raramente calafrios, febre, dores e dispnéia.
Diagnóstico laboratorial: Queda do nível de hemoglobina e haptoglobina, aumento da
desidrogenase láctica, bilirrubina indireta e leucócitos, presença de anticorpos irregulares e
Coombs direto positivo.
2.3.2 Púrpura pós-transfusional
Definição: Caracterizada por trombocitopenia de início abrupto, decorrente da formação no
receptor de anticorpos antiplaquetários contra o antígeno HPA-1a que está presente em
aproximadamente em 98% dos indivíduos. Estes anticorpos destroem não só as plaquetas
transfundidas como também as autólogas. Frequência 1 a cada 1000 unidades de concentrado de
plaquetas transfundidos.
Sintomas e sinais: Trombocitopenia (podendo atingir níveis severos com valores menores que
10.000/mm³), variando de sangramento localizado como púrpuras, até difusos, acometendo
trato gastrointestinal, urinário e cerebral. Contagem diminuída de plaquetas aparece após 5 a 10
dias depois da transfusão. Mortalidade é de 10 a 15% principalmente de hemorragia
intracraniana.
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2.3.3 Reação enxerto versus hospedeiro
Definição: A transfusão de células imunologicamente viáveis em pacientes imunocompetentes
pode levar ao reconhecimento de antígenos estranhos do receptor e iniciar processo de rejeição
celular mediada por células T (CD4 e CD8). É comum em pacientes submetidos a transplante de
medula óssea. Os neonatos, os portadores de imunodeficiência genética, os imunossuprimidos
por drogas e irradiações e transplante alogênicos de medula são os mais propensos ao
desenvolvimento de REVH.
Sinais de Sintomas: Alterações inflamatórias de pele, fígado e sistema gastrintestinal. Começa 5 a
30 dias após a transfusão. Rush cutâneo, náusea, vômitos, diarreia e icterícia. Mortalidade de 90
a 100%.
2.4 Reações tardias não imunológicas
2.4.1 Doenças infecciosas transmissíveis pelo sangue
Todos os casos em que haja suspeita de uma contaminação adquirida por transfusão
devem ser adequadamente avaliados. Recomenda-se um novo estudo dos doadores das
unidades de sangue ou componentes suspeitos. Este estudo inclui a convocação e a retestagem
de todos os doadores envolvidos.
DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS POR VÍRUS
Hepatite pós – transfusionais – B, C e Delta;
Herpes vírus – Citomegalovírus e vírus Epstein Barr;
HTLV-I e HTLV –II;
HIV-I e HIV-II.
DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS POR ESPIROQUETAS
Sífilis
Doença de Lyme – Artrite migratória / lesões neurológicas e cardiológicas.
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DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS POR PROTOZOÁRIOS
Doença de Chagas
Malária
HEMOSSIDEROSE
Costuma ocorrer após a centésima transfusão e, pode ser controlada mediante o uso de
quelantes – desferrioxamina e pelo controle periódico dos níveis séricos de ferritina.
III. CONDUTA
3.1 Reação urticariforme
Prevenção
1. Administrar pré - medicação com anti-histamínico e/ou paracetamol e/ou corticosteroide
após uma primeira reação urticariforme.
2. Iniciar com hemácias lavadas após duas ou mais reações.
Observação: Os filtros de remoção de leucócitos nestes casos são ineficientes, pois, não retém
proteínas plasmáticas.
Tratamento
1. Suspender a infusão do hemocomponente;
2. Manter o acesso venoso com solução fisiológica 0,9%;
3. Comunicar ao médico responsável pelo paciente ou plantonista;
4. Verificar sinais vitais do paciente: Pressão Arterial, Pulso e Temperatura;
5. Anti-histamínicos - difenidramina - Benadryl - 3 a 5 mg/kg/dia;
6. Hidrocortisona 100 mg IV nos casos lesão generalizada;
7. Intubação e epinefrina - nos acometimentos de vias respiratórios alta.
3.2. Reação anafilática
Prevenção
1. Utilizar concentrado de hemácias lavadas ou componentes sanguíneos deficiente de IgA.
Tratamento
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1. Interromper a infusão do hemocomponente;
2. Manter o acesso venoso com solução fisiológica 0,9%;
3. Comunicar ao médico;
4. Verificar sinais vitais do paciente: Pressão Arterial, Pulso e Temperatura;
5. Colocar o paciente em posição de Trendelenburg;
6. Manter vias aéreas permeáveis e utilizar oxigenioterapia;
7. Administrar:
a. Anti – histamínicos - difenidramina - Benadryl - 50 a 100 mg (3 a 5 mg/kg/dia)
principalmente se tiver manifestação cutânea;
b. Hidrocortisona 100 a 500 mg EV
c. Epinefrina – Subcutânea (solução 1:1000) - 0.3 a 0.5 ml em adulto e 0.01 ml
em criança, repetir a cada 20 a 30 minutos.
d. Epinefrina endovenosa (solução 1:10000) - 0.5 mg em adulto e repetir a cada
5 a 10 minutos;
e. Aminofilina 6 mg / Kg endovenosa nos quadros de broncoespasmo;
f. Intubação orotraqueal – quando houver obstrução importante de vias
respiratórias altas.
3.3 Reação febril não hemolítica
Prevenção
1. Administrar pré-medicação com: Paracetamol 500 a 750 mg via oral
Difeniladramina EV ou Oral.
Após duas ou mais RFNH, utiliza-se filtro de remoção de leucócitos.
Tratamento
1. Em caso de febre relacionada à transfusão com elevação da temperatura corporal acima
de 1ºC após o início da transfusão e atingindo temperatura superior 38ºC a transfusão será
interrompida imediatamente e o componente sanguíneo não será mais infundido no
paciente;
2. Manter o acesso venoso com solução fisiológica 0,9%;
3. Comunicar ao médico responsável pelo paciente ou plantonista;
4. Verificar sinais vitais do paciente: Pressão Arterial, Pulso e Temperatura;
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5. Administrar antipiréticos – paracetamol (500 a 750 mg em adulto);
6. Administrar Meperidina (Dolantina 25 a 50 mg em adulto) EV se tiver calafrios intensos;
7. Não usar Dolantina em pacientes com desconforto respiratório.
3.4 Reação hemolítica aguda
Prevenção
1. Checar o nome do paciente;
2. Checar o tipo sanguíneo escrito na etiqueta que acompanha a bolsa e o nome que está
escrito no prontuário, principalmente se o paciente estiver inconsciente.
Tratamento
1. Suspender imediatamente a transfusão;
2. Manter o acesso venoso com solução fisiológica 0,9%;
3. Hidratação venosa com S.F 3000 ml/m²/dia, para manter o débito urinário acima de 100
ml/hora por pelo menos 24 horas em adulto;
4. Bicarbonato de sódio para manter o pH urinário acima de 7;
5. Diuréticos – Furosemida 40 a 80 mg para adulto e 1 a 2 mg/kg para criança, podendo ser
repetido uma vez;
6. Pode-se alternativamente usar manitol 20% na dose de 100 ml/m² em 30 a 60 minutos
seguidos de 30 ml/m² por hora nas próximas 12 horas – adulto;
7. Casos de Hipotensão: Iniciar com Dopamina 5 a 10 microgramas/Kg/min e monitorar PA
8. Coagulação intravascular disseminada – Heparina dose inicial de 5.000U e manutenção
de 1500U/hora por seis a 24 horas;
9. Solicitar exames de perfil hemolítico, imunohematológicos, ureia, creatinina, coagulação e
urina;
10. Efetuar controle da diurese do paciente, observando e anotando o volume e coloração, e
guardando as amostras em tubos sequenciais com horário e número da amostra;
11. Enviar para o Serviço de Hemoterapia, a bolsa que estava sendo transfundida, com a
respectiva etiqueta preenchida no verso, para realização da retipagem, prova cruzada e
cultura.
39
3.5 Trali – injúria pulmonar aguda
Tratamento
Suspender imediatamente a transfusão;
Manter o acesso venoso com solução fisiológica 0,9%;
Suporte respiratório – ventilação assistida;
Elevar o decúbito;
Instalar cateter de O2 úmido;
Manter pressão arterial com infusão de fluidos;
Administrar corticoide – controverso.
Prevenção
1. Realizar a lavagem das hemácias a serem transfundidas, uma vez que os anticorpos estão
presentes no plasma.
2. Comunicar ao serviço de hemoterapia produtor do componente sanguíneo os casos de
suspeita de reação por contaminação microbiana ou lesão pulmonar aguda relacionada à
transfusão (TRALI), para rastreamento do(s) provável(eis) doador(es) envolvido(s) e dos
demais componentes sanguíneos dele(s) porventura coletado(s), de acordo com o
protocolo do serviço.
Observação: Os doadores associados ou implicados com caso de TRALI serão liberados para
doação de sangue total, mas não para doação de plaquetas por aférese.
3.6 Não imunológicas imediatas
3.6.1 Sobrecarga circulatória
Prevenção
1. Transfundir lentamente e não exceder 04 horas. Nos pacientes muitoanêmicos
recomenda-se transfundir 01 concentrado por dia.
Tratamento
1. Suspender imediatamente a transfusão;
2. Manter o acesso venoso com solução fisiológica 0,9%;
3. Elevar o decúbito;
4. Instalar cateter de O2 úmido.
40
3.6.2 Reações hemolíticas
Tratamento
1. Suspender imediatamente a transfusão;
2. Manter o acesso venoso com solução fisiológica 0,9%;
3. Elevar o decúbito;
4. Instalar cateter de 02 úmido
3.6.3 Embolia gasosa
Prevenção
1. Eliminar presença de ar no equipo.
Tratamento
1. Suspender imediatamente transfusão;
2. Manter o acesso venoso com solução fisiológica 0,9%;
3. Elevar o decúbito;
4. Instalar cateter de O2 úmido.
3.6.4 Contaminação bacteriana
Prevenção
1. Efetuar assepsia rigorosa da pele do doador, caso contrário haverá contaminação com
gram-positivo da pele e folículos pilosos. A contaminação após a coleta é, geralmente,
por gram negativos que resistem às baixas temperaturas de estocagem. A contaminação
de concentrado de plaquetas é por gram positivos.
Tratamento
1. Suspender imediatamente a transfusão;
2. Manter o acesso venoso com solução fisiológica 0,9%;
3. Antibioticoterapia largo espectro;
4. Instalar cateter de O2 úmido;
41
5. Manutenção da Pressão arterial;
6. Assistência respiratória.
3.6.5 Alterações metabólicas
Tratamento
1. Administrar gluconato de cálcio a 10% - 2 ml para cada 500 ml de plasma transfundido.
3.7 Reações tardias imunológicas
3.7.1 Reação hemolítica tardia
Prevenção
1. Pesquisa de anticorpos irregulares com atenção;
2. Transfusão com sangue antígeno negativo, contra o qual o anticorpo foi formado;
3. Fenotipagem de pacientes que serão politransfundidos para evitar aloimunização.
Tratamento:
1. Raramente é necessário, mas é prudente monitorar o fluxo urinário, a função renal
e as alterações de coagulação;
2. Usar hemácias sem o antígeno correspondente;
3. Se ocorrer insuficiência renal e de CIVD deve ser tratada como na hemólise aguda;
4. Também se recomenda exsanguíneo-transfusão se a quantidade de hemácias
transfundidas for grande.
3.7.2 Púrpura pós-transfusional
Prevenção
1. Transfundir concentrado de plaquetas isenta do antígeno HPA-1, porém a sua
disponibilidade é difícil.
Tratamento
1. Transfusão de plaquetas HPA-1 negativo reverte o quadro em 1 dia;
41
2. Plasmaferese;
3. Imunoglobulina intravenosa – 400 a 500 mg/kg por 10 dias;
4. Transfusão de plaquetas só quando há risco de vida.
Controverso
1. Plasma fresco congelado transfusão – exposição ao maior número de doadores;
2. Prednisona 2 mg/kg/dia.
3.7.3 Reação enxerto versus hospedeiro
Prevenção
1. Irradiação de produtos hemoterápicos.
3.8 Reações tardias não imunológicas
3.8.1Doenças infecciosas transmissíveis pelo sangue
1. Comunicar ao médico do paciente a eventual soro conversão de um ou mais
doadores envolvidos no caso;
2. Identificar o doador e encaminhá-lo para tratamento especializado e excluí-lo
do arquivo de doadores do serviço;
3. Registrar nas fichas do receptor e do doador as medidas efetuadas para o
diagnóstico, notificação e derivação;
4. Comunicar a ocorrência autoridade sanitária competente.
DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS POR VÍRUS
Hepatite pós – transfusionais – B, C e Delta;
Herpes vírus – Citomegalovírus e vírus Epstein Barr;
HTLV-I e HTLV –II;
HIV-I e HIV-II.
DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS POR ESPIROQUETAS
Sífilis
Doença de Lyme – Artrite migratória / lesões neurológicas e cardiológicas.
42
DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS POR PROTOZOÁRIOS
Doença de Chagas
Malária
HEMOSSIDEROSE
Costuma ocorrer após a centésima transfusão e, pode ser controlada mediante o uso de
quelantes – desferrioxamina e pelo controle periódico dos níveis séricos de ferritina.
DESVIOS/AÇÕES
Preencher APAC corretamente;
Preencher corretamente a ficha de acompanhamento da transfusão
Anotar no prontuário do paciente toda a conduta médica/enfermagem
IV. REFERÊNCIA
Técnicas Imunohematológicas Pró-Sangue - Hemocentro São Paulo.
Manuais Técnicos – Ambulatório Transfusional Pró-Sangue.
Padronização Laboratório de Compatibilidade UNICAMP.
Biotests/a indústria e comércio. “Triacel®” reagente de glóbulos vermelhos humanos
(bula). médico resp. Dr. Jacob Rosenblit CRM 4313.
Manual de procedimentos operacionais padrão. “Fundação Pró-Sangue, São Paulo SP”.
Marcelli.a. et alli. “Techniques en Imuno-hèmatologie”. Mèdecine-Sciences. Flamarion.
1981.
Lima, Callado Santos. “Curso de Imunohematologia”. Faculdade de Medicina de
Botucatu. UNESP. 1992.
Technical Manual, American Association of Blood Banks .12 th edition, 1996.
Conselho Federal de Enfermagem - Resolução COFEN – Nº 306/2006.
Ministério da Saúde. Portaria Nº 2.712, de 12 de novembro de 2013.
Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Hospitalar e de Urgência. Guia para o uso deHEMOCOMPONENTES. 2ªed. Brasília,
2014.
43
Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução - RDC N. 34,
de 11 de junho de 2014.
Ministério da Saúde. Instrução Normativa Nº 1 de 17 de março de 2015.
V. ELABORAÇÃO
NOME CARGO ASSINATURA/CARIMBO
Márcia B. Cattini de Mello Supervisora Técnica
Hildenete Monteiro Fortes
Chefe da Divisão Médica /
Responsável Técnica pela
Agência Transfusional
VI. REVISÃO
NOME CARGO ASSINATURA/CARIMBO
Hildenete Monteiro Fortes
Chefe da Divisão Médica /
Responsável Técnica pela
Agência Transfusional
Eduardo Guim Chefe do Setor de Apoio
Diagnóstico e Terapêutico
Mara Regina R. Ribeiro Chefe da Divisão de
Enfermagem
VII. APROVAÇÃO
NOME CARGO ASSINATURA/CARIMBO
Eduardo De Lamonica Freire
Gerente da Atenção à Saúde
44
Protocolo Assitencial º 0 1, de 13 de abril de 2016
PA/SVSSP-SCIH/001/2016 Precuações e Isolamento Versão 1.0
OBJETIVO
Eliminar a transmissão de microorganismos no ambiente hospitalar, isto é, as medidas de
prevenção e controle são aplicadas a todos os pacientes, evitando a possibilidade de transmissão
cruzada de patógenos.
GLOSSÁRIO
APECIH – Associação Paulista de Epidemiologia e Controle de Infecção Relacionada à Assistência
à Saúde
CDC - Centers for Diseases Control and Prevention
CVC - Cateter venoso central
EPI – Equipamento de proteção individual
HUJM – Hospital Universitário Júlio Muller
IOT – Intubação orotraqueal
OMS – Organização Mundial de Saúde
RN – Recém - nascido
SCIH – Serviço de Controle de Infecção Hospitalar
SVD – Sonda vesical de demora
SVSSP – Setor de Vigilância de Saúde e Segurança do Paciente
TQT - Traqueostomia
VSR - Vírus Sincicial Respiratório
VZIG – Imunoglobulina contra varicela-zóster
UCINCO – Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal Convencional
APLICAÇÃO
Este padrão se aplica a todas as unidades assistenciais do HUJM.
45
RESPONSÁVEL
Equipe multiprofissional (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, técnicos e auxiliares de
enfermagem, acadêmicos e residentes de medicina ou enfermagem e outros colaboradores do
HUJM).
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Sequência de paramentação (avental, óculos, máscara e luvas)
Figura 2: Sequência de Retirada de Paramentação (luvas, máscara, óculos e avental)
Figura 3: Higiene respiratória
Figura 4: Fluxograma para a Admissão de Pacientes de Outras Instituições
LISTA DE QUADROS
Quadro 1: Síndromes clínicas ou condições que requerem precauções empíricas, associadas às
Precauções Padrão
Quadro 2: Relação das infecções, condições e microorganismos que exigem a aplicação de
precauções (suspeita ou diagnóstico informado)
Quadro 3: Indicações para precauções específicas para mãe e recém-nascido, segundo a
condição quanto a exposição e identificação de anticorpos específicos para varicela.
I. INTRODUÇÃO
O CDC recomenda, desde 2006, duas categorias de precauções, as Precauções Padrão e as
Específicas. As Precauções Padrão devem ser aplicadas a todos os pacientes. Já as Precauções
Específicas devem ser aplicadas para pacientes nos quais há suspeita ou confirmação de
colonização ou infecção que requerem medidas de controle adicionais baseadas na forma de
transmissão do patógeno.
II. PRECAUÇÕES PADRÃO
46
11
Devem ser aplicadas a todos os pacientes, são medidas a serem adotadas, independente do
diagnóstico, da suspeita ou não de processo infeccioso apresentado pelos pacientes. Constituem-
se em um conjunto de medidas que devem ser aplicadas quando houver risco de contaminação
com sangue ou fluido corporal e se houver contato com mucosas ou pele não íntegra de
pacientes. Assim, minimizam o risco de infecção por patógenos veiculados por sangue, fluidos
corporais, mucosa, pele não íntegra ao profissional da saúde e impede transmissão de um
paciente a outro. Seus componentes básicos são:
- Higienização das mãos;
- Seleção e uso adequado de EPIs;
- Prevenção de acidentes com perfurocortantes e material biológico;
- Higiene respiratória e tosse com etiqueta;
- Higiene ambiental e cuidados com materiais, equipamentos, roupas, utensílios alimentares;
- Práticas seguras na administração de medicamentos.
Orientações:
Higienização das Mãos:
- Higienizar as mãos durante a assistência (antes e após o contato com o paciente ou áreas
próximas a ele, imediatamente antes de realizar procedimento asséptico/limpo, imediatamente
após risco de exposição a fluidos corporais, após a retirada de luvas e entre dois procedimentos
realizados no mesmo paciente), utilizando água e sabonete ou produto alcoólico;
Uso de luvas:
- Usar luvas quando houver possibilidade de contato com sangue, fluídos corporais, secreções,
excreções, pele não íntegra, mucosa ou materiais potencialmente infectantes;
- Retirar após uso, antes de tocar em superfícies ou contato com outro paciente, descartando-as;
- Higienizar as mãos após a retirada de luvas;
- Trocar as luvas entre pacientes e entre um procedimento e outro no mesmo paciente.
Máscara e óculos de proteção:
- Utilizar sempre que houver a possibilidade da face do profissional de saúde ser atingida por
respingos de sangue ou líquidos corporais potencialmente infectantes;
47
- Colocar a máscara cirúrgica e óculos cobrindo olhos, nariz e boca;
- Devem ser individuais;
- Retirá-los após procedimento e higienizar as mãos;
- Descartar a máscara;
- Realizar a desinfecção do álcool com álcool a 70% ou Incidin®.
Avental (capote):
- Utilizar sempre que houver a possibilidade de contato da pele ou roupas do profissional de
saúde com sangue, fluidos corporais, secreções, excreções ou materiais potencialmente
infectantes;
- Se houver risco de contato com grandes volumes de fluidos, usar avental impermeável;
- Retirá-lo e higienizar as mãos;
- Colocar no hamper se avental de tecido e descartar no lixo, se descartável;
- Se avental impermeável, realizar a desinfecção com álcool a 70% ou Incidin®.
Figura 1: Sequência de paramentação (avental, óculos, máscara e luvas)
Fonte: APECIH, 2012
48
Figura 2: Sequência de Retirada de Paramentação (luvas, máscara, óculos e avental)
Fonte: APECIH, 2012
Materiais Perfurocortantes:
- Manuseá-los com cuidado;
- Não reencapar agulhas, nem desconectá-las das seringas, dobrá-las ou quebrá-las;
- Descartar adequadamente os materiais perfurocortantes em caixas específicas para o descarte
que devem estar dispostas em locais visíveis e de fácil acesso;
- Seguir as orientações para a montagem das caixas e não ultrapassar o limite indicado pela linha
tracejada.
Higiene respiratória:
- Disponibilizar lenço de papel, lixeira, preparação alcoólica para higienização das mãos e
máscara cirúrgica para profissionais da saúde ou pacientes com sintomas respiratórios (coriza,
tosse e congestão nasal);
- Separação espacial (maior que um metro) nas áreas comuns.
49
Figura 3: Higiene respiratória
Fonte: CDC, 2011
Higiene ambiental e cuidados com materiais, equipamentos, roupas, utensílios alimentares:
- Realizar rotineiramente limpeza e desinfecção das superfícies ambientais, que incluem cama,
colchão, grade, mobiliário, equipamentos de cabeceira, superfícies frequentemente tocadas e
sempre que houver presença de sangue ou fluidos corporais. Utilizar o desinfetante recomendado
pelo SCIH ou álcool 70%;
- Manipular roupas dos pacientes e de cama com mínima movimentação;
- Colocar roupas sujas em sacos impermeáveis para prevenir vazamento e contato com o
ambiente ou pele.
Práticas seguras na administração de medicamentos:
- Utilizar técnica asséptica ao preparar e administrar medicações e realizar a desinfecção com
álcool 70% da tampa da medicação antes de inserir a agulha dentro do frasco;
- Não é necessário uso de máscaras no preparo de medicações endovenosas;
50
- Nunca utilizar a mesma seringa para vários pacientes, mesmo que a agulha seja trocada ou a
medicação seja administrada por meio de tubo intravenoso longo, do tipo tubo extensor que é
conectado ao cateter;
- A prática de administrar medicações parenterais a partir do mesmo frasco de dose unitária,
seringa ou bolsa para vários pacientes deve ser evitada, assim como não devem ser utilizadas a
mesma bolsa e equipo de infusão para mais de um paciente;
- Utilizar frascos multidoses, se possível, para o mesmo paciente;
- Utilizar máscara cirúrgica para punção lombar, mielograma, colocação de cateter ou injeção de
solução no espaço epidural ou peridural.
III. PRECAUÇÕES ESPECÍFICAS
Baseiam-se nas formas de transmissão das doenças infecciosas e são designadas para pacientes
suspeitos ou sabidamente infectados ou colonizados por patógenos transmissíveis. Podem ser
combinadas caso a doença apresente mais de uma forma de transmissão. As precauções
específicas devem sempre ser associadas às precauções padrão. São as seguintes:
Precaução de Contato;
Precaução para Gotículas;
Precaução para Aerossóis;
3.1 Precaução de Contato
Previne a transmissão de patógenos por meio de contato direto ou indireto (através de superfícies
ou artigos e equipamentos).
Quarto privativo:
O paciente deve ficar internado em quarto privativo ou, caso não seja possível, realizar coorte de
pacientes infectados ou colonizados com mesmo microorganismo.
Higiene das Mãos:
- Higienizar as mãos antes de entrar no quarto;
51
- Paramentar-se seguindo a sequência correta: avental → máscara (se necessário) → óculos (se
necessário) → luvas;
- Higienizar as mãos ao sair do quarto.
Avental:
- Vestir o avental no quarto;
- Amarrar as tiras do avental para evitar que escorregue durante o cuidado;
- Retirar o avental ao término do procedimento e em seguida higienizar as mãos;
- Se avental de tecido, colocá-lo no hamper;
- Se avental descartável, desprezá-lo no lixo;
- Se o avental for de tecido, o funcionário poderá utilizar o mesmo avental do início ao término do
plantão, desde que não haja umidade ou sujidade visível. Para isso, o avental deve ser retirado
corretamente, ser mantido pendurado e de uso individual. Ao terminar o plantão, desprezá-lo no
hamper.
Luvas:
- Usar em qualquer contato com o paciente ou unidade do paciente (superfícies potencialmente
contaminadas);
- Calçá-las ao entrar no quarto;
- Trocá-las a cada procedimento, manipulação de diferentes sítios anatômicos ou após contato
com material biológico;
- Retirá-las ao término do procedimento e antes de retirar o avental;
- Higienizar as mãos ao retirar as luvas.
Transporte de paciente:
- Limitar o transporte de paciente para exames;
- Antes de encaminhar o paciente, avisar o setor de realização de exame a precaução de
contato;
- Ao manipular paciente, usar luva de procedimento e avental se houver risco de contato mais
próximo no transporte;
- Retirar luvas e higienizar as mãos;
52
- Não é necessário o uso de luvas e avental durante o transporte. Aplicar precaução padrão para
que não ocorra uso inadequado das luvas, como tocar em maçanetas das portas, prontuários ou
telefones;
- O funcionário deve ter um par de luvas disponível durante o transporte;
- Após o transporte, a maca ou cadeira de rodas devem ser limpas e desinfetadas pelo condutor.
Artigos e equipamentos:
- Deverão ser de uso exclusivo do paciente, preferencialmente (estetoscópio, termômetro e
esfigmomanômetro).
Ambiente:
- Realizar limpeza concorrente do ambiente diariamente;
- Realizar a limpeza e desinfecção da unidade do paciente, ou seja, superfícies frequentemente
tocadas diariamente, como grades, cabeceira da cama, mesa de cabeceira com o desinfetante
recomendado pelo SCIH.
Visitas:
- Devem ser restritas e orientadas quanto à higiene das mãos e precauções recomendadas. Em
caso de dúvidas, entrar em contato com a equipe de enfermagem.
3.2 Precaução para Gotículas
Previne a transmissão de patógenos por via respiratória por partículas maiores que 5 micra, por
tosse, espirro ou fala.
Quarto privativo:
- O paciente deve ficar em quarto privativo ou, caso não seja possível, em coorte de pacientes
com a mesma doença, respeitando a distância de um metro entre leitos;
- Manter porta fechada.
Higiene das Mãos:
53
- Realizar ao entrar e sair do quarto e nos cinco momentos para higiene das mãos.
Máscara cirúrgica:
- Colocar a máscara antes de entrar no quarto do paciente;
- Todos os funcionários devem usar a máscara mesmo sendo imunes a determinadas doenças,
para evitar erros;
- Orientar o paciente a etiqueta respiratória;
- Retirar a máscara após sair do quarto.
Transporte de paciente:
- Limitar o transporte de paciente para exames;
- Antes de encaminhar o paciente, avisar o setor de realização de exame a precaução de
gotículas;
- O paciente deve usar máscara cirúrgica durante todo o período fora do quarto.
Visitas:
- Devem ser restritas e orientadas quanto à higiene das mãos e precauções recomendadas. Em
caso de dúvidas, entrar em contato com a equipe de enfermagem.
3.3 Precaução para Aerossóis
Previne a transmissão de patógenos por via respiratória por partículas menores que 5 micra, por
tosse, espirro ou fala. Deve-se utilizar para o cuidado deste paciente, área física específica e
idealmente dotada de sistema de ar com uso de filtro especial e pressão negativa.
Quarto privativo:
- O paciente deve ficar em quarto privativo. É importante compreender que este quarto onde se
encontra o paciente é considerado contaminado em relação aos demais, por isso o ar presente
nestas dependências não deve atingir o corredor;
- Manter as portas fechadas e boa ventilação.
54
Higiene das Mãos:
- Realizar ao entrar e sair do quarto e nos cinco momentos para higiene das mãos.
Máscara tipo respirador:
- Colocar a máscara específica, do tipo respirador (N95 ou PFF2) antes de entrar no quarto do
paciente;
- Todos os funcionários devem usar a máscara;
- Verificar se a máscara está perfeitamente ajustada à face e com boa vedação;
- A máscara é de uso individual e a durabilidade depende do tempo de uso e do
acondicionamento adequado. Portanto pode ser reutilizada pelo mesmo profissional por longos
períodos (aproximadamente 30 dias), desde que a mantenha íntegra, seca e limpa e
acondicionada de preferência em recipiente fechado ou saco plástico identificado com o nome do
profissional;
- Orientar o paciente a etiqueta respiratória;
- Retirar a máscara após fechar a porta, estando fora do quarto.
Transporte de paciente:
- Limitar o transporte de paciente para exames;
- Antes de encaminhar o paciente, avisar o setor de realização de exame a precaução de
aerossóis;
- O paciente deve usar máscara cirúrgica durante todo o período fora do quarto.
Visitas:
- Devem ser restritas e orientadas quanto à higiene das mãos e precauções recomendadas. Em
caso de dúvidas, entrar em contato com a equipe de enfermagem.
- Em relação às crianças pequenas, os reservatórios podem ser os adultos contactantes, portanto,
orientar ao acompanhante da criança a não circular no hospital (ou com o uso de máscara
cirúrgica) ou manter-se no quarto.
3.3.1 Distribuição da Máscara Tipo Respirador (N95 ou PFF2)
55
Enfermeiro da Unidade:
- Solicitar à Saúde Ocupacional ou Farmácia em papel comum a necessidade da máscara;
- Registrar na solicitação o nome do profissional que utilizará o EPI, o nome do paciente ao qual
se destina o uso do EPI e o diagnóstico referente à doença infecciosa.
Saúde Ocupacional:
- Receber a solicitação por escrito;
- Anexar a solicitação no formulário de registro de entrega do EPI ao profissional;
- Distribuir o EPI;
- Solicitar ao profissional que assine o formulário de entrega.
Farmácia:
- Receber a solicitação por escrito nos finais de semana, feriado ou período noturno;
- Anexar a solicitação no formulário de registro de entrega do EPI ao profissional;
- Distribuir o EPI;
- Solicitar ao profissional assine o formulário de entrega.
Profissional que utiliza a máscara:
- Entregar a solicitação da máscara feita pelo Enfermeiro da Unidade à Saúde Ocupacional ou à
Farmácia caso seja final de semana, feriado ou período noturno;
- Colocar sua máscara na face, recobrindo toda a via respiratória, fixar um elástico de segurança
da máscara na região superior e outro na região inferior da cabeça.
3.4 Precauções para Imunocomprometidos
Exemplos de pacientes imunocomprometidos são: com tumores sólidos ou hematológicos, em
quimioterapia, radioterapia e outras terapias imunossupressoras. A neutropenia (contagem de
neutrófilos abaixo de 500) secundária à quimioterapia é um dos importantes fatores de risco para
desenvolvimento de infecções.
As medidas de precauções padrão e específicas devem ser aplicadas para estes pacientes.
56
Não é recomendado o “isolamento reverso”.
Quarto privativo:
- Recomendado, de porta fechada.
Higienização das mãos:
- É a principal medida de prevenção de transmissão de infecção;
- Realizar sempre, antes de entrar no quarto e de preferência com antisséptico (clorexidina
degermante). Usar álcool gel antes de tocar o paciente.
Máscara:
- Usar máscara cirúrgica ao entrar no quarto e desprezá-la ao sair;
- É importante minimizar a exposição desses pacientes a doenças transmissíveis, como as doenças
causadas por vírus respiratórios.
Luvas e Aventais:
- Seguir precauções padrão.
Artigos, equipamentos e prontuário:
- É recomendado que os artigos sejam exclusivos para o paciente, incluindo termômetro,
estetoscópio e esfigmomanômetro, devendo ser limpos e desinfetados com álcool a 70% ou
desinfetante recomendado pelo SCIH diariamente e após a alta;
- Na impossibilidade de individualizar os artigos e equipamentos, os mesmos devem ser
desinfetados com álcool a 70% ou desinfetante recomendado pelo SCIH antes e após uso no
paciente.
Transporte e deambulação do paciente:
- Deve ser evitado;
- Para pacientes submetidos a Transplante de Células-Tronco Hematopoiéticas ou neutropênicos
(origem oncohematológica) pode ser recomendado o uso de máscara N95/PFF2.
Acompanhantes e visitas:
57
- As visitas devem ser restritas;
- Devem ser orientadas pelas equipes de médicos e de enfermagem quanto à importância da
higienização das mãos e uso de máscara comum;
- Pessoas, visitantes ou profissionais da saúde com qualquer tipo de infecção não devem entrar no
quarto.
3.5 Precaução Adicional para casos suspeitos ou confirmados de infecção por
Clostridium difficile
Quarto privativo: recomendado.
Higienização das mãos:
- Higienizar as mãos com água e sabão (com ou sem antisséptico) antes de colocar luvas e após
sua retirada. O uso do álcool gel é ineficaz nesses casos.
Máscara:
- Utilizar precaução padrão.
Luvas:
- Utilizar sempre que houver contato direto com paciente ou superfícies ao redor dele;
- Descartá-las no lixo infectante dentro do quarto.
Avental (Capote):
- Utilizar sempre que houver contato direto com paciente ou superfícies ao redor dele;
- Descartá-lo no saco hamper.
Artigos, equipamentos e prontuário:
- É recomendado que os artigos sejam exclusivos para o paciente, incluindo termômetro,
estetoscópio e esfigmomanômetro, devendo ser limpos e desinfetados diariamente pela fricção
com Incidin® ou hipoclorito de sódio e após a alta. Não utilizar álcool 70% pois não é eficaz na
desinfecção desses casos;
58/
- Na impossibilidade de individualizar os artigos e equipamentos, os mesmos devem ser
desinfetados por fricção com Incidin® ou hipoclorito de sódio antes e após uso no paciente. Não
utilizar álcool 70% pois não é eficaz na desinfecção desses casos.
Transporte:
- Limitar circulação do paciente;
- Os profissionais devem usar luvas e aventais;
- Não deixar o paciente em sala de espera ou em contato com outros pacientes;
- Após a saída do paciente, o setor deve ser submetido à limpeza e desinfecção.
Acompanhantes e visitas:
- As visitas devem ser restritas;
- Devem ser orientadas pela enfermagem quanto à importância da higienização das mãos e
medidas de precauções específicas.
Ambiente:
- Limpeza diária com desinfetante com cloro. Não usar álcool;
- A limpeza da área deve ser a última do dia;
- Usar Mop exclusivo.
IV. PRECAUÇÕES EMPÍRICAS
Baseiam-se nas precauções adotadas na suspeita da transmissão de doenças, com a finalidade
de reduzir o risco de exposição de outros pacientes e de profissionais de saúde a agentes
infecciosos.
Quadro 1: Síndromes clínicas ou condições que requerem precauções empíricas, associadas às Precauções
Padrão
Condição clínica
Diagnóstico provável Tipo de precaução
Exantema vesicular
Varicela Aerossóis + contato
59
Exantema maculopapular com febre e coriza Sarampo Aerossóis
Tosse, febre, infiltrado pulmonar em paciente
infectado pelo HIV
Tuberculose Aerossóis
Tosse, febre, infiltrado pulmonar em lobo
superior em paciente HIV negativo
Tuberculose Aerossóis
Meningite Doença meningocócica ou
meningite por
Haemophilus
Gotículas
Exantema petequial, equimótico e febre Doença meningocócoca Gotículas
Tosse persistente paroxística ou severa
durante períodos de ocorrência de
coqueluche
Coqueluche Gotículas
Infecção respiratória (bronquiolites
principalmente) em lactentes e crianças
jovens
Vírus sincicial respiratório
ou parainfluenza
Contato
Diarréia aguda e provavelmente infecciosa
em paciente incontinente ou em uso de
fralda
Vírus/bactérias entéricos Contato
Diarréia em adulto com história de uso
recente de antimicrobiano
Clostridium difficile Contato
História de colonização ou infecção por
bactéria multirresistente
Bactéria multirresistente
(definidas pelo SCIH)
Contato
Paciente transferido de outro hospital ou
home care onde esteve hospitalizado por
mais de 48h ou em menos de 48h com
procedimentos invasivos
Bactéria multirresistente
(definidas pelo SCIH)
Contato
Abscessos ou feridas com drenagem de
secreção não contida
Estafilococos e
estreptococos
Contato
V. INFECÇÕES E MICROORGANISMOS E RESPECTIVAS PRECAUÇÕES
Quadro 2: Relação das infecções, condições e microorganismos que exigem a aplicação de precauções
(suspeita ou diagnóstico informado)
60
Infecção/Condição/Microrganismo Tipo de Precaução Período
ABSCESSO DRENANTE
Drenagem contida pelo curativo
Drenagem não contida pelo curativo
Padrão
Contato
Durante a doença
ACTINOMICOSE Padrão
ADENOVÍRUS
Lactente e pré-escolar
Gotículas + Contato Durante a doença
AMEBÍASE Padrão
Angina de Vincent Padrão
ANTRAX Padrão
ASPERGILOSE Padrão
BABESIOSE Padrão
BACTÉRIAS MULTIRRESISTENTES
(colonização/infecção):
- Staphylococcus aureus resistente à oxacilina
e/ou vancomicina
- Pseudomonas sp. resistentes a
carbapenêmicos
- Acinetobacter sp. resistentes a
carbapenêmicos
- Enterococcus sp. resistente à vancomicina
- Enterobactérias resistentes a carbapen
Solicitar avaliação da CCIH
Contato Até a alta hospitalar (em
pacientes com internação
prolongada, discutir com o
SCIH)
BLASTOMICOSE SULAMERICANA
(P. brasiliensis): pulmonar ou cutânea
Padrão
BOTULISMO Padrão
BRONQUIOLITE/INFECÇÃO
RESPIRATÓRIA
Vírus Sincicial Respiratório/ Vírus
Parainfluenza (lactente e pré-escolar)
Contato
Usar máscara cirúrgica
seguindo precaução
padrão
Durante a doença
BRUCELOSE Padrão
CANDIDÍASE (todas as formas) Padrão
CAXUMBA Gotículas Até 9 dias após início da
tumefação
61
CELULITE (drenagem não contida) Contato Até o desaparecimento da
secreção
CANCRO MOLE (Chlamydia trachomatis):
Conjuntivite, genital e respiratória
Padrão
CISTICERCOSE Padrão
CITOMEGALOVIROSE Padrão
Clostridium difficile (Colite associada a
antibiótico)
Contato
Durante a doença
Clostridium perfringens: (Gangrena gasosa e
intoxicação alimentar)
Padrão
CÓLERA Contato Durante a doença
CONJUNTIVITE: bacteriana, gonocócica e por
Chlamydia trachomatis
Viral aguda (hemorrágica)
Padrão
Contato
Durante a doença
COQUELUCHE Gotículas 5 dias de terapia eficaz
CREUTZFELDT-JACOB, Doença de Padrão
CRIPTOCOCOSE Padrão
DENGUE Padrão
DERMATOFITOSE/MICOSE CUTÂNEA/TÍNEA Padrão
DIARRÉIA: ver gastroenterite
DIFTERIA:
Cutânea
Faríngea
Contato
Gotículas
Terapêutica eficaz + 2 culturas
negativas colhidas com
intervalo de 24h.
DONOVANOSE (granuloma inguinal) Padrão
ENDOMETRITE PUERPERAL Padrão
ENTEROBÍASE Padrão
ENTEROCOLITE NECROTIZANTE Padrão
ENTEROVIROSE (Coxackie e Echovirus)
* Adulto
* Lactente e pré-escolar incontinentes ou em
uso de fraldas
Padrão
Contato
Durante a doença
EPIGLOTITE (Haemophylus influenzae) Gotículas 24h de terapia eficaz
ERITEMA INFECCIOSO Padrão
62
ESCABIOSE Contato 24h de terapia eficaz
ESPOROTRICOSE Padrão
ESQUISTOSSOMOSE Padrão
ESTAFILOCOCCIA
* Pele, ferida e queimadura:
com secreção não contida
com secreção contida
* Enterocolite
* Síndrome da pele escaldada
* Síndrome do choque tóxico
Contato
Padrão
Padrão (1)
Padrão
Padrão
Durante a doença
ESTREPTOCOCCIA: estreptococo do Grupo A
* Pele, ferida e queimadura:
com secreção não contida
com secreção contida
* Endometrite (sepse puerperal)
* Faringite: lactente e pré-escolar
* Escarlatina: lactente e pré-escolar
* Pneumonia: lactente e pré-escolar
Contato
Padrão
Padrão
Gotículas
Gotículas
Gotículas
Durante a doença
24h de terapia eficaz
24h de terapia eficaz
24h de terapia eficaz
ESTRONGILOIDÍASE Padrão
EXANTEMA SÚBITO Padrão
FEBRE AMARELA Padrão
FEBRE por arranhadura do gato Padrão
FEBRE por mordedura de rato Padrão
FEBRE REUMÁTICA Padrão
FURUNCULOSE ESTAFILOCÓCICA:
* lactente e pré-escolares
Contato
Durante a doença
GASTROENTERITE:
Campylobacter, cólera
Criptosporidium ssp
Clostridium difficile
Escherichia coli enterohemorrágica 0157:H7 e
outras
Giardia lamblia
Padrão (1)
Padrão (1)
Contato
Padrão (1)
Padrão (1)
Durante a doença
Se incontinência – usar p. de
contato durante a doença
63
Yersinia enterocolitica
Salmonelose (inclusive S. typhi)
Shigella ssp
Rotavírus e outros vírus em paciente
incontinente ou em uso de fraldas
Contato
Padrão (1)
Contato
Contato
Durante a doença
Durante a doença
Durante a doença
GONORRÉIA Padrão
GUILLAIN-BARRÉ, Síndrome de Padrão
HANSENÍASE Padrão
HANTAVIROSE Padrão
Helicobacter pylori Padrão
HEPATITE VIRAL:
Vírus A:
uso de fraldas ou incontinente
Vírus B (HBs Ag positivo), vírus C e
outros
Padrão
Contato (2)
Padrão
Durante a doença
HERPANGINA : ver enterovirose
HERPES SIMPLES:
Encefalite
Neonatal
Mucucotâneo disseminado ou
primário grave
Mucucotâneo recorrente (pele, oral
e genital)
Padrão
Contato
Contato
Padrão
Durante a hospitalização
Durante a hospitalização
HERPES ZOSTER
Em imunossuprimido (qualquer forma) ou
herpes zoster disseminado
Localizado
Contato + Aerossóis
Padrão
Até todas as lesões tornarem-
se crostas
HIDATIDOSE Padrão
HISTOPLASMOSE Padrão
IMPETIGO Contato 24h de terapia eficaz
INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO
Com secreção contida
Com secreção não contida
Padrão
Contato
Durante a doença
64
INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO Padrão
INFLUENZA: A, B, C Gotículas (se
procedimento que
provoque aerossóis,
usar N95)
Durante a doença (gripe A - 7
dias após início de sintomas
para adultos e 14 dias para
crianças)
KAWASAKI, Síndrome de Padrão
LEGIONELOSE Padrão
LEPTOSPIROSE Padrão
LISTERIOSE Padrão
LYME, Doença de Padrão
LINFOGRANULOMA VENÉREO Padrão
MALÁRIA Padrão
MELIOIDOSE Padrão
MENINGITE
Bacteriana gram (-) entéricos, em
neonatos
Fúngica, Viral
Haemophilus influenzae (suspeita
ou confirmada)
Listeria monocytogenes
Neisseria meningitidis (suspeita ou
confirmada)
Pneumocócica
Tuberculosa
Padrão
Padrão
Gotículas
Padrão
Gotículas
Padrão
Padrão (3)
24h de terapia eficaz
24h de terapia eficaz
MENINGOCOCCEMIA Gotículas 24h de terapia eficaz
MICOBACTERIOSE ATÍPICA (não M.
tuberculosis): pulmonar ou cutânea
Padrão
MOLUSCO CONTAGIOSO Padrão
MONONUCLEOSE INFECCIOSA Padrão
MUCORMICOSE Padrão
NOCARDIOSE Padrão
OXIÚROS Padrão
PARVOVÍRUS B19:
Doença crônica em
Padrão
Gotículas
Durante internação
65
imunossuprimidos
Crise aplásica transitória ou de
células vermelhas
Gotículas
Durante 7 dias
PEDICULOSE Contato 24h de terapia eficaz
PESTE:
Bubônica
Pneumônica
Padrão
Gotículas
3 dias de terapia eficaz
PNEUMONIA:
Adenovírus
Bukholderia cepacia em fibrose cística
(incluindo colonização respiratória)
Chlamydia, Legionela ssp, S. aureus,
Fúngica
Haemophilus influenzae
Adultos
Crianças de qualquer idade
Meningocócica
Mycoplasma (pneumonia atípica)
Outras bactérias não listadas,
Pneumocócica
Pneumocystis carinii
Streptococcus grupo A
Contato + gotículas
Contato
Padrão
Padrão
Padrão
Gotículas
Gotículas
Gotículas
Padrão
Padrão
Padrão (4)
Padrão
Durante a doença
Durante a hospitalização
24h de terapia eficaz
24h de terapia eficaz
Durante a doença
POLIOMIELITE Contato Durante a doença
PSITACOSE Padrão
RAIVA Padrão
REYE, Síndrome de Padrão
RICKETSIOSE Padrão
RUBÉOLA:
Congênita
Adquirida
Contato (5)
Gotículas
Até um ano de idade
Até 7 dias do início do rash
SARAMPO Aerossóis Durante a doença
SIDA (AIDS) Padrão
SÍFILIS
66
Congênita
Outras
Contato
Padrão
Até 24h de terapia eficaz
TENÍASE Padrão
TÉTANO Padrão
TOXOPLASMOSE Padrão
TRICOMONÍASE Padrão
TRICURÍASE Padrão
TRIQUINOSE Padrão
TUBERCULOSE:
Pulmonar (suspeita ou confirmada)
Laríngea (suspeita ou confirmada)
Extra-pulmonar, não laríngea
Extra-pulmonar, lesão drenando
Aerossóis
Aerossóis
Padrão (6)
Aerossóis e Contato (7)
15 dias de terapia eficaz + 3
pesquisas BAAR negativas
TULAREMIA: lesão drenando ou pulmonar Padrão
TIFO: endêmico e epidêmico (não é
Salmonella spp)
Padrão
VARICELA Aerossóis + contato (8) Até todas as lesões tornarem-
se crostas
ZIGOMICOSE Padrão
1. Use precauções de contato para crianças que usarem fraldas ou forem incontinentes em idade
pré-escolar, na duração da doença.
2. Mantenha as precauções para contato crianças de 03 a 14 anos até 02 semanas após o início
dos sintomas e manter as precauções para maiores de 14 anos até 01 semana após o início dos
sintomas.
3. Os pacientes devem ser examinados para evidências de tuberculose pulmonar ativa. Se
evidência existir, implementar precauções adicionais para tuberculose.
4. Evite colocar no mesmo quarto com um paciente imunocomprometido.
5. Estas crianças podem eliminar o vírus por até 1 ano de vida. Para suspender o isolamento antes
são necessárias culturas de nasofaringe e urina.
6. Examinar o paciente para tuberculose pulmonar ativa. Para lactentes e crianças, institua
precaução aérea até descartar tuberculose pulmonar ativa em familiares visitantes.
67
7. Melhora clínica, sem drenagem ou 3 culturas negativas. Avaliar tuberculose pulmonar.
8. Mantenha as precauções até que todas as lesões sejam crostas e, caso o paciente seja
imunossuprimido, manter as precauções durante a doença. Profilaxia pós-exposição com
vacina até 120h; para pessoas expostas nas quais a vacina é contra-indicada
(imunossuprimidos, gestantes, RN) cuja mãe teve varicela ≤ 5 dias do parto ou dentro de 48h
pós-parto) administrar VZIG dentro de 96h. Os profissionais suscetíveis não devem entrar no
quarto se profissionais imunes estiverem disponíveis.
VI. CUIDADOS E CONDUTAS
6.1 Cuidados na Unidade Neonatal – UCINCO e Alojamento conjunto
- É fundamental que não seja permitida a entrada de visitantes e funcionários com doenças
infecciosas como: quadros virais respiratórios, gastrointestinais, conjuntivite, infecções de pele, ou
ainda casos suspeitos ou confirmados de rubéola, caxumba, varicela e sarampo;
- A prática de higiene das mãos tanto dos profissionais de saúde como dos pais e visitantes deve
ser reforçada.
Mãe apresentando conjuntivite:
- O RN pode permanecer em alojamento conjunto com a mãe, reforçar a higienização das mãos
e orientar que a mãe deve evitar o contato das mãos com os seus olhos.
Mãe apresentando quadro de virose gastrointestinal:
- É fundamental respeitar a fase aguda da doença onde o risco de transmissão é maior;
- O RN deve permanecer exclusivamente na UCINCO;
- Após a melhora do quadro, o RN pode entrar em contato para dar início ao aleitamento e
cuidados gerais;
- Se a mãe mantiver contato com o bebê ainda na fase da presença dos sintomas, o bebê deverá
permanecer em alojamento conjunto e não manter contato com outros bebês.
Mãe apresentando lesões de pele por infecção como escabiose e/ou lesões descamativas:
- Manter o bebê em alojamento conjunto para que não haja risco de transmissão para os demais
RN;
68
- O bebê não deverá manter contato direto com as lesões da pele da mãe (ela deve utilizar o
avental) e o aleitamento deverá ser interrompido quando houver lesões próximas aos mamilos.
Mãe apresentando infecção de ferida operatória:
- Orientar a mãe quanto à frequência da higiene das mãos antes de tocar o bebê e seus
pertences;
- O bebê pode receber os cuidados da mãe normalmente. Deve-se atentar caso a infecção seja
causada por agente multirresistente, nesta situação, o RN deve permenecer em alojamento
conjunto com a mãe e não manter contato com outros bebês.
Mãe com tuberculose em fase bacilífera:
- Se tuberculose ativa não tratada, é recomendado que o RN fique afastado da mãe. Se houver
necessidade do contato com a mãe, a mesma deve permanecer de máscara cirúrgica durante
todo o período;
- É recomendado que o RN também seja acompanhado por especialista para verificar
necessidade de quimioprofilaxia.
RN apresentando quadro infeccioso:
- Em quadros como rubéola, sífilis, infecção por citomegalovírus, infecções de pele como
impetigo, o bebê deve permanecer em alojamento conjunto evitando contato com os demais RN.
Infecção por varicela:
- Garantir as precauções necessárias para o binômio mãe-RN.
Quadro 3: Indicações para precauções específicas para mãe e recém-nascido, segundo a condição quanto
a exposição e identificação de anticorpos específicos para varicela.
Exposição/ anticorpo
Precauções para aerossóis: mãe/ Rn
+ Exposição/ + Anticorpo
Mãe com anticorpo VVZ e exposta a varicela, não possui risco
de desenvolver a doença ou transmitir infecção
Não é necessário para a mãe nem
para o Rn.
69
+ Exposição/ - Anticorpo
Mãe exposta à varicela 21 dias ou mais antes do parto.
Se não apresentar sinais de varicela no momento do parto,
presume-se que a mãe não esteja infectada.
Não é necessário para a mãe nem
para o Rn.
+ Exposição/ - Anticorpo
Mãe exposta à varicela 6-21 dias antes do parto e não
desenvolveu a doença no momento do parto.
Mãe poderá estar no período de incubação e pode estar
infectada no momento e após parto.
A mãe e o Rn estão potencialmente
infectados.
Precauções para aerossóis.
+ Exposição/ - Anticorpo
Mãe é exposta à varicela 6 dias antes do parto.
Mãe possivelmente não estará infectada antes da alta.
Não é necessário de isolamento a
menos que a mãe permaneça
internada + que 9 dias após a
exposição.
Caso positivo, a mãe deverá ser
mantida em precaução para
aerossóis.
+ Exposição/ - Anticorpo
Mãe em fase não transmissível (presença de lesões em forma de
crosta e não aparecimento de novas vesículas nas últimas 72
horas)
Mãe é considerada não infectada.
Rn é considerado potencialmente
infectado e deve receber VZIG, caso
contrário ser mantido em precaução
para aerossóis.
Poderá ficar com a mãe em ambas as
situações.
+ Exposição/ - Anticorpo
A) Mãe com lesões ativas no momento do parto.
B) Rn com lesão ao nascimento.
C) Rn sem lesão ao nascimento.
A) Mãe infectada = precaução de
contato e aerossóis
B) Rn infectado = precaução de
contato e aerossóis. Poderá ficar
com a mãe
C) Rn potencialmente infectado e
deve receber VZIG.
6.2 Unidade de Terapia Intensiva Neonatal
70
- Orientar os pais desde o primeiro dia de internação sobre os quadros infecciosos que impedem
sua entrada para visita. Na vigência de quadros gastrointestinais, gripes, infecções de pele ou
qualquer outra doença infectocontagiosa, os pais não devem comparecer nos horários de visita
até que o período de transmissão tenha acabado. Estas recomendações também serão válidas
para os profissionais envolvidos na assistência;
- A prática e a adesão da higienização das mãos pelos profissionais e pelos pais são essenciais
nas medidas de controle de infecção;
- Para casos de agentes multirresistentes, as recomendações de isolamento são idênticas aos
pacientes adultos e pediátricos. Se possível, deixar sala exclusiva, coorte de profissionais,
instrumentos individualizados para o paciente;
Vírus Sincicial Respiratório (VSR):
- Recomenda-se, em caso de suspeita do quadro, iniciar precaução de contato. O uso da
máscara e óculos está indicado para realização de procedimentos que podem gerar
aerossolização de partículas tais como aspiração de secreções de vias aéreas;
- O RN deve permanecer em incubadora ao invés de berço;
- É importante também que permaneça, sempre que possível em quarto privativo.
Outros vírus:
- Recomenda-se a instituição de precauções e isolamentos na suspeita de diagnostico.
-Sempre que possível o RN deverá permanecer em quarto privativo e em incubadora. Em serviços
em que não é possível realizar o diagnóstico etiológico deve-se manter o RN pelo menos até a
melhora dos sintomas.
Gemelares:
- Quando um dos RN adquire uma doença infecciosa, os pais devem ser orientados a iniciar a
visita e o contato com o RN que não apresenta infecção. O RN infectado será o último a ser
tocado pelos pais, não devendo mais retornar para o contato do irmão;
- A higienização das mãos entre os RN é fundamental;
- Nos casos em que há programação para realizar canguru, adotar a mesma prática da visita;
71
- Nos casos em que a infecção é causada por agentes respiratórios, evitar retirar o RN infectado
da incubadora, sendo assim aguarda-se finalizar a fase de transmissão para reiniciar o canguru.
6.3 Cuidados na Unidade Pediátrica
- Há dificuldade de garantir as precauções na pediatria;
- Os pais devem ser orientados pela equipe médica e de enfermagem sobre a precaução e sua
importância, de forma não autoritária;
- Orientar os pais, visitantes e também profissionais da saúde a não frequentarem o hospital se
estiverem com alguma doença infecciosa (ex: escabiose ou pediculose);
- Se criança tiver compreensão, esclarecê-la sobre as precauções, a necessidade de
paramentação pelos profissionais e visitantes, o motivo de não frequentar ambientes coletivos e
brinquedos, jogos e laptops podem ser levados ao quarto durante o período;
- Reforçar a higienização das mãos;
- Em casos de infecção por VSR, recomenda-se, em caso de suspeita do quadro, iniciar
precaução de contato. O uso da máscara e óculos está indicado para realização de
procedimentos que podem gerar aerossolização de partículas tais como aspiração de secreções
de vias aéreas;
- Em casos de tuberculose, familiares sintomáticos devem ser orientados a não frequentar hospital
e procurar auxílio médico;
- Após cada uso, banheiras devem ser limpas e desinfetadas com Incidin®;
Brinquedoteca:
- Não são permitidos brinquedos de pelúcia, pano, costuras e orifícios. São permitidos os
higienizáveis, como de plástico, acrílico, borracha ou madeira com tinta esmaltada lavável;
- Evitar livros e papel, exceto se encapados com material que possa ser limpo;
- Realizar a limpeza e desinfecção dos brinquedos com Incidin®;
- Realizar a limpeza e desinfecção de superfícies e do ambiente;
- Estimular os pacientes a higienizarem as mãos antes de brincar.
72
VII. MEDIDAS RECOMENDADAS PARA A ADMISSÃO DE PACIENTES PROVENIENTES DE OUTRAS
INSTITUIÇÕES OU OUTROS SETORES
Indicação:
- Paciente internado há mais de 48 horas e que será transferido da Unidade de Terapia Intensiva,
Clínica Médica ou Clínica Cirúrgica para outro setor do HUJM;
- Paciente proveniente de outras instituições ou home care, com internação ≥ 48h e pacientes
provenientes de outras instituições ou home care, com internação < 48h, com procedimentos
invasivos (CVC/ SVD/ IOT/ TQT/ procedimento cirúrgico).
Descrição:
- Verificar o tempo de internação do paciente em outro setor ou outra instituição ou home care;
- Observar, no momento da internação, se o paciente possui ou foi submetido a algum
procedimento invasivo (CVC/SVD/IOT/TQT/procedimentos cirúrgicos);
- Instituir precaução padrão, se não houver indicação de precaução de contato, segundo
fluxograma abaixo;
- Se indicado, sinalizar a porta do quarto ou o leito com a placa de Precauções para Contato;
- Disponibilizar para a equipe os EPIs necessários de acordo com a precaução instituída;
- O médico deve realizar o pedido de exames;
- O(a) enfermeiro(a) deve coletar as culturas de vigilância na admissão do paciente que tenha
indicação de precaução de contato:
Swab nasal: Coletado das narinas, utilizando swab de algodão estéril com cabo plástico
e com meio de transporte;
Swab retal: Coletado da área interna do esfíncter retal, com movimentos circulares,
certificando-se que exista coloração fecal e utilizando swab de algodão estéril com cabo
plástico e com meio de transporte;
Urocultura: Para pacientes com Sonda Vesical de Demora, coletando a urina de forma
estéril do injetor lateral do coletor de sistema fechado e armazenando em frasco estéril;
Secreção Traqueal: Para pacientes com IOT ou TQT, através de sistema coletor estéril
para secreção traqueal (“bronquinho”);
73
Swab de secreções de feridas cirúrgicas, úlceras de pressão ou outras lesões de pele: As
amostras devem ser coletadas através de swab de algodão estéril com cabo plástico e
com meio de transporte.
- As coletas devem ocorrer com a técnica descrita no POP de coleta de culturas;
- O(a) enfermeiro(a) deve utilizar os EPIs adequados para a coleta de culturas;
- Orientar os familiares;
- Aguardar os resultados das culturas e orientação do SCIH.
74
Figura 4: Fluxograma para a Admissão de Pacientes de Outras Instituições
VIII. REFERÊNCIAS
Internação ≥ 48hs
ou
Internação < 48hs com procedimento invasivo
(CVC/ SVD/ TQT/ IOT/ procedimento cirúrgico)
SIM
Iniciar
PRECAUÇÃO DE CONTATO
Colher culturas de vigilância:
- Swab nasal
- Swab retal
- Urocultura (se SVD)
- Aspirado traqueal (se IOT/TQT)
- Swab de feridas cirúrgicas, úlceras de pressão ou outras lesões de pele
(se apresentarem secreções)
*Outras culturas: a critério médico
Resultados de culturas
de vigilância
Aguardar orientação do SCIH
NÃO
MANTER PRECAUÇÃO PADRÃO
Não é necessário colher culturas de vigilância
75
IRAS: Infecção Relacionada à Assistência à Saúde: orientações práticas/ Edwal Aparecido
Campos Rodrigues, Rosana Richtmann. – São Paulo: SARVIER, 2008.
Precauções e Isolamento/ (coordenação Luci Corrêa, Adenilde Andrade da Silva, Marcia
Vanusa Lima Fernandes). – 2. Ed. – São Paulo: Associação Paulista de Estudos e Controle de
Infecção Hospitalar, 2012.
IX. ELABORAÇÃO
NOME CARGO ASSINATURA/CARIMBO
Flávia L. V. Mineo
Enfermeira do Serviço de
Controle de Infecção
Hospitalar
Thaismari E. Ferreira
Enfermeira do Serviço de
Controle de Infecção
Hospitalar
Paula Sossai Rizzo
Médica Infectologista do
Serviço de Controle de
Infecção Hospitalar
X. REVISÃO
NOME CARGO ASSINATURA/CARIMBO
Paula Sossai Rizzo
Médica Infectologista do
Serviço de Controle de
Infecção Hospitalar
Xi. APROVAÇÃO
NOME CARGO ASSINATURA/CARIMBO
Josiane Rosa
Chefe do Setor de Vigilância
em Saúde e Segurança do
Paciente
Eduardo De Lamonica Freire
Gerente da Atenção à Saúde
76
Procedimento Operacional Padrão nº 19, de 13 de abril de 2016
POP/SADM - UCON/001/2016 Medição de notas fiscais no SIASG Versão 1.0
OBJETIVO
Instruir os fiscais de contratos a realizarem registro das Medições/Confirmação através do SIASG.
DOCUMENTOS RELACIONADOS
Manual SICON – Cronograma Físico Financeiro – Perfil-Fiscal de Contrato
GLOSSÁRIO (SIGLAS, SIGNIFICADOS)
Ebserh – Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares
HUJM – Hospital Universitário Júlio Muller
Serpro – Serviço Federal de Processamento de Dados
Siasg – Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais
Sicon – Sistema de Gestão de Contrato
Uasg – Unidades Administrativas de Serviços Gerais
APLICAÇÃO
Abrange todas as áreas do Hospital Universitário Júlio Muller.
RESPONSÁVEL
Os fiscais de contrato serão responsáveis por desenvolver este procedimento, considerando a
responsabilidade dos mesmos em atestar e medir as notas fiscais a serem pagas.
LISTA DE FIGURA
Figura 1 – Acesso ao SERPRO
Figura 2 – Informação de senha
Figura 3 – 1ª tela de acesso
Figura 4 – Tela de Sistema
Figura 5 – Ambiente de acesso
Figura 6 – Informações das unidades cadastradoras
Figura 7 – Relação de subsistemas
77
Figura 8 – Acesso ao subsistema SICON
Figura 9 – Funcionalidade de Acompanhamento de Cronograma
Figura 10 – Opções da funcionalidade de Acompanhamento de Cronograma
Figura 11 – Opções da funcionalidade de Acompanhamento de Cronograma
Figura 12 – Tela de início da funcionalidade para realizar a medição
Figura 13 – Exemplo de cronograma gerado
Figura 14 – Tela da funcionalidade Inclui Medição
Figura 15 – Unidade gestora - 154070
Figura 16 – Tela de informações para entrada no cronograma
Figura 17 – Tela de informação da nota fiscal
Figura 18 – Tela de informações do fiscal do contrato
Figura 19 – Tela de informações para medicação de contrato de serviço
Figura 20 – Tela de medição
Figura 21 – Tela de inclusão de medição
Figura 22 – Tela de encerramento de medição
Figura 23 – Tela de encerramento de medição
Figura 24 – Tela de efetivação da transação
Figura 25 – Funcionalidade Consulta Cronograma
Figura 26 – Tela da funcionalidade Exclusão de medição
Figura 27 – Informações do cronograma para exclusão de nota
Figura 28 – Tela da funcionalidade Consulta Medição
Figura 29 – Tela para Consulta de Medição
Figura 30 – Tela de histórico de cronograma
I. INTRODUÇÃO
O acompanhamento e fiscalização do contrato é um instrumento poderoso que o gestor
dispõe para defesa do interesse público. É dever da Administração acompanhar e fiscalizar o
contrato para verificar o cumprimento das disposições contratuais, técnicas e administrativas, em
todos os seus aspectos, assegurando assim a qualidade dos serviços prestados.
78
Essa fiscalização é realizada pelos próprios agentes públicos, que atuam como
representantes institucionais, designados formalmente pela Administração. Dentre as diversas
atribuições dos fiscais de contrato está o ato de realizar o ateste das notas fiscais e a medição dos
serviços nas datas estabelecidas através do SIASG - Sistema Integrado de Administração e
Serviços Gerais.
O objetivo deste manual é orientar os usuários habilitados e cadastrados no SIASG, a
realizarem registro das Medições/Confirmação através do SIASG.
DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO
2.1 Como acessar a rede Serpro
Para acessar o SIASG/SICON, o usuário deverá realizar o acesso à Rede Serpro via HOD
através do endereço: http://acesso.serpro.gov.br. O usuário deverá clicar em “Acesso ao HOD”,
conforme Figura 1.
Figura 1 – Acesso ao SERPRO
79
O sistema exibirá tela para o usuário informar o CPF e SENHA de acesso. Em seguida, o
usuário deverá clicar no botão “Avançar” conforme Figura 2.
Importante: Se for o 1º acesso, o usuário deverá informar o CPF e a SENHA no formato
(NOVAXXXX), fornecida pelo cadastrador parcial do órgão. Em seguida, o usuário deverá
informar outra senha, que poderá ser do tipo alfanumérico (letras e números) com o mínimo de 6
(seis) e máximo de 12 (doze) dígitos. O usuário deverá informar novamente a nova senha para
confirmar o acesso.
Figura 2 – Informação de senha
O sistema exibirá tela de acesso à Rede Serpro, o usuário deverá informar no campo
“CODIGO”, o número do CPF e no campo “SENHA”, informar a senha de acesso e em seguida
teclar o “Enter”, conforme Figura 3.
O sistema exibirá também no rodapé da tela as PF’s:
PF1 - Ajuda - exibe informações sobre a tela apresentada
PF3 - Saída - sai do sistema
PF6 - Tela - exibe a numeração da tela
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PF11- Informações Gerais - exibe informações sobre preenchimento dos campos, usuários, funções
especiais e cadastradores do órgão.
Figura 3 - 1ª tela de acesso
O sistema exibirá a relação dos Sistemas que o usuário está habilitado. O usuário deverá
posicionar o cursor no Sistema desejado ou escrever na linha de Comando o Nome ou o Pseudo
do Sistema e teclar ENTER (de acordo com a Figura 4 o comando será “ss” – pseudo do SIASG).
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Figura 4 – Tela de Sistema
O sistema exibirá tela para confirmação do ambiente que será acessado: PRODUÇÃO ou
TREINAMENTO. O usuário deverá assinalar X no ambiente desejado e teclar o ENTER. No
exemplo vamos acessar o ambiente de PRODUÇÃO, conforme Figura 5.
Figura 5 – Ambiente de acesso
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O sistema exibirá tela com informações para as unidades cadastradores sobre o portal
dos convênios. O usuário deverá teclar o ENTER para tela posterior, conforme Figura 6.
Figura 6 – Informações das unidades cadastradoras
O sistema exibirá tela com a relação dos subsistemas que o usuário está cadastrado. Para
acessar o subsistema desejado, o usuário deverá posicionar o cursor na opção desejada e
pressionar o ENTER conforme Figura 7.
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Figura 7 – Relação de subsistemas
Figura 8 – Acesso ao subsistema SICON
Importante: A relação de subsistemas ocupa duas páginas do sistema, ao chegar à primeira
página, como indica a Figura 7, deve-se pressionar a tecla F8 do teclado para que chegue à
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segunda página dos subsistemas, momento em que aparecerá a opção desejada pelo fiscal de
contratos, conforme Figura 8 – SICON-Gestão de Contrato.
O sistema exibirá tela com as funcionalidades de cada subsistema. Para acessar a
funcionalidade, o usuário deverá posicionar o cursor na opção desejada e pressionar o ENTER.
No exemplo será acessado a funcionalidade CRONOGRAMA - ACOMPANHAMENTO DE
CRONOGRAMA, conforme Figura 9.
Figura 9 – Funcionalidade de Acompanhamento de Cronograma
O sistema exibirá tela com todas as opções da funcionalidade “Acompanhamento de
Cronograma”, conforme Figuras 10 e 11.
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Figura 10 – Opções da funcionalidade de Acompanhamento de Cronograma
Figura 11 - Opções da funcionalidade de Acompanhamento de Cronograma
86
2.2 Medição/conferência
Esta opção possibilita aos Fiscais o registro de suas medições/confirmações de parcelas já
executadas, informando a real data de início/fim e valor.
O valor executado em cada parcela, bem como o período de realização poderá ser
maior, igual ou menor do que o previsto inicialmente. No entanto, o somatório de todas as
parcelas executadas, não poderá ser maior do que o previsto no contrato.
Importante: Para que o fiscal possa realizar o ateste, é necessário que o cronograma esteja na
situação de ATIVO e o Fiscal vinculado ao cronograma.
Para acessar a funcionalidade Confirma Medição/Conferência, após acessar o SIASG,
SICON, CRONOGRAMA, o usuário deverá posicionar o cursor na opção “CONFIRMA -
CONFIRMA MEDICAO/CONFERENCIA” e teclar o ENTER, conforme Figura 12.
Figura 12 – Tela de início da funcionalidade para realizar a medição
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O sistema exibirá tela com as opções da funcionalidade Confirma Medição e Conferência,
as quais são:
- Exclui Medição/Conferência
- Inclui Medição/Conferência
2.3 Inclui Medição/Conferência
Essa funcionalidade permite ao fiscal realizar o ateste on-line através do registro da
medição/conferência no Cronograma Físico Financeiro.
Como informado anteriormente, para o fiscal incluir a medição, ele deverá ter sido
cadastrado ao sistema e vinculado ao cronograma.
No exemplo foi gerado o Cronograma 00009/2013, de um contrato já existente há 3
anos, com 12 parcelas anuais e com a vigência de 10/09/2013 a 09/09/2016. Será
demonstrado no exemplo a medição de 1 (uma) parcela e o fiscal já está vinculado ao
cronograma. Conforme consulta, observe que o cronograma está na situação de ATIVO e as
parcelas previstas, conforme Figura 13.
Figura 13 – Exemplo de cronograma gerado
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Para incluir a medição, após acessar o SIASG, SICON, CRONOGRAMA, CONFIRMA, o usuário
deverá posicionar o cursor na opção “INCLUICONF -> INCLUI MEDICAO/CONFERENCIA” e
teclar o ENTER, conforme Figura 14.
Figura 14 – Tela da funcionalidade Inclui Medição
O sistema exibirá tela para informar o código da Unidade Gestora. O usuário deverá
preencher com o código do Hospital Universitário Júlio Muller – 154070 - e teclar o ENTER,
conforme figura 15.
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Figura 15 – Unidade gestora - 154070
O sistema exibirá tela para consultar o cronograma. O usuário deverá preencher o campo
desejado e teclar o ENTER, conforme figura 16.
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Figura 16 – Tela de informações para entrada no cronograma
Importante: Para entrar no cronograma desejado o fiscal poderá preencher o campo Cronograma
(número e ano do cronograma) ou, caso não tenha essa informação, poderá preencher o campo
Contrato, com a modalidade (tipo de contrato, digitar nº 50 ou posicionar o cursor no campo da
modalidade e pressionar a tecla F1 para ajuda, se precisar) e o número e ano do contrato
respectivo.
O sistema exibirá tela com os dados do cronograma e os campos para preenchimento, os
quais são:
- NÚMERO DO CRONOGRAMA – Formato: UASG do HU – Número do Cronograma/Ano do
Cronograma (Exemplo: 154070 – 00009/2013);
- NÚMERO DO DOCUMENTO - informar o número da nota fiscal ou do documento;
- SÉRIE - Informar a serie, se houver. Não é campo obrigatório.
- FORNECEDOR - Informar o CNPJ do fornecedor.
Após preencher os campos, o usuário deverá teclar o ENTER, conforme Figura 17.
Figura 17 – Tela de informação da nota fiscal
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O sistema exibirá os dados informados na tela anterior, o campo DATA MEDIÇÃO para
preenchimento e CPF e nome do Fiscal. O fiscal deverá informar a data de medição e teclar o
ENTER, conforme Figura 18.
Figura 18 – Tela de informações do fiscal do contrato
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O sistema exibirá os campos para preenchimento, os quais são:
- ITEM - Informar o número do item ou teclar F1. Teclando F1, assinalar o item desejado e teclar o
ENTER.
- ETAPA - Informar o número da etapa ou teclar F1. Teclando F1, assinalar a etapa desejada e
teclar o ENTER (se houver).
- SUBETAPA - Informar o número da subetapa ou teclar F1. Teclando F1, assinalar a subetapa
desejada e teclar o ENTER (se houver).
- PARCELA - Informar o número da parcela ou teclar F1. Teclando F1, assinalar a parcela desejada
e teclar o ENTER (número da parcela que se deseja medir pelo fiscal – o sistema mostrará o
período da parcela).
No exemplo, o cronograma é de locação de imóvel e, portanto será preenchido apenas
os campos Item e Parcela, conforme Figura 19.
Figura 19 – Tela de informações para medicação de contrato de serviço
93
Importante: Se o cronograma fosse de serviço, após a indicação do item conforme Figura 19,
apareceria uma tela com a lista dos itens do contrato. O fiscal deverá marcar com X o item
desejado e teclar o ENTER.
O sistema exibiria em seguida a relação das parcelas. O usuário deverá assinalar com X a
parcela desejada e teclar o ENTER.
O sistema exibirá os campos Item, Etapa, Subetapa e Parcela preenchidos. O usuário
deverá em seguida teclar o ENTER.
O sistema exibirá os dados do cronograma e dentre eles o valor que foi previsto para
parcela e os campos que serão preenchidos na medição, os quais são:
- DATA INÍCIO - Informar a data inicio da execução do serviço
- DATA FIM - Informar a data fim da execução do serviço (esta data não poderá ser maior do que
a data da medição)
- VALOR - Informar o valor real que será pago ao fornecedor
- OBSERVAÇÃO - Informar o que ocorreu durante a execução do serviço, se houver. Não é
campo obrigatório.
Após preencher os campos medidos, o fiscal deverá teclar o ENTER, conforme Figura 20.
Figura 20 – Tela de medição
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Importante: O campo “medido” refere-se à data da parcela programada no cronograma no
respectivo contrato (no caso do exemplo acima, repete-se a data início e a data fim prevista).
Importante: O valor executado em cada parcela, bem como o período de realização poderá ser
maior ou menor do que o previsto inicialmente.
O sistema exibirá os dados informados e a solicitação de confirmação. O usuário
deverá informar C de confirma e teclar o ENTER, conforme Figura 21.
Figura 21 – Tela de inclusão de medição
O sistema exibirá a mensagem: ”TRANSAÇÃO ANTERIOR EFETIVADA COM SUCESSO” e
no rodapé da tela a PF4 - ENCERRA DOCUMENTO para encerrar o documento de medição.
Ao concluir a medição, o fiscal deverá encerrar a medição para que o Órgão/Unidade
possa incluir/registrar a nota fiscal no sistema e enviar ao SIAFI para geração de NP.
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Importante: Se o documento NÃO for encerrado, ele ficará na situação de PENDENTE.
O documento de medição na situação de PENDENTE não será visualizado pelo gestor financeiro
na inclusão da nota fiscal. Portanto, o fiscal deverá teclar PF4 - ENCERRA DOCUMENTO para
encerrar o documento de medição, conforme Figura 22.
Figura 22 – Tela de encerramento de medição
O sistema exibirá tela com a mensagem: “DESEJA ENCERRAR O DOCUMENTO DE
MEDIÇÃO”, o fiscal deverá informar S de sim e teclar o ENTER, conforme Figura 23.
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Figura 23 - Tela de encerramento de medição
O sistema exibirá a mensagem: “TRANSAÇÃO ANTERIOR EFETIVADA COM SUCESSO”,
conforme Figura 24.
Figura 24 – Tela de efetivação da transação
Importante: Com relação às parcelas de um cronograma, é possível constatar que o fiscal poderá:
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- Medir uma parcela com o valor a maior do que foi previsto;
- Medir uma parcela com o valor a menor do que foi previsto;
- Fazer mais de uma medição na mesma parcela;
- Medir mais de um item na mesma parcela.
Ou seja, o valor executado em cada parcela, bem como o período de realização poderá
ser maior, igual ou menor do que o previsto inicialmente, no entanto, o somatório de todas as
parcelas executadas, NÃO poderá ser maior do que o valor previsto no contrato.
O fiscal poderá consultar a medição, através da opção Consulta Medição/Conferencia
disponível na funcionalidade Consulta Cronograma, conforme Figura 10 e Figura 25.
Figura 25 – Funcionalidade Consulta Cronograma
Importante: Um cronograma que não for finalizado através do PF4 – ENCERRA DOCUMENTO,
conforme explicitado nas figuras 22 e 23 ficará na situação de PENDENTE.
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Para que o fiscal possa encerrar este documento na situação de PENDENTE, deverá após
acessar a opção SIASG, SICON, CRONOGRAMA, CONFIRMA, INCLUICONF (INCLUI
MEDICÃO/CONFERÊNCIA), consultar o cronograma, assim o sistema exibirá a tela para
preenchimento dos campos:
- NÚMERO DO DOCUMENTO - informar o número da nota fiscal ou do documento;
- SÉRIE - Informar a série, se houver. Não é campo obrigatório.
- FORNECEDOR - Informar o CNPJ do fornecedor.
O fiscal deverá informar o número do documento que está na situação de PENDENTE, a
SÉRIE (se houver), o CNPJ do fornecedor e teclar o ENTER, assim como foi realizado na Figura 18.
O sistema exibirá a mensagem: “DESEJA ENCERRAR DOCUMENTO DE MEDIÇÃO:”, o
fiscal deverá informar S de sim e teclar o ENTER, conforme Figura 23.
O sistema exibirá a mensagem: ”TRANSAÇÃO ANTERIOR EFETIVADA COM SUCESSO”,
conforme Figura 24.
Neste momento, o documento passará para a situação de CONCLUÍDO. Para conferir, o
fiscal poderá consultar o documento de medição, através da opção Consulta
Medição/Conferencia disponível na funcionalidade Consulta Cronograma.
Importante:
- Uma Nota Fiscal poderá ser relativa a várias parcelas;
- Uma parcela poderá ter diversas Notas Fiscais;
- As parcelas/etapas são independentes, ou seja, é possível realizar a medição de uma parcela
que seja posterior à parcela atual;
- Ao término do Cronograma o somatório das notas fiscais deverão ser iguais ou menor do que o
valor apropriado, para o contrato.
2.4 Excluir Medição/Conferência
Esta funcionalidade permite ao fiscal da UASG excluir uma medição realizada. Não é
possível alterar uma medição incluída no sistema. Para acertar a medição, o fiscal deverá excluir
a medição e em seguida incluí-la novamente no sistema.
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Caso a medição já tenha nota fiscal incluída no sistema, o financeiro deverá
primeiramente, se possível, estornar a nota fiscal para que o fiscal possa excluir a referida
medição.
Para excluir uma medição, após acessar o SIASG, SICON, CRONOGRAMA, CONFIRMA,
o fiscal deverá posicionar o cursor na opção “EXCLUICONF -> EXCLUI
MEDICAO/CONFERENCIA” e teclar o ENTER, conforme Figura 28.
Figura 26 – Tela da funcionalidade Exclusão de medição
O sistema exibirá tela para consulta. O fiscal deverá informar o número do cronograma,
número do documento e em seguida teclar o ENTER.
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Figura 27 – Informações do cronograma para exclusão de nota
O sistema exibirá os dados da medição e a solicitação de confirmação. O fiscal
deverá informar C de confirma e teclar o ENTER. O sistema exibirá a mensagem: ”EXCLUSÃO
ANTERIOR EFETIVADA COM SUCESSO”.
O fiscal poderá consultar a exclusão, através da opção Consulta Medição/Conferencia
disponível na funcionalidade Consulta Cronograma.
2.5 Consulta Medição/Conferência
Esta funcionalidade permite ao Órgão/Unidade consultar os documentos de medições
incluídos para um determinado cronograma.
Para consultar a medição/conferência, após acessar o SIASG, SICON, CRONOGRAMA,
CONSULTA, o usuário deverá posicionar o cursor na opção “CONMEDICAO -> CONSULTA
MEDICAO/CONFERENCIA” e teclar o ENTER, conforme Figura 30.
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Figura 28 – Tela da funcionalidade Consulta Medição
O sistema exibirá campos para consulta e filtro de pesquisa. O usuário poderá consultar
pela COMPRA ou pelo CRONOGRAMA ou pelo CONTRATO. Se necessário, preencher o
NÚMERO do ITEM e a DATA de MEDIÇÃO. Após informar o campo desejado, o usuário deverá
teclar o ENTER, conforme Figura 31.
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Figura 29 – Tela para Consulta de Medição
O sistema exibirá a relação dos documentos, informando a data de medição, o CPF do
fiscal e a situação de cada documento. Observe que podem aparecer documentos na situação de
CONCLUÍDO e PENDENTE.
- CONCLUÍDO – O documento foi encerrado.
- PENDENTE – O documento não foi encerrado e não será visualizado pelo gestor financeiro
quando incluir a nota fiscal.
Observe que no rodapé da tela é disponibilizado a PF4 – Histórico, conforme Figura 32.
Importante: A Tecla F4 remete ao Histórico e exibe o que consta no cronograma. (Ex: Aditivo e
Apostilamento).
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Figura 30 – Tela de histórico de cronograma
Em caso de dúvidas:
Consulte os Manuais que estão disponíveis no sitio www.comprasnet.gov.br/ aba
Publicações/Manuais/SIASG.
Procure a Unidade de Contratos do Hospital Universitário Júlio Muller.
II. REFERÊNCIAS
MANUAL DO USUÁRIO – SICON – Cronograma físico financeiro - Perfil – Fiscal de
Contrato
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria de Logística e Tecnologia da
Informação. Departamento De Logística
COMPRASNET
SERPRO
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III. ELABORAÇÃO
NOME CARGO ASSINATURA/CARIMBO
Vivianne Vanne da Silva
Professor
Chefe da Unidade de
Contratos
IV. REVISÃO
NOME CARGO ASSINATURA/CARIMBO
Thaís Flávia Nogueira
Gonçalves Pereira
Chefe do Setor de
Administração
V. APROVAÇÃO
NOME CARGO ASSINATURA/CARIMBO
Jonas da Cruz Borges
Assumpção
Chefe da Divisão
Administrativa Financeira
Cassiano Moraes Falleiros
Chefe da Gerência
Administrativa
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