Post on 13-Jun-2015
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AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Maria Fernanda d´Ávila CoelhoMestranda em Educação/UNIVALI
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OBJETIVO
Discutir sobre os aspectos do processo vivido
pelas crianças que são relevantes para serem
acompanhados e registrados pelo professor e
que trarão tanto à criança quanto ao próprio
professor, subsídios para seguir em frente e
avançar no processo educativo.
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LEITURAS - AVALIAÇÃO
•HADJI, 2001.•BONDIOLI, 2003.•FARIA E SALLES, 2007.•BALLESTER, 2003.•KRAMER, 2006.•HOHMANN E WEIKART, 1997.•HOFFMANN, 1999.•DEMO, 2006.
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AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
Sua função é acompanhar, orientar, regular e redirecionar o processo
educativo como um todo.
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AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
•A ênfase da Educação infantil é o processo e não o produto final: isto é, devemos descrever os processos pelos quais as crianças passam, vivenciam, experimentam, conversam, ao invés de darmos maior importância a um produto final
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O Acompanhamento da aprendizagem
•É preciso que o professore direcione o seu olhar, para contribuir
na organização de objetivos e critérios que auxiliem a sua
observação (olhar atento), na coleta de dados (como registrar) e na
construção de um documento mais significativo (o que registrar)
que represente este processo educativo. Espera-se que neste
registro apareçam vivências sobre as aprendizagens e o
desenvolvimento da criança.
Na Educação Infantil, a avaliação precisa ser entendida como:
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AVALIAÇÃO FORMATIVA
“A avaliação formativa implica por parte do professor, flexibilidade e
vontade de adaptação, de ajuste. Este é sem dúvida um dos únicos
indicativos capazes de fazer com que se reconheça de fora uma
avaliação formativa: o aumento da variabilidade didática. Uma avaliação
que não é seguida por uma modificação das práticas do professor tem
poucas chances de ser formativa! Por outro lado, compreende-se por
que, que se diz freqüentemente que avaliação formativa é, antes,
contínua”. HADJI, 2001
Conceituada por HADJI, 2001 como:
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POR QUÊ ACOMPANHAMENTO?
•Para que uma avaliação aconteça de forma coerente, que
atenda as necessidades tanto das crianças quanto do professor, é
preciso uma disponibilidade e aproximidade dos envolvidos.
•A avaliação deve ser entendida como elemento indissociável do
processo educativo, possibilitando, ao professor, definir critérios
para planejar e replanejar as suas atividades.
•A avaliação precisa ser realizada de forma sistemática e
contínua, visando à melhoria da ação diária educativa.
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Ao acompanhar, observar e registrar a ação da criança, ele reúne dados significativos do processo de desenvolvimento e aprendizagem da criança e (re)significa a sua prática docente.
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AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL É...
Priorizar o acompanhamento estreito do professor às ações das crianças. Neste caminho a ser seguido, o professor pode certificar, interagir e prospectar como aponta HADJI (2001) a cada momento deste processo, interagindo e intervindo quando necessário.
ACOMPANHAMENTOOBSERVAÇÃOREGISTRO
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1.ACOMPANHAMENTO
Avaliar é estar perto, disponível, acessível. DEMO,2006
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ACOMPANHAMENTO
Durante a observação diária, enquanto as
crianças realizam as atividades, o professor
encoraja a livre expressão, criando
oportunidades, permitindo-lhes conhecer melhor
os seus interesses e compreender os processos
de aprendizagem.
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2.OBSERVAÇÃOOLHAR ATENTO
O ato de observar contribui tanto para que o(a) professor(a) possa perceber a singularidade e a integralidade das crianças, quanto para que possa realizar propostas de trabalho de acordo com suas necessidades.
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OBSERVAÇÃO - PARCERIA
•O professor é um “observador-participante”,
interessado em registrar cuidadosamente as várias
informações, a fim de construir um entendimento das
crianças, que possa ser compartilhado com seus
pares, outros profissionais e com os pais.
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A preocupação da Educação Infantil precisa estar centrada no desenvolvimento e na aprendizagem da criança, considerando que a
aprendizagem pela ação é uma condição necessária para a reestruturação cognitiva e para o desenvolvimento. HOHMANN;
WEIKART, 1997.
SUGESTÕES DE INSTRUMENTOS DE OBSERVAÇÂO
Tabelas que facilitem o registro rápido e preciso do professor;
Fichas individuais para o registro de cada criança;
Quadros para o registro das ações coletivas;
Pranchetas penduradas em lugares estratégico;
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3.REGISTRO
O professor apóia a sua prática, registrando os processos de aprendizagem das crianças com base na qualidade das interações estabelecidas.
HOHMANN E WEIKART, 1997
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Sugestão para o roteiro das avaliações das crianças
•Extrair os eventos que são representativos tanto da prática
pedagógica como do processo de desenvolvimento das crianças;
•Contextualizar as ações das crianças, individualmente e coletivas;
•Dar visibilidade ao trabalho desenvolvido no CEI;
•Registrar a ação das crianças e das professoras no dia-a-dia das
turmas e das ações do CEI ressaltando as atividades de grupo;
•Indicar as ações que serão desencadeadas a partir da reflexão que
fizemos de cada criança e do grupo todo;
•Enfatizar as aprendizagens individuais;
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AS FALAS DAS CRIANÇAS
É preciso considerar nos processos avaliativos das crianças pequenas também aquilo que elas apontam, ou seja, é preciso considerá-las também como sujeitos do processo e, conseqüentemente, como atores competentes para reorientar a prática de sua avaliação.
As reações das crianças, suas contribuições, participações, falas, conclusões, sugestões e socializações precisam ser descritas e salientadas compartilhando com os pais e equipe. As falas das crianças ilustram e confirmam as suas aprendizagens no CEI.
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*DOCUMENTO FINAL•PARECER;
•AVALIAÇÃO;
•DIAGNÓSTICO;
•RELATÓRIO;
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Geralmente estes documentos são feitos pensando
somente nos pais, mas eles servem para orientar toda a
equipe pedagógica e principalmente orientar as ações
dos professores com relação ao planejamento diário, e a
médio e longo prazo. Por isso, quando escrevemos essa
avaliação, temos que manter em mente que várias
pessoas poderão ler e que servirá a vários propósitos.
DOCUMENTO FINAL
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EXERCÍCIO
FAÇA DE CONTA QUE VOCÊ É UMA MÃE OU UM PAI E ESTÁ RECEBENDO A AVALIAÇÃO DE SEU FILHO(A).
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Avaliação 1ºTrimestre
Neste período muitas foram as atividades e vivências que
experimentei e senti no espaço em diferentes momentos do CEI
juntamente com minhas professoras.
Brinquei com os movimentos do corpo, ouvi músicas, também, já
consigo expressar minhas vontades, apesar de chorar para
conseguir o que quero(...)
Já brinquei com bolas, balões e bolinha de sabão, todos estão
sempre preocupados com meu desenvolvimento e aprendizagens
significativas das coisas. Tudo no CEI é pensado para mim,
preocupam-se com o meu bem estar também, pois me mantém
sempre limpinha e bem alimentada. Por isso, vocês podem confiar
em mim, pois neste lugar tenho o melhor atendimento possível.
Sobre minhas características posso dizer que a cada dia cresço e
me torno diferente, pois aprendo coisas novas e sei que isso os
orgulha. (...) assim sou eu a Maria.
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AVALIAÇÃO 1º TRIMESTRE:
No grupo A, Maria começa uma nova história. Ela compartilha diariamente,
descobertas, vivências, aprendizagens com: João, Arthur, Gabriel, Fábia, Elisa,
Luana, Ana,, a estagiária ... e a professora ....
No período de adaptação Maria, pedia algumas vezes a presença dos pais, mas
com o meu apoio, logo foi se envolvendo com o grupo, demonstrando maior
segurança.
A minha intenção é promover o bem estar das crianças, através de momentos
significativos, que respeitem o interesse de cada uma, relacionados aos objetivos
propostos.(...) Conheça a rotina do grupo A:
Acolhida (13h30min.) – Recebo as crianças, convidando-as para uma brincadeira e
enquanto aguardamos a chegada das demais crianças para iniciarmos a tarde. Maria
prefere brincar na área da casa neste tempo, convidando outras crianças para formar
uma família e criar histórias interessantes para as suas brincadeiras. “ Gabi, você
quer casar com uma princesa? É muito legal o pirata casar com a princesa”. (Fala
Maria vestida de princesa para Gabriel que está vestido de pirata). Este ano iremos
realizar muitas atividades que envolvam o faz-de-conta através da literatura infantil
que será explorada com as crianças.
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ELABORAÇÃO DO DOCUMENTO FINAL
•A INTRODUÇÃO serve para apresentar as
características da criança e ela no grupo – e o
grupo em relação a ela! Falem de seu trabalho
enquanto professor – que se preocupa com o
bem estar de todos, com a aprendizagem
significativa, que recebe as crianças e tudo que
elas trazem em suas vivências e experiências.
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•O grupo – quem é, como são, qual é a rotina deles, atividades preferidas, característica(s) do grupo;
•A criança no grupo – como ela se situa no coletivo – como se destaca e/ou como se coloca nele; como reage frente as atividades coletivas;
•As características da criança – como ela é;
•A criança e as atividades – suas preferências, suas reações, suas contribuições,
•A dinâmica da criança em sala – ela e a rotina – ela reclama, adere, participa do que? Seu temperamento e escolhas;
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•Suas relações com os outros - ênfase na parte afetiva – seus relacionamentos fazendo uma ligação com suas características pessoais;
•Desempenho no dia-a-dia – nas atividades – como ela se envolve nas atividades, seu progresso, seu envolvimento com as atividades e pessoas;
•Curiosidades dos comportamentos das crianças que ilustram seu desenvolvimento – suas falas, gracinhas, surpresas, insights, contribuições, perguntas, observações, etc.
•Planos para futuro próximo – o que você pensa que a criança precisa para continuar se desenvolvendo de maneira progressiva e positiva, o que em particular você planejaria para ela. Revele o seu olhar particular para ela e suas projeções.
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•As OBSERVAÇÕES FINAIS servem para indicar como
o professor irá continuar o trabalho com a criança em
questão, RESSALTANDO A PREOCUPAÇÃO
INDIVIDUAL, MAS INTEGRANDO- A NO GRUPO!
•DICA: Fale do grupo também, das suas intenções para
o grupo, para o planejamento e recursos que usará.
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LEMBRE-SE...
•Abordando todos estes itens, o professor
estará falando tanto das áreas do
desenvolvimento infantil, como das áreas do
currículo, trazendo a tona os quatro focos
principais da Educação Infantil – criança,
professor, currículo/planejamento e as
relações.
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IMPORTANTE!•O professor deve escrever como se estivesse
escrevendo para alguém que não conhece as crianças e, portanto vão revelar as dificuldades com moderação.
•Neste documento é o lugar do professor falar na sua própria voz revelando suas observações, planejamentos, reflexões e planos futuros. A voz da criança será para exemplificar aquilo que vocês estão falando sobre elas!
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Temas delicados
•Tente não colocar panos quentes nos fatos mas sem ocultar a
verdade lidando com o problema/questão de forma profissional;
revelar as possibilidades, conquistas, falas, pensamentos da criança
de maneira realista, etc.
•Prepare-se para falar das dificuldades de maneira profissional e
ponderada, isto é, apontando as partes positivas e aquelas que
merecem atenção.
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SUGESTÕES para temas delicados
1. No período de adaptação, Maria sentiu-se um pouco insegura, pedindo a
presença da mãe, chorando bastante. Estes momentos ainda acontecem, porém a
posição firme de sua mãe e a minha acolhida, auxiliam a Maria a ficar e a
participar das brincadeiras deste primeiro momento.
2. Tempo de grande grupo - É um momento de grande desafio para esta faixa
etária, pois aqui as crianças precisam conviver com a espera, a partilha, o ouvir,
o falar, respeitando o ritmo de cada um. Gabriel gosta do trabalho coletivo, no
início do ano chateava-se muito quando não era ouvido, agora já consegue se
posicionar, pedindo que o escutem, mesmo que ás vezes tenha que aumentar
seu tom de voz. Algumas vezes ele se irrita com a espera gritando e desistindo
de participar.
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OBSERVAÇÕES FINAIS
TRECHO:
(...) Tenho elaborado ações que despertem na Maria
maiores desafios quanto à alimentação, expressão de
escolhas, coordenação motora ampla, linguagem,
cuidados com o corpo, para assim, vivenciar situações de
aprendizagem ativa por meio de um ambiente rico em
interações, onde amplie seu contato com outras crianças,
adultos e objetos, percebendo as diferentes formas de
sentir, expressar e comunicar.
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Para a avaliação torna-se
verdadeiramente útil em uma situação
pedagógica, deve ser informativa
(comunicativa), mostrar caminhos,
auxiliando tanto a criança quanto o
professor, permitindo guiar e otimizar as
aprendizagens em andamento.HADJI, 2001.
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OBRIGADA!
Maria Fernanda d´Ávila Coelho
mariafernandadavila@terra.com.br