BLENDAS COM ADIÇÃO DE NANOCARGAS: APLICAÇÕES EM PLÁSTICOS DE … · 2012-11-13 · Argila...

Post on 13-Jun-2020

0 views 0 download

Transcript of BLENDAS COM ADIÇÃO DE NANOCARGAS: APLICAÇÕES EM PLÁSTICOS DE … · 2012-11-13 · Argila...

Palestrantes: Dra. Ticiane S. Valera (ticiane.valera@poli.usp.br)

MSc. Douglas Morais (douglasmorais@usp.br)

Fábio Y. Sakata (fabiosakata438@gmail.com)

BLENDAS COM ADIÇÃO DE

NANOCARGAS: APLICAÇÕES EM

PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

Universidade de São Paulo

Departamento de Engenharia Metalúrgica e de

Materiais

Laboratório de Análise e Processamento de Polímeros

Plano

• Objetivo

• Introdução

• Materiais e Procedimento Experimental

• Resultados

• Conclusão

Objetivo

Uso de borracha e nanocargas para tenacificar a Poliamida-6.

Avaliar as propriedades das blendas e compósitos obtidos.

Avaliar a morfologia dos materiais estudados.

Plano

• Objetivo

• Introdução

• Materiais e Procedimento Experimental

• Resultados

• Conclusão

Podem ser definidas como uma mistura física de dois ou

mais polímeros ou copolímeros.

Os polímeros formadores da mistura podem ser miscíveis

ou imiscíveis.

Misturas (Blendas) Poliméricas

Polímero A Polímero B

10 mícrons

Fase dispersa Fase matriz

As misturas compatíveis ou devidamente compatibilizadas

apresentam uma combinação sinérgica das diferentes

propriedades exibidas pelos materiais formadores.

Como resultado desta combinação tem-se um novo

material, com grande gama de aplicabilidade.

Misturas (Blendas) Poliméricas

0

300

600

900

1200

1500

1800

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45Fração mássica de PVB (%)

Res

istê

nci

a a

o I

mp

act

o I

zod

co

m e

nta

lhe

(J/m

)

Injeção Paralela

Injeção Perpendicular

Compatibilização

A compatibilização proporciona melhor adesão entre os

componentes da mistura possibilitando a transferência de

tensão entre as fases e, conseqüentemente, evitando que

fenômenos de fratura ocorram na interface matriz/fase

dispersa.

Métodos de Compatibilização

Adição de copolímeros

em bloco ou grafitizados

Funcionalização

Utilização de cargas

nanométrcas rígidas

Polímeros Tenacificados com Borracha

Aumento na Tenacidade: Resistência ao Impacto

(tenaz 5 J/m e super tenaz 500 J/m*)

Tenacidade: energia absorvida pelo material

quando sujeito a um esforço, por unidade de área

ou de volume do material, para romper a energia

de coesão entre as moléculas e formar uma nova

superfície

Mistura imiscível → matriz + borracha

Borracha agente tenacificante ou modificador

de impacto

* COLLYER, A.A. (Ed.) Rubber toughened engineering plastics. London, Chapman & Hall, 1994. WU, S. Polymer Engineering and

Science, v.30, n.13, p.753-761, 1990.

Polímeros Tenacificados com Borracha

Mecanismo de falha:

• Crazing (multi-microfibrilamento)

• Shear Yielding (escoamento por

cisalhamento)

Deformação (%)

Ten

são (

N/m

2)

Shear yielding (escoamento por cisalhamento):

extensivo escoamento da matriz polimérica e requer

mobilidade dos segmentos das cadeias da matriz para

que deformação plástica ocorra a nível molecular.

• Principal mecanismo de tenacificação

• Barreira para propagação de trincas

Polímeros Tenacificados com Borracha

A função das partículas de borracha era criar na

matriz tensão triaxial suficiente na região próxima à

interface, produzindo extensivo escoamento e

estiramento.

Escoamento por cisalhamento é constituído por

cavitação das partículas de borracha, seguido por

extensivo escoamento da matriz.

Polímeros Tenacificados com Borracha

Polímeros Tenacificados com Borracha

23

3

21

5

20

2

20

2

15

90 1

27

9

12

39

11

08

12

89

19

6

95

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

PA

-6 (1

E)

PV

B V

(1E

)

PV

B V

(2E

)

PV

B R

2 (1

E)

PV

B R

2 (2

E)

PV

B R

1 (1

E)

Res

istê

nci

a a

o I

mp

act

o I

zod

co

m e

nta

lhe

(J

/m)

80-20

60-40

2093

793

1100

1136

1139

1091

0

500

1000

1500

2000

2500

PA-6 (1E) PVB V (1E) PVB V (2E) PVB R2

(1E)

PVB R2

(2E)

PVB R1

(1E)M

ódu

lo d

e E

last

icid

ade

(MP

a)

Nanocompósitos

Podem ser definidos como materiais híbridos, em que um dos

componentes apresenta ao menos uma das dimensões em escala

nanométricas (inferior a 100nm).

Dentre as nanocargas utilizadas na obtenção dos nanocompósitos

destaca-se a utilização das argilas do grupo Esmectita.

Argilas

MMT

Argilas

MMT

Nanocompósitos

Morphology

Blendas com Adição de Nanocargas

Partículas inorgânicas sólidas podem atuar como agente

compatibilizante em misturas poliméricas.

A presença deste terceiro componente deve auxiliar na redução

do tamanho da fase dispersa, evitando a coalescência no estado

fundido.

Micrografia obtida por TEM da mistura PA-6/elastômero/Argila

Blendas com Adição de Nanocargas

Plano

• Introdução

• Materiais e Procedimento Experimental

• Resultados

• Conclusão

Materiais

Nanocargas:

Argila Natural CLOISITE: MMT; densidade de 2,86 g/cm3. CTC

90 meq/100g, tamanho médio de partícula entre 6 e 13 μm.

Argila sintética LAPONITE RD: Hectorita,, CTC de 95 meq/100g,

espessura de 0,97nm e diâmetro de 25 a 35nm,

Sílica coloidal Aerosil 200: área superficial de 200 m2/g, densidade

de 2,2 g/cm3. Diâmetro médio de partícula 12 nm.

Polímeros:

SEBS-g-MA “Kraton FG1901”

Poliamida -6 “MAZMID B260”

Procedimento Experimental

Métodos de Obtenção das Misturas

Método MI

Máster PA-6

Máster + Borracha

Mistura MI

Método MII

Máster Borracha

Máster + PA-6

Mistura MII

Método MIII

PA-6+ Borracha + Argila

Mistura MIII

Banheira Zonas de Aquecimento

Alimentador 1

Alimentador 2

Banheira Zonas de Aquecimento

Alimentador 1

Alimentador 2

Plano

• Introdução

• Materiais e Procedimento Experimental

• Resultados

• Conclusão

Resultados

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

Módulo

de E

last

icid

ade (

MPa)

Amostras

PA

-6 2

x

PA

-6/S

EB

S

PA

-6/S

EB

S/C

LO

ISIT

E M

I

PA

-6/S

EB

S/C

LO

ISIT

E M

II

PA

-6/S

EB

S/C

LO

ISIT

E M

III

PA

-6/S

EB

S/L

AP

ON

ITA

MI

PA

-6/S

EB

S/L

AP

ON

ITA

MII

PA

-6/S

EB

S/L

AP

ON

ITA

MII

I

PA

-6/S

EB

S/S

ILIC

A M

I

PA

-6/S

EB

S/S

ILIC

A M

II

PA

-6/S

EB

S/S

ILIC

A M

III

A B C D E F G H I J K

0

200

400

600

800

1000

1200

Re

sis

tên

cia

ao

Im

pa

cto

Izo

d c

om

En

talh

e (

J/m

)

Amostras

PA

-6 2

X

PA

-6/S

EB

S

PA

-6/S

EB

S/C

LO

ISIT

E M

I

PA

-6/S

EB

S/C

LO

ISIT

E M

II

PA

-6/S

EB

S/C

LO

ISIT

E M

III

PA

-6/S

EB

S/L

AP

ON

ITA

MI

PA

-6/S

EB

S/L

AP

ON

ITA

MII

PA

-6/S

EB

S/L

AP

ON

ITA

MII

I

PA

-6/S

EB

S/S

ILIC

A M

I

PA

-6/S

EB

S/S

ILIC

A M

II

PA

-6/S

EB

S/S

ILIC

A M

III

Misturas (Blendas) PA-6/SEBS-g-MA (PA-6/SEBS) (60/40)

com e sem Adição de Nanocargas

Resultados

A B C D E F G H I J K

0

200

400

600

800

1000

1200

Re

sis

tên

cia

ao

Im

pa

cto

Izo

d c

om

En

talh

e (

J/m

)

AmostrasP

A-6

2X

PA

-6/S

EB

S

PA

-6/S

EB

S/C

LO

ISIT

E M

I

PA

-6/S

EB

S/C

LO

ISIT

E M

II

PA

-6/S

EB

S/C

LO

ISIT

E M

III

PA

-6/S

EB

S/L

AP

ON

ITA

MI

PA

-6/S

EB

S/L

AP

ON

ITA

MII

PA

-6/S

EB

S/L

AP

ON

ITA

MII

I

PA

-6/S

EB

S/S

ILIC

A M

I

PA

-6/S

EB

S/S

ILIC

A M

II

PA

-6/S

EB

S/S

ILIC

A M

III

Misturas (Blendas) PA-6/SEBS-g-MA (PA-6/SEBS) (60/40)

com e sem Adição de Nanocargas

Resultados Misturas (Blendas) PA-6/SEBS-g-MA (PA-6/SEBS) (60/40)

com e sem Adição de Nanocargas

PA-6/SEBS

CLOISITE MI CLOISITE MII CLOISITE M III

Resultados

Misturas (Blendas) PA-6/SEBS-g-MA (PA-6/SEBS) (60/40)

com e sem Adição de Nanocargas

AGLOMERADOS

AGLOMERADOS

Micrografia obtida por MEV para a amostra

PA-6/SEBS/LAPONITA MI.

Micrografia obtida por MEV para a amostra PA-

6/SEBS/SILICA MI

Resultados

Misturas (Blendas) PA-6/SEBS-g-MA (PA-6/SEBS) (60/40) com

e sem Adição de Sílica Método III

Resultados Misturas (Blendas) PA-6/SEBS-g-MA (PA-6/SEBS) (70/30)

com e sem Adição de Nanocargas

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

PA

-6/S

EB

S/S

ILIC

A M

III

PA

-6/S

EB

S/S

ILIC

A M

II

PA

-6/S

EB

S/S

ILIC

A M

I

PA

-6/S

EB

S/L

AP

ON

ITA

MII

I

PA

-6/S

EB

S/L

AP

ON

ITA

MII

PA

-6/S

EB

S/L

AP

ON

ITA

MI

PA

-6/S

EB

S/C

LO

ISIT

E M

III

PA

-6/S

EB

S/C

LO

ISIT

E M

II

PA

-6/S

EB

S/C

LO

ISIT

E M

I

PA

-6/S

EB

S

PA

-6 2

x

Módulo

de E

last

icid

ade (

MPa)

AmostrasA B C D E F G H I J K

0

200

400

600

800

1000

1200

Re

sis

tên

cia

ao

Im

pa

cto

Izo

d c

om

En

talh

e (

J/m

)

Amostras

PA

-6 2

x

PA

-6/S

EB

S

PA

-6/S

EB

S/C

LO

ISIT

E M

I

PA

-6/S

EB

S/C

LO

ISIT

E M

II

PA

-6/S

EB

S/C

LO

ISIT

E M

III

PA

-6/S

EB

S/L

AP

ON

ITA

MI

PA

-6/S

EB

S/L

AP

ON

ITA

MII

PA

-6/S

EB

S/L

AP

ON

ITA

MIII

PA

-6/S

EB

S/S

ILIC

A M

I

PA

-6/S

EB

S/S

ILIC

A M

II

PA

-6/S

EB

S/S

ILIC

A M

III

Resultados

Misturas (Blendas) PA-6/SEBS-g-MA (PA-6/SEBS) (70/30)

com e sem Adição de Nanocargas

A B C D E F G H I J K

0

200

400

600

800

1000

1200

Re

sis

tên

cia

ao

Im

pa

cto

Izo

d c

om

En

talh

e (

J/m

)

Amostras

PA

-6 2

x

PA

-6/S

EB

S

PA

-6/S

EB

S/C

LO

ISIT

E M

I

PA

-6/S

EB

S/C

LO

ISIT

E M

II

PA

-6/S

EB

S/C

LO

ISIT

E M

III

PA

-6/S

EB

S/L

AP

ON

ITA

MI

PA

-6/S

EB

S/L

AP

ON

ITA

MII

PA

-6/S

EB

S/L

AP

ON

ITA

MIII

PA

-6/S

EB

S/S

ILIC

A M

I

PA

-6/S

EB

S/S

ILIC

A M

II

PA

-6/S

EB

S/S

ILIC

A M

III

Resultados Misturas (Blendas) PA-6/SEBS-g-MA (PA-6/SEBS)

(70/30) com e sem Adição de Sílica

Sílica M I Sílica M II Sílica M III

PA-6/SEBS

Plano

• Introdução

• Materiais e Procedimento Experimental

Resultados

• Conclusão

Conclusões

Todas as blendas apresentaram melhorias significativas nos

valores de resistência ao impacto com entalhe.

As misturas com nanocarga apresentaram, também, valores de

módulo de elasticidade próximos aos obtidos para a fase matriz

pura.

A morfologia das misturas indica que a presença de argila/sílica

previne a coalescência das gotas de elastômetro, reduzindo o

tamanho da fase dispersa.

Conclusões

• ↑Resistência ao Impacto ↑Módulo de Elasticidade

• ↑ Estabilidade dimensional

5% em massa de nanocarga nos Nanocompósitos

20-50% em massa de carga nos Compósitos

X

Agradecimentos

• Mazzaferro

• BUN (Bentonit União Nordeste)

• CAPES e FAPESP