Post on 03-Aug-2015
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO
PACIENTE COM ANEXITEEdimeire PaixãoDaynara RayelleIldener ChagasMichelle SousaNatalia Melo
João SilvaSimone Lobato
Tatiany FernandesTeresa OliveiraViviane Moura
Anexite:
È uma condição inflamatória da cavidade pélvica que pode começar com a cervicite e envolver o útero(endométrio),tubas de Falópio(salpingite) e ovários(ooforite) aos ligamentos de sustentação (PARAMETRITE) ou afetar vários dos apêndices uterinos.
Epidemiologia:
A maior prevalência é em mulheres sexualmente ativas entre 15-24 anos de idade.
A salpingite é mais frequente nos países em vias de desenvolvimento.
A principal causa são processos infecciosos, facilmente evitáveis.
É responsável, em cerca de 8% a 18% das mulheres, por situações de infertilidade, sendo esta porcentagem tanto maior quanto maior o número de episódios que a mulher teve.
Etiologia:
Entidade clínica que constitui a complicação mais comuns das doenças sexualmente transmissíveis.
Geralmente é causada por bactérias: Chlamydia trachomatis Neisseria gonorrhoeae
Porém pode ser atribuída a um vírus,fungos ou parasitas Herpes simplex vírus (HSV-2) Trichomonas vaginalis Candida albicans
Fatores de risco:
Relação sexual sem preservativo. Doenças sexualmente transmissíveis. Uso de dispositivo Intra-uterino. Pós-parto. Baixo nível social econômico. Ectopia cervical. Ter múltiplos parceiros sexuais. Manipular inadequadamente o trato genital;
uso de duchas, biópsia do endométrio. Infecção Pélvica Prévia.
Revisão Anatômica:
A função das trombas de Falópio
(tubos que ligam o útero aos ovários)
é conduzir os espermatozóides
do útero até aos ovários e os
óvulos/ovo dos ovários até ao útero.
Fisiopatologia:
A patogenia exata não foi determinada, porém presume-se que os organismos comumente penetram no corpo através da vagina,atravessando o canal cervical ,colonizam a endocérvice e se movimentam para cima, para dentro do útero.
Sob várias condições os organismos podem prosseguir para uma ou ambas as tubas de Falópio e ovários e para dentro da pelve:
Fisiopatologia:
Nas infecções gonorréicas,os gonococos atravessam o canal cervical e passam para dentro do útero,onde o ambiente principalmente durante a menstruação,permite que eles se multipliquem com rapidez e se espalhem para as tubas de Falópio e para o interior da pelve.
Em raros casos, os organismos(ex: tuberculose) ganham acesso aos órgãos reprodutores por meio da corrente sanguínea a partir dos pulmões
Fisiopatologia:
Nas infecções bacterianas que ocorrem depois do parto ou aborto,os patógenos disseminam-se diretamente através dos tecidos que sustentam o útero por meio dos vasos linfáticos e sanguíneos.
Na gravidez, o aumento do suprimento sanguíneo necessário pela placenta proporciona mais vias para a infecção.
Fisiopatologia:
Salpingite:
Manifestações Clínicas:
Secreção vaginal Dispareunia Dor pélvica abdominal inferior Dolorimento após a mestruação Dor com a micção ou defecação Febre No exame pélvico,o dolorimento intenso pode ser notado com a palpação do útero ou movimento do colo.
Complicações
A Salpingite pode originar a formação de um abscesso, ou seja, a acumulação de pus no interior da trompa afetada, uma complicação designada piossalpinge, em que o rompimento do abscesso favorece a disseminação do pus para o interior da cavidade abdominal, provocando um grave quadro de peritonite.
A infecção pode torna-se crônica e origina manifestações como dores no baixo ventre e nas costas, mais intensas durante o período menstrual.
Complicações
As infecções podem danificar os septos no interior das trompas, provocando o aparecimento de cicatrizes e aderências que obstruem em maior ou menor grau a entrada destes canais. Caso se produza a obstrução total de ambas as trompas, o problema pode provocar, como sequela, a infertilidade, em que os óvulos libertos pelos ovários não conseguem avançar ao longo do interior dos canais para serem fecundados.
Complicações
Obstrução da tuba de Falópio, pode causar uma gravidez ectópica no futuro,quando o ovo fertilizado não pode atravessar uma estenose tubária,ou o tecido cicatricialpode ocluir as tubas, resultando em esterilidade.
Diagnóstico:
exame ginecológico clínico Anamnese e exame físico. Exames laboratoriais: Hemograma. Ecografia. Bacterioscopia; material obtido da
endocérvice. Urina de rotina; afastar infecção urinária. Dosagem de Beta-HCG; afastar gravidez.
Diagnóstico:
Ultrassonografia pélvica transabdominal e transvaginal.
Tomografia computadorizada . Ressonância magnética. Laparoscopia.
Tratamento:
O tratamento ambulatorial aplica-se a mulheres que apresentam quadro clínico leve,e que não estejam incluídas nos critérios para tratamento hospitalar, assim resumidos:
caso em emergência cirúrgica (por exemplo, abcesso tubo-ovariano roto);
quadro grave com sinais de peritonite, náusea, vômito ou febre alta;
paciente grávida; paciente imunodeficiente em uso de terapia
imunossupressiva, paciente não apresenta resposta adequada ao
tratamento ambulatorial; paciente não tolera ou é incapaz de aderir ao
tratamento ambulatorial.
Tratamento:
Antibioticoterapia. Anti-inflamatórios. Em casos de abscesso tubo- ovariano ou
pélvico , drenar se necessário. Repouso e Analgesia adequada. Líquidos intravenosos.O tratamento de parceiros sexuais é
necessário para evitar a reinfecção.
Assistência de Enfermagem: Registrar os sinais vitais e das características
e quantidade das secreção vaginal. Administração de analgésicos,conforme
prescrição para alívio da dor. A paciente deve ser informada da
necessidade de precauções;proteger-se contra reinfecção.
Incentivar ao uso de preservativos. Explicar como ocorre a anexite,como elas
podem ser controladas e evitadas,bem como seus sinais e sintomas.
Assistência de Enfermagem: Enfatizar a necessidade do tratamento
completo, independente da melhora dos sintomas;
Todas as pacientes que tiveram anexite precisam ser informadas dos sinais e sintomas da gravidez ectópica(dor,sangramento anormal,menstruação atrasada,desmaio,vertigem),porque elas estão propensas a essa complicação.
Orientar o atendimento e acompanhamento do parceiro sexual.