Post on 17-Apr-2015
Avisos:
Organização das aulas
Professores (Brum e William)
Material (Livro de aula e Livro de casa)
Leituras obrigatórias!
Aula dada e Aula estudada
Noções básicas
de literatura
Formas na literatura
Prosa
organizada em parágrafos sentido
Poema
organizada em versos ritmoX
Formas da épica (narrativa): epopeia, roma-ce, novela, conto; Sequência de fatos, relato domundo exterior. Importância do narrador.
Formas dramáticas: tragédia, comédia, tragi-comédia, farsa. Sem enunciador externo (narra-dor ou eu-lírico), calcadas no diálogo e nos diver-sos aparatos técnicos (figurino, cenário, ilumina-ção, palco...)
CLASSIFICAÇÃO DOS GÊNEROS LITERÁRIOS
– GÊNERO LÍRICO
Formas da lírica: soneto, ode, balada e outras versificadas; eu-lírico expressa sua subjetividade, sentimentos e emoções, enfim, o seu mundo interior, em tom confessional. É que mais explora e busca a combinação de palavras e expressões como forma de valorizar a sonoridade.
ESPECIFICIDADES TÉCNICAS
•ESTROFESAinda que possa conter um único verso, uma estrofe é formada por um conjunto de versos.
CLASSIFICAÇÃO: número de versos da estrofe
1 – MONÓSTICO2 – DÍSTICO3 – TERCETO4 – QUARTETO/QUADRA5 – QUINTETO/QUINTILHA6 – SEXTETO/SEXTILHA7 – SÉTIMA/SEPTILHA8 – OITAVA9 – NOVENA/NONA10 – DÉCIMA
Eu agora - que desfecho!Já nem penso mais em ti...Mas será que nunca deixoDe lembrar que te esqueci?
(Mario Quintana)
As armas e os barões assinalados, Que da ocidental praia Lusitana, Por mares nunca de antes navegados, Passaram ainda além da Taprobana, Em perigos e guerras esforçados, Mais do que prometia a força humana, E entre gente remota edificaram Novo Reino, que tanto sublimaram;
(Camões)
METRIFICAÇÃO
FALA X ESCRITA
ESCRITA – SÍLABA GRAMATICAL:
MUITO OBRIGADO!
MUI – TO – O – BRI – GA - DO!1 2 3 4 5 6
FALA – SÍLABA POÉTICA/MÉTRICA:
MUITO OBRIGADO!
MUI TO O BRI GA DO
MUI TÔ BRI GA DO
2. VERSOS
Verso é cada uma das linhas que compõem uma estrofe,sendo classificados conforme:
1. O número de sílabas poéticas que possuem:
– Uma sílaba poética: monossílabos.Exemplo:
má1 goa!”(Cassiano Ricardo, Pingo d’água)
– Duas sílabas poéticas: dissílabos.Exemplo:
(Ribeiro Couto, Luar do sertão)
CURIOSIDADE:
Elisão: dá-se quando,num verso, uma pala-vra termina por vogalátona e a palavra se-guinte inicia por vogalou ‘h’ unem-se as du-as sílabas numa só.”
– Quatro sílabas poéticas: tetrassílabos.Exemplo:
(Vinicius de Moraes, Era uma casa)
– Cinco sílabas poéticas: pentassílabos (redondilha menor).Exemplo:
(Carlos Drummond de Andrade, Memória)
– Seis sílabas poéticas: hexassílabos.Exemplo:
“Há1/ noi2/ te?Há3/ vi4/ da?Há5/ vo6 zes?
(Cecília Meireles. Inesperadamente)
– Sete sílabas poéticas: heptassílabos (redondilha maior).Exemplo:
Vou1-/ meem2/ bo3/ ra4/ pra5/ Pa6/ sár7 gada”(Manuel Bandeira, Vou-me embora pra Pasárgada)
– Oito sílabas poéticas: octassílabos.Exemplo:
“Tu1/ pen2/ sas3/ que4/ tu5/ é6/ que7/ és8
A1/ me2/ lhor3/ mu4/ lher5/ do6/ pla7/ ne8 ta,Mas1/ eu2/ é3/ que4/ não5/ vou6/ fa7/ zer8
Tu1/ doo2/ que3/ te4/ der5/ na5/ ve7/ ne8 ta.”(Noel Rosa, A melhor do planeta)
– Nove sílabas poéticas: eneassílabos.Exemplo:
“Não1/ sa2/ beis3/ o4/ queo5/ mons6/ tro7/ pro8/ cu9 ra?Não1/ sa2/ beis3/ a4/ que5/ vem6,/ o7/ que8/ quer9?Vem1/ ma2/ tar3/ vo4/ ssos5/ bra6/ vos7/ gue8/ rrei9 ros,Vem1/ rou2/ bar3-/ vos4/ a5/ fi6/ lha,a7/ mu8/ lher9!”(Gonçalves Dias, O canto do Piaga)
– Dez sílabas poéticas: decassílabos.Exemplo:
“Nu1/ me2/ rar3/ se4/ pul5/ tu6/ ras7/ e8/ car9/ nei10 ros,
Re1/ du2/ zir3/ car4/ nes5/ po6/ dres7/ aal8/ ga9/ ris10 mos,Tal1/ é2,/ sem3/ com4/ pli5/ ca6/ dos7/ si8/ lo9/ gis10 mos,Aa1/ rit2/ mé3/ ti4/ cahe5/ dion6/ da7/ dos8/ co9/ vei10 ros!”(Augusto dos Anjos, Versos a um coveiro)
– Onze sílabas poéticas: endecassílabos.Exemplo:
(Gonçalves Dias, I-Juca Pirama)
– Doze sílabas poéticas: dodecassílabos (alexandrinos).Exemplo:
Oa1/ mor2/ é3/ sem4/ preo5/ vi6/ nhoe7/ nér8/ gi9/ co,i10/ r-ri11/ tan12 te...Um1/ la2/ go3/ de4/ lu5/ ar6/ ner7/ vo8/ soe9/ pal10/ pi11/ tan12
te...Um1/ sol2/ den3/ tro4/ de5/ tu6/ doal7/ ti8/ va9/ men10/ tei11/mer12 so.”(Cruz e Sousa, Amor)
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À semelhança ou diferença queapresentam entre si:– Versos regulares (ou isométricos): possuem mesma métri-ca. Exemplo:
(Amaro Juvenal (Ramiro Barcellos), Antônio Chimango)
– Versos (ou polimétricos): alternância de versos de medi-das silábicas diferentes.
Exemplo:
nha.(10)
(Gregório de Matos)
– Verso livre: apresentam diversas métricas.Exemplo:
(João Cabral de Melo Neto, Poema)
3. RIMAS
Rima é a repetição de fonemas (sons) semelhantes.Podem ser encontradas ora no final de versos diferentes(rimas externas), ora no interior de um mesmo verso (rimasinternas), ou mesmo em posições variadas (rimas mistura-das), criando um parentesco fônico entre palavras presentesem dois ou mais versos.
RIMA CONSOANTE: a semelhança se dá entre consoantes e vogais a partir da vogal tônica
(ou com uma consoante de apoio)
Se sou pobre pastor, se não governo Reinos, nações, províncias, mundo, e gentes; Se em frio, calma, e chuvas inclementes Passo o verão, outono, estio, inverno;
(Cláudio Manuel da Costa)
Quanto à sonoridade:
RIMA TOANTE: semelhança exclusiva nas vogais da vogal tônica e da vogal átona pós-tônica.
Somos muitos Severinos iguais em tudo na vida: na mesma cabeça grande que a custo é que se equilibra, no mesmo ventre crescido sobre as mesmas pernas finas e iguais também porque o sangue, que usamos tem pouca tinta. (João Cabral de Melo Neto)
Quanto à sonoridade:
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À disposição:– Alternadas (cruzadas).
“Mas que dizer do poETA (A)numa prova escolAR? (B)Que ele é meio patETA (A)e não sabe rimAR?” (B)(Carlos Drummond de Andrade, Dados biográficos)– Emparelhadas (paralelas).“Minha rica mulatinhaDesvelo e cuidado mEU, (B)Eu já fora todo tEU, (B)E tu foras toda minha;”(Gregório de Matos, Mariquita)
– Interpoladas (polar ou opostas);“De repente do riso fez-se o prANTO (A)Silencioso e branco como a brumaE das bocas unidas fez-se a espumaE das mãos espalmadas fez-se o espANTO.” (A)
(Vinicius de Moraes, De repente)
– Versos brancos: embora apresentem métrica rígida, nãosão rimados.“‘O1/ rei2/ é3/ vo4/ sso5/ pai6:/ quer7-/ vos8/ fe9/ li10 zes.Sois1/ li2/ vres3,/ co4/ mo5/ soueu6;/ e7/ se8/ reis9/ li10 vres.Não1/ sen2/ doa3/ qui4,/ em5/ qual6/ quer7/ ou8/ tra9/ par10te. ...’”(Basílio da Gama, O Uraguai)
FORMAS LITERÁRIAS DO GÊNERO LÍRICO
ELEGIA: composição destinada a exprimir tristeza ousentimentos melancólicos, normalmente ligados à morte.
“Eras na vida a pomba prediletaQue sobre um mar de angústias conduziaRamo da esperança. – Eras a estrelaQue entre as névoas do inverno cintilaApontando o caminho ao pegureiro.Eras a messe de um dourado estio.Eras o idílio de um amor sublime.Eras a glória, – a inspiração, – a pátria,O porvir do teu pai! Ah! no entanto,Pomba, – varou-te a flecha do destino!Astro, – engoliu-te o temporal do norte!Teto – caíste! – Crença, já não vives! *...+” (Cântico do Calvário,
Fagundes Varela)
SONETO: dois quartetos (estrofes de quatro versos) e de dois tercetos (estrofes de três versos), os sonetos costumam apresentar versos decassílabos ou alexandrinos.
“Recordo ainda... E nada mais me importa...Aqueles dias de uma luz tão mansaQue me deixavam, sempre de lembrança,Algum brinquedo novo à minha porta...
Mas veio um vento de DesesperançaSoprando cinzas pela noite morta!E eu pendurei na galharia tortaTodos os meus brinquedos de criança...
Estrada afora após segui... Mas ai,Embora idade e senso eu aparente,Não vos iluda o velho que aqui vai:
Eu quero meus brinquedos novamente!Sou um pobre menino... Acreditai...Que envelheceu, um dia, de repente!...”
(Recordo ainda..., Mário Quintana)
ODE: expressar os grandes sentimentos da alma humana. As odes tanto podem celebrar fatos heroicos e religiosos, quanto o amor ou os prazeres.
BALADA: feitas para serem cantadas, as baladas basei-am-se no princípio da repetição como forma de facilitar suamemorização. Deste modo, a mesma ideia ou verso repete-se ao término de cada estrofe.
PROSA LÍRICA: também chamada de prosa poética, mantém o teor eminentemente sentimental da poesia. Nes-te tipo de prosa, o escritor toma o cuidado de selecionar vo-cábulos foneticamente semelhantes, de maneira a buscarnas aliterações e nas assonâncias um texto de intensa musi-calidade.