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TANISE DORNELLES VETTER
ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA JUNTO A EQUIPE DE JUDÔ UNI SUL/ACREF NO PERÍODO DE MARÇO A OUTUBRO DE 2006
Tubarão, 2006
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TANISE DORNELLES VETTER
ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA JUNTO A EQUIPE DE JUDÔ UNI SUL/ACREF NO PERÍODO DE MARÇO A OUTUBRO DE 2006
Monografia apresentada ao Curso de Fisioterapia, como requisito para obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia. Universidade do Sul de Santa Catarina
Orientador Prof º. Esp. Júlio César de Oliveira Araújo
Tubarão, 2006
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DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho às pessoas mais
importantes da minha vida: meus pais, Ivan e
Tânia e meu irmão Guilherme. Nada seria sem
a presença e orações de vocês. Obrigada pelo
apoio, força e amor dedicados a mim. Amo
muito vocês!
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AGRADECIMENTOS
Ao concluir este trabalho, não poderia deixar de agradecer a algumas pessoas que
tiveram participação neste.
Agradeço primeiramente ao meu bom Deus por me guiar sempre. E por ter me
concedido saúde, paciência e forças nesta jornada.
Aos meus Pais, Ivan e Tânia, pela oportunidade de terem me concedido a
conclusão desta profissão tão abençoada. Por me darem encorajamento a lutar sempre e
principalmente por me amarem.
Ao meu querido irmão Guilherme, que mesmo longe, esteve sempre presente,
apoiando e desejando o meu melhor.
Aos meus familiares por acreditarem na minha capacidade e por sempre
transmitirem forças.
Às minhas amigas Cris, Mari e Sil, por compartilharem muitas conversas,
desabafos, risadas, por me ajudarem sempre que precisei. Obrigada também pela ajuda e
colaboração nos meus estudos.
Ao meu miguétz Anderson Esser por ter me auxiliado no trabalho e principalmente
ter me feito sorrir em vários momentos.
Ao Professor Júlio que me acolheu no momento em que pensei estar sozinha, por
ter me concedido a oportunidade de conhecer sobre o judô e atuar com a equipe.
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Aos judocas que aceitaram fazer parte do meu estudo.
E por fim a todos que não me referi nominalmente, mas que tenham a certeza de
que estão em meu coração e que reconheço suas contribuições.
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RESUMO
O esporte vem buscando cada vez mais seu espaço e mostrando seu valor. A dedicação dos atletas requer uma exigência importante de seus corpos para poder atender às várias expectativas. O judô, em especial, está elevando o seu número de praticantes e competidores tanto a nível nacional quanto internacional, e os problemas relacionados ás lesões que afetam os atletas desta prática esportiva, levaram-me a execução deste trabalho, visto que no judô ocorrem muitas quedas, pegadas, rolamentos, etc. A Fisioterapia tem um papel muito importante junto aos atletas, visto que é de grande importância na parte preventiva, bem como na curativa, destacado este último em meu trabalho. Este estudo teve como objetivo descrever a atuação da fisioterapia em uma equipe de judô Unisul/ACREF Campus Tubarão S/C. Realizou-se um estudo descritivo com 8 atletas competidores da equipe e filiados a Federação Catarinense de Judô. Foi utilizado questionário para a obtenção de dados pessoais, dados de acordo com a prática do esporte e histórico das cinco lesões mais graves em toda a carreira do atleta. A maior parte da amostra relatou que treinam 5 vezes ou mais por semana, durante 9 horas ou mais, e em pré-competições diminuem apenas a intensidade dos treinos. Alguns atletas perdem peso para competir em categorias. O maior local de incidência das lesões foi o joelho, seguido do tornozelo, e o diagnóstico de maior incidência foi entorse, seguido de luxação. A maioria das lesões ocorreram durante os treinos. A fisioterapia é o tratamento mais utilizado pelos atletas, e estes retornam igual ao esporte após a lesão. Sendo assim, a atuação da fisioterapia mostra-se de grande importância juntamente à prática esportiva. Palavras-chaves: judô, fisioterapia, lesões.
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ABSTRACT
The sport has been searching for its space each time more and showing its value. The dedication of all athletes requires an important exigency of their bodies to be able to attend to many expectatives. Judo, specially, is increasing its number of apprentices and competitors as in national level as in international level, and the problems that are relationed to lesions that affect this sporting practice, made me to execute this study, and it’s seen that in judo there are many falls, catches, rollment, etc. Physiotherapy has an important function together athletes, it’s seen that it’s so important in preventive part, as well as in curative one, emphasizing that the last one in my study. This study had as objective to describe the action of physiotherapy in a group of judo Unisul/ACREF Campus Tubarão / SC. It was realized one descritive study with 8 competitors athletes of group and that were linked to Catarinese Federation of Judo. It was used a questionary to obtain personal dates, dates in accord with practice of the sport and history about five most serious in all their career. The most part of the sample reported that train 5 times or more per week, during 9 hours or more, and in pre-competitions they reduce only the intensity of trainings. Some athletes lose weight to compete in categories. The main local of incidence of lesions was knee, followed by ankle, and the most incident diagnostic was sprain, followed by dislocation. The most part of lesions occurred during trainings. Physiotherapy is the most used treatment by athletes, and these equally come back to sport after the lesion. In this way, the action of physiotherapy shows its importance together sporting practice. Key-words: judo, physiotherapy, lesions.
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LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1: Treino habitual por semana (vezes).........................................................................
Gráfico 2: Treino habitual por horas semanais.........................................................................
Gráfico 3: Treino pré-competição por semana (vezes)............................................................
Gráfico 4: Treino pré-competição por horas (pré-semana)....................................................
Gráfico 5: Atletas que perdem peso para competir na sua categoria......................................
Gráfico 6: Quilos perdido pré-competição............................................................................
Gráfico 7: Idade na época da lesão........................................................................................
Gráfico 8: Local da lesão.....................................................................................................
Gráfico 9: Ocorrência de lesões em treino ou competição......................................................
Gráfico 10: Diagnóstico das lesões.........................................................................................
Gráfico 11: Tratamento das lesões.............................................................................................
Gráfico 12: Retorno ao esporte.................................................................................................
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................12
2 FISIOTERAPIA NA EQUIPE DE JUDÔ ..........................................................................15
2.1 Judô.....................................................................................................................................15
2.1.1 Objetivos do Judô.............................................................................................................16
2.1.2 Benefícios do Judô...........................................................................................................17
2.1.3 Biomecânica.....................................................................................................................18
2.1.4 Habilidades.......................................................................................................................19
2.1.5 Lesões...............................................................................................................................20
2.2 Fisioterapia.........................................................................................................................21
2.2.1 Recursos da Fisioterapia...................................................................................................22
2.2.2 Efeitos do Calor................................................................................................................23
2.2.3 Hidroterapia......................................................................................................................23
2.2.4 Turbilhão..........................................................................................................................24
2.2.5 Laser 904 nm....................................................................................................................25
2.2.6 Ondas Curtas....................................................................................................................25
2.2.7 Microondas.......................................................................................................................26
11
2.2.8 Ultra-Som.........................................................................................................................26
2.2.9 Efeitos do Frio..................................................................................................................27
2.2.10 Crioterapia......................................................................................................................27
2.2.11 Cinesioterapia.................................................................................................................28
2.3 Nutrição Esportiva............................................................................................................32
3 DELINEAMENTO DA PESQUISA. ..................................................................................33
3.1 Tipo de pesquisa................................................................................................................33
3.1.1 Quanto ao nível................................................................................................................34
3.1.2 Quanto á abordagem........................................................................................................34
3.1.3 Quanto aos procedimentos...............................................................................................35
3.2 Amostra População...........................................................................................................35
3.3 Instrumentos utilizados na coleta de dados....................................................................35
3.4 Procedimentos utilizados para coleta de dados..............................................................36
3.5 Tratamento estatístico dos dados.....................................................................................37
4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS...........................................................................38
.
4.1 Caracterização da amostra...............................................................................................38
4.2 Atuação da Fisioterapia junto à equipe durante as competições..................................38
4.3 Atuação da Fisioterapia junto à equipe fora das competições......................................40
4.4 Análise das lesões...............................................................................................................42
4.4.1 Treino habitual por vezes durante a semana.....................................................................43
4.4.2 Treino habitual por horas durante a semana.....................................................................44
4.4.3 Treino pré-competição por vezes.....................................................................................44
12
4.4.4 Treino pré-competição por horas......................................................................................45
4.4.5 Atletas que perdem peso em pré-competição...................................................................46
4.4.6 Quilos perdidos em pré-competição.................................................................................47
4.4.7 Local de maior incidência de lesões.................................................................................48
4.4.8 Lesões ocorridas em treinos ou competições...................................................................50
4.4.9 Diagnóstico das lesões......................................................................................................51
4.4.10 Tratamento das lesões.....................................................................................................52
4.4.11 Retorno ao esporte..........................................................................................................53
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................................55
REFERÊNCIAS......................................................................................................................56
APÊNDICE ..............................................................................................................................61
APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO .......................................................................................62
.
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1 INTRODUÇÃO
O desempenho esportivo depende de potenciais, psicológicos, físicos, nutricionais,
táticos e técnicos. Para que se atinja um desempenho de nível alto, é necessário que o atleta
tenha um planejamento de treinamento minucioso e que siga corretamente as normas de saúde
para um bom condicionamento físico, que permitam ao atleta a realização das tarefas durante
os treinamentos e competições com maior eficiência.
O judô é um desporto de luta, com fins educacionais, criado no Japão em 1882 por
Jigoro Kano, conhecedor das artes marciais e grande estudioso. No Brasil, a tradição deste
esporte veio através dos imigrantes professores japoneses no início do século. Inicialmente foi
praticado pelos descendentes de japoneses que vieram para o país e difundidos rapidamente
entre os brasileiros. Hoje o esporte vem crescendo em nível mundial, com elevado número de
praticantes.
Segundo Franchini (apud WEERS 2001) as lutas são caracterizadas por
movimentos inesperados, rápidos, repetitivos e de alta intensidade de esforço, submetendo a
uma alta sobrecarga nas estruturas. Estes fatores, juntamente ao grande número de
competições e intensidade dos treinamentos, fazem com que aumente o número de lesões
músculo-esquelético, sobretudo as regiões mais afetadas são joelho, ombro e dedos.
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Este esporte, na maioria das vezes é iniciado muito cedo e sendo praticado pelo
atleta durante muitos anos.
De acordo com Carazzato (1996) o judô é uma arte marcial que não é permitido
técnicas de chutar e socar, portanto, caracteriza-se a força como de extrema importância. Este
esporte aceita atletas altos, baixos, leves e pesados. Apesar dessa ampla variedade, o esporte
desenvolve características comuns tais como a agilidade, equilíbrio, explosão de membros
inferiores e força estática de membros superiores e inferiores, assim como capacidade
aeróbica e anaeróbica.
Para evitar as lesões é necessário que se tenha uma equipe multidisciplinar
composta por profissionais especializados.
O fisioterapeuta atua tanto na área preventiva quanto curativa. Nos treinamentos
são realizados exercícios cinesioterapêuticos que são indicados para alongar, fortalecer,
relaxar e reequilibrar a musculatura. A presença do fisioterapeuta é muito importante na
recuperação do atleta lesionado, para uma avaliação e recuperação correta, permitindo que os
atletas parem de treinar o mínimo de tempo possível. Nas competições atua realizando os
primeiros socorros, no posicionamento do atleta, nas bandagens, crioterapia, massoterapia e
eletroterapia, estes mesmos procedimentos são utilizados para o restabelecimento do atleta
lesionado.
Observa-se que as equipes de judô necessitam de um suporte de treinamento mais
detalhado e associado, para melhorar o desempenho de um movimento específico ou de um
conjunto de movimentos, usando recursos da fisioterapia para que os atletas tenham melhores
resultados nas competições e menor risco de lesão.
Soares (2003) relata que para o trabalho preventivo, é essencial um programa de
preparação física bem desenvolvida pelos profissionais que atuam com os atletas, associado ao
interesse de cada um. Este interesse sobre o trabalho preventivo e suas vantagens está em fase
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inicial, necessitando de maior conscientização dos profissionais e dos atletas em relação à
prevenção, não só para evitar lesões, mas para melhorar o desempenho do atleta no seu aspecto
geral.
Este estudo está voltado para a prevenção e tratamento das possíveis alterações e
lesões ocasionadas por este esporte, além de traçar o perfil dos atletas da Equipe de Judô da
Unisul – ACREF no município de Tubarão/SC no período de março a outubro de 2006.
O presente trabalho consta de 5 capítulos, estando assim distribuídos: o Capítulo 1 –
Introdução, Capítulo 2 – Revisão de Literatura, Capítulo 3 – Delimitação do tema, Capítulo 4 –
Análise e Interpretação dos Resultados e Capítulo 5 – Consideração final.
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2 FISIOTERAPIA NA EQUIPE DE JUDÔ
2.1 Judô
Segundo Campos (apud SUJIZAKI, 2005), a abertura dos portos japoneses em 1865
provocou intensas transformações do ponto de vista político-social, marcando a era “Meiji”,
quando foi abolido o sistema feudal, o uso de armas, com rejeição da cultura e das instituições
antiquadas, introduzindo-se os conhecimentos dos países ocidentais, ocorrendo acentuado
declínio das artes marciais, em completo desuso no país. Jigoro Kano, um jovem de físico
franzino, graduado em Filosofia pela Universidade Imperial de Tóquio, tendo o conhecimento
do Jujitsu, observou que suas técnicas poderiam ter valor educativo na preparação dos jovens,
no sentido de oferecer ao indivíduo oportunidade de aprimoramento do seu autodomínio para
superar a sua própria limitação. Assim, passou a ter como meta transformar, aquela tradicional
arte marcial num esporte que pudesse trazer benefícios para o homem, ao invés de utilizá-la
simplesmente como arma de defesa pessoal.
Segundo Campos (apud SUJIZAKI, 2005), com esse intuito, em 1882, Kano fundou
sua própria escola e, para distinguir as formas que identificavam o antigo Jujitsu, denominou
de Judô, que estava destinada à formação e preparação integral do homem através das
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atividades físicas de luta corporal e do aperfeiçoamento moral, sustentada pelos princípios
filosóficos e exaltação do caráter.
Segundo Carazzato et al (1996), a tradição deste esporte no Brasil, começou com a
imigração dos primeiros professores japoneses no início do século, desenvolvendo um trabalho
de ensino nos moldes do judô tradicional. Tendo sido praticado inicialmente pelos
descendentes de japoneses que vieram ao Brasil e rapidamente difundido entre os brasileiros.
Franchini (2001) afirma que apesar de ser uma arte marcial completa, o judô
também se pratica como desporto, sendo que entrou para o programa dos Jogos Olímpicos em
1964 na competição masculina e em 1992 na feminina. Os combates entre homens e mulheres
são realizados separadamente (apesar de muitas vezes treinarem juntos), e os atletas são
divididos por idade e categoria de peso, incluindo uma classe livre em que todos os pesos
podem participar.
Preux (apud AMORIN et al, 2001) relata que o judô apresenta uma forma particular
e muito específica de treinamento, pois geralmente não existe um trabalho diferenciado para os
atletas das várias faixas estarias que treinam esta modalidade e que a capacidade de um
indivíduo de responder ao treinamento físico começa a acentuar a partir da puberdade.
2.1.1 Objetivos do Judô
Segundo Franchini (PERROT et al, 1998), tendo como principal objetivo no judô
arremessar o adversário, torna-se evidente que o equilíbrio dinâmico é um aspecto
fundamental dessa modalidade. Assim, durante a aprendizagem do judô, os indivíduos passam
a formular estratégias para diminuir sua própria instabilidade e aumentar a instabilidade do
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oponente. Desse modo, é correto supor que atletas de judô teriam reações mais rápidas para a
retomada do equilíbrio em relação a indivíduos que não treinam esta modalidade.
Franchini (apud WEERS, 1997) afirma que um outro objetivo no judô é o controle
do espaço entre o adversário e o meio mais eficiente de controlar o adversário é dominando a
pegada. Normalmente, a técnica adotada é dominar a gola adversária primeiramente com a
mão contrária àquela com a qual o atleta deseja dominar o adversário. No entanto, muitos
atletas têm adotado uma postura contrária à postura adotada pelo adversário, isto é, se um
atleta faz a pegada de esquerda o outro faz a pegada de direta, de modo a impedir que o
domínio seja mais eficiente.
Durante os treinos é muito importante que o atleta entenda os movimentos e
aprenda a desenvolver estratégias para vencer a resistência do companheiro, que está se
movimentando e oferecendo resistência á sua frente.
2.1.2 Benefícios do Judô
De acordo com Ghorayeb (2004) a condição física é obtida pela prática do esporte
que exige esforço físico intenso, de forma ordenada e metódica para proporcionar um corpo
forte e saudável. Pois todas as funções tornam-se melhor adaptadas pela atividade que promove
aumento de força muscular geral, da coordenação, da resistência, do equilíbrio e agilidade.
Devido ao treinamento rigoroso, o indivíduo também tende a cuidar mais de sua saúde, na
prevenção de doenças e condicionamento a reagir reflexivamente para evitar acidentes.
Franchini (apud BEATON, 2001) afirma que a prática do judô é uma atividade
física completa que contribui para o desenvolvimento humano e proporciona melhor qualidade
de vida para os seus praticantes.
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As competições esportivas apresentam grandes exigências para o sistema nervoso do atleta, tanto no desenvolvimento de suas qualidades físicas e psíquicas como nos aspectos morais de sua personalidade. Muitas são as condições que interferem sobre a tensão dos estados psíquicos dos atletas durante as competições. O caráter, o conteúdo e as particularidades dos estados e vivências psíquicas se diferenciam a partir do grau de preparação e da experiência competitiva do atleta. (FRANCHINI, 2001, p.161).
Moraes (1997) relata que investigaram o motivo para a prática do judô em 877
mineiros (772 do sexo masculino e 105 do sexo feminino) com faixa etária de 11,1 +- 4,6 anos
(média + - desvio padrão). Os principais motivos para a prática foram o prazer da prática do
judô, manter-se em forma, melhorar o condicionamento físico, sentir-se mais autoconfiante e
aumentar o bem-estar corporal.
Segundo Alves et al (1999) a sua prática coloca em atividade os músculos, nervos
e intelecto, ativa todos os segmentos do corpo, com ações de todos os modos e em todas as
direções, estimula o equilíbrio entre o físico e o psíquico e favorece a aquisição de força e
flexibilidade.
2.1.3 Biomecânica
O corpo humano pode ser definido como um complexo sistema de segmentos
articulados em equilíbrio estático ou dinâmico, onde o movimento é ou pode ser produzido
por forças internas e externas que, atuando fora do eixo articular, provocam deslocamentos
angulares dos segmentos corporais, (FRANCHINI, 2001).
De acordo com Franchini (2001) o estudo da biomecânica aplicada ao Judô ou a
outro tipo de esporte, é fundamental ressaltar que ela é uma disciplina que se preocupa com
análises físicas do movimento do corpo humano e que esses movimentos são estudados por
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meio de leis e padrões mecânicos, levando-se em consideração a técnica de execução do
movimento preestabelecido e as características anatômicas do executante.
Para a aplicação de uma técnica há duas possibilidades, segundo Virgílio (1986): a) preparar o adversário para receber a técnica escolhida, puxando-o ou empurrando-o, de acordo com a direção em que se pretende projetá-lo, e b) aproveitar um desequilíbrio eventual para então aplicar a técnica mais conveniente e oportuna. Da mesma forma, Lasserre (1975) reforça que quando o adversário não se encontra em uma posição desequilibrada para que se possa aproveitar a atacá-lo, duas soluções se apresentam: esperar que a oportunidade apareça ou criá-la. Essa manobra mais ou menos sutil para levar o adversário a uma posição adequada e assim efetuar uma projeção chama-se tsukuri (preparação). (FRANCHINI, 2001, p. 97-99).
“Assim, independentemente da possibilidade a ser usada, as fases de aplicação de
uma técnica são: desequilíbrio (kuzushi), preparação (tsukuri) e execução (kake). (Franchini,
2001, pg. 97-98).”
“A principal meta do judô é desequilibrar o adversário sem perder o equilíbrio.
(Franchini, 2001, pg. 99).”
“No judô o desequilibrar consiste em fazer com que a projeção do centro de
gravidade do indivíduo ocorra fora dos limites geométricos de sua base de sustentação
(Franchini, 2001, pg. 99).”
2.1.4 Habilidades
Pela prática das técnicas do judô e pela incorporação dos princípios filosóficos
durante os treinamentos, o indivíduo se torna mentalmente, condicionado a proteger o seu
próprio corpo nas situações difíceis, para sua defesa quando ameaçado. Com o treinamento
adquiri autoconfiança e autocontrole pra adotar medidas e iniciativas em qualquer situação.
Os judocas encaram-se um ao outro na posição ereta, com seus corpos ligeiramente abaixados e com suas pernas parcialmente fletidas. Seus pés estão em ângulo reto entre si e afastados na largura dos ombros. São dados passos rápidos, rasteiros e com os pés totalmente apoiados com o peso corporal do atleta frequentemente posicionado mais próximo do pé anterior. (CARR, 1998, p.191).
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1. Agarrar, aterrissar, diminuir a velocidade e parar são todas as formas de movimentos de detenção. O movimento de detenção envolve as forças presentes em uma colisão, quando dois ou mais objetos se impactam. Os atletas precisam utilizar técnica correta em movimentos de detenção, sejam seus próprios corpos, um oponente ou o movimento de um objeto inanimado como uma bola de beisebol. 2. Para deter seu próprio movimento com segurança, os atletas aplicam uma força paralisante em seus corpos, sobre maior distância e período de tempo possíveis. Além disso, o impacto é espalhado sobre maior área possível. Dessa forma, a pressão aplicada em qualquer ponto do corpo do atleta é reduzida. Levar o braço para trás, ao agarrar, fletir as pernas e rolar ao voltar ao solo e usar, amortecedores de choque, tudo isso, gradualmente, dissipa as forças que ocorrem durante o impacto. O atleta pode, então, evitar lesões que ocorrem quando uma grande força é parada, de uma só vez, em uma pequena área e manter controle e equilíbrio quando ocorre impacto. (CARR, 1998, p. 193).
Força, agilidade, resistência e golpe são as essências para a prática do judô. Força
para superar alguns golpes, sendo ágil para dominar o oponente, com resistência para poder se
manter durante a luta, chegando assim aos golpes precisos que atacarão o adversário.
Habilidade e técnica são essenciais, ao invés do uso da força bruta. (TAKESHITA [196?]).
2.1.5 Lesões
Segundo Alves (2005), o judô é um esporte que tem seus movimentos gerados por
forças internas ou externas, e se atuarem fora do eixo articular, irá provocar deslocamentos
angulares dos segmentos do corpo. É um esporte que se desenvolve atividades em alta
intensidade de esforço, com movimentos repetitivos e períodos constantes de atividade e
repouso.
De acordo com Franchini (2001) algumas lesões são bastante comuns neste
esporte, tais como: punho e mão (interfalangianas devido à pegada no quimono); cotovelo
(quedas); ombro e cervical (inervações e não vértebras), em queda de cervical em C7 C8 C9 (é
feito um exame verbalmente, pois, não pode tocar o judoca no momento da luta), é comum
também luxação de gleno-umeral; lesões de coluna é comum lesão na altura da lombar L1 L2,
e estão presentes sintomas como: parestesia; joelho, rompimento de LCA, ligamento colateral,
menisco; tornozelo; dedos do tarso.
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Alves (apud VERKHOSHANSKI, 2001) afirma que durante a atividade esportiva,
os movimentos sempre terão uma fase de pose inicial, e sempre terminarão também numa
pose. Para que isso ocorra é necessário que o centro de gravidade esteja bem projetado, sendo
assim, as articulações deverão estar bem posicionada e fixadas para manter o equilíbrio e
resistir às forças externas.
Achour Júnior (1996 apud) relata que nos esportes, a região de incidência de lesões
e dor depende muito das solicitações mecânicas e fisiológicas. Em geral, os problemas de
lesão podem ser resultados de encurtamento muscular, de excesso de força, debilidade de
força, de músculos exageradamente alongados, da intensidade e volume do treinamento.
2.2 Fisioterapia
Struber (apud ROBALO; SILVA, 2005) diz que a prática da Fisioterapia
caracteriza-se hoje de forma diferente do que há 10 ou 20 anos atrás. Tem á sua disposição
novos conhecimentos, novos recursos, novas modalidades e metodologias de intervenção.
É uma ciência, cujo objetivo de estudo é o movimento humano, com o propósito de
preservar, manter, desenvolver ou restaurar a integridade de órgãos, sistema ou função.
Kitchen (1998) relata que para alcançar os fins e objetivos propostos, o
fisioterapeuta utiliza recursos físicos e naturais, de ação isolada ou conjunta com os
exercícios, o uso da água, do calor, do gelo, entre outros.
Para Silva et al (2005) a fisioterapia aplicada à área esportiva dedica-se não
somente ao tratamento do atleta lesado, mas, também, à adoção de medidas preventivas, a fim
de reduzir a ocorrência de lesões. O trabalho preventivo é desenvolvido e realizado de maneira
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eficaz, com base no levantamento dos fatores de risco das lesões referentes à modalidade da
área esportiva específica.
O aspecto preventivo no tratamento das lesões esportivas é de muita importância
para o bom desempenho.
2.2.1 Recursos da Fisioterapia
Robinson (2001) afirma que a eletricidade é uma das formas básicas de energia na
ciência da física e pode produzir efeitos significativos sobre os tecidos biológicos. Ele ainda
relata que os aparelhos eletroterapêuticos são usados para induzir correntes elétricas nos
tecidos corporais.
De acordo com Kitchen (1998) os fisioterapeutas tratam de lesões inflamatórias
agudas e crônicas, ferimentos abertos e fechados, e de problemas associados ao processo de
reparo, tais como edema e hematoma. Para a iniciação do processo de reparo é feito a
utilização do ultra-som, lasers e correntes estimuladoras.
O fisioterapeuta utiliza os agentes físicos para uma ampla variedade de distúrbios.
Segundo o mesmo autor citado acima, a eletroterapia é uma das habilitações fundamentais
deste profissional, embora também seja utilizada por outros.
Nelson (2003) afirma que foram relatadas melhoras em muitos problemas físicos
com o uso da energia elétrica. Entre esses, estão o edema de membros, reações inflamatórias,
lesões e feridas de cicatrização lenta, atrofia muscular, disfunções do movimento articular,
entre outros.
Kitchen (1998) relata que tanto o calor quanto o frio podem ser formas efetivas de
tratamento para uma série de distúrbios e problemas, tais como lesões musculoesqueléticas,
dor, e espasticidade.
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É necessário que o terapeuta conheça não apenas a patologia a ser tratada, mas
também o mecanismo pelos quais os recursos afetam os tecidos. Caso contrário o
fisioterapeuta não será capaz de escolher um procedimento seguro e efetivo.
2.2.2 Efeitos do calor
Segundo Kitchen (1998) quando a pele é aquecida, a superfície fica avermelhada
(eritema) e os cavos sanguíneos sofrem dilatação, o que leva a um aumento no fluxo
sanguíneo. É essencial uma boa irrigação sanguínea para a cura/cicatrização e, caso esteja
ocorrendo infecção, o aumento no número de leucócitos e de exsudato fluido ajudam na
destruição das bactérias.
De acordo com Kitchen (1998), os efeitos terapêuticos se aplicados localmente
são: alívio da dor, relaxamento muscular, promoção do fluxo sanguíneo, facilitação da
cicatrização dos tecidos e uma redução na rigidez articular.
2.2.3 Hidroterapia
De acordo com Garcia (apud SKINNER; THOMSON, 1985), a palavra
hidroterapia é de origem grega onde Hydor significa água e Therapia cura. Os métodos de
hidroterapia, hoje utilizados, apresentam grande reconhecimento, não apenas pelos bons
resultados obtidos na prática, mas principalmente pelas evidências científicas demonstradas.
Garcia (apud CAROMANO, 2002; DEGANI, 1998).
Para Caromano a hidroterapia é uma forma clássica de tratamento fisioterápico,
utilizada em grandes variedades de disfunções. Neste tipo de atividade, as propriedades físicas
25
da água aquecida promovem facilidade de movimentação e alívio das dores, além de permitir
o trabalho em grupo e tornar a terapia agradável.
Koury (2000) relata que muitos experimentam aumento do relaxamento,
diminuição do espasmo e dor musculares e um aumento da amplitude de movimento e força
durante as sessões de hidroterapia. Pacientes afirmam também que se sentem melhor após a
terapia na piscina e frequentemente observam melhora no desempenho das atividades.
Segundo Garcia (apud SKINNER; THOMSON, 1985), os efeitos fisiológicos da
água em torno de 35,0 ºC proporciona uma vasodilatação periférica, afetando diretamente a
tensão muscular. O calor da água na qual o paciente está imerso, ajuda a aliviar a dor, reduzir
o espasmo muscular e desta forma induz o relaxamento. O meio aquático numa temperatura
relativamente branda diminui a sensibilidade das terminações nervosas sensitivas, e à medida
que os músculos são aquecidos o seu tônus diminui.
De acordo com Garcia (apud BECKER, 2000), durante a imersão, os efeitos
predominantes são o relaxamento e o resultado que esta tem sobre a diminuição da percepção
da dor. As terminações nervosas cutâneas são estimuladas, incluindo os receptores de
temperatura, tato e pressão. Garcia (apud CAMPIO, 2000) afirma que outro fator importante
consiste no efeito da imersão sobre o sistema nervoso simpático, o qual deprime a produção
de noradrenalina, sendo esse efeito um dos responsáveis pelo bem-estar pós-hidroterapia.
2.2.4 Turbilhão
De acordo com Kitchen (1998) os banhos tipo turbilhão com a água em movimento
envolvem tanto a elevação da temperatura como o movimento da água. Comumente as
temperaturas situam-se entre 36 e 41 ºC. O tratamento nestas temperaturas resulta numa
elevação da temperatura subcutânea. Além disso, é possível que o movimento da água possa
26
estimular receptores situados na superfície da pele, dando origem a estímulos que atuam
através do “mecanismo portal” para controle da dor.
Sabendo que o uso deste recurso resulta em um aumento do edema, possivelmente
em decorrência do membro ficar numa posição pendente durante a imersão, foi cuidado para
não ser utilizado em lesões agudas, no qual aumentaria ainda mais o edema.
2.2.5 Laser 904nm.
Segundo Matera (apud RAMEY, 2000) a utilização do laser de baixa potência, a
fim de reduzir a dor e favorecer a cicatrização, tanto no homem como em animais, iniciou-se
no final da década de 1960. Atualmente, estes aparelhos são utilizados para tratar afecções
músculo-esqueléticas, dor e inflamação. No homem, o raio laser pode penetrar em um tecido
cerca de 0,5 a 2,5 cm, sendo que os comprimentos de ondas maiores atingem maior
profundidade.
2.2.6 Ondas Curtas
Rodrigues (1998) relata que o calor em excesso, se for usado terapeuticamente, faz
com que a temperatura dos tecidos se eleve perto do nível de tolerância; a elevação eficaz da
temperatura tecidual é mantida por um período de tempo relativamente longo, e a velocidade
de ascensão da temperatura tecidual é rápida. No tecido muscular os efeitos serão de:
relaxamento da musculatura, facilitação da transmissão nervosa, e através da vasodilatação,
promove a captação da toxina no trabalho muscular.
27
O mesmo autor ainda afirma que o calor superficial pode proporcionar, em
determinados casos, até mesmo um alívio de espasmo muscular, podendo, assim, beneficiar
subjetivamente o paciente sem modificar a patologia ao nível da raiz nervosa.
2.2.7 Microondas
Rodrigues (2000) diz que a diatermia por microondas é a irradiação dos tecidos
com as ondas de radiodifusão mais curtas. Os raios utilizados estão formados por ondas
eletromagnéticas, cujas longitudes de onda estão acima dos raios infravermelhos e as ondas
emitidas pelas ondas curtas. A dilatação das arteríolas e capilares decorrentes deste tipo de
calor produzem um aumento do fluxo sanguíneo na região tratada, sendo possível um maior
aporte de oxigênio e substâncias nutritivas e levando mais anticorpos e leucócitos. A dilatação
dos capilares aumenta a exsudação de líquido nos tecidos, seguido de maior absorção que,
junto com a elevação do fluxo sanguíneo desta região, aumenta a eliminação de produtos
indesejáveis no local de inflamação. Os efeitos das lesões traumáticas são similares aos
produzidos em uma inflamação. As lesões recentes devem ser tratadas com o mesmo cuidado
da inflamação aguda, pois o calor excessivo pode aumentar exsudação de líquido a partir de
vasos lesionados.
2.2.8 Ultra-som
De acordo com Araújo (2003) o ultra-som é uma importante forma de energia
capaz de produzir efeitos biológicos no organismo quando utilizado em potência maior que
100mW/cm², considerado o limite superior para os sistemas ultra-sônicos destinados ao
diagnóstico. Os efeitos são de duas categorias: térmicos e não térmicos. Entretanto existe o
28
risco real de ocorrerem sérios danos biológicos dependendo da intensidade, da freqüência e
sistema orgânico. O sistema circulatório interage diretamente com o ultra-som, pois apresenta
partículas em movimento e vasomotricidade baseada num controle neuro-humoral, o que
modifica a dissipação e absorção do feixe sonoro.
2.2.9 Efeitos do frio
O resfriamento da pele provoca uma vasoconstrição imediata que funciona
diminuindo a perda de calor corporal. Segundo Kitchen (1998) termorreceptores existentes na
pele são estimulados, produzindo uma vasoconstrição reflexa autônoma sobre a superfície
corporal. Além disto, ocorre um efeito constritor direto do frio sobre a musculatura lisa das
arteríolas e vênulas.
Seda, Marques e Kondo (apud LIMA, 2003) ainda afirmam que é um importante
agente analgésico, por atuar diretamente nas terminações nervosas, diminuindo com isso a
velocidade de condução nervosa e por estimulação competitiva nas fibras amielínicas, agindo
nos mecanismos de comporta de Melzack e Wall. Nos processos inflamatórios, o frio diminui
a hiperemia e o edema por sua ação vasoconstritora. No músculo, o frio reduz a velocidade de
disparo das fibras (tipo IA) do fuso muscular, reduzindo o espasmo muscular.
2.2.10 Crioterapia
Para Rodrigues (1998), crioterapia é o resfriamento ou diminuição da temperatura
dos tecidos com finalidades terapêuticas.
Segundo Carvalho, o tratamento com a crioterapia tem como objetivo retirar calor
do corpo ou do local onde está sendo tratado, causando um resfriamento e reduzindo a
permeabilidade celular. Ainda relata que a nível metabólico, a crioterapia permite uma
29
diminuição significativa do metabolismo, os tecidos resfriados requerem uma quantidade
menor de oxigênio para sobreviver, dessa maneira, o frio decresce a hipóxia tecidual,
induzindo a um estado de hibernação que diminui a extensão da lesão secundária.
Kitchen (1998) explica que a aplicação do frio aos tecidos (crioterapia) envolve a
transferência de energia térmica para fora dos tecidos, sendo, portanto considerada, apenas
num “sentido negativo”, como parte da eletroterapia. Comumente a aplicação de frio é
incluída devido ao seu valor na fisioterapia. Alguns efeitos são similares aos do aquecimento,
e outros não; as indicações mais comuns são o tratamento do espasmo muscular, dor
decorrente de lesão, e redução de sangramento e de edema. Como ocorre com o ganho de
calor, a velocidade de remoção do calor dos tecidos depende da área, profundidade, duração e
intensidade.
A resposta corporal aos agentes agressores denomina-se inflamação, e é sempre a mesma, qualquer que seja a localização ou a natureza do agente. As articulações do corpo humano são frequentemente afetadas por traumas físicos (diretos ou indiretos) variados, o que determinará o mecanismo lesional e os diversos tecidos agredidos. Entorses de 1º, 2º e 3º graus podem ocorrer, bem como luxações e subluxações. Quanto ao trauma produzido, quer por choque direto quer por estiramento e ruptura dos tecidos moles, pode ocorrer lesões de músculos, ligamentos, tendões, bem como de nervos, capilares e vasos. A ruptura dos vasos causa hemorragia direta no espaço intersticial e, consequentemente, a formação de hematoma. As células lesadas liberam certas enzimas que causam reação inflamatória na área agredida. Ocorre liberação de histamina que produz vasodilatação e aumento da permeabilidade, de modo que os vasos rompidos aumentam a hemorragia, e os não-lesados aumentam a permeabilidade. (RODRIGUES, 1998, p. 109).
De acordo com Carvalho, em suma, o uso da crioterapia nas lesões agudas de
tecidos moles é essencial para uma reabilitação boa do paciente, uma vez que atenua ou cessa
os sinais característicos da inflamação aguda, assim como auxilia na regeneração de vasos e
tecidos afetados.
2.2.11 Cinesioterapia
30
Segundo Gardiner 1995 (apud LIMA, 2003), cinesioterapia é a terapia ou
tratamento através do movimento que engloba recursos e exercícios terapêuticos que tem a
finalidade de melhorar a função do corpo enfraquecido ou parte dele.
Os objetivos da cinesioterapia são:
� Promover a atividade para minimizar os efeitos da inatividade.
� Corrigir músculos específicos ou grupos de músculos e reconquistar a amplitude normal do
movimento da articulação sem prejudicar a obtenção do movimento funcional eficiente.
� Encorajar o paciente a usar a habilidade que ele reconquistou no desempenho de atividades
funcionais normais, e assim acelerar sua reabilitação.
Conforme o D’ Andréa e Amatuzzi (apud LIMA, 2003), a cinesioterapia é
compreendida de vários tipos de exercícios, cada um com seu conjunto particular de
indicações. Podendo dividir os exercícios em:
1.Exercícios ativos
2.Exercícios passivos
3.Exercícios ativo-assistido
4.Exercícios resistidos
5.Exercícios isotônicos
6.Exercícios isométricos
7.Exercícios isocinéticos
8.Exercícios para alongamento
9.Exercícios de relaxamento
10. Exercícios de propriocepção
Serão escritos abaixo apenas os exercícios que foram utilizados na atuação da
equipe perante sua indicação:
31
1) Exercícios ativos – São os exercícios mais adequados para restabelecer a função, isto é,
aqueles feitos inteiramente atravéz de impulsos voluntários do indivíduo. Kisner e Colby
(1998 apud LIMA 2003).
2) Exercício resistido – Segundo Kisner e Colby (apud LIMA 2003), exercício resistido é
uma forma de exercício ativo na qual uma contração muscular dinâmica ou estática é resistida
por uma força externa. A força externa pode ser aplicada de duas maneiras: manualmente ou
mecanicamente. Manualmente: o exercício é feito pelo fisioterapeuta. Embora a quantidade de
resistência não possa ser medida quantitativamente, ou seja, a quantidade de resistência
aplicada é limitada somente pela força do terapeuta. Mecanicamente: o exercício é realizado
através de equipamentos ou aparelhos mecânicos. A quantidade de resistência pode ser
mensurada quantitativamente e progredir com o tempo. Também é útil quando é necessária
uma resistência maior que o terapeuta pode aplicar. Kisner e Colby (apud LIMA 2003).
3) Exercícios Isotônicos – Lima (apud PRENTICE e VOIGHT, 2003), diz que os exercícios
isotônicos são os mais importantes para o desenvolvimento de força muscular. O termo
isotônico significa que tipo de contração muscular é feito contra uma resistência constante,
frequentemente um peso colocado na extremidade a ser tratada ou conectado a esta por um
sistema de polias. Os exercícios isotônicos têm a vantagem de ser facilmente realizáveis, pois
são de simples compreensão e execução.
4) Exercícios isocinéticos – Isocinética é definida simplesmente como “velocidade
constante”, ou seja, se estabelece previamente a velocidade a ser aplicada pelo paciente, não a
força. Segundo Lima (2003) os exercícios isocinéticos, oferecem resistência variável de
acordo com a força que é exercida a cada instante. Com este tipo de exercício é possível
conseguir fortalecimento homogêneo em toda a amplitude de movimento, mas isto depende do
esforço produzido pelo paciente.
32
5) Exercícios para alongamento muscular – Lima (apud ALTER 1998; JOYNT et al, 1993;
REID, 1992) afirma que o alongamento muscular é o termo usado para o processo de
alongamento do envoltório do músculo. O alongamento pode ocorrer por deformações elástica
e/ou plástica. A deformação elástica não se mantém depois que a força tensional for removida,
ao contrário do que ocorre com a deformação plástica, característica dos materiais viscosos.
Como o tecido conjuntivo tem um comportamento viscoelástico, ambos os tipos de
deformação ocorrem. O objetivo do exercício de alongamento é a deformação duradoura ou
plástica. Diferentes características do exercício de alongamento podem produzir deformações
mais ou menos duradouras. Lima (2003) relata que o alongamento muscular é proporcional à
força a que o músculo é submetido. Uma força de baixa intensidade necessita de mais tempo
para provocar a mesma quantidade de alongamento. Todavia a proporção de deformação
plástica é maior para exercícios que utilizam forças menores (por mais tempo), ao passo que o
estiramento provocado por grandes forças tende a ser tipo elástico, não permanente. Um
exercício de alongamento baseado em forças intensas, além disso, tende a produzir dor,
espasmo e até ruptura (estiramento) muscular. (LIMA, 2003). Portanto acredita-se que o
alongamento muscular seja capaz de aumentar o número de sarcômeros, adicionando-os em
série no ventre muscular. Este aumento por, sua vez, aumentaria a amplitude de ação do
músculo. D’Andréa e Amatuzzi (apud LIMA 2003).
6) Exercícios de relaxamento – Lima (2003) relata que o exercício terapêutico muitas vezes
causa contratura indesejada dos músculos, necessitando do papel compensador do
relaxamento. Os exercícios de relaxamento devem ser feitos ao final de cada sessão de
cinesioterapia, podendo também ser introduzidos em diferentes oportunidades, por exemplo,
quando aparece a fadiga ou contratura muscular. D’Andréa e Amatuzzi (1999 apud LIMA,
2003).
33
7) Exercícios de propriocepção – Segundo Lima (apud ALTER 1998; REID, 1992;
HALATA et al, 1988), a propriocepção é a aferência dada ao sistema nervoso central pelos
diversos tipos de receptores sensoriais em diferentes estruturas. Lima (2003) ainda relata que,
na verdade, todo comando motor inicia-se do reconhecimento da situação atual do corpo
(posição, movimento) a partir da informação vinda destes receptores. Seja qual for o método
usado, o princípio do treinamento proprioceptivo é o reconhecimento da tarefa a ser executada
e então sua repetição e correção constantes até o desenvolvimento dos engramas sensoriais e
motores adequados. D’ Andréa e Amatuzzi (1999 apud LIMA, 2003).
2.3 Nutrição esportiva
Segundo Brito (2005) a nutrição esportiva tem se tornado o objeto de diversos
estudos sobre o desempenho humano, devido à estreita relação entre o rendimento e a nutrição
esportiva.
De acordo com Brito (2005), o judô é um esporte que proporciona uma elevada
demanda metabólica do atleta tanto no treinamento quanto nas competições. Para que um
atleta tenha um rendimento adequado, vários fatores deverão estar bem ajustados, para que o
desempenho não seja afetado negativamente. Entre estes fatores a nutrição desempenha um
papel muito importante.
Este item não foi preconizado no seguinte trabalho, porém é importante relatar que
a equipe de Judô Unisul/ACREF segue regularmente acompanhamento nutricional.
34
3 DELINEAMENTO DA PESQUISA
No decorrer deste capítulo foram descritos os materiais e métodos utilizados para a
realização do suposto estudo, contendo suas características, amostras, instrumentos e
procedimentos utilizados para a coleta de dados.
3.1 Tipo de Pesquisa
Segundo Rúbio (1999), pesquisa científica é um conjunto de atividades orientadas
para a busca de um determinado conhecimento. Ela é classificada como científica quando
satisfaz a determinadas condições. Seu objeto deve ser perfeitamente definido de forma que
possa ser reconhecível e identificável por todos. O estudo deve acrescentar algo ao que já se
sabe sobre o assunto e ser útil como fonte de pesquisa, fornecendo elementos que permitam a
verificação e a contestação das hipóteses apresentadas, tendo em vista a sua continuidade.
Para Heerdt e Leonel (2005), pesquisa científica é a realização concreta de uma
investigação planejada, desenvolvida e redigida de acordo com as normas da metodologia
consagradas pela ciência.
3.1.1 Tipo de pesquisa quanto ao nível – Descritiva
35
Esta pesquisa assume nível descritivo por se tratar de um estudo que vai analisar
observar, registrar, classificar os aspectos visto durante o processo da coleta de dados para este
projeto. Ela não tem como base a manipulação das variáveis. E seu objetivo fundamental é o
estabelecimento de relações entre variáveis, isto é, aquelas que visam estudar as características
de um grupo. Procura ainda descobrir, com precisão, a freqüência com que um fenômeno
ocorre, sua relação e conexão, natureza, características. Este estudo permite a obtenção de
dados com menor custo, possibilita testar hipóteses, e por fim o conhecimento direto da
realidade. (MARCONI, 1999).
3.1.2 Tipo de pesquisa quanto à abordagem – Quantitativa e Qualitativa
Segundo Serapioni (2000) os métodos quantitativos são orientados à busca da
magnitude e das causas dos fenômenos sociais, sem interesse pela dimensão subjetiva e
utilizam procedimentos controlados; são objetivos e distantes dos dados, orientados à
verificação e são hipotético-dedutivos; assumem uma realidade estática; são orientados aos
resultados, são replicáveis e generalizáveis.
De acordo com Serapioni (2000) os métodos qualitativos analisam o
comportamento humano, utilizando a observação naturalista e não controlada; são subjetivos e
estão pertos dos dados, orientados ao descobrimento; são exploratórios, descritivos e indutivos;
são holísticos e não generalizáveis.
Para tanto, Minayo & Sanches (apud SERAPIONI, 2000) afirmam que nenhuma
das duas abordagens é mais científica do que a outra. Uma pesquisa, por ser quantitativa, não
se torna objetiva e melhor. Enfim, trata-se de duas abordagens com características bem
distintas, mas ambas dentro do mesmo método científico.
36
3.1.3 Tipo de pesquisa quanto ao procedimento utilizado na coleta de dados – Documental
A característica da pesquisa documental é que a fonte de coleta de dados está
restrita a documentos, escritos ou não, constituindo o que se denomina de fontes primárias
(MARCONI, 1999).
Segundo Gil (2002), aponta as seguintes vantagens: os documentos consistem em
fonte rica e estável de dados; b) baixo custo; e c) não exige contato com os sujeitos da
pesquisa.
3.2 Amostra/População
A amostra desta pesquisa foi composta por atletas da equipe de Judô
Unisul/ACREF, e os critérios de inclusão foram: ser competidor e filiado a Federação
Catarinense de Judô e ter participado das competições de março a outubro de 2006.
3.3 Instrumentos utilizados na coleta de dados
Será realizada entrevista com os oito atletas competidores para coletar dados
pessoais como: data da realização do questionário, nome, idade, peso, altura, faixa, categoria,
idade de início no judô, idade de início na fase competitiva, em que nível de competição
encontra-se, lado dominante, treino habitual por semana (vezes), treino habitual por horas,
treino pré competição por semana (vezes), treino pré competição por horas, e se o atleta
costuma perder peso em pré competição e quanto kilos perde, também foi realizado
questionário para a obtenção de dados sobre as 5 (cinco) lesões que o atleta considera as mais
graves, neste estava pedindo: idade na época da lesão, local, lado, se a lesão ocorreu em treino,
37
competição ou outro, e foi pedido para descrevem sucintamente como ocorreu a lesão,
diagnóstico, o tratamento realizado para a melhora da lesão e por fim como o atleta voltou, se
igual, melhor ou pior.
Serão utilizados também relatórios das intervenções fisioterapêuticas nas
competições e fora delas.
3.4 Procedimentos utilizados na coleta de dados
Primeiramente foi solicitado ao Prof. Esp. Júlio César de Oliveira Araújo, técnico
da equipe de judô Unisul/ACREF a possibilidade de realizar a intervenção fisioterapêutica
junto às competições e treinamentos. A realização da pesquisa foi aceita e no dia 15 de março
de 2006 a coleta iniciou-se nas dependências da Clínica Escola de Fisioterapia. Quando algum
atleta lesionava-se, a fisioretapia era solicitada, logo após relatava-se em prontuário a
intervenção realizada. Nas fases de competição dois ou três estudantes de fisioterapia
acompanhavam os atletas para qualquer eventualidade, onde posteriormente realizavam a
descrição da atuação.
Em alguns treinos a fisioterapia estava presente juntamente com os atletas para
conhecimento e interação do profissional com o esporte
Para tanto, nos dias 10 e 18 de outubro de 2006 foi realizado entrevista e
questionário com os atletas para coletar dados pessoais e histórico das cinco lesões mais graves
que já ocorreram em todo o período de competição.
3.5 Tratamento estatístico
38
O tratamento estatístico dos dados coletados foi realizado através de uma descrição,
onde os mesmos estão apresentados em tabelas e gráficos para melhor visualização e
entendimento.
39
4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS
4.1 Caracterização da amostra
Os sujeitos que constituíram a amostra foram oito atletas competidores da equipe de
judô da Unisul/ACREF.
4.2 Atuação da Fisioterapia junto à equipe durante as competições
A equipe de Judô Unisul/ACREF participou no período de março a outubro de 2006
de seis campeonatos, sendo estes a nível estadual e nacional. De acordo com relatórios feitos
durante os campeonatos e fora destes verificou-se a atuação deste profissional frente às lesões
ocorridas e com isso relatá-las no trabalho.
O primeiro campeonato realizou-se no mês de março, a nível estadual, em Videira,
sendo que a fisioterapia atuou em três atletas, dois foram atendidos com massoterapia na região
do antebraço de ambos os membros, com o objetivo de diminuir a tensão muscular, e um
sofreu entorse no joelho direito, sendo realizado crioterapia no local da lesão.
40
Segundo Cassar (2001), a massagem afeta os músculos de várias formas, como:
aumenta a circulação local, ajuda a eliminar as substâncias residuais dos tecidos, reduz o
espasmo e a tensão e aumenta o tônus muscular.
De acordo com Carvalho, o uso da crioterapia nas lesões agudas de tecidos moles é
essencial para uma reabilitação boa do paciente, pois ela atenua ou cessa os sinais
provenientes da inflamação aguda, assim como auxilia na regeneração de vasos e tecidos
afetados. Carazzato (1994) conclui que o gelo promove a vasoconstrição local, evitando assim
a formação de grandes hematonas.
O segundo campeonato, sendo a nível estadual realizou-se em Blumenau no mês de
maio. Foi relatada uma intervenção fisioterapêutica, onde foi utilizada a massoterapia na região
do ombro e braço direito para atenuação da tensão muscular.
De acordo com Massagem Desportiva, no esporte podem-se utilizar as técnicas
manuais para melhorar seu rendimento e sua recuperação muscular, tanto no caso de uma lesão
como no caso em que ele apenas precisa relaxar sua musculatura. Seu objetivo é ajudar o atleta
para que ele tenha o melhor rendimento possível.
A terceira competição aconteceu em Santa Cruz do Sul no mês de junho, a nível
interestadual. Dois atletas foram atendidos pela fisioterapia, o primeiro com crioterapia no
dedo indicador devido a uma lesão muscular, e o segundo ultra-som na região anterior direita
do tórax provocado por uma contusão.
Carvalho diz que a crioterapia permite uma diminuição importante do metabolismo,
os tecidos resfriados necessitam de uma quantidade menor de oxigênio para sobreviver, dessa
maneira, o frio decresce a hipóxia tecidual, induzindo a um estado de hibernação que diminui a
extensão da lesão secundária.
41
De acordo com Carazzato (1994) o ultra-som faz micromassagem profunda,
promovendo a fase final de absorção do hematoma, bem como a tentativa de bom
direcionamento de fibras musculares.
A quarta competição foi realizada no Rio de Janeiro a nível nacional, no mês de
outubro. Realizou-se uma intervenção fisioterapêutica, manipulação vertebral, com o propósito
de liberar a musculatura dorsal.
A quinta e última competição do estudo ocorreu em São Paulo, no mês de outubro,
a nível nacional. Assim como na penúltima competição, nesta, a fisioterapia atuou na liberação
muscular da região dorsal em apenas um atleta novamente.
Edmond (2001) afirma que a manipulação diminui a dor na articulação pela
estimulação dos receptores articulares. Isso reduz a percepção de dor pelo bloqueio dos
impulsos dolorosos usando-se o mecanismo de controle de entrada, produzindo, assim, o
relaxamento muscular reflexo. A dor pode ser minimizada temporariamente em certas
condições pela diminuição das forças compressivas na articulação.
4.3 Atuação da Fisioterapia junto à equipe fora das competições
A fisioterapia atuou também à medida que algum atleta lesionava-se tanto em
treinamento quanto por outra eventualidade. Sempre antes do atendimento realizava-se uma
avaliação.
A amostra iniciou-se no dia 15 de março, foram atendidos 2 atletas. Atleta 1, na
região do punho e metatarso de membro direito, realizou-se apenas crioterapia. Atleta 2, na
região interna do cotovelo, realizou-se ultra-som pulsado, cabeçote 1, 16 Hz, 20%, A: 0,7
42
W/cm² e T: 0,5 W/cm² por 13’, fortalecimento de bíceps com carga 2 kg em série de 3x10 e
alongamento de MMSS.
No mês de abril foram atendidos 4 atletas. Atleta 1 sofreu entorse de joelho direito,
foi realizado crioterapia por 25’ e treino de propriocepção na prancha de equilíbrio retangular
de frente para o espaldar, a medida que o atleta evoluía para a realização de novos movimentos
sem a presença de dor a atuação da fisioterapia modificava, depois de alguns atendimentos foi
realizado corridas na esteira ergométrica por 30’ e após aplicava-se gelo por 20’,
fortalecimento de quadríceps com carga de 6kg em série de 3X10 e turbilhão com movimentos
de flexão e extensão de joelho No atleta 2 foi realizado microondas por 15’ e ondas curtas num
período de 20’, tratava-se de uma distensão muscular na região posterior da coxa. Atleta 3
contundiu a região lateral do joelho, aplicou-se ultra-som pulsado, cabeçote 1, 16 Hz, 20%, A:
0,7 W/cm² e T: 0,5 W/cm² por 10’ e laser 904 (6j/cm²) pontual por 2’ em seguida crioterapia
por 25’. Atleta 4 relatou fraqueza em MMSS, foi realizado microondas na região cervical
durante 10’, alongamento de cervical com o atleta em decúbito dorsal na maca, alongamento
no espaldar de MMSS, e fortalecimento de bíceps com carga de 3 kg, 3X10.
Em maio houve continuidade no atendimento do atleta 1 citado no mês de abril,
aplicou-se corrente-russa associada a extensão de joelho com caneleira de 2kg, fortalecimento
de quadríceps com carga de 8kg (3X10), propriocepção na prancha de equilíbrio retangular e
circular e turbilhão durante 10’ seguido de movimentos de flexão e extensão
No mês de junho realizou-se 2 atendimentos, ambos por contusão muscular leve.
Atleta 1 aplicou-se crioterapia na região da coxa por 25’ e massoterapia. Atleta 2 crioterapia na
região da panturrilha por 20’ e massoterapia.
Em julho foi tratado apenas um atleta com entorse do 2º metacarpo, aplicou-se
crioterapia na região por 10’ e fortalecimento com bolinha terapêutica e digiflex da cor
43
vermelha. Por ser mês de férias não foi possível realizar mais atendimentos, pois todos
aconteceram na Clínica Escola de Fisioterapia da Unisul.
No mês de agosto dois atletas foram atendidos. Atleta 1, entorse de tornozelo,
aplicou-se crioterapia por 20’ na região e logo após drenagem para minimizar o edema,
conforme a melhora relatada pelo paciente era realizado treino de propriocepção na prancha de
equilíbrio retangular e fortalecimento com faixa elástica da cor verde nos movimentos de
flexão e extensão de tornozelo. Atleta 2, dor na região cervical, realizou-se microondas por 15’
e alongamento da região em decúbito dorsal.
Em setembro foram atendidos 3 atletas. Atleta 1 foi realizado ultra-som pulsado,
cabeçote 1, 16 Hz, 20%, A: 0,7 W/cm² e T: 0,5 W/cm² durante 10’ na região antero-lateral do
joelho, crioterapia nos artelhos, massoterapia na panturrilha, laser 904 (6j/cm²) no cotovelo e
tração cervical. Atleta 2 ultra-som, cabeçote 1, 16 Hz, 20%, A: 0,7 W/cm² e T: 0,5 W/cm²
durante 13’ na região externa do tornozelo e turbilhão pro 15’ seguido de movimentos de
extensão e flexão, ultra-som, cabeçote 1, 16 Hz, 20%, A: 0,7 W/cm² e T: 0,5 W/cm² durante
10’ na região medial do cotovelo, turbilhão seguido de pronação e supinação, fortalecimento
de MMSS com elástico preto e alongamento. Atleta 3 aplicou-se laser 904 (6j/cm²) no cotovelo
esquerdo, fortalecimento com elástico preto em série de 3X15, alongamento de MMSS e
tronco, e crioterapia por 20’.
A amostra do atendimento da fisioterapia com a equipe foi coletada até o dia 11 de
outubro, onde foi atendido o último atleta com crioterapia e massoterapia na região no ombro e
ondas curtas na coluna lombar.
4.4 Análise dos resultados
44
4.4.1 Treino habitual por vezes durante a semana
87%
13%
5 ou mais vezes
4 vezes
Gráfico 1: Freqüência de treinos por vezes durante a semana. Fonte: Pesquisa elaborada pela autora, 2006.
O gráfico 1 representa a quantidade de vezes durante a semana que os atletas
treinam. A grande maioria dos atletas (87%) treinam 5 vezes ou mais durante a semana, sendo
que apenas 13% treina 4 vezes.
Arena e Bohme (2000) em estudo realizado com crianças sobre treinos esportivos,
em relação à quantidade de dias e horas semanais que as escolas de esportes desenvolvem os
seus programas, no geral, verificou-se que todas as entidades esportistas oferecem a
possibilidade de atividades em dois dias por semana com uma carga horária total que varia de
duas a três horas semanais.
Em vista que os atletas do presente estudo são adultos e de nível competitivo é
necessário que os mesmos tenham mais treinos durante a semana, em relação ao grupo de
crianças do estudo citado acima.
4.4.2 Treino habitual por horas durante a semana
45
50%
25%
25%
9 ou mais horas
2 a 5 horas
7 a 9 horas
Gráfico 2: Freqüência de treinos por horas durante a semana. Fonte: Pesquisa elaborada pela autora, 2006.
O gráfico acima expõe a freqüência por horas que os 8 atletas de judô treinam
durante a semana. Metade (50%) da equipe competitiva treina mais de 9 horas semanais, 25%
treinam de 2 a 5 horas e os 25% restantes treinam de 7 a 9 horas.
Santos e Duarte, em estudo de algumas variáveis físicas como fatores de influência
nas lesões em judocas, relataram que os atletas costumam treinar 6 horas semanais.
A equipe de judô Unisul/ACREF, por ser um grupo profissional, realiza treinos
árduos, de longa duração, pois, é exigido bastante de seus atletas para que ele esteja apto a
competir e para não diminuir o nível de cada atleta.
4.4.3 Treino pré-competição por vezes
46
87%
13%
5 ou mais vezes
4 vezes
Gráfico 3: Treino pré-competição por vezes Fonte: Pesquisa elaborada pela autora, 2006.
O gráfico a cima apresenta a quantidade de vezes que os atletas treinam durante a
última semana pré-competitiva. A maioria (87%) dos atletas relataram que treinam 5 vezes ou
mais durante a semana e apenas 13% treina 4 vezes.
Silva (2005) em discussão com seu estudo, afirma que em relação ao período de
treinamento, a pré-temporada apresentou um maior número de lesões. Acredita-se que este
fato possa ser explicado pelo excesso de treinamento visando uma boa campanha nas
competições de alto nível, o que gera maior desgaste estrutural.
Em entrevista com o site SOGIPA, Moacir Mendes Júnior relatou que na semana
de pré-competição, diminui o ritmo de treinamento para evitar lesões e não ficar muito
cansado para as lutas.
Em relação ao gráfico 1 citado a cima, mostra que neste, também, os atletas não
alteram a quantidade de treino por vezes.
4.4.4 Treino pré-competição por horas
47
37%
25%
13%
25%
9 ou mais horas
2 a 5 horas
5 a 7 horas
7 a 9 horas
Gráfico 4: Treino pré-competição por horas Fonte: Pesquisa elaborada pela autora, 2006.
O gráfico 4 expõe a freqüência de horas por semana que os atletas treinam durante
pré-competição. A pesquisa mostrou que 37% dos atletas treinam 9 horas ou mais, 25% de 2 a
5 horas, 13% afirmaram que treinam de 5 a 7 horas e 25% de 7 a 9 horas.
Neto Júnior, Pastre e Monteiro (apud ALVES, 2005) afirmam que a repetição de
atividades e movimentos, além do overtraining provocam um processo de adaptação orgânica
que resulta em desequilíbrios musculares.
Segundo Howley e Franks (apud OLIVEIRA; LOURENÇO, TEIXEIRA
2003/2004). Os fatores contribuintes para a ocorrência de lesões podem ocorrer quando a
freqüência e a intensidade dos exercícios aumentam.
Metade dos atletas afirmaram que diminuem a intensidade dos treinos na ultima
semana pré-competição, porém não diminuem a freqüência de vezes nesta semana.
4.4.5 Atletas que perdem peso em pré-competição
48
62%
38%
Sim
Não
Gráfico 5: Atletas que perdem peso para competir. Fonte: Pesquisa elaborada pela autora, 2006.
O gráfico 5 mostra a quantidade de atletas que perdem peso para poderem competir
em suas categorias em semana pré-competitiva. 62% dos atletas responderam que perdem
peso para chegar ao nível que sua categoria pede, e 38% responderam que não costumam
perder peso.
Artioli e Oliveira afirmam que no judô, assim como em outras modalidades de
combate, as competições são divididas em categorias de peso, com o objetivo de equilibrar as
disputas. Entretanto, é bastante comum que atletas reduzam significativa quantidade de peso
poucos dias antes das competições para lutar em uma categoria mais leve.
É bastante comum que os atletas percam peso para se igualar nas categorias
desejadas, ou, que muitas vezes, a equipe necessita.
4.4.6 Quilos perdidos em pré-competição
49
37%
25%
25%
13%
Nada
1 a 3 kg
3 a 5 kg
5 a 7 kg
Gráfico 6: Quilos perdidos em pré-competição. Fonte: Pesquisa elaborada pela autora, 2006.
O gráfico 6 representa a quantidade em quilos perdidos pelos atletas na última
semana de pré-competição. A maioria dos atletas afirmam que não perdem peso para
competir, mas 25% perdem de 1 a 3 kg, 25% perdem de 3 a 5 kg e 13% perdem de 5 a 7 kg.
Artioli e Oliveira relatam que os métodos geralmente utilizados para diminuir o
peso são: restrição alimentar e hídrica severas uso de agasalhos durante o treino, aumento do
volume de treinamento e até ingestão de diuréticos e laxantes ou indução de vômitos. Apesar
de essas práticas serem perigosas à saúde dos atletas, muitos as iniciam de forma bastante
precoce, aproximadamente aos 14 anos de idade.
É importante que o atleta preserve sua saúde, e que siga uma dieta balanceada de
acordo com que o nutricionista recomenda, para que ele não necessite se esforçar a diminuir o
peso nesta fase de competição.
4.4.7 Local de maior incidência de lesões
50
5%
31%
18%5%
23%
9%9%
Punho
Joelho
Ombro
Cotovelo
Tornozelo
Metatarso
Metacarpo
Gráfico 7: Local das lesões. Fonte: Pesquisa elaborada pela autora, 2006.
O gráfico 7 representa o local das lesões de maior incidência. Esta porcentagem é
em relação a 22 lesões mais graves apresentadas pelos atletas. O joelho obteve 31% das
lesões, seguido de 23% tornozelo, 18% ombro, 9% metacarpo, 9% metatarso, 5% punho e 5%
cotovelo,
Segundo Howley e Franks (apud OLIVEIRA; LOURENÇO, TEIXEIRA
2003/2004) os riscos de lesões, muitas vezes, são controlados pelas regras do esporte. Os
fatores contribuintes para a ocorrência de lesões podem ocorrer quando a freqüência e a
intensidade dos exercícios aumentam. Estes riscos também podem ser intensificados pela
velocidade aumentada do movimento, como nas atividades competitivas ao se fazer a
utilização de mudanças rápidas.
Carazzato et al (1992) analisaram 20 anos de atendimento em departamento de
medicina esportiva de um clube poliesportivo de alto nível. A articulação mais lesada na
prática do judô foi o joelho. As lesões articulares corresponderam a 32 de 51 atendimentos no
judô.
51
Carazzato et al (1995), em estudo, observaram a predominância de determinadas
localizações, sendo o ombro a articulação mais lesada (72,13%), seguida sucessivamente pelo
joelho (63,59%), mão (62,02%), pé (53,49%), tornozelo (49,62%), lesões auriculares
(46,51%) e cotovelo (41, 87%), que caracterizam os componentes corpóreos mais utilizados e
consequentemente mais comprometidos na prática do judô.
Para tanto, as lesões no joelho obtiveram o maior índice de lesões da equipe
Unisul/ACREF igualando-se ao estudo de Carazzato em 1992.
4.4.8 Lesões ocorridas em treinos ou competições
73%
27%
Treinos
Competições
Gráfico 8: Lesões ocorridas em treinos ou competições. Fonte: Pesquisa elaborada pela autora, 2006.
Gráfico 8 mostra a porcentagem das lesões que ocorreram durante os treinos ou
competições. O resultado foi relacionado também de acordo com as 22 lesões mais graves que
os atletas relataram ter sofrido durante todo o período em que praticam o esporte. As lesões
durante os treinos aconteceram em 73% dos casos enquanto que 27% das lesões aconteceram
em competições.
52
Carazzato (1996), afirma que a incidência média de lesões em função do nível dos
competidores caracteriza a conseqüência dos esforços maiores para alcançar melhores
resultados.
Como o número de treinos é maior que o número de competições a incidência
lógica seria de porcentagem maior de lesões nos treinamentos do que nas competições.
4.4.9 Diagnóstico das lesões
31%
18%23%
9%
14%5%
Entorses
Lesões musculares
Luxações
Contusões
Fraturas
Rompimento ligamentar
Gráfico 9: Diagnóstico das lesões. Fonte: Pesquisa elaborada pela autora, 2006.
O gráfico 9 expõe o diagnóstico das lesões ocorridas com os atletas em relação a
22 lesões mais graves. Ressalto que, 31% das lesões sofridas foram entorses, seguido de 23%
de luxações, 18% lesões musculares, 14% fraturas, 9% contusões e 5% rompimento
ligamentar.
Cazaratto (1996), afirma que a alta incidência de lesões articulares, atingindo cerca
de metade do número de lesões (48,40%), faz das articulações o ponto nevrálgico do judoca.
A pequena quantidade de fraturas (5,96) e de lesões musculares (3,19) ao lado do
53
comprometimento cefálico (16,92%), ainda de outras lesões menos explicitadas (25,52%),
demonstra que o judô, como esporte de contato direto, com cadeiras cinéticas fechadas, levada
à preservação do motor principal, que é o músculo, do braço da alavanca principal, que é o
osso, em detrimento dos fulcros do movimento, que são as articulações.
O estudo citado acima corroborou com a pesquisa realizada pela autora, pois o
índice de lesões articulares foi também maior de acordo com o índice das lesões da equipe
estudada, seguindo do número de fraturas.
4.4.10 Tratamento das lesões
20%
37%
29%
14%
Imobilização
Fisioterapia
Repouso
Medicação
Gráfico 10: Tratamento das lesões. Fonte: Pesquisa elaborada pela autora, 2006.
O gráfico 10 mostra o tratamento realizado com as lesões dos atletas. Comprovo
que o tratamento das 22 lesões mais graves citadas pelos atletas, 37% realizaram fisioterapia,
29% repouso, 20% imobilizações e 14% fizeram uso de medicamento. A fisioterapia é o
tratamento mais utilizado na equipe.
54
Ejnisman, Andreoli e Carrera, et al. (2001), aplicaram um estudo de acordo com
lesões do ombro em judocas e descreveram que o tratamento mais utilizado foi a fisioterapia
seguido de repouso.
Howley e Franks (apud OLIVEIRA; LOURENÇO, TEIXEIRA 2003/2004) dizem
que os cuidados imediatos após uma lesão são: proteção, repouso, gelo, compressão e
elevação.
Carazzato (1995) afirma que as indicações cirúrgicas são exceções no tratamento
das lesões do judô, estando mais concentradas nos atletas de nível internacional.
Para tanto, a fisioterapia teve índice maior de tratamento utilizado pelos atletas
durante a ocorrência de lesões.
4.4.11 Retorno ao esporte
14%
41%
45%Melhor
Igual
Pior
Gráfico 11: Retorno ao esporte. Fonte: Pesquisa elaborada pela autora, 2006.
55
O gráfico 11 representa o retorno do atleta ao esporte depois da lesão. Foi
comprovado que 41% dos atletas voltaram igual para o esporte depois de uma lesão, 45%
voltaram pior e 14% voltaram melhor.
Ejnisman (2001) em estudo de lesões musculoesqueléticas afirma que é importante
salientar que em torno de 75% conseguiram retornar no mesmo nível de competição.
Silva (2005) relata que o retorno do atleta a atividade é progressivo e gradual, o
qual deve respeitar o equilíbrio entre capacidade do atleta e a demanda de suas atividades.
Em relação ao estudo de Ejnisman citado acima, a maioria dos atletas da equipe
Unisul/ACREF não voltaramm melhor depois de uma lesão.
56
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente estudo, realizado com atletas de Judô da Unisul/ACREF, objetivou
descrever a atuação da fisioterapia na equipe e verificar, em campeonatos, quais as
intervenções fisioterapêuticas ocorreram no período de março a outubro de 2006, bem como
identificar as lesões e regiões de maior incidência neste período, traçando posteriormente o
perfil do grupo quanto à prática esportiva, através de questionário e entrevista.
Este esporte por se tratar de atividades de alta intensidade de esforço, com
movimentos repetitivos, se atuarem fora do eixo articular, irá provocar deslocamentos
angulares dos segmentos corporais, resultando em lesões.
O judô, enquanto atividade de representatividade mundial apresenta ainda muitas
lacunas, que por muitas vezes, só servem para aguçar nosso desejo em buscar mais
conhecimento. As comunidades científicas e práticas têm um campo amplo a ser explorado e,
pra isso, contribuir efetivamente para o desenvolvimento desse esporte.
A partir do trabalho realizado em parceria com a equipe, é evidente que a
fisioterapia esportiva possui papel importante juntamente com o esporte, mas também é
importante a execução de medidas de caráter preventivo, a fim de minimizar a ocorrência de
lesões.
57
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APÊNDICE
63
ENTREVISTA SOBRE LESÕES NO JUDÔ
DATA DA REALIZAÇÃO DO QUESTIONÁRIO: _____/_____/_____ NOME: _____________________________________________________________ IDADE: _______________ PESO: __________ALTURA: __________FAIXA: __________________ CATEGORIA: _________________ IDADE DE INÍCIO NO JUDÔ:_____________ IDADE DE INÍCIO NA FASE COMPETITIVA:____________ COMPETIDOR: ( ) ESTADUAL ( ) NACIONAL ( ) INTERNACIONAL LADO DOMINANTE: ( ) DIREITO ( ) ESQUERDO ( ) AMBOS TREINO HABITUAL POR SEMANA (VEZES): ( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) + 5 TREINO HABITUAL POR HORAS: ( ) ATÉ 2 ( ) 2 – 5 ( ) 5 – 7 ( ) 7 – 9 ( ) + DE 9 TREINO PRÉ COMPETIÇÃO POR SEMANA (VEZES): ( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) + 5 TREINO PRÉ COMPETIÇÃO POR HORAS: ( ) ATÉ 2 ( ) 2 – 5 ( ) 5 – 7 ( ) 7 – 9 ( ) + DE 9 VOCÊ COSTUMA PERDER PESO PARA COMPETIR EM SUA CATEGORIA DE PESO?: ( ) SIM ( ) NÃO ( ) ATÉ 1KG ( ) 1 – 3KG ( ) 3 – 5KG ( ) 5 – 7 KG ( ) + 7 KG PRATICA OUTRO ESPORTE? (QUAL?): _______________________________________________________
QUESTIONÁRIO SOBRE LESÕES NO JUDÔ
INDIQUE 5 (CINCO) LESÕES QUE VOCÊ CONSIDERA AS MAIS GRAVES: 1) IDADE NA ÉPOCA DA LESÃO: _______________ LOCAL: ________________ LADO: ______________ A LESÃO OCORREU: ( ) TREINO ( ) COMPETIÇÃO ( ) OUTRO: _________________________________ COMO OCORREU SUCINTAMENTE: _________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ DIAGNÓSTICO: ( ) CONTUSÃO ( ) ENTORSE ( ) TENDINITE ( ) FRATURA ( ) LUXAÇÃO ( ) LOMBALGIA ( ) LESÃO MUSCULAR ( ) OUTRO: ______________________________ TRATAMENTO: ( ) IMOBILIZAÇÃO ( ) REPOUSO ( ) FISIOTERAPIA ( ) CIRURGIA ( ) MEDICAMENTO ( ) OUTRO: ___________________ TEMPO DE TRATAMENTO:_________________ RETORNO AO ESPORTE: ( ) IGUAL ( ) MELHOR ( ) PIOR 2) IDADE NA ÉPOCA DA LESÃO: ______________ LOCAL: ________________ LADO: _______________ A LESÃO OCORREU: ( ) TREINO ( ) COMPETIÇÃO ( ) OUTRO: _________________________________ COMO OCORREU SUCINTAMENTE: _________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ DIAGNÓSTICO: ( ) CONTUSÃO ( ) ENTORSE ( ) TENDINITE ( ) FRATURA ( ) LUXAÇÃO ( ) LOMBALGIA ( ) LESÃO MUSCULAR ( ) OUTRO: ______________________________ TRATAMENTO: ( ) IMOBILIZAÇÃO ( ) REPOUSO ( ) FISIOTERAPIA ( ) CIRURGIA ( ) MEDICAMENTO ( ) OUTRO: ___________________ TEMPO DE TRATAMENTO:_________________ RETORNO AO ESPORTE: ( ) IGUAL ( ) MELHOR ( ) PIOR
64
3) IDADE NA ÉPOCA DA LESÃO: _______________ LOCAL: ________________ LADO: ______________ A LESÃO OCORREU: ( ) TREINO ( ) COMPETIÇÃO ( ) OUTRO: _________________________________ COMO OCORREU SUCINTAMENTE: _________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ DIAGNÓSTICO: ( ) CONTUSÃO ( ) ENTORSE ( ) TENDINITE ( ) FRATURA ( ) LUXAÇÃO ( ) LOMBALGIA ( ) LESÃO MUSCULAR ( ) OUTRO: ______________________________ TRATAMENTO: ( ) IMOBILIZAÇÃO ( ) REPOUSO ( ) FISIOTERAPIA ( ) CIRURGIA ( ) MEDICAMENTO ( ) OUTRO: ___________________ TEMPO DE TRATAMENTO:_________________ RETORNO AO ESPORTE: ( ) IGUAL ( ) MELHOR ( ) PIOR
4) IDADE NA ÉPOCA DA LESÃO: ______________ LOCAL: ________________ LADO: _______________ A LESÃO OCORREU: ( ) TREINO ( ) COMPETIÇÃO ( ) OUTRO: _________________________________ COMO OCORREU SUCINTAMENTE: _________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ DIAGNÓSTICO: ( ) CONTUSÃO ( ) ENTORSE ( ) TENDINITE ( ) FRATURA ( ) LUXAÇÃO ( ) LOMBALGIA ( ) LESÃO MUSCULAR ( ) OUTRO: ______________________________ TRATAMENTO: ( ) IMOBILIZAÇÃO ( ) REPOUSO ( ) FISIOTERAPIA ( ) CIRURGIA ( ) MEDICAMENTO ( ) OUTRO: ___________________ TEMPO DE TRATAMENTO:_________________ RETORNO AO ESPORTE: ( ) IGUAL ( ) MELHOR ( ) PIOR 5) IDADE NA ÉPOCA DA LESÃO: ______________ LOCAL: ________________ LADO: _____________ __ A LESÃO OCORREU: ( ) TREINO ( ) COMPETIÇÃO ( ) OUTRO: _________________________________ COMO OCORREU SUCINTAMENTE: _________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ DIAGNÓSTICO: ( ) CONTUSÃO ( ) ENTORSE ( ) TENDINITE ( ) FRATURA ( ) LUXAÇÃO ( ) LOMBALGIA ( ) LESÃO MUSCULAR ( ) OUTRO: ______________________________ TRATAMENTO: ( ) IMOBILIZAÇÃO ( ) REPOUSO ( ) FISIOTERAPIA ( ) CIRURGIA ( ) MEDICAMENTO ( ) OUTRO: ___________________ TEMPO DE TRATAMENTO:_________________ RETORNO AO ESPORTE: ( ) IGUAL ( ) MELHOR ( ) PIOR
________________________________ Assinatura do Atleta
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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA - UNISUL PRÓ-REITORIA ACADÊMICA
CAMPUS TUBARÃO
CURSO DE FISIOTERAPIA
COORDENAÇÃO DOS TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO
AVALIAÇÃO DO TRABALHO ESCRITO
Avaliado por: _____________________________________________________________ Trabalho de autoria de ___________________________________________ sob a orientação de ___________________________________ com o título: ______________________________________________________________________________________________________________________________________________.
Itens a avaliar , recomendações e sugestões
Nota
Apresentação geral do trabalho (0-1,0) _________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________________________
____
Adequação às normas (0-0,5) ___________________________________________ ____________________________________________________________________
____
Estruturação metodológica (0-2,0) ________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________________________
____
Discussão e conclusões (0-2,0) __________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
____
Bibliografia (0-0,5) ____________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________________________
____
Total (6,00) ____
Observação: Informamos aos avaliadores que é imprescindível o preenchimento desta ficha para o dia da defesa oral, ficando somente a avaliação oral para ser avaliado na hora. A ficha da avaliação escrita do trabalho será recolhida no início da apresentação e entregue a ficha de avaliação da defesa oral do trabalho. As sugestões e recomendações devem aparecer nos espaços destinados de forma clara a fim de facilitar as correções por parte dos alunos. Esperamos a colaboração de todos os avaliadores para o bom andamento dos trabalhos.
Tubarão, 6 de novembro de 2006.
_____________________________ Avaliador(a)