Post on 08-Feb-2016
DISCIPLINA: PRIMEIROS SOCORROSProfessora: Alzedir carvalho de Souza
ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS
Conceito:Animais peçonhentos são aqueles que possuem glândulas de veneno que se comunicam com dentes ocos, ferrões por onde o veneno passa, por exemplo: serpentes, aranhas e arraias.
ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS NO BRASIL
Acidente provocados por:
Escorpiões - 45.721 Serpentes – 22.763 Aranhas – 18.687 Lagartas – 3.387
Estados com maior índice de acidentes com escorpiões (Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Paraná e Pará),
Acidentes com esses animais foram responsáveis por 309 mortes no Brasil, em 2009.
ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS
O Ministério da Saúde, com base em uma análise de dados, encontrou, em 2003, 68.219 notificações contra 90.558 em 2009.
(fonte: Estado de São Paulo)
Classificação: Ofídios ( serpentes – cobras)OBS: Para sabermos se uma cobra e venenosa
três características são fundamentais: 1º presença da fasseta loreal; 2º presença do chocalho no final da calda e 3º presença de anéis coloridos. (vermelho, preto, branco ou amarelo)
Tipos: Brothrops – jararacas, urutu, jararacuçu; Crotalus – cascavel; Micrurus – coral; Lachesis – surucucu.
COBRA JARARACA
COBRA JARARACUÇU
COBRA URUTU
SERPENTES DO GÊNERO BROTHROPS
São responsáveis por 90% dos acidentes ofídicos no país e por 70% dos casos no Paraná.
São cobras agressivas e seu veneno tem ação proteolítica(inflamatória aguda), coagulante e hemorrágica.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Locais Edema, dor ( proporcional ao edema)
Sistêmica ( gerais) Náuseas, vômitos, sudorese, hipotermia,
hipotensão arterial, choque, hemorragia a distância (sangramento gengival, digestório, hematúria) e insuficiência renal.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A GRAVIDADE
Caso leve: manifestação local leve ou ausente;
Caso moderado: o edema não serestringe ao local da picada, mas ainda não compromete o membro;
Caso grave: edema de rápida progressão para todo o membro, hemorragias graves, distúrbios cardiovasculares e insuficiência renal.
OBS: O paciente com quadro grave não tratado, logo evolui para óbito.
GÊNERO CROTALUS – COBRA CASCAVEL
Possui chocalhos e fosseta loreal. Seu veneno pode levar a bloqueio neuromuscular levando a paralisias motoras e respiratórias.
São menos agressivas que a jararaca, são responsáveis por 11% dos acidentes ofídios do estado do Paraná.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Locais – Marcas de presas edema, formigamentos discreto e pouca dor;
Sistêmicos – mal-estar geral, cefaléia, náuseas, vômitos, prostração, sonolência, visão turva, dificuldade para deglutir, mialgias e urina escura.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A GRAVIDADE
Caso leve – sinais e sintomas neurotóxicos discretos.
Caso moderado – manifestações neurotóxicas mais intensa, dor muscular discreta, urina pode ou não estar alterada.
Caso grave – Quadro neurológico igual ao moderado,, dor muscular intensa, alteração na cor da urina e insuficiência renal.
COBRA CASCAVEL
GÊNERO MICRURUS - COBRA CORAL
Cobras corais, animais peçonhentos que não possuem fasseta loreal. Seu veneno e inoculado através dos dentes pequenos e fixos.
Manifestações sistêmicas são graves – vômitos, salivação, sonolência, perda do equilíbrio, fraqueza muscular, paralisia flácida e insuficiência respiratória aguda. ( todos os casos pode ser considerado graves).
OBS: Não há manifestações locais significativas.
COBRA CORAL
GÊNERO LACHESIS – COBRA SURUCUCU
É a surucucu, o maior dos ofídios venenosos do país. A espécie encontrada com maior freqüência é a Lachesis Pico de jaca, que pode alcançar 3 metros ou mais de comprimento
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Hemorragia, inchaço no local da picada,
diarréia.
Cobra pico de jaca
MEDIDAS GERAIS NO ATENDIMENTO DE ACIDENTES OFÍDICOS Lavar o local da picada com água e sabão;
não colocar substâncias sobre a ferida nem fazer curativos;
Não fazer torniquetes e nem colocar outros produtos sobre a lesão;
Tranquilizar a vítima e mantê-la em repouso; Imobilizar o membro afetado; Transportar a vítima para hospital e se
possível levar o animal mesmo morto.
OBS: O único tratamento específico é a administração do soro via endovenoso, em dose única.
FATORES RELACIONADOS À SERPENTE
Tamanho – quanto maior mais grave; Idade – quanto mais jovem, monos veneno; Espécie – algumas espécies são mais
venenosas que outras. Tempo entre a picada e o tratamento –
quanto maior o tempo, pior o prognóstico; Peso e idade do paciente – Acidentes com
crianças são mais graves e de pior prognóstico.
Região anatômicas - picadas em dedos, cabeça e pescoço, geriões centrais do corpo são geralmente maior gravidade.
MEDIDAS PREVENTIVAS
Use botas em locais de risco; Use luvas em atividades rurais; Não coloque a mão e ocos de árvores, tocas
e cupinzeiros; Não acampe próximo ma plantações ou
áreas sujas; Em pescaria, não deixe as portas do corro
abertas; Preserve os predadores ( gambás, gaviões e
outros animais silvestres).
ANIMAIS PEÇONHENTO - ARANHAS
Conceito: As aranhas são artrópodes que habitam praticamente todas as regiões da terra.
Classificação: Aranha marrom – são mais freqüentes no Brasil,
principalmente no Paraná, que corresponde a 90% dos casos no país.
Não são agressivas e só reagem quanto se sentem ameaçadas;
O maior incidente ocorre na primavera e no verão
Alimenta - se de pequenos insetos.
ANIMAIS PEÇONHENTOS
A aranha marrom provoca menos acidentes, sendo pouco agressiva. Na hora da picada a dor é fraca e despercebida, após 12 a 24 horas, dor local com inchaço, náuseas, mal estar geral, manchas, bolhas e até necrose local. Nos casos graves, a urina fica cor de coca-cola. Orienta-se procurar atendimento médico para avaliação.
Aranha marrom
TRATAMENTO
O tratamento é baseado na gravidade da lesão, por isso obedece os seguintes critérios;
Aspecto da lesão, local do corpo que sofreu a picada;
tempo de evolução entre o acidente e o atendimento; identificação da aranha, idade do paciente; presença de doenças associadas
Conduta no atendimento: Lavar a lesão; curativo local; compressas fias e soroterapia quando indicado.
FATORES DE MAIOR RISCO DE COMPLICAÇÃO Crianças e idosos;
Pessoas desnutridas;
Pessoas em tratamento quimioterápico;
Tempo entre o acidente e o atendimento
Quantidade de veneno inculado;
Local do corpo atingido. Como abdome e coxas.
ARANHA ARMADEIRA
A armadeira é muito agressiva, quando surpreendida coloca-se em posição de ataque, apoiando-se nas pernas traseiras, ergue as dianteiras e procura picar.
Sinais e sintomas: dor imediata, inchaço local, formigamento,
sudorese no local da picada. surgimento de vômitos, aumento da pressão
arterial, dificuldade respiratória, tremores.
TRATAMENTO
Deve-se combater a dor com analgésicos e observação rigorosa de sintomas.
OBS: Caso o acidente for grave há necessidade de internação hospitalar e soroterapia.
Aranha armadeira
ARANHA TARÂNTULA A tarântula (aranha que vive em gramados
ou jardins) pode provocar pequena dor local, podendo evoluir para necrose
Sinais e sintomas: Pequena dor local com possibilidade de
evoluir para necrose.
Tratamento: Utiliza-se analgésicos para tratamento da dor
e não há soroterapia específica, assim como para as caranguejeiras.
ARANHAS TARÂNTULAS
ARANHA VIÚVA NEGRA Conceito: é o nome que se dá em geral às
aranhas do gênero Latrodectus, de distribuição cosmopolita.
As fêmeas devoram os machos após a cópula;
Os acidentes com a aranha viúva negra são mais frequêntes na Bahia.
São encontradas geralmente em jardins, gramados, sob pedras, interior de residências, em frestas e em locais escuros.
SINAIS E SINTOMAS
Locais Dor tipo agulhada, sensação de quiemação.
Sistêmico Dor e contratura muscular em membros
inferiores e abdome, sudorese, hipertermia, tremor, taquicardia e hipertensão.
TRATAMENTO
Normalmente analgésicos e sedativos.
Viúva Negra
ARANHA CARANGUEJEIRA Características: são aranhas grandes, peluda,
agressiva e de hábitos noturno.
Encontrada em quintais, terrenos baldios e residências;
Ameaçadas esfrega suas patas posteriore no abdome e lança pelos com farpa em grande quantidade. Provocando irritação de pele e alergia.
Não há tratamento específico. Se necessário anti-histamínicos via oral.
ARANHA CARANGUEJEIRA
ARANHA CARANGUEJEIRA
ANIMAIS PEÇONHENTOS - ESCORPIÕES
Características: Pouco agressivos, picam com caldas e possui hábitos noturnos.
Encontra-se em pilhas de madeira, sob casca de árvores, tronco e residências.
Os Estados da Bahia, Minas Gerais e São Paulo são responsáveis por 96% de acidentes no país.
Belo horizonte – capital recordista dos acidentes escorpiônicos.
SINAIS E SINTOMAS Local Dor de intensidade variável, leve edema,
hiperemia e sudorese.
Sistêmicas Náuseas e vômitos, dor abdominal,
lagrimejamento, tosse, taquipnéia, sudorese, tremores, tremores, convulsão, pulso lento e hipotensão.
Obs: o local da picada muitas vezes não consegue ser detectada.
TRATAMENTO
Anestésico para combater a dor ou analgésicos.
Casos graves é indicado soro antiescorpiônico e medidas de suporte às condições vitais.
As complicações mais temidas são as arritmias cardíacas, choque ou edema pulmonar.
Em crianças, logo pode evoluir para óbito.
CUIDADOS / PREVENÇÃO
Manter limpos os locais próximo as residências;
Tomar cuidados no ato da limpeza dentro da casa;
Eliminar baratas, porque e o alimento preferido dos escorpiões.
ESCORPIÕES
ESCORPIÃO IMPERADOR
ACIDENTES COM ABELHAS, VESPAS E FORMIGAS Manifestações clínicas – classificadas em
reações tóxicas – ação do veneno.
Picadas , em geral acima de 500.
Em crianças poucas picadas pode levar a intoxidade sistêmica.
Quadro clínico: Prurido, rubor, e calor generalizado, hipotensão, dor de cabeça, náusea e vômito, dor abdominal. Caso grave choque e insuficiência respiratória.
TRATAMENTO
Ferrão – raspar suavemente a pele até retirá-lo, nunca ser puxado ou retirado com pinça;
Compressas frias, analgésicos, creme anti-histamínico;
Adrenalina.
ABELHAS
VESPA E FORMIGAS
FORMIGAS
LAGARTAS / TATURANAS São larvas de mariposas, possuem corpo
revestidos de espinhos urticantes. Conhecida também como larga de fogo.
Vivem agrupadas em tronco de árvores.
Sinais e sintomas: dor local em queimação seguida de vermelhidão e edema.
Sistêmicas: cefaléia, náuseas, podendo surgir manifestações de hemorragia.
Caso grave pode evoluir para insuficiência renal e morte.
TRATAMENTO
O soro específico ainda não está disponível.
O tratamento é suportivo e sintomático.
No local do contato com a lagarta deve-se aplicar compressas frias de solução fisiológica.
LAGARTA
ARRAIA Conceito: As arranhas são peixes peçonhentos
que habitam tanto na água doce quanto nas águas salgada. Possui um apêndice grande com um ou dois chicotes.
Manifestações clínicas: Dor intensa, que se estende para todo o membro, edema, podendo evoluir para necrose.
Tratamento: Lavar ferimento com água ou soro fisiológico abundante, compressas morna para neutralizar o veneno, bloqueio com anestésico, debridamento da lesão, retirado do ferrão e antibióticos.
ARRAIA
PICADA DE ARRAIA
ARRAIA
REFERÊNCIAS
OLIVEIRA, Beatiz F. Monteiro et al. Trauma – Atendimento Pré-hospitalar. 2ª ed. Ed. Atheneu, São Paulo, 2007.
Disponível emhttp://www.fiocruz.br/sinitox/escorpioes.htm. Acesso em: 19-08-2011.