AVALIAÇÃO DOS PRINCIPAIS IMPACTOS AMBIENTAIS NO PARQUE MUNICIPAL DO ITAIM NO PERÍODO DE 2002-2015

Giovanni Sacilotto Valente Moreira (Graduando em Engenharia Ambiental e Sanitária - Unitau) – sacilottogiovanni@gmail.comJosé Xavier Germano (Graduando em Engenharia Ambiental e Sanitária - Unitau) – agnusgermano@gmail.com

Cleusa Benedita da Silva de Oliveira (Graduanda em Engenharia Ambiental e Sanitária - Unitau) - nina.ol@bol.com.brLeticia Pereira Monteiro(Graduando em Engenharia Ambiental e Sanitária - leticiapmonteiro@gmail.com

Ademir Fernando Morelli (Orientador – Professor Dr. – Unitau) – afmorelli@gmail.com

INTRODUÇÃOO Parque com 1.700.000m2, esta inserido na bacia do Una, umas das três bacias priorizadas para recuperação e conservação pelo Estado na res. Conjunta SMA/SSRH no 1 de 2014. Foi criado em 2002 pela prefeitura de Taubaté para compensação ambiental. Atualmente encontra-se degradado devido ao uso histórico e, principalmente pelas transformações promovidas pela prefeitura municipal de Taubaté.

OBJETIVOSo objetivo é avaliar os principais impactos ambientais no parque municipal do Itaim entre 2002-2015, período administrado pela prefeitura de Taubaté, demonstrando sua desconformidade com a legislação ambiental.

RELEVÂNCIAA importância ambiental do Parque está em abrigar um dos últimos remanescentes de Mata Atlântica adjacentes a área urbana e uma das poucas áreas de Cerrado no Vale do Paraíba. A integridade do parque está ameaçada pelo desejo da administração municipal em criar um parque “espetaculoso” agregando atrações que conflitam com as exigências de sua criação para compensação ambiental. .

METODOLOGIAO método para avaliação dos impactos foi o mapeamento da hidrografia, topografia e do uso e cobertura vegetal natural para 2002 e 2015 utilizando-se o SIG ArcGIS para analisar as principais transformações ocorridas no período. Também foram realizados trabalhos de campo para coleta e registro de informações dos principais impactos para 2015.

RESULTADOS E DISCUSSÃO1) Transformações 1978 – 2015O mapeamento (fig. 1) revelou que entre 2002 a 2015, a Floresta estacional Semidecidual diminuiu de 13,38% para 9,88% em relação a área total do parque e área de Savana Arbórea Aberta caiu de 4,70% para 0,58%, enquanto as áreas de pastagens aumentaram de 80% para 90% da área total do parque. Destaca-se as áreas de solo exposto que não existiam em 2002 e passaram para 4,5% e de edificações que passaram para 0,39% (0,7ha) da área total do parque.

Figura 1: Mapa de Uso e cobertura vegetal natural com o estado de conservação das áreas de contribuição e das APPs de nascentesFonte: Morelli et all, 2015.

Figura 1: Mapa de Uso e cobertura vegetal natural com destaque para as principais transformações ocorridas no período 2002-2015Fonte: Morelli et all, 2015.

Figura 2 – Voçoroca Figura 3: Erosão laminar em área de cerradoFonte: Morelli et all, 2015.

Figura 4 – Deposição de entulho em Área de Preservação Permanente (APP) - 2013Fonte: Morelli et all, 2013

Figura 5 –Rua do Parque inundada devido ao assoreamento do Ribeirão Itaim – 01/2014

Figura 4: Imagem do satélite Quickbird de 20/06/2015 com destaque para as principais transformações ocorridas no período 2002-2015. Fonte: Morelli et all, 2015.

Figura 5: Fotografias de 01/2007: a) Deslizamento planar na encosta; b) Material do deslizamento . Fonte: Morelli (2007)

CONSIDERAÇÕES FINAISOs resultados demonstram a degradação da área do parque sofrida no período, devido principalmente à construção de uma ferrovia na várzea do Itaim, de uma pista de motocross (resultando em 3,35ha altamente impactados), construção de remoção de terra para estacionamento e estacionamento asfaltado, terraplenagem para a construção de uma escola que nunca chegou a ser construída, construção de rancho dos tropeiros, deposição de resíduos e em final de 2014 construção de uma pista de bicicleta e em 2015 de uma pista de trike. Muitas dessas intervenções foram realizadas sem licenciamento ambiental em área de compensação ambiental, o que incorre em crime ambiental.ÁREA DE CONHECIMENTO ENGENHARIA AMBIENTALGrupo de Estudos em

Planejamento de Unidades de Conservação

LegendaLimite do Parque do Itaim

!( Nascentes Atualizadas

Drenagem atualizada

Nascentes Cartas IGC

Drenagem Cartas IGCUSO E COBERTURA VEGETAL NATURALClasses

1 - Contato Flor. Estacional Semidecidual/Savana estágio inicial2 - Contato Flor. Estacional Semidecidual/Savana estágio Médio3 - Contato Flor. Estacional Semidecidual/Savana estágio Avançado4 - Flor. Estacional Semidecidual Aluvial Inicial6 - Flor. Estacional Semidecidual Aluvial Médio7 - Savana Arbórea Aberta Est. Inicial8 - Savana Arbórea Aberta Est. Médio9 - Cobertura de gramíneas10 - Pastagem11 - Cultura Permanente13 - Aceiro14 - Solo exposto15 - Barramento16 - Edificações Isoladas21- Estrada Interna Asfaltada22 - Estrada Interna sem pavimentação23 - Caminho/Trilha25 - Estacionamento Asfaltado26 - Reflorestamento de Eucalípto27 - Reflorestamento de Nativas28 - Gramado29 - Árvores Isoladas30 - Calçadas31 - Área Degradada33 - Rio/Ribeirão34 - Estrada de Ferro35 - Entorno de Construção36 - Reflorestamento de Leucena37 - Curral38 - Erosão39 - Quadra40 - Área de brinquedos41 - Área de deslizamento42 - Campo Antrópico Úmido43 - Área com máricas44 - Árvores Exóticas45 - Savana Arbórea Aberta Cortada

Pista bicicleta

Área Escola

Pista Motocross

Pista Trike

Deslizamento planara)

b) Dposição de material do deslizamento planar