Post on 18-Apr-2015
UNB- PGCS- SISTEMAS SENSORIAIS PROF.: CARLOS AUGUSTO C. P. OLIVEIRA/ FAYEZ BAHAMAD/ ISABELLA MONTEIRO PROJETO DE PESQUISA TESE DE MESTRADO
Avaliação do conhecimento auto-declarado de profissionais sobre implante coclear em crianças e a sua relação com expectativas e atitudes
IDENTIFICAÇÃO
TÍTULO: Avaliação do conhecimento auto-declarado de profissionais sobre implante coclear em
crianças e a sua relação com expectativas e atitudes.
INTEGRANTES: Annelise Melo Guerra(1) ORIENTADOR: Prof. Dr. Carlos Augusto Costa Pires de Oliveira(2) e Dr.André Luiz Lopes Sampaio(3) PERÍODO: Março de 2012 a novembro de 2013 (1) Fonoaudióloga do Serviço de Otorrinolaringologia , Cirurgia de Cabeça e Pescoço e
do programa de implante coclear do Hospital Universitário da Universidade de Brasília
(2) Professor Doutor, Chefe e Preceptor do Serviço de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital Universitário de Brasília
(3) Preceptor do Serviço de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital Universitário da Universidade de Brasília
INTRODUÇÃO
Deficiência Auditiva - morbidade neonatal de maior incidência no Brasil - 3 a cada 1.000 nascidos vivos(1) . A perda auditiva severa ou profunda varia de 1 a 3 por 1.000 nascidos vivos sem fatores de risco, aumentando para 4% entre aqueles em UTIS (GATANU,2007)
O advento do implante coclear (IC) – aprovado pelo FDA para crianças a partir de 1 ano – tem permitido que deficientes auditivos tenham acesso a sinais auditivos inacessíveis com a amplificação tradicional. O desenvolvimento do equipamento e das técnicas tem permitido resultados cada vez melhores, com melhores limiares e maior capacidade de discriminação da fala pelo paciente (2).
IMPLANTE COCLEAR
INTRODUÇÃO
O implante coclear multicanal é um dispositivo eletrônico dividido em componente interno e externo.
Externo: Microfone- capta o sinal e envia.. Processador de fala- transmite a
informação codificada.. Antena transmissora - transcutaneamente
por meio de radiofrequência ..
COMPONENTE EXTERNO DO IC
COMPONENTE INTERNO DO IC
Antena interna (ímã)- receptor estimulador –transforma o estímulo elétrico em sinais codificados-
Receptor transmissor-..estimula os eletrodos inseridos na cóclea
Cabo com filamento 12 a 22 eletrodos envolvidos por um tubo de silicone flexível- implantados na cóclea
Dois eletrodos extracocleares compõem o sistema
COMPONENTE INTERNO DO IC
IMPLANTE COCLEAR
O sistema funciona da seguinte forma: o som é captado pelo microfone retroauricular e enviado ao processador de fala. O processador de fala seleciona e codifica os elementos do som da fala, que são reenviados pelos finos cabos para o transmissor. A antena transmissora envia os sinais transcutaneamente por meio de radiofreqüência para a unidade receptora\estimuladora, que converte estes códigos em impulsos elétricos. Os impulsos elétricos são conduzidos pelos feixes específicos de eletrodos e estimulam os filetes nervosos específicos próximos ao modíolo da cóclea.
IMPLANTE COCLEAR
INTRODUÇÃO
A reabilitação e educação de crianças com implante coclear envolve diversos profissionais, tendo cada um sua visão e objetivo em relação ao paciente (3). Relatos sugerem que apenas um terço desses profissionais tem experiência com crianças implantadas. Muitos desconhecem avanços recentes sobre o tema e suas diferenças em relação a reabilitação de crianças com (AASI) (3).
INTRODUÇÃO
De acordo com Ben-Itzhak (Israel 2005), entre as principais causas dessa deficiência de conhecimento estariam: a ausência do tema na formação dos profissionais, por ser um campo relativamente novo; treinamento financiado pela indústria do IC apenas para profissionais ligados aos grandes centros que são referência (4).
Sendo assim, muitos profissionais (professores, fonoaudiólogos, médicos, assistentes sociais...) têm dificuldade de acesso a essa informação que avança rapidamente, mesmo sendo esses profissionais essenciais para uma boa adaptação dos pacientes implantados (4).
INTRODUÇÃO
Por ser o IC uma realidade relativamente recente no Distrito Federal, esse déficit de profissionais capacitados é potencialmente maior, tendo isso impacto importante na reabilitação desses pacientes.
Existem poucos estudos sobre o conhecimentos desses profissionais a respeito de reabilitação e educação dessas crianças, especialmente sobre os efeitos da melhora do acesso aos estímulos sonoros nas mudanças de atitudes em relação a comunicação, educação e desenvolvimento social e emocional.
INTRODUÇÃO
O conhecimento e expectativa do profissional tem um papel importante no desempenho da criança implantada. Se a expectativa for grande, o profissional pode se empenhar mais para criar um ambiente e estímulos adequados para aquisição de habilidade de percepção sonora, em comparação com um que não acredita no valor do IC (5).
INTRODUÇÃO
Então parece razoável assumir que a atitude dos profissionais têm impacto na performance das crianças, e que essa atitude tem grande relação com suas expectativas.
Um estudo de Ben-Itzhak (2005) evidenciou que quanto maior o conhecimento do profissional sobre o assunto, maiores serão suas expectativas sobre os resultados do implante. Isso se deve provavelmente a mudança de atitude (maior empenho) desses profissionais em atingir melhores resultados, já que eles esperam melhores resultados. Já o conhecimento e experiência mais geral sobre perda auditiva não esteve relacionado com maiores expectativas sobre o IC (4).
OBJETIVOS
Este estudo tem como objetivo avaliar, com um protocolo semelhante ao proposto por Ben-Itzhak (2005), o conhecimento auto-declarado dos profissionais sobre IC e verificar sua correlação com as expectativas, no Distrito Federal.
METODOLOGIA
A presente pesquisa consistirá em um estudo transversal e analítico com coleta de dados através da aplicação de questionários padronizados aos participantes. Realizado no período de março de 2012 a novembro de 2013 e está programado em 6 etapas:
METODOLOGIA
1) Avaliação da Comissão de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília – UnB.
2) Cálculo da amostra baseado no número de profissionais de cada área avaliada no DF, sendo eles: otorrinolaringologistas, pediatras, neurologistas, fonoaudiólogos, psicólogos, assistentes sociais e professores que lidam com deficientes auditivos. 3) Randomização na escolha dos profissionais a serem avaliados, com cuidado de não entrevistar de forma majoritária profissionais de centros de implante
METODOLOGIA
4) Aplicação do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido a todos os entrevistados.
5) Aplicação de questionário, semelhante ao proposto por Itzhak (2005),que tem objetivo de avaliar: o conhecimento auto-declarado; atitudes e crenças sobre educação e reabilitação de crianças com perdas auditivas; expectativas quanto a comunicação, autoimagem, ajustamento social, desempenho escolar, relação familiar e processo de reabilitação. O questionário é de fácil entendimento e autoexplicativo, estando o examinador proibido de prestar grandes esclarecimentos ao entrevistado.
6) Análise dos dados obtidos .
CRONOGRAMA
1 - Confecção do Projeto março /abril 2012
2 - Coleta de Dados maio a dezembro 2012
3 - Análise dos Dados fevereiro /setembro 2013
4 - Divulgação e Publicação outubro/dezembro 2013
BIBLIOGRAFIA
1. Uchôa NT, Procianoy RS, Lavinsky L, Sleifer P. Prevalence of hearing loss in very low birth weight neonates. Jornal de Pediatria - SBP. 2003, 79(2): 103-104.
2. FrederigueI NB, Bevilacqua MC. Speech perception optimization in deaf with multichannel cochlear implant. Rev. Bras. Otorrinolaringol. 2003, 69(2): 227-233.
3. Nunez IM, Chute P. The CI Workforce: Surveys of Workforce needs and graduate student education on cochlear implants. Paper presented at the Ninth Symposium on Cochlear Implants in children, Washington, DC. April, 2003.
4. Ben-Itzhak D, Most T, Weisel A. Relationships Among professionals Knowledge, experience, and Expectations Recarding cochlear Implants. American annals of the Deaf. 2005, 150(4): 329-342.
5. Easterbrooks SR, Mordica JA. Teachers' ratings of functional communication in students with cochlear implants. American Annals of the Deaf. 2000, 145(1): 54-59.
OBRIGADA