Aula 1

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FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO

Profª Andrea RamosAdministradora de EmpresasPós graduada em Gestão de Pessoas

Origem da palavra Administração

De origem latim (ad, direção para, tendência e minister, comparativo de inferioridade; o sufixo ter, subordinação ou obediência, isto é, aquele que realiza uma função abaixo do comando de outrem, aquele que presta um serviço a outro) e significa subordinação e serviço.

A tarefa da administração consiste em interpretar os objetivos propostos pela organização e traduzi-los em ação empresarial por meio do planejamento, organização, direção e controle de todos os esforços realizados em todas as áreas e em todos os níveis da empresa a fim de atingir tais objetivos da melhor forma possível.

CONCEITOS DE ADMINISTRAÇÃO

É o processo de alcançar objetivos pelo trabalho com e por intermédio de pessoas e outros recursos organizacionais;

É o processo de planejar, organizar, liderar e controlar o trabalho dos membros da organização e utilizar todos os recursos organizacionais disponíveis para alcançar objetivos organizacionais definidos;

É o processo de planejar, organizar, liderar e controlar o uso de recursos para alcançar os objetivos e desempenho;

É o alcance de objetivos organizacionais de maneira eficaz e eficiente graças ao planejamento, a organização, a liderança e ao controle dos recursos organizacionais.

CONCEITOS DE ADMINISTRAÇÃO

PROCESSOS DA ADMINISTRAÇÃO

PROCESSOS DA ADMINISTRAÇÃO

HISTÓRIA DA TGA

Surgiu no século passado e possui ênfase em diversas fases que realçam aspectos importantes dentro da administração.

Ênfase nas tarefas, Escola da Administração científica;

Ênfase nas estruturas organizacionais, Teoria Clássica de Fayol, Teoria da Burocracia de Weber e Teoria Estruturalista.

Ênfase nas pessoas, Escola da Relações Humanas;

Ênfase na tecnologia, Sistema Gerencial, Sistema Técnico e Sistema social;

Ênfase no ambiente; Teoria da Contingência

Ênfase nas competências e competitividade

HISTÓRIA DA ADMINISTRAÇÃO

ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA

Recebeu este nome diante da tentativa de aplicação dos métodos da ciência aos problemas da administração, a fim de alcançar a elevada eficiência industrial.

Métodos de observação e mensuração

Início no começo do século XX pelo engenheiro Frederick W Taylor (1856 – 1915)

ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA

Estudo de tempos e movimentos

Produção em massa

Homo economicus

Princípios da produção em massa: padronização, racionalização de trabalho, ritmo.

CARACTERÍSTICAS DA ADM CIENTÍFICA

Pragmatismo: prática e aplicação do trabalho

Organização racional do trabalho

Divisão do trabalho e especialização do operário

Desenho de cargos e tarefas

Utilização dos princípios da administração

Incentivos salariais e prêmios de produção

Padronização

Abordagem perspectiva e normativa

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

São três abordagem relacionada com a estrutura organizacional

TEORIA CLÁSSICA – Fayol

TEORIA DA BUROCRACIA – Weber

TEORIA ESTRUTURALISTA

TEORIA CLÁSSICA

Enfatiza a estrutura organizacional e nasceu com Henri Fayol (1841 – 1925);

Defendia a visão anatômica da empresa em termos de organização formal, isto é, síntese dos diferentes orgãos que compõe a estrutura organizacional, suas relações e suas funções dentro do todo.

Funções básicas da empresa

1. Funções Técnicas

2. Funções Comerciais

3. Funções Financeiras

4. Funções contábeis

5. Funções Administrativas

6. Funções de Segurança

NÍVEIS HIERÁRQUICOS FUNÇÕES

CARACTERÍSTICA DA TEORIA CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO

Adoção dos princípios da administração como receituário para administrador;

Ênfase nos processos administrativos de planejar, organizar, dirigir e controlar;

Ênfase na organização formal da empresa;

Definição das funções básicas da empresa

TEORIA DA BUROCRACIA

Nasceu com Max Weber (1864 – 1920), sociólogo alemão considerado o fundador da Teoria da Burocracia

TEORIA DA BUROCRACIA

O tipo ideal da burocracia apresenta sete dimensões principais, segundo Weber:1.Formalização

2. Divisão de trabalho

3. Princípio da Hierarquia

4.Impessoalidade

5. Competência técnica

6. Separação entre propriedade e administração

7. Profissionalização do funcionário

Disfunções Burocráticas

Despersonalização do relacionamento entre os participantes: os ocupantes de cargos se tratam como tal e não como pessoas;

Internalização das diretrizes: as normas e os regulamentos elaborados para atingir os objetivos passam a ser absolutos e adquirem valor próprio;

Uso da categoria como técnica do processo decisório: a tomada de decisão passa a ser prerrogativa do funcionário cuja hierarquia é mais elevada independente do seu conhecimento sobre o que está sendo decidido;

Excesso de formalismo e papelório: tendência a documentar e formalizar todos os processos e comunicações;

Disfunções Burocráticas

Exibição de sinais de autoridade: enfatizar forrtemente a sua hierarquia;

Superconformidade em relação às regras e aos regulamentos da organização: o funcionário passa a ter total devoção as regras e regulamentos;

Propensão dos participantes a se defenderem de pressões externas: o funcionário recebe a pressão externa como ameaça à função que ocupa na organização e a sua função;

Resistência a mudanças: as mudanças representam ameaças tanto a função quanto a estabilidade na organização.

Características da Teoria da Burocracia

Divisão de trabalho organizacional em hierarquias de autoridade;

Formalização da comunicação através de papéis e documentos;

Adoção de normas legais;

Impessoalidade no relacionamento entre pessoas;

Adoção de rotinas e procedimentos para substituir decisões individuais;

Meritocracia e competência técnica;

Profissionalização das pessoas;

Separação entre gerência r propriedade

TEORIA ESTRUTURALISTA

Desenvolvida a partir dos estudos sobre as limitações e rigidez do modelo burocrático.

Abordagem múltipla e compreensiva na análise das organizações, focalizando-as como complexos de estruturas formais e informais.

Características da Teoria Estruturalista

Adoção dos princípios da teoria clássica e da teoria das relações humanas;

Conceito de estrutura e fundamentação no estruturalismo;

Aceitação da organização formal e informal;

Adoção de tipologias para estudar os diferentes tipos de organizações;

Foco na análise organizacional e na análise interorganizacional.

Escola das Relações Humanas

A primeira escola com abordagem humanística.

Teve como precursores Elton Mayo (1880 – 1949) e Kurt Lewin (1890 – 1947).

Disposta a democratizar e humanizar a administração das empresas e fortalecer e reforçar seus pontos de vista, a Escola das Relações Humanas negou ou omitiu todos os conceitos desenvolvidos pela Teoria Clássica, para substituir por outros conceitos desenvolvidos a partir da Psicologia e Sociologia Industrial, tais como organização informal, motivação, comunicação, liderança, incentivos sociais, dinâmica de grupo, etc. .

Escola das Relações Humanas

Da engenharia para Psicologia

Para a teoria clássica o administrado é voltado para aspectos lógicos da organização;

Cede lugar para abordagem humanística voltado para aspectos psicológicos.

Experiência de Hawthorne (1927 – 1932) mensurar os efeitos da iluminação sobre a produção.

Principais contribuições da Teoria das Relações Humanas à TGA:

Esforços pioneiros rumo a humanização das empresas;

Foco nas organizações informais;

Foco nos grupos sociais, nas comunicações, motivação, liderança , abordagem participativa e sobretudo na preocupação com a satisfação do colaborador.

Característica da Escola das Relações Humanas

Ênfase na psicologia para o estudo das organizações;

Substituição da abordagem clássica (ênfase nas tarefas e na estrutura) pela abordagem humanística (ênfase nas pessoas);

Adoção de conceitos humanísticos, como: grupo social, dinâmica de grupo, motivação, comunicação, liderança etc. em substituição aos conceitos até então utilizados;

Foco na organização informal e nos grupos sociais.

TEORIA COMPORTAMENTAL

Surgiu com o livro de Herbert A. Simon publicado em 1947 ( O comportamento administrativo) no qual o autor desenvolve uma teoria das decisões.

Conhecida como a segunda teoria humanística – A Teoria Comportamental ou Escola do Comportamento Organizacional

Maior atenção as decisões definindo seus comportamentos diante de situações que se deparam;

Focando nos aspectos comportamentais;

Desenvolvimento Organizacional – (DO) – voltado para estratégia de mudança organizacional planejada por meio de modelos de diagnósticos, intervenções e mudanças, que envolvem modificações estruturais e comportamentais a fim de melhorar a eficiência e eficácia das empresas

Característica da Teoria Comportamental

Ênfase no comportamento organizacional, isto é, na dinâmica e não na estrutura;

Foco nos processos decisório;

Ênfase em aspectos comportamentais como motivação, liderança, comunicação, equipes;

Adoção de técnicas comportamentais.

Ênfase na Tecnologia – Teoria Contingencial

É a fase em que administrar significa lidar com a tecnologia, para extrair dela a máxima eficiência possível.

Tipos de Sistemas – sistema sociotécnico

A teoria contingencial

Preocupação com a tecnologia e com o ambiente definindo uma abordagem mais ampla a respeito do desenho organizacional – meio mais recente de visualizar o formato e estrutura organizacional e seu funcionamento.

Não existe uma única “melhor maneira” (the best way) de organizar a empresa

Ênfase no Ambiente

É a fase em que administrar significa, sobretudo, lidar com as demandas do ambiente e obter o máximo de eficácia da empresa.

Surgiu com o aparecimento da Teoria da Contingência

Necessidade de estudar as variáveis externas, situadas fora dos limites da empresa e responsáveis por influenciar profundamente seus aspectos estruturais e comportamentais.

Variáveis de uma organização

Compõem os ambientes internos e externos a variáveis:

Clientes;

Consumidores;

Fornecedores;

Concorrentes;

Políticas;

Geográfica.

Características da Teoria da Contingência

Ênfase no ambiente como o determinante das características organizacionais;

Foco no ajustamento e na adaptabilidade da organização ao seu entorno;

Abordagem da adequação: a organização cmo variável dependente das variáveis ambientais;

Crítica às organizações mecanicistas e tradicionais;

Relativismo organizacional: não há nada rígido em administração, tudo é contingencial.

Ênfase nas competências e na competitividade

As empresas deixam de ser vistas como conjuntos integrados de recursos para serem consideradas detentoras de competências sempre atualizadas, articuladas e prontas para serem aplicadas em qualquer oportunidade, tão logo ela surja, antes que os concorrentes o façam.

ÊNFASE TEORIAS ADMINISTRATIVAS PRINCIPAIS ENFOQUES

Nas tarefas Administração Científica Racionalização do trabalho no nível operacional

Na estrutura Teoria Clássica Organização formal

Na estrutura Teoria Neoclássica Principios gerais da administração, funções do administrador

Na estrutura Teoria da Burocracia Organização formal burocrática, racionalidade organizacional

Na estrutura Teoria EstruturalistaMútipla abordagem: organização formale

informal, análise intra-organizacional e interorganizacional

Nas pessoas Teoria das Relações Humanas Organização informal, motivação, liderança, comunicações e dinâmica de grupo

Nas pessoas Teoria do comportamento organizacional

Estilo de administração, teoria das decisões, integração dos objetivos organizacionais e

individuais

Nas pessoas Teoria do desenvolvimento organizacional

Mudança organizacional planejada, abordagem de sistema aberto

No ambiente Teoria Estruturalista Análise intraorganizacional e ambiental

No ambiente Teoria da Contingência Análise ambiental, abordagem do sistema aberto

Na tecnologia Teoria da Contingência Administração da tecnologia

Na competitividade Novas abordagens na Administração

Caos e complexidade, aprendizagem organizacional, capital intelectual.