Aumento nas contas de luz com crise, o segmento de bebês e ... · Enquanto o mercado adulto sentiu...

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QUARTA-FEIRA, 27 DE SETEMBRO DE 2017 � DIÁRIO COMÉRCIO INDÚSTRIA & SERVIÇOS8

Negócios I n d ú st r i a

D I V U L G AÇ ÃO

Linha de produção da Comfy, que fabrica macacão para bebês

Enquanto o mercado adulto sentiu mais os efeitos dacrise, o segmento de bebês e crianças registrou expansão;expectativa para 2017 é de crescimento de 6% ante 2016

Roupa infantil sofremenos e segue em altaBENS DE CONSUMO

Rodrigo PetrySão Paulor o d r i g o p e t r y@ d c i . c o m . b r

� O mercado de moda infantile bebê, de roupas até a idade de12 anos, sofreu menos na crisee deve seguir em trajetória decrescimento. Para 2017, a pro-jeção no segmento é de alta de3,1% da produção e de 6,2% nofaturamento na comparaçãocom o ano passado.

Enquanto este segmentocrescia, o destinado ao públi-co com idade acima de 13anos recuava. Segundo levan-tamento da IEMI – In t e l i g ê n -cia de Mercado, no ano pas-sado o faturamento domercado de roupas paraadultos recuou 2,6% sobre2015. Em termos de volume,a retração alcançou 5,9% namesma base, ao passo que oinfantil recuou num ritmomenor, de 3,7%.

“Os adultos seguram umpouco mais a reposição dasroupas em tempos de crise, oque não acontece com ascrianças. Elas perdem as pe-ças de um ano para outro, se-ja pelo maior desgaste ou porficarem pequenas demais pe-la rápida fase de crescimento,principalmente dos bebês”,explica o diretor do IEMI,Marcelo Prado.

Apostando neste nicho, aparanaense Comfy focou suaprodução no nicho para be-bês de macacões e bodys semzíper, botão e velcros. “Re a l -mente o mercado infantil sedestaca frente aos demais.Como as fases dos bebês pas-sam muito rapidamente, ospais não abrem mão de com-prar novas roupas”, destaca odiretor comercial da Comfy,Wagner Rover. Segundo ele, aoperação da empresa come-çou no início deste ano, e aprodução está em mil peçasmensais, vendidas para cercade 100 clientes atacadistas noEspírito Santo, Paraná, Per-nambuco, Rio Grande do Sul,Rio de Janeiro e São Paulo.

“Até o final deste ano, pre-tendemos ampliar o númerode atacadistas para 200 e ototal de peças produzidas,para 2 mil”, conta Rover.

Dessa forma, afirma ele, aexpectativa é de que empresaencerre o ano com um fatu-

ramento mensal na faixa dosR$ 90 mil. Para 2018, a meta écrescer 60% e, em 2019, mais30%. “Nossos esforços no anoque vem serão direcionados aoconsumidor final, seja pelo co-mércio eletrônico ou por meiode market place”, acrescentou.

M e rc a d oA importância do mercadokids se observa pela represen-tatividade para a indústria. Opresidente executivo da Asso-ciação Brasileira da IndústriaTêxtil e de Confecção (Abit),Fernando Pimentel, diz que dototal de 6 bilhões de peçasconsumidas no mercado do-méstico, cerca de 1,5 bilhãosão infantis e bebê.

“É um mercado muito im-portante e que não sofre com aconcorrência do importado”,explica o dirigente.

Do total das roupas destina-das a este segmento, apenas 80milhões são originárias do ex-terior, dentro do consumoaparente nacional. Ou seja, afatia dos importados no con-sumo aparente é de 5,3%.

Para este ano, Pimentel pro-jeta que a produção cresça 5%,com o consumo aparenteavance 7%. Estes números in-cluem tanto as roupas do seg-mento infantil quanto adulto.“Em geral, o segmento kidsacompanha a evolução dom e rc a d o”, afirma.

Ele observa, porém, que du-

rante o pior momento da criseeconômica, a performance in-fantil foi menos prejudicada,pois os “filhos acabam sendoprivilegiados e tendo preferên-c i a” nas compras de roupas.

De acordo com a Abit, a pro-dução deste segmento repre-senta cerca de 20% do volumeda indústria nacional.

Nem mesmo com a crise, oconsumo aparente medido pe-lo faturamento da indústria lo-cal deixou de crescer: de R$19,688 bilhões, em 2014, paraR$ 20,872 bilhões, em 2015 eR$ 22,001 bilhões em 2016.

O crescimento das vendasao público infantil avançamesmo diante da redução dataxa de natalidade da popula-ção brasileira. Com os paistendo menos filhos, a tendên-cia é de que os gastos per captacresçam. “Aliado a isso, o mixde produtos aumentou nos úl-timos anos, puxado pelos ga-nhos de renda da população.”

AdultoApesar de seguir em baixa, atendência, segundo Prado, daIEMI, é de que o mercadoadulto cresça num ritmo leve-mente superior ao infantil.“Como o mercado para crian-ças e bebês ficou mais estávelnos últimos anos, ele não con-ta com uma demanda tão re-primida como a dos adultos,que deixaram de ir às comprasnos últimos tempos”, diz.

ENERGIA ELÉTRICA

Aumento nas contas de luz commudança de regime de hidrelétricasnão considerou proposta do governo

MME apontafalha da Aneelem modelagem

� O ministro de Minas e Ener-gia, Fernando Coelho Filho,disse nesta terça-feira (26) queo estudo da Agência Nacionalde Energia Elétrica (Aneel) quepreviu um aumento de até16,7% nas contas de luz com amudança de regime das usinashidrelétricas não consideroutoda a modelagem propostapelo governo.

Pela chamada descotiza-ção, essas usinas poderãodeixar o regime de cotas - cu-jo preço da eletricidade estátravado em um patamar bai-xo - para vender essa energiaa preços de mercado, me-diante o pagamento de umbônus ao Tesouro Nacional.

"Quem conhece o setorelétrico sabe que essa energiaparece barata, mas vemacompanhada de necessida-des de aporte à Conta de De-senvolvimento Energético(CDE), que também é banca-da pelos consumidores", afir-mou. "Esperamos que partedos recursos dos bônus queserão pagos possam ser usa-dos para abater esse custo daCDE", completou, em au-diência conjunta das comis-sões de Infraestrutura (CI) ede Assuntos Econômicos(CAE) do Senado.

CemigO diretor-geral da AgênciaNacional de Energia Elétrica(Aneel), Romeu Rufino, disseque, até o momento, não foiinformado sobre nenhumacordo entre o governo e aCemig para retirar a usina deMiranda do leilão marcado

Ontem pela manhã, o presi-dente da companhia, BernardoAlvarenga, esteve no SupremoTribunal Federal (STF) para sereunir com o ministro DiasToffoli e apresentar a proposta.À tarde, ele teve reunião na Ad-vocacia-Geral da União (AGU).Embora o executivo tenha ditoque não quer suspender o lei-lão, o vice-presidente da Câ-mara, deputado Fabio Rama-lho (PMDB-MG), defende asuspensão da licitação até queo acordo seja fechado. O gover-no prevê levantar R$ 11 bilhõescom as outorgas das Cemig./Agências

Agência aprova reajuste de tarifa

ELE TRICIDADE

� A Agência Nacional de Ener-gia Elétrica (Aneel) aprovounesta terça-feira (26) reajustemédio de 21,6% nas tarifas daCeal. Para consumidores co-nectados à alta tensão, comoindústrias, o aumento será de23,36%, e para a baixa tensão,como residências, a alta seráde 20,76%. As novas tarifas vi-goram a partir do próximo dia28 de setembro.

A Companhia Energéticade Alagoas (Ceal) atende a 1,1milhão de unidades consu-midoras em Alagoas. A em-presa pertencia à Eletrobras,que optou por não renovar aconcessão de suas distribui-doras. Apesar disso, a Eletro-bras continua a administraras concessionárias até quesejam privatizadas.

O reajuste aprovado é ele-vado porque os indicadoresde custos operacionais e per-

das não-técnicas (gatos) daempresa foram flexibilizados.Para o governo, essa é a únicaforma de reequilibrar os custosda concessionária e atrair in-vestidores para a privatização.

LeilõesNa licitação da distribuidora,vencerá o investidor que ofere-cer o maior desconto sobre es-se aumento tarifário de21,60%. O leilão deveria ocor-rer até 31 de dezembro desteano, mas pode ficar para o pri-meiro trimestre de 2018.

No lugar de bônus de outor-ga, o critério do leilão das dis-tribuidoras será a menor tarifa.A decisão foi tomada porque

essas empresas não têm valorde mercado e não renderiamrecursos para o Tesouro Nacio-nal em razão de anos de máadministração, custos elevadose baixa eficiência.

A expectativa é que o mode-lo das licitações fique prontoem alguns dias. /Agências

GOVERNO PREVÊL E VA N TA R

R$ 11 BI COMAS OUTORGAS

para esta quarta-feira. "Nãonos foi comunicado nada dis-so", afirmou. "Para nós, o lei-lão continua marcado paraamanhã [hoje] com todos oslotes previstos", acrescentou,em referência às hidrelétricasde Jaguara, São Simão, Miran-da e Volta Grande.

Se o governo fechar umacordo com a Cemig paramanter a usina de Miranda sobo controle da companhia, aAneel teria que fazer modifica-ções no edital.

Além da retirada da hidrelé-trica, a Cemig propôs pagar aoutorga da usina no dia 15 dedezembro, ou seja, fora da dataprevista no edital, que era dia30 de novembro.

Concorrência GESUP. F n° 1.003/2017Indústrias Nucleares do Brasil S.A. torna pública a HOMOLOGAÇÃO da licitação supracitada, cujo objeto é a prestação de serviços de comunicação, assessoria de imprensa e gestão de crise, para a empresa LGA COMUNICAÇÃO LTDA.

JACKSON RODRIGO MEIRELESCOMISSÃO DE LICITAÇÃO

INDÚSTRIAS NUCLEARES DO BRASIL S/A

RESULTADO DE JULGAMENTO

MINISTÉRIO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA,

INOVAÇÕES E COMUNICAÇÕES