Post on 05-Jan-2016
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ASSITÊNCIA a CLIENTES em TRATAMENTO
CLÍNICO
ANGINA de PEITO A angina de peito é uma síndrome clínica
comumente caracterizada por episódios de dor ou pressão na parte anterior do tórax. A causa é, em geral, o fluxo sanguíneo coronariano insuficiente, resultando em um aporte diminuído de oxigênio para satisfazer a demanda miocárdica aumentada de oxigênio em resposta ao esforço físico ou estresse emocional.
Em outras palavras, a necessidade de oxigênio supera o suprimento.
FISIOPATOLOGIA
Em geral, a angina é causada por doença aterosclerótica. Estando associada a uma obstrução significante de uma artéria coronária importante.
FATORES ASSOCIADOS
Esforço físico (aumenta as demandas miocárdicas).
Exposição ao frio (ocorre vasoconstrição, eleva a P.A. e a demanda de oxigênio).
Inqerir refeições “pesadas” (aumenta o fluxo sanguíneo na região mesentérica para a digestão, reduzindo o aporte sanguíneo disponível para o m. cardíaco).
Estresse ou qualquer situação geradora de emoção (causando a liberação de adrenalina, aumentando a P.A.).
TIPOS de ANGINA
ESTÁVEL: dor previsível que ocorre aos esforços e é aliviada pelo repouso.
Instável: (também chamada de pré-infarto ou em crescendo).
Os sintomas acontecem quando o paciente está em repouso, os sintomas têm maior frequência e duração.
Prinzmetal ou variante: dor em repouso, ocorre por vasoespasmo da artéria coronária.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
A isquemia do músculo cardíaco pode produzir dor ou outros sintomas, variando em gravidade desde uma sensação de indigestão até sufocação ou peso na parte superior do tórax, indo desde o desconforto até a dor agonizante, acompanhada por apreensão intensa e uma sensação de morte iminente.
Com frequência, a dor é sentida profundamente no tórax, atrás do terço médio ou superior do esterno (retroesternal). Tipicamente a dor é mal localizada e pode irradiar-se para o pescoço, mandíbula, ombros e faces internas dos braços, usualmente o braço esquerdo. Pode também sentir uma sensação de opressão ou peso, sufocação ou estrangulamento, a qual apresenta uma quantidade insistente, duradoura.
O paciente com diabetes mellitos pode não apresentar dor intensa com a angina, porque a neuropatia que acompanha o diabetes pode interferir com os neurorreceptores,abafando a dor. Uma sensação de dormência ou fraqueza nos braços, pulsos e mãos, pode acompanhar a dor, da mesma forma que a falta de ar, palidez, vertigem ou tonteira, náuseas, vômitos e ansiedade.
UMA IMPORTANTE CARACTERÍSTICA DA DOR ANGINOSA É QUE ELA DIMINUI IMEDIATAMENTE COM O REPOUSO OU A NITROGLICERINA.
ACHADOS DIAGNÓSTICOS
Manifestações clínicas da dor e história do paciente são avaliados.
As alterações no ECG também são muito valiosas, mas a dor dificulta a realização do exame.
TRATAMENTO A nível clínico, os objetivos para tratamento
da angina são diminuir as demandas de oxigênio do miocárdio e aumentar o aporte de oxigênio. Para isso é utilizado terapia farmacológica.
Em casos mais graves, realiza-se procedimentos de revascularização que restaura o aporte sanguíneo para o miocárdio.
TRATAMENTO FARMACOLÓGIOCO
NITROGLICERINA: é um agente vasoativo, administrado para reduzir o consumo de oxigênio pelo miocárdio, o que diminui a isquemia e alivia a dor.
Dilata principalmente veias e também as artérias, ajuda a aumentar o fluxo sanguíneo coronariano por evitar vasoespasmo e aumentar a perfusão através dos vasos colaterais.
A dilatação das veias provoca o represamento venoso do sangue por todo o corpo. Em consequência disso, menos sangue retorna para o coração e a pressão de enchimento (pré-carga) é reduzida.
BLOQUEADORES dos CANAIS de CÁLCIO
Por estarem bloqueados os canais de cálcio, resulta em uma frequência cardíaca mais lenta e em uma diminuição na força de contração do músculo cardíaco. Esses efeitos diminuem a carga de trabalho do coração.
Ocorre relaxamento dos vasos sanguíneos, diminuindo a P.A. e aumento na perfusão arterial coronariana.
MEDICAMENTOS ANTIPLAQUETÁRIOS e ANTICOAGULANTES
Esses medicamentos são administrados para evitar a agregação plaquetária, a qual compromete o fluxo sanguíneo.
Com esse efeito, reduz a incidência de I.M. e morte com doença coronariana. (aspirina e ticlopidina).
Heparina: previne a formação de novos coágulos sanguíneos. Quando há um grande risco de problemas cardíacos como I.M., o paciente recebe um bolo (dose aplicada de uma só vez, rápida) intravenoso de heparina a 4 a 6h.
CUIDADOS com PACIENTES que RECEBERAM HEPARINA
Deve-se fazer pressão sobre o sítio de qualquer punção por agulha por um tempo maior que o usual.
Prevenção da lesão e escoriação teciduais a partir do trauma ou por uso de aparelhos constritivos (ex. uso contínuo de manguito automático de P.A.).
ADMINISTRAÇÃO de O2
A terapia com O2 é usualmente iniciada no começo da dor torácica, tentando aumentar a quantidade de oxigênio fornecida para o miocárdio e diminuir a dor.
A eficácia terapêutica do O2 é determinada ao se observar a frequência e ritmo da troca respiratória.
TRATAMENTO CIRÚRGICO
A angina de peito pode persistir por muitos anos de forma estável, com breves crises. Entretanto, a angina instável é uma doença grave que pode progredir para o I.M. ou para morte cardíaca súbita.
As medidas invasivas podem ser:
ACTP (Angioplastia Coronariana Transluminal Percutânea):
para aqueles com ateroma que oclui pelo menos 70% do lúmen arterial de uma coronária importante.
Cateteres vazados, denominados bainhas, são inseridos, usualmente na veia e/ou artéria femoral, proporcionando um conduto para outros cateteres.
Depois que o ateroma é verificado, um cateter de dilatação com um balão na extremidade é introduzido através do cateter-guia e posicionado sobre a lesão.
Quando o cateter está posicionado, o balão é inflado, a pressão “esmaga” e comprime o ateroma.
ATERECTOMIA
É a retirada do ateroma, ou placa, a partir de uma artéria coronária.
Um cateter com lascas de diamante na extremidade gira como uma broca de dentista pulverizando a lesão.
STENT de ARTÉRIA CORONÁRIA
É uma rede de aço inoxidável trançada que proporciona o suporte estrutural para um vaso em risco de fechamento agudo. É colocado sobre um balão de angioplastia.
Quando o balão é insuflado, a rede se expande e pressiona a parede vascular, mantendo a artéria aberta.
O balão é retirado, mas o stent fica posicionado dentro da artéria.
PROCESSO de ENFERMAGEM do PACIENTE com ANGINA de PEITO
A enfermeira com auxílio do técnico, obtém as informações sobre os sintomas e atividades do paciente, sobretudo aquelas que precedem e precipitam as crises de dor anginosa.
As perguntas apropriadas podem incluir:
Onde a dor comumente se localiza? Ela ocorre em algum outro ponto?
Como você descreveria a dor (pulsátil, compressiva, cortante, contínua, intermitente)?
Que outros sintomas ocorrem com a dor?
O que geralmente deflagra a dor? O que geralmente a alivia? O que agrava?
Geralmente, por quanto tempo dura a dor?
Quantos minutos se passam, após tomar a nitroglicerina, para que a dor cesse?
CUIDADOS de ENFERMAGEM
Quando o paciente queixa de dor, a enfermagem deve agir rápido. Nesse caso, o paciente deve ser orientado a parar com todas as atividades e sentar ou descansar no leito em uma posição semi-fowler para reduzir os requisitos de oxigênio do miocárdio isquêmico.
A enfermagem avalia a dor do paciente, fazendo perguntas padronizadas (da instituição) para identificar se a dor é idêntica àquela já referida pelo paciente.
A diferença pode indicar uma agravamento na doença ou outra causa distinta.
Sinais vitais são observados e a angústia respiratória também.
No hospital, usualmente realiza-se o ECG que mostra alguma alteração na condução elétrica cardíaca.
EVITANDO a DOR
A enfermagem verifica o nível de atividade que provoca a dor do paciente e a enfermeira planeja, junto com sua equipe, as atividades do paciente.
Se há presença de dor ao mínimo esforço, alterna-se as atividades com repouso.
REDUZINDO a ANSIEDADE
Os pacientes com angina, frequentemente temem perder suas funções no seio da sociedade e da família. Explorar as implicações que o diagnóstico tem para o paciente e fornecer as informações sobre a doença, seu tratamento e métodos para evitar a progressão da doença como cuidados com a alimentação, abolir o tabagismo e etilismo, prática de atividades físicas de acordo com o paciente.