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Avaliação dos Apoios à Participação de Portugal nos Jogos Paraolímpicos
de Atenas 2004
Instituto do Desporto de Portugal
Direcção de Serviços de Actividades Desportivas
17 de Dezembro de 2004
Av aliação dos Apoios à Participação de Portugal nos Jogos Paraolímpicos de Atenas 2004
Instituto do Desporto de Portugal 2
ÍNDICE
NOTA DE APRESENTAÇÃO 4
1. INTRODUÇÃO 6
2. PREPARAÇÃO PARAOLÍMPICA 10 2.1. ANO 2001 11 2.2. ANO 2002 12 2.3. ANO 2003 13 2.4. ANO 2004 15 2.5. OS QUATRO ANOS DE PREPARAÇÃO 16
3. MISSÃO PARAOLÍMPICA 17 3.1. AS MODALIDADES DESPORTIVAS QUE PARTICIPARAM NOS JOGOS PARAOLÍMPICOS 20 3.2. OS PRATICANTES DESPORTIVOS QUE PARTICIPARAM NOS JOGOS PARAOLÍMPICOS 21 3.3. OS PRATICANTES DESPORTIVOS QUE PARTICIPARAM NA PREPARAÇÃO
E NÃO INTEGRARAM A MISSÃO AOS JOGOS PARAOLÍMPICOS 23 3.4. ANÁLISE DOS RESULTADOS OBTIDOS 24 3.5. APRECIAÇÃO DO MÉRITO DAS CLASSIFICAÇÕES OBTIDAS 26
4. ANÁLISE FINANCEIRA DA PARTICIPAÇÃO DE PORTUGAL NOS JOGOS PARAOLÍMPICOS 30 4.1. O CUSTO DAS MEDALHAS E RESTANTES CLASSIFICAÇÕES 31 4.2. COMPARAÇÃO DOS APOIOS FINANCEIROS CONCEDIDOS EM RELAÇÃO A SIDNEY 2000 33
5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES 35 6. ANEXOS 39
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Ficha Técnica:
Gestão do Projecto Atenas 2004
António Carneiro
Frederico Santos
Rita Nunes
Relatório do Projecto Atenas 2004
Rita Nunes
Alfredo Silva
João Campos
Lisboa, 17 de Dezembro de 2004
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Nota de Apresentação
I Os Jogos Paraolímpicos são quadrienalmente um assunto dimensionado à escala
mundial e objecto de avaliação pelos mais diferentes intervenientes e pelas mais
distintas perspectivas.
Este tema começa a ser também ele assunto de natureza prioritária da comunicação
social, a qual através das análises e comentários que produz, nem sempre com a
profundidade desejável, induz muitas vezes a reacções intempestivas por parte, quer
dos organismos desportivos, quer da administração pública desportiva.
Avaliar os resultados de uma participação nacional nuns Jogos Paraolímpicos requer
por isso, distanciamento, sobriedade e rigor, respeitadores da necessidade de reduzir
subjectividades, e sobretudo ajudar à definição das escolhas futuras, no âmbito da
nossa organização desportiva.
A defesa de uma melhoria qualitativa da actual cultura desportiva nacional e dos
valores e princípios formativos e de integração que devem nortear o desporto
português em geral e o desporto para pessoas com deficiência em particular,
apresentam-se como prioridades a respeitar e cujo cumprimento ou não, condicionará
tudo o resto.
Qualquer que seja a decisão de orientação estratégica para o desporto nacional,
qualquer que seja a perspectiva que se venha a ter quanto ao futuro, importa desde já,
sermos capazes de avaliar bem o ciclo paraolímpico que agora terminou.
II Existe no país e em parte significativa da comunicação social a tendência para
comparar a participação nacional nos Jogos Olímpicos com idêntica participação nos
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Jogos Paraolímpicos. Chega-se mesmo ao ponto de admitir que os apoios públicos
concedidos a uns, deverão ser idênticos aos concedidos aos outros, o que a acontecer
seria inédito em termos mundiais.
Não é este o lugar próprio para dissecar tão arbitrária comparação. Mas é oportuno
sublinhar aquilo que qualquer doutrina das ciências do desporto confirmará: não é
possível comparar o que é diferente, não é possível comparar rendimento corporal
absoluto com rendimento corporal condicionado.
Não é sequer necessário trazer à colação, outros factores de natureza extra desportiva
à apreciação do problema. Basta que tenhamos presente, que a limitação corporal,
aqui entendida no sentido amplo e independentemente da sua configuração – motora,
sensorial, visual ou outra – só permite avaliar no âmbito dessa limitação, ela própria
com discriminações diferentes em função da sua dimensão ou “grau de deficiência”.
O abuso dessas comparações não permite também separar aquilo que são direitos
sociais dos praticantes desportivos , independentemente da sua natureza e que não
devem ser objecto de qualquer discriminação, com necessidades de preparação
desportiva que são naturalmente distintas.
Portugal tem ainda um longo caminho a percorrer, no sentido de tratar com o rigor e a
profundidade necessárias assuntos que pela sua natureza não podem ceder o lugar a
explicações simplistas e comparações despropositadas.
Os cidadãos portadores de deficiência que participam nos quadros competitivos do
desporto têm direitos e necessidades especiais, que não são traduzíveis numa simples
repetição dos meios e condições concedidas aos que não têm essas limitações.
Devemos por isso evitar uma análise que permita conduzir a reflexão dos apoios à
prática desportiva dos cidadãos portadores de deficiência, condicionados por um
quadro mental que contabiliza por um lado medalhas e por outro apoios financeiros. É
que se esse for o caminho, só se acentuam as desigualdades e só se prejudicará o
enquadramento público à pratica desportiva dos cidadãos com deficiência.
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III
Esta nota introdutória a um relatório que procura avaliar os resultados de apoios
contratualizados entre o Instituto do Desporto de Portugal (IDP), o Secretariado
Nacional para a Integração e Reabilitação das Pessoas com Deficiência (SNRIPD) e a
Federação Portuguesa de Desporto para Deficientes (FPDD) deve-se ao facto de a
natureza destes contratos ter subjacente objectivos de natureza desportiva e apoios
financeiros. E, por isso, a avaliação que é feita compreende apenas esses dois
parâmetros. Qualquer outra extrapolação é abusiva porque não corresponderá ao
objectivo deste trabalho. Este relatório não esgota por isso as avaliações a fazer.
O Instituto do Desporto de Portugal cumpre aqui e desta forma, aquela que entende
ser a sua obrigação face às competências que lhe estão atribuídas. Apenas isso.
Lisboa, 17 de Dezembro de 2004
O Presidente do Instituto do Desporto de Portugal
José Manuel Constantino
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1. INTRODUÇÃO
Terminado o Projecto Atenas 2004, com a participação dos atletas portugueses
nos Jogos Paraolímpicos de Atenas, é importante avaliar a evolução deste ciclo
paraolímpico.
Esta avaliação não compreende a avaliação dos processos de preparação
paraolímpica ou de selecção, mas a avaliação das prestações obtidas e dos
recursos financeiros disponibilizados para alcançar os objectivos previamente
definidos pela Federação Portuguesa de Desporto para Deficientes.
Esta foi a sexta presença de Portugal em Jogos Paraolímpicos. A 12.ª edição
decorreu na cidade grega de Atenas entre os dias 17 e 28 de Setembro de
2004.
Estiveram em prova 3.969 atletas oriundos de 136 países, que participaram em
19 modalidades. Portugal fez-se representar por 41 praticantes desportivos,
representando as diversas categorias de deficiência.
É necessário referir que a categoria de deficiência mental apenas participou
como modalidade de exibição / demonstração (basquetebol masculino).
No que diz respeito às modalidades desportivas, Portugal fez-se representar
em seis, foram elas: Atletismo, Basquetebol ID, Boccia, Ciclismo, Equitação e
Natação.
Em termos do número de cidadãos com deficiência que integraram a Missão
aos Jogos Paraolímpicos de Atenas, verificou-se a segunda maior participação
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de sempre, tendo-se apenas em 2000 registado uma presença maior com 53
atletas em relação aos 41 desta edição.
O objectivo traçado, para a participação de Portugal nos Jogos Paraolímpicos,
era a conquista de um maior número de medalhas do que na edição anterior,
ou seja, ultrapassar as quinze medalhas alcançadas nos Jogos Paraolímpicos
de Sidney, em 2000.
À semelhança do que acontece nos ciclos olímpicos, a preparação de um ciclo
paraolímpico, começa após o término do anterior, ou seja, considera-se que
este ciclo decorreu entre Janeiro de 2001 e Setembro de 2004.
Durante estes quatro anos, no sentido de se garantir uma melhor preparação
dos atletas integrados no Projecto Atenas, o Estado Português, nomeadamente
através do Instituto do Desporto de Portugal (IDP) e do Secretariado Nacional
para a Reabilitação e Integração das Pessoas com Deficiência (SNRIPD)
disponibilizou mais de um milhão e quinhentos mil euros, cerca de 400 mil
euros a mais do que o apoio concedido para o Projecto Sidney 2000.
Refira-se que em matéria de financiamento, este foi bipartido em partes iguais
entre as duas entidades atrás referidas, quer ao nível dos programas de
preparação e participação (Missão), quer em termos dos apoios atribuídos
através das Bolsas de Preparação Paraolímpicas.
Foi possível, pela primeira vez durante este ciclo paraolímpico, celebrar um
Contrato-Programa no âmbito das Bolsas de Preparação Paraolímpicas. Este
cingiu-se aos meses compreendidos entre Janeiro de 2003 e Setembro de
2004.
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O Relatório ora apresentado é constituído por três partes distintas. Na primeira
faz-se uma breve descrição sobre os quatro anos de preparação; na segunda a
análise da Missão Paraolímpica, das modalidades e praticantes desportivos
presentes e os resultados alcançados; na terceira faz-se a análise financeira da
participação de Portugal nos Jogos Paraolímpicos de Atenas 2004,
comparando-se com os apoios verificados noutras edições de Jogos
Paraolímpicos.
Note-se que este relatório se baseia nas informações veiculadas através dos
relatórios e informações enviadas ao IDP pela Federação Portuguesa de
Desporto para Deficientes, ao longo destes quatro anos, bem como através de
pesquisas efectuadas em diversos sítios de Internet relacionados com este
tema.
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2. PREPARAÇÃO PARAOLÍMPICA
Durante este ciclo, a Federação Portuguesa de Desporto para Deficientes
(FPDD) apresentou ao Instituto do Desporto de Portugal e proporcionou aos
seus praticantes um conjunto de acções de preparação e participação nos
diversos eventos desportivos internacionais organizados pelas federações
europeias e mundiais das diferentes modalidades e categorias de deficiência,
com o objectivo de obter resultados nessas competições, mas também de obter
os mínimos definidos pelo International Paralympic Committee (IPC) para
garantir o maior número de cotas e, consequentemente, maior número de
praticantes desportivos presentes nos Jogos Paraolímpicos de Atenas 2004.
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2.1. O Ano de 2001
Foram considerados pela FPDD como critérios técnicos de qualificação para os
praticantes desportivos integrarem o Projecto Atenas, no primeiro ano de
preparação, aqueles que tinham alcançado medalhas, que tinham participado
numa final ou que se tinham classificado até ao 8.º lugar nos Jogos
Paraolímpicos de Sidney, no ano 2000.
Assim, desde o início da preparação estiveram integrados neste projecto sete
modalidades e cinquenta e um praticantes desportivos, dos quais vinte e oito
de modalidades individuais e vinte e três de modalidades colectivas.
Quadro n.º 1
Projecto ATENAS 2004 (Ano 2001)
51 Praticantes Desportivos
28 Modalidades Individuais
23 Modalidades Colectivas
7 Modalidades
5 Modalidades Individuais
2 Modalidades Colectivas
Atletismo Boccia Ciclismo Natação Ténis de Mesa
Basquetebol Futebol
16 Atletismo 6 Boccia 1 Ciclismo 4 Natação 1 Ténis de Mesa
12 Basquetebol 11 Futebol
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2.2. O Ano de 2002
No final do ano de 2002 foi publicado o Guia de Qualificação para os Jogos
Paraolímpicos. Assim, foi possível fazer uma análise das modalidades que
estavam integradas no projecto, tendo em conta a primeira atribuição de cotas
de participação.
Da análise ao relatório de actividades de 2002 da Federação Portuguesa de
Desporto para Deficientes, verifica-se que a modalidade de Ténis de Mesa
deixa de ser considerada no plano de preparação paraolímpica.
Verificou-se um aumento de 11,7 % no número de praticantes desportivos, ou
seja, passaram a estar integrados no projecto 57 praticantes desportivos.
Quadro n.º 2
As diferenças ocorreram na exclusão do praticante de Ténis de Mesa e na
redução de um praticante na Natação, contrapondo com as integrações de
quatro praticantes desportivos no Atletismo e quatro no Boccia.
Ano 2001 51 Praticantes Desportivos 7 Modalidades
Ano 2002 57 Praticantes Desportivos 6 Modalidades
Projecto ATENAS 2004
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2.3. O Ano de 2003
No decorrer do ano de 2003, verificaram-se algumas entradas e saídas,
estando no final do ano 62 praticantes desportivos integrados no plano de
preparação para Atenas 2004, ou seja, o número de praticantes desportivos
aumentou novamente, desta vez em 8,7 %.
No Atletismo verificou-se a entrada de cinco novos praticantes em substituição
de outros cinco que foram excluídos ao longo do ano.
Todos os praticantes que estavam incluídos no Projecto Atenas, tinham já
conseguido obter os mínimos definidos pelo IPC, nove praticantes tinham
alcançado mínimos “A” enquanto cinco obtiveram mínimos “B”.
Na modalidade de Boccia com a participação de Portugal na Taça do Mundo e
devido às posições no Ranking Mundial, Portugal assegurou a presença do
número máximo de jogadores permitidos.
O Futebol não conseguiu o desejado apuramento, pois na prova derradeira, o
Campeonato do Mundo de Futebol CP-ISRA, que decorreu em Buenos Aires
em Outubro de 2003, a Selecção Nacional classificou-se em 10.º lugar, tendo-
se portanto verificado a sua saída do Projecto nesse mês.
No que corresponde à modalidade de Natação, apesar dos resultados obtidos
no Eurowaves, e devido à distribuição de cotas pelo IPC, apenas se tinha
assegurado quatro lugares. No entanto, na preparação foram incluídos mais
quatro praticantes, totalizando sete, quatro femininos e três masculinos,
aguardando-se com expectativa o terceiro momento de atribuição de cotas por
parte do IPC.
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Na Natação apenas um praticante integrado no Projecto Atenas, não tinha
ainda conseguido obter os mínimos de qualificação.
O Basquetebol, que participou apenas como modalidade de demonstração,
alcançou o 3.º lugar no Campeonato da Europa.
Outra das modalidades que esteve presente em Atenas foi a Equitação. No
entanto, esta não integrou a fase de preparação apesar de Portugal ter
participado no Campeonato do Mundo de Equitação. Não se verificaram
quaisquer resultados de relevo.
16
20
12
6
10
10
11
43
7
10
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
Atletism
o
Basqu
etebol Bo
ccia
Ciclismo
Equita
çãoFu
tebol
Nataç
ão
Ténis
de Mesa 2001
2002
2003
Gráfico 1 – Variação dos praticantes desportivos que integraram a preparação
paraolímpica, entre os anos 2001 e 2003.
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2.4. O Ano de 2004
Tendo em conta a última distribuição do número de cotas por país, realizada
pelo IPC no âmbito da participação nos Jogos Paraolímpicos de Atenas 2004, e
face aos resultados alcançados e expectativas de êxito, a Federação
Portuguesa de Desporto para Deficientes fez a 31 de Maio de 2004, a selecção
final dos praticantes desportivos que integraram a Missão Paraolímpica.
Verificou-se assim a selecção de 41 praticantes desportivos para
representarem Portugal nos Jogos Paraolímpicos de Atenas 2004.
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2.5. Os quatro anos de preparação
Durante os quatro anos de preparação paraolímpica estiveram integrados 71
praticantes desportivos no Projecto Atenas 2004. No entanto, apenas 57,7 %
destes (41) estiveram presentes nos Jogos Paraolímpicos de Atenas 2004.
Conclui-se portanto que foram concedidos recursos financeiros para 30
praticantes desportivos (42,3%) que não conseguiram integrar a Missão
Paraolímpica.
Em anexo é disponibilizada uma listagem com as respectivas entradas, saídas
e permanências que ocorreram durante este ciclo paraolímpico.
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3. A MISSÃO PARAOLÍMPICA
A missão de Portugal aos Jogos Paraolímpicos de Atenas 2004 foi constituída
por oitenta e uma pessoas, dos quais cerca de 50% (41) eram praticantes
desportivos. Para além dos praticantes, integraram a comitiva treinadores,
guias, acompanhantes técnicos, uma equipa médica e paramédicos.
Os 41 praticantes desportivos representaram todas as categorias de
deficiência: Paralisia Cerebral, Visual, Mental, Amputados, “Les Autres” e
Lesionados Medulares.
Amputados 1
Mental 12
"Les Autres" 5 Lesionados Medulares 2
Paralisia Cerebral 12
Visual 9
Gráfico 2 – Número de praticantes desportivos por categoria de deficiência
Verificou-se, em termos globais, a segunda maior participação de sempre, só
superada pela edição anterior, em Sidney 2000, onde estiveram presentes 53
praticantes desportivos.
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No entanto, é importante referir que nos Jogos Paraolímpicos de Sidney,
Portugal esteve presente com duas equipas colectivas, o Futebol com 11
praticantes e o Basquetebol ID com 12.
41
53
35
28
13
15
11
0
10
20
30
40
50
60
Heidelb
erg19
72
Stoke
Mande
ville19
84Se
ul 1988
Barce
lona 1
992
Atlanta
1996
Sidne
y 200
0
Atenas
2004
Gráfico 3 – Participações Portuguesas em Jogos Paraolímpicos
Nesta 12ª edição dos Jogos Paraolímpicos, surgiu pela primeira vez a
participação portuguesa na modalidade de Equitação, através da atribuição de
um Wild-Card ao cavaleiro Carlos Pereira, após a candidatura efectuada ao
IPEC/IPC pela FPDD, no final do ano de 2003.
A equipa de Basquetebol ID participou nestes Jogos Paraolímpicos apenas na
condição de modalidade de exibição, através do convite endereçado pelo IPC à
Selecção Campeã do Mundo (Portugal tinha alcançado o título em 2002) para
defrontar a “equipa da casa”, a Grécia, em três jogos.
Como se poderá constatar no gráfico 4, ao nível dos praticantes desportivos
presentes nos Jogos Paraolímpicos, verifica-se que o Basquetebol foi a
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modalidade que apresentou um maior número de praticantes desportivos, logo
seguido pelo Atletismo, Boccia e Natação.
Basquetebol 12
Atletismo 11
Natação 7Equitação 1
Ciclismo 1
Boccia 9
Gráfico 4 – Número de praticantes desportivos por Modalidade
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3.1. AS MODALIDADES PRESENTES E AUSENTES NOS JOGOS PARAOLÍMPICOS
Das vinte modalidades que integraram o programa oficial dos Jogos
Paraolímpicos de Atenas 2004, Portugal fez-se representar em seis (30 %).
Integraram ainda a preparação duas modalidades, o Futebol de 7 e o Ténis de
Mesa, que acabaram por não conseguir estar presentes.
Quadro n.º 3
Modalidades que
participaram nos JP
1 Atletismo
2 Basquetebol ID
3 Boccia
4 Ciclismo
5 Equitação
6 Natação
Modalidades que
integraram o Projecto
Atenas mas não
participaram nos JP
1 Futebol de 7
2 Ténis de Mesa
Modalidades que não
participaram nos JP
1 Futebol de 5
2 Futebol de 7
3 Goalball
4 Judo
5 Halterofilismo
6 Vela
7 Tiro
8 Tiro com Arco
9 Ténis de Mesa
10 Voleibol (sitting)
11 Basquetebol em Cadeira de
Rodas
12 Esgrima em Cadeira de Rodas
13 Rugby em Cadeira de Rodas
14 Ténis em Cadeira de Rodas
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3.2. OS PRATICANTES DESPORTIVOS QUE PARTICIPARAM NOS JOGOS PARAOLÍMPICOS
Os praticantes desportivos que integraram a missão de Portugal aos Jogos
Paraolímpicos foram em número de 41, distribuídos pelas modalidades que
abaixo se indicam:
Praticantes desportivos que participaram nos Jogos Paraolímpicos
Praticantes Desportivos Modalidades
Masculinos Femininos Total
1 Atletismo 9 2 11
2 Boccia 8 1 9
3 Ciclismo 1 0 1
4 Equitação 1 0 1
5 Natação 4 3 7
Total Modalidades
Individuais 23 6 29
6 Basquetebol ID 12 0 12
Total Modalidades
Colectivas 12 0 12
Total dos Praticantes
Desportivos 35 6 41
Quadro n.º 4
Das seis modalidades, cinco eram individuais e uma colectiva, sendo que esta
participou como modalidade de exibição.
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A modalidade que mais praticantes desportivos integrou nos Jogos
Paraolímpicos foi o Basquetebol (29,3 %), logo seguido do Atletismo (26,8 %),
do Boccia (22 %) e da Natação (17 %). As modalidades de Ciclismo e
Equitação participaram apenas com um praticante desportivo.
No que se refere ao género, 85,4 % dos praticantes desportivos que
participaram nos Jogos Paraolímpicos eram do sexo masculino. Se
considerarmos apenas as modalidades individuais, a percentagem baixa para
os 80%.
Ao nível das modalidades desportivas, verifica-se que três modalidades, ou
seja, 50%, enquadraram praticantes desportivos do sexo feminino, sendo que a
modalidade com maior aproximação entre os sexos masculino e feminino foi a
Natação, com 57,1 % praticantes masculinos e 42,9 % femininos.
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3.3. OS PRATICANTES DESPORTIVOS QUE PARTICIPARAM NA PREPARAÇÃO E NÃO INTEGRARAM A MISSÃO AOS JOGOS PARAOLÍMPICOS
Dos setenta e um praticantes desportivos que estiveram integrados na
preparação paraolímpica, trinta não conseguiram o desejado apuramento para
os Jogos Paraolímpicos.
Verifica-se que a modalidade que mais contribuiu para este facto foi o
atletismo, com uma diferença de 127 % entre o número de praticantes que
integraram a preparação e os seleccionados para a Missão Paraolímpica.
Gráfico 5 – Diferença entre o número de praticantes desportivos que integraram a
preparação e a missão.
25
1113
9
1 10
1
87
10
11
00
5
10
15
20
25
Atletismo Boccia Ciclismo Equitação Natação Ténis deMesa
Futebol Preparação
Missão
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3.4. ANÁLISE DOS RESULTADOS OBTIDOS
Com a participação dos 41 praticantes desportivos era possível obter 55
classificações, pois alguns deles participavam em diversas provas. Não foi
considerado o resultado respeitante à equipa de Basquetebol.
Exemplo máximo deste facto foi a participação da nadadora Leila Marques em
cinco provas distintas, quatro individuais e uma colectiva.
Ao nível das modalidades, verifica-se que cada uma delas poderia obter o
seguinte número de classificações:
* Incluídas no primeiro terço da classificação final
Quadro n.º 5
Nesta edição dos Jogos Paraolímpicos foram alcançadas 12 medalhas, que
representam 21,8 % das classificações possíveis de obter.
Em termos de medalhas obtidas, verifica-se que 60 % das modalidades
presentes nos Jogos Paraolímpicos alcançaram medalhas.
Modalidade N.º Classificações
possíveis de obter
N.º Classificações
Obtidas *
Percentagem
Atletismo 21 4 19,05%
Boccia 12 8 66,66%
Ciclismo 1 0 0%
Equitação 2 0 0%
Natação 19 0 0%
Basquetebol ID - - -
Total 55 12 21,81%
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Analisando agora por modalidade, verifica-se que o Boccia teve a maior
percentagem de êxito em termos de ganho de medalhas, relativamente ao
número de praticantes desportivos presentes, com 66,6 %, seguido da Natação
com 42,9 % e do Atletismo com 27,3 %.
Em termos absolutos a modalidade que maior número de medalhas obteve, foi
o Boccia, com seis, cerca de 50% do número total de medalhas conquistadas.
Quadro n.º 6
Para se proceder a uma análise mais rigorosa ao nível das restantes
classificações obtidas, seria necessário atender ao número de praticantes
desportivos que participou em cada prova, pois existe uma grande disparidade
entre provas.
O nível competitivo de algumas provas é muito distinto. Não é indiferente obter
uma classificação de pódio, quando se participa directamente numa final, ou
quando se têm de disputar várias eliminatórias para garantir a presença na
final.
Modalidade N.º de Medalhas Percentagem das
Class. obtidas
Boccia 6 (2 Ouro, 3 Prata, 1 Bronze) 50%
Atletismo 3 (2 Prata, 1 Bronze) 25%
Natação 3 (3 Bronze) 25%
Total 12 100%
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3.5. APRECIAÇÃO DO MÉRITO DAS CLASSIFICAÇÕES
Conforme referimos anteriormente, é necessário analisar as classificações por
prova no sentido de se poderem atribuir ponderações aos diversos resultados
alcançados, devido à disparidade do número de praticantes desportivos
presentes em cada uma delas.
Assim, decidiu-se analisar os resultados obtidos tendo em conta quatro
intervalos de classificações, ou seja:
• Medalhados
• Primeiro Terço da Tabela Classificativa
• Segundo Terço da Tabela Classificativa
• Último Terço da Tabela Classificativa, Sem Classificações e Desistências
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Quadro n.º 7
Da análise do quadro n.º 7 conclui-se que três das medalhas conquistadas
correspondem a classificações situadas no segundo terço da classificação
geral de cada uma das provas. Esta situação é o resultado de terem
participado menos de 8 praticantes desportivos nas provas respectivas.
A nível percentual, as classificações estão assim distribuídas:
Classificações obtidas pelos praticantes desportivos
Classificações
Modalidade N.º Praticantes
Medalhas Conquistadas Primeiro
Terço Segundo
Terço
Último Terço, sem
Class. e Desistências
N.º Class.
Possíveis de obter
1 Atletismo 11 3 2 + 2
medalhas
10 + 1
medalha 6 21
2 Boccia 9 6 2 + 6
medalhas 2 2 12
3 Ciclismo 1 0 0 0 1 1
4 Equitação 1 0 0 0 2 2
5 Natação 7 3 0 7 + 3
medalhas 9 19
6 Basquetebol 12 - - - - -
Total 29 12 4 19 20 55
Av aliação dos Apoios à Participação de Portugal nos Jogos Paraolímpicos de Atenas 2004
Instituto do Desporto de Portugal 28
Primeiro Terço da Tabela Classificativa
22%
Último Terço, Sem Classificação e Desistências
36%
Segundo Terço da Tabela Classificativa
42%
Gráfico 6 – Distribuição das classificações obtidas
Tendo em atenção o número de medalhas alcançado, verifica-se que estas se
encontram divididas pelo primeiro e segundo terço da classificação geral final,
devido ao número de praticantes desportivos que participaram em cada uma
das provas.
Gráfico 7 – Distribuição das Medalhas obtidas
Primeiro Terço da Tabela Classificativa
67%
Último Terço, Sem Classificação e Desistências
0%Segundo Terço da
Tabela Classificativa33%
Av aliação dos Apoios à Participação de Portugal nos Jogos Paraolímpicos de Atenas 2004
Instituto do Desporto de Portugal 29
Avaliando o ranking final dos países que conquistaram medalhas nesta 12.ª
edição dos Jogos Paraolímpicos, verifica-se que Portugal se classificou na 41.ª
posição.
Em termos comparativos verifica-se que, na classificação geral final, Portugal
obteve um pior desempenho do que em Atlanta e Sidney, onde Portugal se
tinha classificado na 26.ª posição.
Quanto ao grau de dificuldade de se conquistar uma medalha verifica-se que
estiveram em disputa 1.568 medalhas e que o número de praticantes
desportivos presentes foi de 3.969. O que nos leva a concluir que cada 2,5
praticantes disputam 1 medalha, em média.
N.º de Praticantes vs N.º de Medalhas
N.º de Praticantes Desportivos 3.969
N.º de Medalhas em disputa 1.568
1 Medalha por cada: 2,5 praticantes
Quadro n.º 8
Av aliação dos Apoios à Participação de Portugal nos Jogos Paraolímpicos de Atenas 2004
Instituto do Desporto de Portugal 30
4. ANÁLISE FINANCEIRA DA PARTICIPAÇÃO DE PORTUGAL NOS JOGOS
PARAOLÍMPICOS
Como já foi anteriormente mencionado, as comparticipações financeiras do
Estado Português ao Projecto Paraolímpico de Atenas 2004, foram atribuídas
em partes iguais pelo Instituto do Desporto de Portugal e pelo Secretariado
Nacional para a Reabilitação e Integração das Pessoas com Deficiência.
No decorrer destes quatro anos, foram concedidos à Federação Portuguesa de
Desporto para Deficientes, no âmbito da preparação paraolímpica, da missão
paraolímpica e das bolsas de preparação paraolímpicas, 1.590.295,16€.
Este valor variou ao longo dos anos, tendo-se registado uma maior atribuição
no ano de realização dos Jogos.
Gráfico n.º 8 – Variação dos apoios ao longo do Ciclo Paraolímpico
Refira-se que nos anos de 2003 e 2004, aos praticantes desportivos e
respectivos treinadores foram atribuídas Bolsas de Preparação Paraolímpicas.
199.519 €250.000 €
450.129 €
690.647 €
0 €
100.000 €
200.000 €
300.000 €
400.000 €
500.000 €
600.000 €
700.000 €
1 2 3 42001 2002 2003 2004
Av aliação dos Apoios à Participação de Portugal nos Jogos Paraolímpicos de Atenas 2004
Instituto do Desporto de Portugal 31
4.1. O CUSTO DAS MEDALHAS E RESTANTES CLASSIFICAÇÕES
4.1.1. MEDALHAS
Tendo em conta a conquista das 12 medalhas, face ao financiamento
concedido pelo Estado Português, verifica-se que a cada uma delas
corresponde um custo de 132.524,60€.
4.1.2. CLASSIFICAÇÕES INTEGRADAS NO PRIMEIRO TERÇO
Como também se verificaram 12 classificações (8 medalhas e 4 resultados)
dentro do primeiro terço da tabela classificativa, cada uma delas terá um custo
idêntico a uma conquista de medalha, ou seja, 132.524,60€.
4.1.3. CLASSIFICAÇÕES INTEGRADAS NO SEGUNDO TERÇO
No segundo terço da tabela classificativa, registaram-se 23 classificações (4
medalhas e 19 resultados), assim, cada resultado tem um custo de 69.143,27€.
Custo por Medalha
Custo total do Projecto Atenas 1.590.295,16€
N.º de Medalhas 12
Total 132.524,60€
Quadro n.º 9
Custo por Classificação no Segundo Terço
Custo total do Projecto Atenas 1.590.295,16€
N.º de Classificações no 2.º Terço 23
Total 69.143,27€
Quadro n.º 10
Av aliação dos Apoios à Participação de Portugal nos Jogos Paraolímpicos de Atenas 2004
Instituto do Desporto de Portugal 32
Tendo em conta que a população residente em Portugal (Censos 2001, INE)
era de 10.356.117 habitantes, a taxa de “medalhamento” de Portugal é de 1
medalha por cerca de 863 mil habitantes.
Se considerarmos o número de pessoas com deficiência recenseadas no
Censos 2001, cerca de 6,1% da população portuguesa, verifica-se que a taxa
de “medalhamento” de Portugal é de 1 medalha para cada 52.867 indivíduos
com deficiência.
Em termos médios, para Portugal obter uma medalha é necessário
participarem nos Jogos Paraolímpicos 2,4 praticantes desportivos de
modalidades individuais. Ou seja por cada 2,4 praticantes desportivos que
integram a Missão Portuguesa aos Jogos Paraolímpicos, 1 alcança uma
medalha.
Taxa de “Medalhamento”
N.º de Medalhas Obtidas 12
População residente (Censos 2001) 10.356.117
Taxa de “Medalhamento” 863.010
Quadro n.º 11
Taxa de “Medalhamento” por População Deficiente
N.º de Medalhas Obtidas 12
População com Deficiência (Censos 2001) 634.408
Taxa de “Medalhamento” 52.867
Quadro n.º 12
Av aliação dos Apoios à Participação de Portugal nos Jogos Paraolímpicos de Atenas 2004
Instituto do Desporto de Portugal 33
4.2. COMPARAÇÃO DOS APOIOS FINANCEIROS CONCEDIDOS EM RELAÇÃO
A SIDNEY 2000
Comparativamente com o Ciclo Paraolímpico de Sidney 2000, verifica-se que
os apoios globais concedidos aumentaram cerca de 400 mil euros, ou seja,
verificou-se um aumento de 32,8%, enquanto o número de medalhas registou
uma redução de 20%, de 15 para 12.
1.197.114 €
1.590.295 €
0 €
200.000 €
400.000 €
600.000 €
800.000 €
1.000.000 €
1.200.000 €
1.400.000 €
1.600.000 €
Sidney 2000 Atenas 2004
Gráfico n.º 9 – Variação dos apoios concedidos ao Projecto Sidney 2000 e
Atenas 2004
Se analisarmos os apoios tendo em conta a distribuição das verbas atribuídas
para a preparação, a missão e para as bolsas de preparação paraolímpica,
verifica-se que os aumentos significativos se deram na introdução dos
financiamentos para as bolsas.
Ao nível da preparação paraolímpica existiu um aumento de 2,23%, e no que
se refere à missão, o financiamento aumentou 13,5% em comparação com o
apoio verificado no Ciclo Paraolímpico de Sidney.
Av aliação dos Apoios à Participação de Portugal nos Jogos Paraolímpicos de Atenas 2004
Instituto do Desporto de Portugal 34
Gráfico n.º 10 – Variação dos apoios concedidos aos Projectos Sidney 2000 e Atenas
2004, tendo em conta as verbas atribuídas para a preparação, a missão e bolsas
Para se analisarem estes dados mais profundamente é necessário ter em
conta outros factores como por exemplo, o preço da deslocação, ou seja, as
viagens para Atenas foram substancialmente mais baratas do que para Sidney.
Outro factor importante é o número de praticantes desportivos que integraram
as duas missões que se estão a comparar. Em Sidney a missão era composta
por 53 praticantes desportivos, enquanto que a missão presente em Atenas foi
constituída por 41, no entanto, o custo foi superior.
Assim poder-se-á dizer que cada praticante desportivo que integrou a missão a
Sidney, teve um custo de 4.988€, enquanto que cada praticante que esteve
presente em Atenas, teve um custo de 7.317€. Verificou-se assim um aumento
de 46,7%.
932.752,06 €
264.362,88 €
0,00 €
953.519,16 €
300.000,00 €
336.776,00 €
0,00 €
200.000,00 €
400.000,00 €
600.000,00 €
800.000,00 €
1.000.000,00 €
1.200.000,00 €
1.400.000,00 €
1.600.000,00 €
Sidney 2000 Atenas 2004Bolsas
Missão
Preparação
Av aliação dos Apoios à Participação de Portugal nos Jogos Paraolímpicos de Atenas 2004
Instituto do Desporto de Portugal 35
5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
O objectivo traçado para a participação de Portugal nos Jogos Paraolímpicos
de Atenas era a conquista de um maior número de medalhas do que nos Jogos
Paraolímpicos de Sidney, em 2000.
Este objectivo não foi atingido. Portugal nos Jogos Paraolímpicos
de Atenas alcançou 12 Medalhas, 2 de ouro, 5 de prata e 5 de
bronze, menos 3 medalhas que na edição anterior.
Dos praticantes desportivos que integraram o projecto de preparação
paraolímpica, 42,2 % não integraram a Missão Portuguesa aos Jogos
Paraolímpicos.
Estiveram integrados no Projecto de Preparação Paraolímpica 71
praticantes desportivos. Destes, 30 não foram integrados na
Missão Portuguesa aos Jogos Paraolímpicos de Atenas 2004. A
taxa de ineficiência quanto ao número de praticantes foi de 42,2 %.
Foram dispendidos recursos com 30 praticantes desportivos que
não integraram a Missão aos Jogos Paraolímpicos de Atenas 2004.
Das vinte modalidades que integraram o programa oficial dos Jogos
Paraolímpicos de Atenas 2004, Portugal fez-se representar em seis (30 %).
Sabe-se que algumas das modalidades que integram o programa
dos Jogos Paraolímpicos estão incluídas nas Federações
Desportivas, como os casos da Esgrima, do Ténis ou da Vela. Será
cada vez mais importante promover a cooperação e integração
destes praticantes nas actividades de preparação e participação,
Av aliação dos Apoios à Participação de Portugal nos Jogos Paraolímpicos de Atenas 2004
Instituto do Desporto de Portugal 36
no sentido de alargar as participações portuguesas nos Jogos
Paraolímpicos.
No que se refere ao género, 85,4 % dos praticantes desportivos que
participaram nos Jogos Paraolímpicos eram do sexo masculino. Se
considerarmos apenas as modalidades individuais, a percentagem baixa para
os 80 %.
Face a estas percentagens, será necessário generalizar a
participação desportiva às cidadãs portadoras de deficiência, pelo
que deverão ser implementadas medidas de claro incentivo à
participação desportiva feminina.
Relacionando o número de praticantes desportivos com o número de medalhas
em disputa, em cada 10 praticantes desportivos presentes nos Jogos
Paraolímpicos de Atenas 2004, 4 conquistaram 1 medalha.
Excluindo a modalidade de Basquetebol deste cálculo, verifica-se
que Portugal acompanhou essa tendência. Por cada 10 praticantes
que integraram a Missão, foram conquistadas 4 medalhas.
Nesta edição dos Jogos Paraolímpicos foram alcançadas 12 medalhas, que
representam 21,8 % das classificações possíveis de obter. Destas, cerca de
um terço representam classificações no segundo terço da tabela, ou seja,
foram obtidas em provas em que não participaram mais de 8 praticantes
desportivos.
Fazendo a analogia entre as 12 medalhas conquistadas e o valor concedido
pelo Estado Português, verifica-se que cada uma delas teve um custo de
132.524,60€.
Av aliação dos Apoios à Participação de Portugal nos Jogos Paraolímpicos de Atenas 2004
Instituto do Desporto de Portugal 37
O financiamento do Ciclo Paraolímpico de Atenas 2004, superou o ciclo
anterior em 32,8 %, aumentando em cerca de 400 mil euros.
Apesar de nos anos 2003 e 2004 estar incluído o financiamento
referente às Bolsas de Preparação Paraolímpicas, verificou-se para
além desse facto, um aumento de 2,23 % no financiamento à
Preparação Paraolímpica e de 13,5 % no que se refere à Missão.
Note-se que, apesar do aumento do financiamento disponibilizado,
não se registaram melhorias nos resultados alcançados.
A Missão aos Jogos Paraolímpicos de Atenas foi financiada com valores
superiores à Missão presente em Sidney (+ 13,5 %), no entanto, esta teve
menos praticantes desportivos integrados (- 22,6 %) e os valores de
deslocação são substancialmente mais baratos para Atenas do que para
Sidney.
Será necessário analisar com maior rigor os indicadores que
afectam directamente o financiamento às Missões, no sentido de se
apoiar equitativamente a participação da Representação Portuguesa
nos Jogos Paraolímpicos.
Cada praticante desportivo que integrou a missão a Atenas teve um custo de
7.317€ enquanto que cada praticante que esteve presente em Sidney, teve um
custo de 4.988€.
Verificou-se assim um aumento de 46,7 % no Custo por praticante.
Já no que diz respeito à integração dos praticantes desportivos no Projecto de
Preparação Paraolímpica, deverão ser tomadas medidas que reduzam a taxa
de ineficiência neste factor.
Av aliação dos Apoios à Participação de Portugal nos Jogos Paraolímpicos de Atenas 2004
Instituto do Desporto de Portugal 38
Será necessário aumentar a exigência no acesso dos praticantes ao
Projecto de Preparação Paraolímpica, direccionando o
financiamento e proporcionando melhores condições de preparação
para os praticantes desportivos que têm efectivamente condições de
participar nos Jogos Paraolímpicos e aí obterem resultados
desportivos correspondentes a medalhas.
Av aliação dos Apoios à Participação de Portugal nos Jogos Paraolímpicos de Atenas 2004
Instituto do Desporto de Portugal 39
ANEXOS
GRÁFICOS
Gráfico 1 - Variação dos praticantes desportivos que integraram a preparação
paraolímpica, entre os anos 2001 e 2003.
Gráfico 2 - Número de praticantes desportivos por categoria de deficiência
Gráfico 3 - Participações Portuguesas em Jogos Paraolímpicos
Gráfico 4 - Número de praticantes desportivos por Modalidade
Gráfico 5 – Diferença entre o número de praticantes desportivos que integraram a
preparação e a missão
Gráfico 6 – Distribuição das classificações obtidas nos Jogos Paraolímpicos de Atenas 2004
Gráfico 7 – Distribuição das Medalhas obtidas nos Jogos Paraolímpicos de Atenas 2004
Gráfico n.º 8 – Variação dos apoios ao longo do Ciclo Paraolímpico
Gráfico n.º 9 – Variação dos apoios concedidos ao Projecto Sidney 2000 e Atenas 2004
Gráfico n.º 10 – Variação dos apoios concedidos ao Projecto Sidney 2000 e Atenas
2004, tendo em conta as verbas atribuídas para a preparação, a missão e bolsas
Av aliação dos Apoios à Participação de Portugal nos Jogos Paraolímpicos de Atenas 2004
Instituto do Desporto de Portugal 40
OUTROS ANEXOS
Total de Praticantes Desportivos que integraram a Preparação Paraolímpica
Resultados Alcançados nos Jogos Paraolímpicos de Atenas 2004
Ranking das Medalhas conquistadas nos Jogos Paraolímpicos de Atenas 2004
Bolsas de Preparação Paraolímpica (Anos 2003 e 2004)
Censos 2001 – Análise da População com Deficiência
Av aliação dos Apoios à Participação de Portugal nos Jogos Paraolímpicos de Atenas 2004
Instituto do Desporto de Portugal 41
Variação dos Praticantes Desportivos que integraram a Preparação Paraolímpica
Gráfico 1
16
20
12
6
10
10
11
43
7
10
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
Atletis
mo
Basqu
etebol Bo
ccia
Ciclismo
Equita
çãoFu
tebol
Nataç
ão
Ténis
de M
esa2001
20022003
Número de Praticantes Desportivos por Categoria de Deficiência
Gráfico 2
Amputados 1
Mental 12
"Les Autres" 5 Lesionados Medulares 2
Paralisia Cerebral 12
Visual 9
Av aliação dos Apoios à Participação de Portugal nos Jogos Paraolímpicos de Atenas 2004
Instituto do Desporto de Portugal 42
Gráfico 3
Participações Portuguesas em Jogos Paraolímpicos
41
53
35
28
13
15
11
0
10
20
30
40
50
60
Heidelb
erg19
72
Stoke
Man
deville
1984
Seul 1
988
Barce
lona 1
992
Atlan
ta 199
6
Sidney
2000
Atena
s 200
4
Número de Praticantes Desportivos por Modalidade
Gráfico 4
Basquetebol 12
Atletismo 11
Natação 7Equitação 1
Ciclismo 1
Boccia 9
Av aliação dos Apoios à Participação de Portugal nos Jogos Paraolímpicos de Atenas 2004
Instituto do Desporto de Portugal 43
Diferença entre o número de Praticante Desportivos que integraram a Preparação e a Missão
Gráfico 5
25
1113
9
1 10
1
87
10
11
00
5
10
15
20
25
Atletismo Boccia Ciclismo Equitação Natação Ténis deMesa
Futebol Preparação
Missão
Distribuição das Classificações Obtidas nos Jogos Paraolímpicos de Atenas 2004
Gráfico 6
Primeiro Terço da Tabela Classificativa
22%
Último Terço, Sem Classificação e Desistências
36%
Segundo Terço da Tabela Classificativa
42%
Av aliação dos Apoios à Participação de Portugal nos Jogos Paraolímpicos de Atenas 2004
Instituto do Desporto de Portugal 44
Distribuição das Medalhas Obtidas nos Jogos Paraolímpicos de Atenas 2004
Gráfico 7
Primeiro Terço da Tabela Classificativa
67%
Último Terço, Sem Classificação e Desistências
0%Segundo Terço da
Tabela Classificativa33%
Variação dos apoios concedidos no Ciclo de Atenas 2004
Gráfico 8
199.519 € 250.000 €
450.129 €
690.647 €
0 €
100.000 €
200.000 €
300.000 €
400.000 €
500.000 €
600.000 €
700.000 €
1 2 3 42001 2002 2003 2004
Av aliação dos Apoios à Participação de Portugal nos Jogos Paraolímpicos de Atenas 2004
Instituto do Desporto de Portugal 45
Variação dos Apoios Concedidos no Projecto Sidney 2000 e Atenas 2004
Gráfico 9
1.197.114 €
1.590.295 €
0 €
200.000 €
400.000 €
600.000 €
800.000 €
1.000.000 €
1.200.000 €
1.400.000 €
1.600.000 €
Sidney 2000 Atenas 2004
Variação dos apoios concedidos aos Projectos Sidney 2000 e Atenas 2004, tendo em conta as verbas atribuídas para a Preparação, a Missão e Bolsas
Gráfico 10
932752,06
264362,88
0
953519,16
300000
336776
0
200000
400000
600000
800000
1000000
1200000
1400000
1600000
Sidney 2000 Atenas 2004
Bolsas
Missão
Preparação
Av aliação dos Apoios à Participação de Portugal nos Jogos Paraolímpicos de Atenas 2004
Instituto do Desporto de Portugal 46
Atletismo2001 2002 2003 MISSÃO 2004
1 António Mariz2 António Soares António Soares3 Artur Rodrigues4 Carlos A. Ferreira Carlos A. Ferreira Carlos A. Ferreira Carlos A. Ferreira5 Carlos Ferreira Carlos Ferreira6 Carlos Lopes Carlos Lopes Carlos Lopes Carlos Lopes7 Fátima Matos Fátima Matos Fátima Matos8 Firmino Baptista Firmino Baptista Firmino Baptista Firmino Baptista9 Gabriel Potra Gabriel Potra Gabriel Potra Gabriel Potra
10 José Alves José Alves José Alves José Alves11 José Gameiro José Gameiro José Gameiro12 José Monteiro José Monteiro José Monteiro José Monteiro13 José Faria14 Lenine Cunha Lenine Cunha Lenine Cunha15 Mª Graça Fernandes Mª Graça Fernandes Mª Graça Fernandes Mª Graça Fernandes16 Maria Maganito17 Mário Parrulas18 Mª Odete Fiuza Mª Odete Fiuza Mª Odete Fiuza Mª Odete Fiuza 19 Nelson Gonçalves20 Nuno Alves Nuno Alves Nuno Alves Nuno Alves21 Paulo Coelho Paulo Coelho Paulo Coelho Paulo Coelho22 Raquel Faria23 Ricardo Marques Ricardo Marques Ricardo Marques24 Ricardo Vale Ricardo Vale25 Silvino Veiga Silvino Veiga
Boccia2001 2002 2003 MISSÃO 2004
1 António Marques António Marques António Marques António Marques2 Armando Costa Armando Costa Armando Costa Armando Costa3 Bruno Valentim Bruno Valentim Bruno Valentim4 Cristina Gonçalves Cristina Gonçalves5 Fernando Ferreira Fernando Ferreira Fernando Ferreira Fernando Ferreira6 Fernando Pereira Fernando Pereira7 João Fernandes João Fernandes 8 José Correia9 José Macedo José Macedo José Macedo José Macedo
10 Luis Belchior Luis Belchior11 Mário Matos12 Mário Peixoto Mário Peixoto13 Pedro Silva Pedro Silva Pedro Silva Pedro Silva
Ciclismo2001 2002 2003 MISSÃO 2004
1 Augusto Pereira Augusto Pereira Augusto Pereira Augusto Pereira
Total de Praticantes Desportivos que integraram a Preparação Paraolímpica de Atenas 2004
Av aliação dos Apoios à Participação de Portugal nos Jogos Paraolímpicos de Atenas 2004
Instituto do Desporto de Portugal 47
Natação2001 2002 2003 MISSÃO 2004
1 Cesário Vieira2 João Martins João Martins3 Leila Marques Leila Marques Leila Marques Leila Marques4 Mª Joaõ Morgado Mª Joaõ Morgado Mª Joaõ Morgado5 Nelson Lopes Nelson Lopes Nelson Lopes6 Nuno Vitorino7 Perpétua Vaza Perpétua Vaza Perpétua Vaza8 Susana Barroso Susana Barroso Susana Barroso Susana Barroso
Ténis de Mesa1 Helder Fevereiro
Basquetebol ID12 12 12 12 12
Futebol 7 11 11 11 11 0
71
Total de Praticantes Desportivos que integraram a Preparação Paraolímpica de Atenas 2004
Av aliação dos Apoios à Participação de Portugal nos Jogos Paraolímpicos de Atenas 2004
Instituto do Desporto de Portugal 48
Modalidade Resultado Prova Npaises Npratic ClFinal ClRelAlves, José 200m 12 12 8 67% 1
400m 7 7 3 43% 2Alves, Nuno 1.500m 6 8 5 63% 3
5.000m 8 11 5 45% 4Baptista, Firmino 100m 17 21 12 57% 5
200m 14 19 5 26% 6Coelho, Paulo 1.500m 6 8 7 88% 7
5.000m 8 11 7 64% 8Fernandes, Graça 400m 6 7 6 86% 9Ferreira, Carlos Amaral 10.000m 8 13 2 15% 10
Maratona 10 17 2 12% 11Fiúza, Odete 1.500m 6 8 5 63% 12Lopes, Carlos 100m 17 21 7 33% 13
200m 14 19 7 37% 14Monteiro, José 800m 11 13 8 62% 15Portugal 4x100m 4x100m 8 8 5 63% 16Potra, Gabriel 200m 25 28 10 36% 17
400m 14 16 14 88% 18Vale, Ricardo 1.500m 6 8 DNF 19
10.000m 8 13 6 46% 205.000m 8 11 8 73% 21
Basquetebol IDBasquetebol Portugal 2 1
Costa, Armando Individual 9 18 4 22% 1Fernandes, João Paulo Individual 13 23 1 4% 2Ferreira, Fernando Individual 13 28 3 11% 3Gonçalves, Cristina Individual 13 28 7 25% 4Marques, António Individual 13 23 14 61% 5Portugal Equipa Equipa 12 12 1 8% 6Portugal Pares BC3 Pares BC3 8 8 5 63% 7Portugal Pares BC4 Pares BC4 6 6 2 33% 8Silva, Pedro Individual 13 28 2 7% 9Valentim, Bruno Individual 8 15 2 13% 10Pereira, Fernando Individual S/ Class. 11Macedo, José Individual S/ Class. 12
Ciclismo Pereira, Augusto Classificação Geral 8 9 9 100% 1
Resultados alcançados nos Jogos Paraolímpicos de Atenas 2004
Atletismo
Boccia
Av aliação dos Apoios à Participação de Portugal nos Jogos Paraolímpicos de Atenas 2004
Instituto do Desporto de Portugal 49
Pereira, Carlos Freestyle 12 16 13 81% 1Teste Individual 11 16 14 88% 2
Barroso, Susana 100m livres 6 9 4 44% 150m costas 6 8 3 38% 250m livres 6 9 4 44% 3
Lopes, Nelson 50m costas 10 12 6 50% 4Marques, Leila 100m bruços 8 11 5 45% 5
100m mariposa 11 19 7 37% 6200m estilos 12 16 8 50% 7400m livres 10 12 6 50% 8
Martins, João 100m livres 5 6 6 100% 950m costas 5 6 3 50% 1050m livres 6 7 3 43% 11
Morgado, Maria João 100m livres 10 11 10 91% 12200m livres 9 9 6 67% 13
Portugal 4x50L 4x50m livres 7 7 5 71% 14Vaza, Perpétua 100m livres 6 9 7 78% 15
50m costas 6 8 8 100% 1650m livres 6 9 7 78% 17
Vitorino, Nuno 200m livres 11 13 13 100% 1850m costas 9 11 11 100% 19
55
Natação
Resultados alcançados nos Jogos Paraolímpicos de Atenas 2004
Equitação
Av aliação dos Apoios à Participação de Portugal nos Jogos Paraolímpicos de Atenas 2004
Instituto do Desporto de Portugal 50
Rank
by
Gold1 CHN China 63 46 32 141
2 GBR Great Britain 35 30 29 94
3 CAN Canada 28 19 25 72
4 USA United States 27 22 39 88
5 AUS Australia 26 38 36 100
6 UKR Ukraine 24 12 19 55
7 ESP Spain 20 27 24 71
8 GER Germany 19 28 32 79
9 FRA France 18 26 30 74
10 JPN Japan 17 15 20 52
11 RUS Russia 16 8 17 41
12 CZE Czech Republic 16 8 7 31
13 RSA South Africa 15 13 7 35
14 BRA Brazil 14 12 7 33
15 MEX Mexico 14 10 10 34
16 KOR Korea 11 11 6 28
17 HKG Hong Kong 11 7 1 19
18 POL Poland 10 25 19 54
19 BLR Belarus 10 12 7 29
20 AUT Austria 8 11 4 23
21 SWE Sweden 8 7 6 21
22 TUN Tunisia 8 7 3 18
23 IRI I. R. Iran 7 3 13 23
24 EGY Egypt 6 9 8 23
25 ALG Algeria 6 2 5 13
26 NZL New Zealand 6 1 3 10
27 NED Netherlands 5 11 12 28
28 NGR Nigeria 5 4 3 12
29 DEN Denmark 5 3 7 15
30 SVK Slovakia 5 3 4 12
31 ITA Italy 4 8 7 19
32 ISR Israel 4 4 5 13
33 FIN Finland 4 1 3 8
34 GRE Greece 3 13 4 20
35 THA Thailand 3 6 6 15
36 BEL Belgium 3 2 2 7
37 KEN Kenya 3 1 3 7
38 NOR Norway 3 1 1 5
39 ANG Angola 3 0 0 3
40 SUI Switzerland 2 6 8 16
41 POR Portugal 2 5 5 12
Total
Ranking das Medalhas conquistadas nos Jogos Paraolímpicos de Atenas 2004
NPC NPC Name
Av aliação dos Apoios à Participação de Portugal nos Jogos Paraolímpicos de Atenas 2004
Instituto do Desporto de Portugal 51
Rank
by
Gold42 MAR Morocco 2 4 0 6
43 CUB Cuba 2 2 7 11
44 TPE Chinese Taipei 2 2 2 6
45 AZE Azerbaijan 2 1 1 4
46 HUN Hungary 1 8 9 18
47 ISL Iceland 1 3 0 4
48 KUW Kuwait 1 2 3 6
49 SLO Slovenia 1 2 1 4
50 LTU Lithuania 1 1 5 7
51 UAE United Arab Emirates 1 1 2 4
52 LAT Latvia 1 1 1 3
53 IND India 1 0 1 2
53 JAM Jamaica 1 0 1 2
53 TUR Turkey 1 0 1 2
56 BIH Bosnia/Herzegov 1 0 0 1
56 BOT Botswana 1 0 0 1
56 CYP Cyprus 1 0 0 1
56 ZIM Zimbabwe 1 0 0 1
60 IRL Ireland 0 3 1 4
61 ARG Argentina 0 2 2 4
62 VEN Venezuela 0 1 2 3
63 IRQ Iraq 0 1 1 2
63 JOR Jordan 0 1 1 2
63 PLE Palestine 0 1 1 2
66 BRN Bahrain 0 1 0 1
66 EST Estonia 0 1 0 1
66 MKD Former Yugoslav Rep.of Macedonia 0 1 0 1
66 PAN Panama 0 1 0 1
70 CRO Croatia 0 0 4 4
71 PER Peru 0 0 2 2
71 SCG Serbia/Monteneg 0 0 2 2
73 FRO Faroe Islands 0 0 1 1
73 PUR Puerto Rico 0 0 1 1
73 RWA Rwanda 0 0 1 1
1153969
41º136
Total
Classificação final (países)N.º Total de Países
Ranking das Medalhas conquistadas nos Jogos Paraolímpicos de Atenas 2004
N.º Total de MedalhasN.º Total de Praticantes
NPC NPC Name
Av aliação dos Apoios à Participação de Portugal nos Jogos Paraolímpicos de Atenas 2004
Instituto do Desporto de Portugal 52
Ano 2003 Ano 2004 2003 e 2004Atletismo 91.423,00 € TOTAL 91.423,00 €
Boccia 47.372,50 € TOTAL 47.372,50 €
Ciclismo TOTAL 5.512,50 € 5.512,50 €
Futebol 7 TOTAL 0,00 € 0,00 €
Natação 34.926,00 € 26.554,50 € 61.480,50 €
Total 173.721,50 € 32.067,00 € 205.788,50 €
Valores concedidos por:IDP 86.860,75 € 16.033,50 € 102.894,25 €
SNRIPD 86.860,75 € 16.033,50 € 102.894,25 €
Bolsas de Preparação Paraolímpica (Anos 2003 e 2004)
0
50000
100000
150000
200000
250000
Ano 2003 Ano 2004
Variação do financiamento das Bolsas de Preparação Paraolímpica
CENSOS 2001Análise de População com DeficiênciaResultados Provisórios
A disponibilização destes resultados provisórios dos Censos 2001 sobre a populaçãocom deficiência surge na sequência de uma solicitação de informação por parte deentidades governamentais e também não governamentais com particulares responsa-bilidades na problemática da Deficiência e Reabilitação.
Face à constatação de que os resultados agora disponibilizados apresentavam umaconsistência técnica semelhante aos provisórios disponibilizados em 17 de Janeiro p.p.,optámos por divulgá-los de modo a estarem disponíveis para todos os utilizadoresestatísticos.
A análise não contém quaisquer elementos sobre a evolução da população comdeficiência, em virtude de não haver resultados censitários exaustivos desde 1960.
Salientamos, também, que as respostas sobre a deficiência e grau de incapacidadeobtidas nos Censos 2001 resultam sobretudo da autoavaliação de cada respondente emrelação aos tipos de deficiência inscritos nos respectivos questionários. Mesmo nassituações em que as respostas dos questionários foram preenchidas pelosrecenseadores na sequência de entrevista directa e não de autopreenchimento dosquestionários pelos respondentes, a resposta baseia-se na autopercepção que cadapessoa tinha em relação às suas características individuais ou dos membros da famíliaem relação aos quais estava a prestar informações.
Os resultados que são objecto da presente análise estão disponíveis em www.ine.pt,Infoline, a partir desta data e sob a forma dos quadros P9 e P10.
4 de Fevereiro de 2002Informação àComunicação Social
INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA - PORTUGAL
População com Deficiência
ð Taxa de Incidência
O número de pessoas com deficiência recenseadas em 12 de Março de 2001 cifrou-se em 634 408,das quais 333 911 eram homens e 300 497 eram mulheres, representando 6,1% da populaçãoresidente (6,7% da população masculina e 5,6% da feminina).
Figura 1 – População sem deficiência e com deficiência segundo o tipo, Portugal 2001
Desagregando por tipos de deficiência, pode verificar-se que a taxa de incidência da deficiênciavisual era a mais elevada representando 1,6% do total de população, com a mesma proporção entrehomens e mulheres. Os indivíduos com deficiência auditiva registavam uma percentagem maisbaixa (0,8%), também com valores relativos muito semelhantes entre os dois sexos: 0,9% de homense 0,8% de mulheres.
A deficiência motora registou valores mais diferenciados entre os dois sexos, pois, enquanto nasmulheres esta proporção foi de 1,3%, nos homens elevou-se a 1,8%; no conjunto da população aproporção de indivíduos com alguma deficiência deste tipo cifrou-se em 1,5%.
A população com deficiência mental situou-se nos 0,7%, representando 0,8% na populaçãomasculina e 0,6% na população feminina.
A paralisia cerebral foi o tipo de deficiência com a menor incidência na população recenseada,ligeiramente superior entre a população masculina.
O conjunto das outras deficiências, que inclui as não consideradas em qualquer dos outros tipos,cifrou-se em 1,4% do total de indivíduos, 1,6% nos homens e 1,2% nas mulheres.
Mental0,7%
Paralisia Cerebral
0,1%
Com deficiência
6,1%
Auditiva0,8%
Visual1,6%
Motora1,5%
Outra deficiência
1,4%
Sem deficiência
93,9%
INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA - PORTUGAL
Figura 2 – Taxas de Incidência de deficiência segundo o sexo, Portugal e NUTS II, 2001
O Centro detinha a taxa de incidência mais elevada (6,7%), contrapondo-se à Região Autónoma dosAçores que registou a mais baixa (4,3%), logo seguida da Madeira com 4,9%. Em Lisboa e Vale doTejo observou-se a segunda taxa mais elevada (6,3%), enquanto o Norte (5,9%), o Algarve (6,0%) eo Alentejo (6,1%) se encontravam muito próximos do valor encontrado para o País.
As taxas de incidência do sexo masculino são mais elevadas que as do sexo feminino em todas asregiões do País, destacando-se o Centro com a maior diferença (7,4% contra 6,0% do sexo feminino)e a Região Autónoma dos Açores com a menor (4,4% entre a população masculina e 4,1% entre apopulação feminina).
Esta análise pode ser confirmada pela relação de masculinidade1 entre a população com deficiência,que é inferior a 100 apenas na Região Autónoma da Madeira (98,8) e no Alentejo (99,9), sendo maiselevada no Norte (114,5) e no Centro (114,2).
O predomínio da população masculina é bem evidente em quase todos os tipos de deficiência,sobretudo entre as pessoas com deficiência motora (131,7 homens por 100 mulheres em Portugal),facto que não se verifica, no entanto, entre apopulação com deficiência visual, cuja relação éde 90,7 em Portugal.
A taxa de incidência das deficiências visual,motora e outra deficiência registaram os valoresmais elevados em todas as regiões do País. Poroutro lado, as taxas de incidência da paralisiacerebral mantêm um valor idêntico em todas asNUTS II (entre 0,1 e 0,2%).
1 Relação entre o número de efectivos populacionais do sexo masculino e os do sexo feminino
Figura 3 – Taxas de Incidência de deficiênciasegundo o tipo, Portugal e NUTS II 2001
0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0
Portugal
Norte
Centro
Lisboa e Vale do Tejo
Alentejo
Algarve
R. A. Açores
R. A. Madeira
Auditiva Visual Motora Mental Paralisia Cerebral Outra deficiência
Total
0
1
2
3
4
5
6
7
8
Portugal Norte Centro Lisboa eVale do
Tejo
Alentejo Algarve R. A.Açores
R. A.Madeira
Total Homens Mulheres
(%)
INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA - PORTUGAL
A análise segundo a estrutura etáriapermite evidenciar que a taxa de incidênciaagrava-se com a idade: no grupo depopulação mais jovem (menos de 16 anos)aquela era cerca de 1/3 mais baixa que os6,1% encontrados para o conjunto dapopulação (2,2%), enquanto no grupo dosidosos a taxa era mais do dobro da nacional(12,5%). A deficiência visual, a motora e asclassificadas como outra são as principaisresponsáveis pelo aumento da taxa deincidência nas idades mais elevadas.
A distribuição percentual do total de pessoas com deficiência segundo o tipo por idades, revela que aimportância relativa da paralisia cerebral é bastante superior entre a população jovem e que vaiperdendo importância nas idades mais elevadas. Por exemplo, entre a população deficiente commenos de 16 anos a importância relativa dos indivíduos com paralisia cerebral era de 17,5%,representando mais 11,4 pontos percentuais que a proporção do total de pessoas com deficiênciacom a mesma idade (6,1%); em contrapartida no grupo dos 65 ou mais anos a mesma diferença erade -6.0 pontos percentuais.
Por outro lado, verifica-se que a importância relativa das deficiências auditivas e motoras aumentaconsoante a idade dos indivíduos, bem visível no grupo da população idosa.
Considerando ainda a distribuiçãopercentual dos diversos tipos dedeficiência verifica-se, que na populaçãoaté aos 64 anos, a maior proporção depessoas com deficiência pertencia aosexo masculino (especialmente entre osgrupos de idade mais jovens); noentanto, entre a população idosa a maiorpercentagem de pessoas com deficiênciapassa a pertencer ao sexo feminino. Estefacto é resultante da própria estruturaetária da população residente, ou seja,entre a população idosa o número demulheres é bastante superior ao dehomens, consequência de doisfenómenos demográficos: a maior longevidade das mulheres e a sobremortalidade masculina.
Figura 4 – Taxas de incidência de deficiência segundo otipo, por grupos etários, Portugal 2001
0
2
4
6
8
10
12
14
Total 0-15 anos 16-24 anos 25-54 anos 55-64 anos 65 + anos
Auditiva Visual Motora Mental Paralisia Cerebral Outra deficiência
%
Figura 5 – Distribuição percentual da deficiência segundoo tipo, por grupos etários, Portugal 2001
0%
20%
40%
60%
80%
100%
0-15 anos 16 a 24 anos 25 a 54 anos 55 a 64 anos 65 + anos
Auditiva Visual Motora Mental Paralisia Cerebral Outra deficiência
INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA - PORTUGAL
As taxas mais elevadas no grupo etáriodos 0 aos 15 anos respeitavam àdeficiência visual (oscilavam entre os0,4% na Região Autónoma dos Açores eos 0,8% no Centro) e à outra deficiência,com 0,5% em praticamente todas asNUTS II.
As diferenças entre sexos assumem maior relevo na população com deficiência mental, cuja relação
de masculinidade encontrada para o total do País é de 151,8 homens por 100 mulheres, e na outra
deficiência 147,3. Ao contrário, a mesma relação na população com deficiência visual regista rácios
ligeiramente superiores nas mulheres na generalidade das regiões.
No grupo etário dos 16 aos 24 anos, ataxa de incidência da deficiência visualassume igualmente o valor mais elevadoem todas as regiões, seguida da taxa dadeficiência mental e da outradeficiência.
Nestas idades, as relações demasculinidade entre a população comdeficiência são superiores àsobservadas entre a população do grupoetário anterior (0-15 anos) excepto naRegião Autónoma dos Açores.
As pessoas com deficiência motora e com outra deficiência registaram as maiores diferenças entre ossexos, com relações de masculinidade, a nível nacional, de 189,9 e 174,1 respectivamente. NaRegião Autónoma dos Açores e no Norte observaram-se relações de masculinidade superiores a 200no que se refere à população com deficiência motora.
Figura 6 – Taxas de Incidência de deficiência segundoo tipo nos 0-15 anos, Portugal e NUTS II 2001
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5
Portugal
Norte
Centro
Lisboa e Vale do Tejo
Alentejo
Algarve
R. A. Açores
R. A. Madeira
Auditiva Visual Motora Mental Paralisia Cerebral Outra deficiência
0-15 anos
Figura 7 – Taxas de Incidência de deficiência segundo otipo nos 16-24 anos, Portugal e NUTS II 2001
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0
Portugal
Norte
Centro
Lisboa e Vale do Tejo
Alentejo
Algarve
R. A. Açores
R. A. Madeira
Auditiva Visual Motora Mental Paralisia Cerebral Outra deficiência
16-24 anos
INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA - PORTUGAL
No conjunto da população com 25-54anos, a taxa de incidência da deficiênciamotora atingiu cerca de 1% dapopulação em qualquer das NUTS II(valor significativamente superior aoencontrado para os grupos etáriosanteriores).
Nestas idades a população comdeficiência visual e com outro tipo dedeficiência observavam valoresidênticos, oscilando entre 0,8% e 1,5%nas diferentes regiões.
Este é o grupo onde a relação de masculina é máxima entre o total da população com deficiência:138 homens por cada 100 mulheres. As pessoas com deficiência motora registaram as maioresdisparidades entre sexos, observando-se relações de masculinidade superiores a 200 nageneralidade das regiões, excepto em Lisboa e Vale do Tejo (187,6). Entre a população comdeficiência mental a relação de masculinidade é também elevada, sobretudo no Algarve (171,3).
No grupo dos 55-64 anos, a populaçãocom outra deficiência registava a taxade incidência mais elevada (entre os1,7% na Região Autónoma dos Açorese os 3,1% no Centro), logo seguida daverificada na deficiência motora (entre1,9% e 2,9%, respectivamente). Adeficiência visual registava igualmentetaxas de incidência significativas: entreos 1,8% nas regiões autónomas e2,4% no Alentejo.
Neste grupo etário, a relação demasculinidade da população comdeficiência é inferior a 100 na RegiãoAutónoma da Madeira (85,1), enquanto
nas restantes regiões do País esta relação assume valores bastante inferiores aos dos outros gruposetários, reflectindo já os efeitos da estrutura populacional anteriormente referidos. As maioresdiferenças entre os sexos, observam-se entre as pessoas com deficiência motora, em todas as NUTS II, ecom deficiência auditiva no Norte, Centro e Lisboa e Vale do Tejo).
Figura 8 – Taxas de Incidência de deficiência segundo otipo nos 25-54 anos, Portugal e NUTS II 2001
0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0
Portugal
Norte
Centro
Lisboa e Vale do Tejo
Alentejo
Algarve
R. A. Açores
R. A. Madeira
Auditiva Visual Motora Mental Paralisia Cerebral Outra deficiência
25-54 anos
Figura 9 – Taxas de Incidência de deficiência segundo otipo nos 55-64 anos, Portugal e NUTS II 2001
0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0
Portugal
Norte
Centro
Lisboa e Vale do Tejo
Alentejo
Algarve
R. A. Açores
R. A. Madeira
Auditiva Visual Motora Mental Paralisia Cerebral Outra deficiência
55-64 anos
INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA - PORTUGAL
É entre a população idosa queincidem as maiores taxas dedeficiência, como já foianteriormente apontado. Nestapopulação a deficiência motoraassume a taxa mais elevada comvalores entre os 3,0% na RegiãoAutónoma dos Açores e os 4,5% noCentro. As pessoas com deficiênciavisual, auditiva e com outradeficiência registam igualmentetaxas muito elevadas.
Este é o grupo da população ondese observam as taxas de incidênciamais elevadas em qualquer dostipos de deficiência, com excepção da deficiência mental cuja taxa é semelhante em todos os gruposde idade.
Entre a população idosa a relação de masculinidade é quase sempre inferior a 100, reflectindo asuperioridade numérica das mulheres, quer na população total, quer na população com deficiência.Ainda assim, comparando a estrutura da população feminina idosa total e da idosa com deficiência,verifica-se que os homens com deficiência são proporcionalmente em número mais elevado que asmulheres. Nas pessoas com deficiência mental observam-se as maiores disparidades entre os sexos,cujos rácios variam entre os 41,6 homens na Região Autónoma dos Açores e os 68,0 no Centro. Apopulação com paralisia cerebral no Alentejo e no Algarve constituem a excepção, com relações demasculinidade de 116,7 e 165,8.
Entre a população com deficiência o índice de envelhecimento 2 é cerca de 5,5 vezes superior ao dapopulação total. Enquanto a relação entre idosos e jovens na população total é de 95 indivíduos napopulação com deficiência é de 547. Assim, é nas regiões mais envelhecidas que se registam osíndices de envelhecimento da população com deficiência mais elevados: Alentejo (981 idososdeficientes por 100 jovens deficientes), Algarve (792) e Centro (697).
O Alentejo regista os maiores índices de envelhecimento em todos os tipos de deficiência, excepto nadeficiência mental e na paralisia cerebral, que pertencem ao Centro, contrastando com os Açores(319), a Madeira (334) e o Norte (404) que observam os índices mais baixos.
Os índices de envelhecimento da população em análise são superiores entre a população comdeficiência motora (1356), encontrando-se os maiores valores no Centro (2061), Alentejo (1940) e osmenores nos Açores (605) e na Madeira (860).
A população com paralisia cerebral regista os índices mais baixos (157), sendo a distribuiçãogeográfica idêntica à anterior: Açores (120) e Madeira (112) com os valores mais baixos, Centro (229)e Alentejo (198) com os mais elevados.
2 Relação existente entre o número de idosos e o de jovens, definido nesta análise como a relação entre a população com 65
ou mais anos e a população dos 0-15 anos.
Figura 10 – Taxas de Incidência de deficiência segundo otipo nos 65 + anos, Portugal e NUTS II 2001
0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 14,0
Portugal
Norte
Centro
Lisboa e Vale do Tejo
Alentejo
Algarve
R. A. Açores
R. A. Madeira
Auditiva Visual Motora Mental Paralisia Cerebral Outra deficiência
65 ou + anos
INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA - PORTUGAL
Figura 11 – Índice de envelhecimento da população com deficiência, 2001
NUTS II
Nº de Idosos com deficiênciaNº de Jovens com deficiência
[2770.6 ; 6225.0][1779.2 ; 2770.6[[1328.6 ; 1779.2[[941.4 ; 1328.6[[657.9 ; 941.4[[400.0 ; 657.9[[151.9 ; 400.0[
0 50 100 Km
INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA - PORTUGAL
ð Grau de Incapacidade
Em Portugal mais de metade da população com deficiência não possuía qualquer grau deincapacidade atribuído3 (53,5%). A proporção da população com deficiência com um grau deincapacidade superior a 80% era de 11,6%.
Figura 12- População com deficiência segundo o grau de incapacidade atribuído, Portugal, 2001
A nível nacional a principal diferença entre sexos, no que se refere ao grau de incapacidade, diziarespeito ao não atribuído com um valor de 57,3% para as mulheres e 50,1% no caso dos homens.
Quadro 1 - População com deficiência segundo o grau de incapacidade atribuído e sexo ,Portugal e NUTS II, 2001
(%)Grau de
incapacidadenão atribuído
Grau deincapacidadeinferior a 30%
Grau deincapacidade
entre 30 e 59%
Grau deincapacidade
entre 60 e 80%
Grau deincapacidade
superior a 80%HM H M HM H M HM H M HM H M HM H M
Portugal 53,5 50,1 57,3 8,8 10,5 7,0 10,0 10,8 9,1 16,0 17,0 14,9 11,6 11,6 11,7Norte 52,5 49,2 56,2 9,3 10,9 7,5 10,7 11,5 9,9 15,2 16,4 13,9 12,3 12,1 12,5Centro 54,6 50,6 59,2 8,4 10,1 6,5 10,5 11,5 9,3 14,8 16,0 13,4 11,8 11,8 11,7Lisboa e Vale do Tejo 53,1 49,9 56,7 8,8 10,8 6,7 8,8 9,5 7,9 18,2 18,8 17,6 11,0 10,9 11,1Alentejo 57,0 53,2 60,9 7,9 9,1 6,8 11,0 11,9 10,2 13,2 14,7 11,8 10,8 11,2 10,4Algarve 57,9 54,2 62,0 8,5 9,6 7,2 9,6 10,3 8,9 13,2 14,3 11,9 10,9 11,6 10,0R. A. Açores 55,4 51,3 59,6 7,0 8,0 6,0 10,1 10,8 9,4 16,2 18,0 14,3 11,3 11,9 10,7R. A. Madeira 48,8 49,5 48,2 9,6 9,9 9,4 12,7 13,2 12,2 14,4 14,9 14,0 14,4 12,6 16,2
3 Apenas foi considerado o grau de incapacidade atribuído por uma autoridade de saúde constituída para esse efeito.
Não Atribuído53,5%
Com Incapacidade inferior a 30%
8,8%
Com Incapacidade entre 30 a 59%
10,0%
Com Incapacidade entre 60 a 80%
16,0%
Com Incapacidade superior a 80%
11,6%
INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA - PORTUGAL
O Algarve e o Alentejo eram as regiões onde a proporção da população com deficiência sem grau deincapacidade atribuído era maior (57,9 e 57% respectivamente) e, a importância relativa da que tinhaum grau de incapacidade superior a 80% era menor. Na Região Autónoma da Madeira a situaçãoera a inversa, com a menor proporção a nível nacional da população com deficiência sem qualquergrau de incapacidade atribuído, e, pela maior proporção da população com deficiência a quem foiatribuído um grau de incapacidade superior a 80%.