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NATAL/RN, MARÇO DE 2009
PROJETO ESTUDO DE BALNEABILIDADE DAS PRAIAS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE 3
EQUIPE TÉCNICA: André Luis Calado Araújo Engenheiro Civil, Doutor em Engenharia Sanitária, University of Leeds, England. Andréa Lessa da Fonseca Engenheira Química, Doutora em Engenharia Química, UFRN. Douglisnilson de Moraes Ferreira Químico - UFRN Luiz Eduardo Lima de Melo Biólogo, Doutorando em Ciência e Engenharia de Petróleo, UFRN.
Milton Bezerra do Vale Engenheiro Químico, Mestre em Engenharia Sanitária, UFRN.
Ronaldo Fernandes Diniz Geólogo, Doutor em Geologia Sedimentar, UFBA.
Hugo Paiva Tavares de Souza Aluno do Curso Técnico de Geologia e Mineração, CEFET-RN.
Mirlene Neyce Soares Pereira Aluna do Curso Técnico de Controle Ambiental, CEFET-RN.
Paloma de Paula Gomes Aluna do Curso Técnico de Controle Ambiental, CEFET-RN.
Raoni Dantas Brandão Marinho Aluno do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental, CEFET-RN.
Prof. Dr. Ronaldo Fernandes Diniz Coordenador do Projeto
PROJETO ESTUDO DE BALNEABILIDADE DAS PRAIAS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE 4
I. APRESENTAÇÃO E OBJETIVOS
São apresentados neste trabalho os resultados do estudo de balneabilidade das
principais praias da zona costeira norte-rio-grandense, parte integrante do projeto
“Estudo de Balneabilidade das Praias do Estado do Rio Grande do Norte”,
inserido no Programa Estadual “Água Azul” e executado conjuntamente pelo IDEMA
(Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte)
e IFRN (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do
Norte), durante período de dezembro/2008 a fevereiro/2009.
Este projeto tem como principais objetivos:
(i) Estabelecer a qualidade atual das águas das principais praias do Estado do
Rio Grande do Norte e classificá-las conforme os padrões e critérios de
balneabilidade determinados pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente –
CONAMA;
(ii) Divulgar os resultados e orientar a sinalização das praias monitoradas;
(iii) Identificar os principais responsáveis pela contaminação das praias,
fornecendo subsídios para atuação das prefeituras e dos órgãos de
fiscalização ambiental;
(iv) Sugerir aos órgãos competentes medidas mitigadoras e ações visando à
redução ou eliminação dos agentes causadores das contaminações recebidas
pelas praias estudadas.
PROJETO ESTUDO DE BALNEABILIDADE DAS PRAIAS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE 5
II. O ESTUDO E A CLASSIFICAÇÃO DA BALNEABILIDADE
O estudo da balneabilidade é a medida das condições sanitárias, objetivando a
classificação das praias para o banho, em conformidade com as especificações da
resolução CONAMA – Conselho Nacional de Meio Ambiente – nº 020/86, modificada
pela resolução CONAMA nº 274/00, que definem os critérios para a classificação de
águas destinadas à recreação de contato primário. A balneabilidade é, portanto, a
qualidade das águas destinadas à recreação de contato primário, sendo este
entendido como um contato direto e prolongado com a água (natação, mergulho,
esqui-aquático, etc.), onde a possibilidade de ingerir quantidades significativas de
água é também expressiva.
Para a avaliação das condições de balneabilidade de uma praia é necessário o
estabelecimento de critérios objetivos, os quais devem se basear em indicadores a
serem monitorados e seus valores confrontados com padrões pré-estabelecidos,
para que se possa identificar quando as condições são favoráveis ou não para o
banho.
Segundo as resoluções do CONAMA nºs 020/86 e 274/00, as águas doces, salobras
e salinas, destinadas à recreação de contato primário, podem ser classificadas em
quatro categorias, a saber: EXCELENTE, MUITO BOA, SATISFATÓRIA ou
IMPRÓPRIA (Tabela 1). Neste estudo, o critério de enquadramento nessas
categorias tomou como base as concentrações de coliformes fecais, encontradas em
um conjunto de cinco amostras coletadas durante semanas consecutivas.
As categorias de balneabilidade EXCELENTE, MUITO BOA e SATISFATÓRIA
podem ser reunidas em uma única categoria denominada PRÓPRIA. Mesmo
apresentando valores de coliformes fecais inferiores a 1000, uma praia poderá ainda
ser classificada como IMPRÓPRIA quando: houver incidência relativamente elevada
ou anormal de doenças por veiculação hídrica; apresentar sinais de poluição por
esgotos, perceptíveis pelo olfato ou visão; acusar recebimento regular intermitente
ou esporádico de esgotos por intermédio de valas, corpos de água ou canalizações,
inclusive galerias de águas pluviais; indicar presença de resíduos ou despejos,
PROJETO ESTUDO DE BALNEABILIDADE DAS PRAIAS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
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sólidos ou líquidos, inclusive óleos, graxas e outras substâncias capazes de oferecer
riscos à saúde ou tornar desagradável à recreação; apresentar pH menor que 5 ou
maior do que 8,5; acusar, na água, presença de parasitas que afetem o homem ou a
constatação da existência de seus hospedeiros intermediários infectados e outros
fatores que contra-indiquem, temporária ou permanentemente, o exercício de
recreação de contato primário.
Tabela 1. Enquadramento das condições de balneabilidade com base nas resoluções do CONAMA nºs 20/86 e 274/00.
CATEGORIA LIMITE DE NMP DE COLIFORMES FECAIS / 100 mlEXCELENTE Máximo de 250 em 80% ou mais das amostras MUITO BOA Máximo de 500 em 80% ou mais das amostras SATISFATÓRIA Máximo de 1000 em 80% ou mais das amostras IMPRÓPRIA Acima de 1000 em mais de 20% das amostras
III. AS ESTAÇÕES MONITORADAS
Os estudos desenvolvidos envolveram o levantamento sistemático das condições de
balneabilidade em 48 (quarenta e oito) estações de monitoramento, distribuídas ao
longo da costa potiguar, compreendendo 46 (quarenta e seis) praias oceânicas, 01
(uma) praia fluvial e 01 (uma) Estação de Controle, cujas localizações
georreferenciadas estão apresentadas na Tabela 2.
PROJETO ESTUDO DE BALNEABILIDADE DAS PRAIAS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
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Tabela 2. Relação das estações de monitoramento, com a identificação dos respectivos municípios, locais da coleta e coordenadas UTM.
Estações de Monitoramento Município Praia/Local da Coleta Coordenadas UTM
ESTE NORTE BF-01 Baía Formosa Bacopari 278798 9295440 BF-02 Baía Formosa Porto 277745 9295764 CA-01 Canguaretama Barra do Cunhaú/Rio 274328 9301748 CA-02 Canguaretama Barra do Cunhaú/Punto Macimo 275202 9302856 TS-01 Tibau do Sul Sibaúma 274818 9305194 TS-02 Tibau do Sul Pipa 274510 9310168 TS-03 Tibau do Sul Barra de Guaraíras 268317 9316107 NF-01 Nísia Floresta Tabatinga 267510 9328042 NF-02 Nísia Floresta Búzios/Rio Doce 267511 9328038 NF-03 Nísia Floresta Búzios/Barracas 266395 9336092 NF-04 Nísia Floresta Pirangi do Sul/Igreja 265398 9337990 PA-01 Parnamirim Rio Pium/Ponte Nova 264611 9338124 PA-02 Parnamirim Pirangi do Norte/APURN 264971 9338824 PA-03 Parnamirim Pirangi do Norte/Barracas 264577 9339500 PA-04 Parnamirim Cotovelo/Barramares 262422 9340384 PA-05 Parnamirim Rio Pium/Balneário 260627 9341446 NA-01 Natal Ponta Negra/Morro do Careca 260046 9349179 NA-02 Natal Ponta Negra/Acesso principal 259680 9349347 NA-03 Natal Ponta Negra/Free Willy 259152 9349887 NA-04 Natal Ponta Negra/Final do Calçadão 258698 9350841 NA-05 Natal Via Costeira/Cacimba do Boi 258612 9351454 NA-06 Natal Via Costeira/Barreira D’Água 258376 9354778 NA-07 Natal Via Costeira/Mãe Luíza 258458 9358850 NA-08 Natal Miami/Relógio Solar 257937 9359259 NA-09 Natal Areia Preta/Praça da Jangada 257590 9359784 NA-10 Natal Artistas/Centro de Artesanato 257182 9360452 NA-11 Natal Do Meio/Iemanjá 256876 9361497 NA-12 Natal Do Forte 256678 9362510 NA-13 Natal Redinha/Rio Potengi 255996 9363613 NA-14 Natal Redinha/Igreja 256049 9363809 NA-15 Natal Redinha/Barracas 255859 9365009 EX-01 Extremoz Redinha Nova/Espigão 255936 9365628 EX-02 Extremoz Redinha Nova/Tômbolo 256257 9367460 EX-03 Extremoz Genipabu/Barracas 255707 9370202 EX-04 Extremoz Barra do Rio/Cata-vento 254248 9372516 EX-05 Extremoz Graçandu/Barracas 254441 9374320 EX-06 Extremoz Pitangui 254206 9377110 CM-01 Ceará-Mirim Jacumã CM-02 Ceará-Mirim Muriú MX-01 Maxaranguape Barra de Maxaranguape 249994 9389656 MX-02 Maxaranguape Maracajaú 243993 9401273 TO-01 Touros Touros 227623 9424782 MA-01 Macau Camapum 95133 9436411 AB-01 Areia Branca Ponta do Mel 734632 9452798 AB-02 Areia Branca Upanema 708763 9455062 GR-01 Grossos Pernambuquinho 703066 9454718 TB-01 Tibau Manoelas 695316 9463016 TB-02 Tibau Tibau 694105 9465138
PROJETO ESTUDO DE BALNEABILIDADE DAS PRAIAS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
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IV. OS RESULTADOS
4.1. As Praias da Região Metropolitana de Natal
O estudo da qualidade ambiental das praias da Região Metropolitana de Natal
constou do monitoramento durante 13 semanas, em 30 estações de coletas
distribuídas nos municípios de Nísia Floresta (4 estações), Parnamirim (5 estações),
Natal (15 estações) e Extremoz (6 estações), compreendendo 28 praias oceânicas,
1 praia fluvial e 1 ponto de controle, conforme discriminado na Tabela 2.
Os resultados indicaram que as praias da Região Metropolitana de Natal possuem
boa qualidade ambiental, onde 7 entre os 30 pontos de coleta (23%) se
apresentaram PRÓPRIOS para banho, na categoria EXCELENTE, em 100% das
semanas analisadas. Dezenove praias (63%) apresentaram-se sempre PRÖPRIAS,
enquanto que 11 pontos (37%) estiveram IMPRÓPRIOS em pelo menos uma das
semanas amostradas. Considerando as 390 análises realizadas, em apenas 24
amostras (6%), foram encontrados valores de coliformes acima de 1000 NMP/100
ml.
Destacaram-se como praias com as melhores condições ambientais, mostrando-se
PRÓPRIAS para banho em 100% das vezes:
• As praias no município de Nísia Floresta: Tabatinga (NF-01), Búzios/Rio Doce
(NF-02) e Búzios/Barracas (NF-03);
• Duas praias oceânicas no município de Parnamirim: Pirangi do Norte/Barracas
(PA-03) e Cotovelo/Barramares (PA-04);
• Pta. Negra/Final do Calçadão (NA-04), Via Costeira/Cacimba do Boi (NA-05), Via
Costeira/Barreira D’Água (NA-06), Miami/Relógio Solar (NA-08), Artistas/Centro
de Artesanato (NA-10), Meio/Iemanjá (NA-11), Redinha/Igreja (NA-14) e
Redinha/Barracas (NA-15), no município de Natal;
• As seis praias no município de Extremoz.
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PROJETO ESTUDO DE BALNEABILIDADE DAS PRAIAS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
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Tabela 3. Número de coliformes fecais/100 ml de água encontrados nas praias da Região Metropolitana de Natal durante o período de dez/2008 a fev/2009.
Estações de monitoramento - Município 2008 200904-12 11-12 18-12 26-02 30-12 08-01 15-01 22-01 29-01 05-02 12-02 19-02 26-02
NF-01 Nísia Floresta/Tabatinga 2 2 2 2 17 2 2 5 4 17 2 8 23NF-02 Nísia Floresta/Búzios (Rio Doce) 8 2 2 5 240 2 2 10 2 240 7 7 17NF-03 Nísia Floresta/Búzios (Barracas) 2 23 2 2 8 2 2 2 5 34 2 2 8NF-04 Nísia Floresta/Pirangi do Sul (Igreja) 70 1600 2800 45 330 540 45 40 10 130 130 540 350PA-01 Parnamirim/Rio Pium (Ponte Nova) 49 1600 2200 130 490 540 940 79 1600 130 49 540PA-02 Parnamirim/Pirangi do Norte (APURN) 13 1600 1100 330 330 540 45 220 49 920 350 14 33PA-03 Parnamirim/Pirangi do Norte (Barracas) 2 170 17 17 45 920 45 33 17 240 4 2 23 PA-04 Parnamirim/Cotovelo (Barramares) 2 4 2 5 14 23 2 2 2 11 49 2 33PA-05 Parnamirim/Rio Pium (Balneário) 280 350 5400 220 790 170 49 350 23 1600 22 23 920NA-01 Natal/Pta. Negra (Morro do Careca) 130 1600 2 79 20 2 10 68 14 33 2 240 240NA-02 Natal/Pta. Negra (Acesso principal) 130 79 49 2 240 4 170 17 22 49 21 170 1600NA-03 Natal/Pta. Negra (Free Willy) 33 140 13 240 2 5 14 2 140 20 5 2 1600NA-04 Natal/Pta. Negra (Final do Calçadão) 2 33 2 320 7 2 2 2 39 2 2 2 5NA-05 Natal/Via Costeira (Cacimba do Boi) 2 5 5 79 80 7 2 2 11 5 2 2 7NA-06 Natal/Via Costeira (Barreira D’Água) 2 2 2 2 2 2 2 2 14 2 2 2 10NA-07 Natal/Mãe Luíza 1600 14 1600 79 1600 540 1300 45 350 2 2400 9200 540NA-08 Natal/Miami (Relógio Solar) 2 8 2 23 7 2 2 79 11 2 2 920 350NA-09 Natal/Areia Preta (Pça. da Jangada) 4 23 5 79 45 1600 2 350 8 2 5 1600 23NA-10 Natal/Artistas (Centro de Artesanato) 5 2 2 5 31 2 2 240 11 4 13 27 22NA-11 Natal/Meio (Iemanjá) 2 5 4 49 2 2 2 350 23 5 14 33 350NA-12 Natal/Forte 7 33 2 11 2 2 350 1600 2 8 2 49 49NA-13 Natal/Redinha (Rio Potengi) 11 1600 78 320 170 2 27 1600 170 790 170 2400 46NA-14 Natal/Redinha (Igreja) 2 240 49 20 540 20 920 27 7 33 7 13 2NA-15 Natal/Redinha (Barracas) 5 5 2 17 40 94 2 540 20 17 22 11 17EX-01 Extremoz/Redinha Nova (Espigão) 2 12 2 13 13 13 2 170 79 2 2 2 10EX-02 Extremoz/Redinha Nova (Tômbolo) 2 2 2 5 23 2 2 130 27 2 2 2 26EX-03 Extremoz/Genipabu (Barracas) 7 2 8 2 7 2 2 2 5 2 2 2 5EX-04 Extremoz/Barra do Rio (Cata-vento) 8 5 23 17 20 2 2 13 5 17 2 8 2EX-05 Extremoz/Graçandu (Barracas) 2 13 2 2 2 5 2 2 2 5 17 2 2EX-06 Extremoz/Pitangui 2 2 2 2 2 2 17 49 2 2 4 2 2
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E DO NORTE
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e
mirim-RN no
2
e
e
e
s
5
o
PROJETO ESTUDO DE BALNEABILIDADE DAS PRAIAS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
13
Pela Figura 5 fica evidente que as concentrações medianas de coliformes diminuem
na medida em que os pontos de coleta se afastam da foz do rio Pirangi, atingido
quantidade mediana de 4 coliformes na Praia de Cotovelo (PA-04). Tais resultados
sugerem que o rio Pirangi é o principal responsável pela grande concentração
mediana de coliformes no município de Parnamirim-RN, com influência direta nos
resultados das praias próximas à sua foz.
4.1.3. Município de Natal
No conjunto, as análises efetuadas no município de Natal, durante o período de
estudo, definem uma quantidade mediana de apenas 14 NMP/100 ml de coliformes
fecais (Figura 1), mostrando a excelente qualidade ambiental das praias da capital
potiguar. Tal resultado foi inferior ao verificado no monitoramento realizado no ano
anterior (27 NMP/100 ml)
Como nos anos anteriores, a praia de Mãe Luíza, NA-07, foi a que se apresentou
freqüentemente em condições IMPRÓPRIAS para banho (46% das semanas),
destacando-se como a de pior qualidade ambiental entre todas as praias oceânicas
estudadas, conforme se pode constatar na Figura 6. Todas as outras praias
avaliadas se apresentaram PRÓPRIAS em pelo menos 80% das semanas
avaliadas, exceto Redinha/Rio Potengi (NA-13), que esteve IMPRÓPRIA em 23%
das semanas analisadas.
Com relação às concentrações medianas de coliformes fecais, a Figura 7 mostra
que novamente os pontos NA-07 e NA-13, respectivamente, Mãe Luiza e
Redinha/Rio Potengi, foram aqueles que apresentaram maiores concentrações,
sendo o destaque negativo o ponto NA-07 que atingiu o valor de 540 CF/100 ml.
Este maior valor mediano indica que o ponto recebe continuamente cargas
poluidoras, provavelmente através de lançamento clandestino de esgotos na rede de
drenagem pluvial. Destaca-se que comparado com o mesmo período de
monitoramento, no ano anterior, houve uma significativa queda, nas concentrações
de coliformes fecais.
P
Nos
colifo
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pont
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Figur
PROJETO ESTU
Figura 6a fev/
outros 1
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mL
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10%
20%
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50%
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70%
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90%
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UDO DE BALN
6. Classificaç/2009, segun
3 pontos
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33 4914
nas de colifor
1 NA‐02 NA‐03
NEABILIDADE D
ção das praiando as categ
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4 2 5
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7 23 5
nas praias dfev/2009.
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O RIO GRAND
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E DO NORTE
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20 1
de Natal-RN
2 NA‐13 NA‐14
14
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chuvas.
17
N no período
NA‐15
4
e
o
s
o
o
PROJETO ESTUDO DE BALNEABILIDADE DAS PRAIAS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
15
4.1.4. Município de Extremoz
Todos os pontos amostrados no município de Extremoz apresentaram-se
PRÓPRIOS em todas as semanas de monitoramento e apresentando excelente
qualidade ambiental com todos os resultados inferiores a 250 NMP/100 ml. As
concentrações medianas de coliformes variaram entre 2 a 10 NMP/100 ml e foram
semelhantes às observadas no ano anterior (Figura 8).
012345678910
EX‐01 EX‐02 EX‐03 EX‐04 EX‐05 EX‐06
10
2 2
8
2 2Coliformes/100
mL
Figura 8. Medianas de coliformes fecais encontrados nas praias do município de Extremoz-RN no
período de dez/2008 a fev/2009.
PROJETO ESTUDO DE BALNEABILIDADE DAS PRAIAS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
16
4.2. As Praias da Costa Leste Potiguar
Foram incluídas como Praias da Costa Leste Potiguar todas as praias estudadas no
litoral oriental do Estado e que não fazem parte da Região Metropolitana de Natal.
Assim, foram monitoradas, durante 11 semanas dos meses de dezembro/2008 a
fevereiro/2009, 11 (onze) praias distribuídas nos municípios de Baía Formosa
(Bacopari e Porto), Canguaretama (Barra do Cunhaú-rio e Punto Macimo), Tibau do
Sul (Sibaúma, Pipa e Barra de Guaraíras), Ceará-Mirim (Jacumã e Muriú) e
Maxaranguape (Barra de Maxaranguape e Maracajaú).
Na Tabela 4 estão apresentados os resultados das 11 semanas de monitoramento,
enquanto que as Figuras 9 e 10 destacam as classificações das praias e as
concentrações medianas de coliformes, respectivamente.
Em todos os pontos foram observadas concentrações de coliformes fecais inferiores
a 1000 NMP/100 ml, evidenciando a qualidade ambiental destas praias durante o
período do monitoramento, onde, todas se mostraram PRÓPRIAS para banho em
100% das vezes com a maioria dos resultados enquadrados na subcategoria
EXCELENTE, ou seja, com teor de coliformes fecais inferior aos 250 NMP/100 ml de
água (Figura 9). Apenas em quatro amostras foram observados valores superiores a
250 NMP/100 ml (Tabela 4).
Os valores medianos variaram na faixa de 2 a 49 NMP/100 ml, ficando nas mesmas
faixas de variações observadas nos monitoramentos realizados nos anos de 2006 e
2008, conforme pode ser visualizado na Figura 17, mas com tendência de queda em
relação ao ano anterior.
P
T
Estaçã
BF-0
BF-02
CA-0
CA-0
TS-0
TS-02
TS-03
CM-0
CM-0
MX-0
MX-0
2
4
6
8
10
PROJETO ESTU
abela 4. Núm
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1 Baía Form(Bacopari)
2 Baía Form(Porto)
1 Canguaret(Barra de Cunhaú -
2 Canguaret(Punto Ma
1 Tibau do S(Sibaúma)
2 Tibau do S(Pipa)
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01 Ceará-Mir(Jacumã)
02 Ceará-Mir(Muriú)
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Maxarangu
2 Maxarang(Maracaja
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20%
40%
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BF‐01
UDO DE BALN
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uape ú) ---
9. Classificaç/2009, segun
1 BF‐02 CA
NEABILIDADE D
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2008 26/12 30/1
5
2
5
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79
2
ção das praiando as categ
Satisfató
A‐01 CA‐02
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DAS PRAIAS D
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12 08/01
79 2
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5 2
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78 920
13 27
as da Costa gorias das claória) e Impró
TS‐01 TS
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DO ESTADO DO
água encontez/2008 a fe
15/01 22/01
2 110
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2 49
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‐02 TS‐03
Boa Satisfa
O RIO GRAND
trados nas pev/2009.
2009 29/01 05/
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E DO NORTE
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‐02 MX‐01
17
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2 2
79 5
17 49
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2 2
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5 23
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MX‐02
7
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PROJETO ESTU
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4
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DO ESTADO DO
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TS‐02
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17
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2008 20
O RIO GRAND
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CM‐02
7
2
009
E DO NORTE
Leste Potigu
CM‐02
MX‐01
49 49
18
uar no
MX‐02
7
8
PROJETO ESTUDO DE BALNEABILIDADE DAS PRAIAS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
19
4.3. As Praias da Costa Norte Potiguar
Foram incluídas como Praias da Costa Norte Potiguar todas as praias que se
encontram no litoral setentrional do Estado e que foram monitoradas durante 11
semanas nos meses de dezembro/2008 a fevereiro/2009. Foram coletadas amostras
em 07 praias, distribuídas nos municípios de Touros (Touros), Macau (Camapum),
Areia Branca (Ponta do Mel e Upanema), Grossos (Pernambuquinho) e Tibau
(Manoelas e Tibau).
Na Tabela 5 estão apresentados os resultados das dez semanas de monitoramento,
enquanto que as Figuras 11 e 12 destacam as classificações das praias e as
concentrações medianas de coliformes, respectivamente. Estas praias também se
destacaram como de excelentes condições de balneabilidade no Estado.
Todas as praias estudadas nesta porção do litoral potiguar se mostraram
PRÓPRIAS para banho em praticamente 100% das vezes, sendo que 5 foram
enquadradas na subcategoria de balneabilidade EXCELENTE. Vale salientar que
somente em 1 amostra analisada nas praias da Costa Norte Potiguar foram
detectados mais que 250 NMP/100 ml e somente uma vez superou o limite de 1000
NMP/100 mL (Touros). Além disso, as concentrações medianas sempre estiveram
abaixo de 10 NMP/100 mL, sendo este o período de monitoramento em que foram
detectadas as menores concentrações, quando comparadas com os anos anteriores
(2006 a 2008).
Tabela 5. Número de coliformes fecais/100 ml de água encontrados nas praias da Costa Norte Potiguar no período de dez/2008 a fev/2009.
Estações Município (Praia) 2008 2009 18/12 26/12 30/12 08/01 15/01 22/01 29/01 05/02 12/02 19/02 26/02
TO-01 Touros (Touros) 8 2 17 4 2 1600 20 130 8 14 2
MA-01 Macau (Camapum) 2 2 7 5 2 17 20 8 2 2 2
AB-01 Areia Branca (Ponta do Mel) 2 5 2 2 2 2 7 8 5 2 49
AB-02 Areia Branca (Upanema) 2 2 2 2 2 350 2 5 2 2 2
GR-01 Grossos (Pernambuquinho) 2 5 2 2 2 2 47 4 8 7 21
TB-01 Tibau (Manoelas) 13 2 2 2 2 2 2 130 2 2 8
TB-02 Tibau (Tibau) 2 5 2 2 2 2 5 34 4 2 5
P
F
1
2
3
4
5
6
Coliformes/100
ml)
PROJETO ESTU
Figura 1a fev/
Figura 12. M
0
20
40
60
80
100
0
10
20
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40
50
60
TO‐01
UDO DE BALN
1. Classifica/2009, segun
Medianas de
0%
0%
0%
0%
0%
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8
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ias da Costagorias das claória) e Impró
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AB‐01
AB‐02
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AB01
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DO ESTADO DO
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trados nas pr06 a 2009.
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O RIO GRAND
guar no períoa (Excelente
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2009
E DO NORTE
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TB‐01
2
20
008 e
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TB‐02
2
0
PROJETO ESTUDO DE BALNEABILIDADE DAS PRAIAS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
21
V. PRINCIPAIS CAUSAS DA POLUIÇÃO ENCONTRADA NAS PRAIAS MONITORADAS
Os dados obtidos durante o estudo indicam que a afluência de esgotos sanitários às
praias pode ser um dos principais responsáveis pela classificação destas quanto às
suas condições de balneabilidade.
De modo geral os pontos com pior qualidade ambiental são aqueles localizados em
rios ou próximos às suas descargas no mar, como verificado em PA-01, PA-02, PA-
05, NF-04 e NA-13. Com relação ao ponto NA-07, o lançamento clandestino de
esgoto através da galeria pluvial pode ser indicado como o principal responsável
pela sua contaminação.
Através da Figuras 13 e 14 observam-se as variações temporais de coliformes para
todos os pontos que apresentaram medianas de coliformes superiores a 100
NMP/100 mL.
Figura 13. Variação temporal das concentrações de coliformes fecais nas estações NF-04, PA-01, PA-02 e PA-05 no período de dez/2008 a fev/2009.
1
10
100
1000
1000004/12/2008
11/12/2008
18/12/2008
26/12/2008
30/12/2008
08/01/2009
15/01/200922/01/2009
29/01/2009
05/02/2009
12/02/2009
19/02/2009
26/02/2009
NF‐04
PA‐01
PA‐02
PA‐05
PROJETO ESTUDO DE BALNEABILIDADE DAS PRAIAS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
22
Figura 14. Variação temporal das concentrações de coliformes fecais nas estações NA-07 e NA-13 no período de dez/2008 a fev/2009.
1
10
100
1000
1000004/12/2008
11/12/2008
18/12/2008
26/12/2008
30/12/2008
08/01/2009
15/01/200922/01/2009
29/01/2009
05/02/2009
12/02/2009
19/02/2009
26/02/2009
NA‐07
NA‐13
PROJETO ESTUDO DE BALNEABILIDADE DAS PRAIAS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
23
VI. CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS
A grande maioria das praias potiguares apresentaram excelentes níveis de
qualidade com relação à balneabilidade no período de dezembro de 2008 a fevereiro
de 2009.
A praia de Mãe Luíza têm na descarga de efluentes domésticos não tratados,
através da galeria pluvial, a principal causa da poluição encontrada, assim
dependendo da implantação de saneamento básico para retornar esta praia
novamente à boa qualidade ambiental. Salienta-se que ao longo de todos os anos
de monitoramento este ponto sempre apresentou a pior qualidade para banho e que,
principalmente nos finais de semana, é ainda freqüentado pelos moradores do bairro
de Mãe Luíza.
As piores condições geralmente estão associadas às proximidades de
desembocaduras de rios, riachos e maceiós que afluem às praias carreando
expressivas quantidades de coliformes fecais.
Em relação às praias das costas Leste e Norte, destaca-se a excelente qualidade de
suas águas ao longo de todo o período de monitoramento. Comparando com os
anos anteriores, 2009 se destacou por apresentar as menores concentrações de
coliformes.
Embora para a grande maioria dos pontos monitorados as concentrações medianas
de coliformes tenham sido inferiores a 100 NMP/100 mL, concentrações mais
elevadas e até mesmo superiores ao limite de 1000 NMP/100 mL foram detectadas,
podendo estar associadas a focos pontuais e instantâneas de contaminação, como,
por exemplo, a ocorrência de chuvas.
PROJETO ESTUDO DE BALNEABILIDADE DAS PRAIAS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
24
VII. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS APHA; AWW; WPCF. – Stardard Methods for the Examination of Water and
Wastewater. Washington-DC (EUA), American Public Health Association,
American Water Works and Water Pollution Control Federation. 1992.
CONAMA, 1986. Resolução CONAMA No 20, de 18 de junho de 1986. Brasília-DF
(Brasil), Conselho Nacional de Meio Ambiente, Ministério do Meio Ambiente.
CONAMA, 2000. Resolução CONAMA No 274, de 29 de novembro de 2000.
Brasília-DF (Brasil), Conselho Nacional de Meio Ambiente, Ministério do Meio
Ambiente.
Natal(RN), 26 de março de 2009
Prof. André Luis Calado Araújo Eng. Civil, Doutor em Engenharia Sanitária
Prof. Luiz Eduardo Lima de Melo Biólogo, Doutorando em Ciência e Engenharia de Petróleo
Prof. Ronaldo Fernandes Diniz Geólogo, Doutor em Geologia Sedimentar
Coordenador do Projeto (dinizronaldo@gmail.com)