asma e rinite um problema de saúde pública 2007 · Austrália, Irlanda, N. Zelândia e Reino...

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ASMA E RINITE: UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA

PROGRAMA DE CONTROLE DA ASMA E RINITE DA BAHIA - PROARDRA. LÍVIA FONSECA

ASMA E RINITE: UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA

POR QUE?

ASMA E RINITE

ASMA e ASMA e SaSaúúdede PPúúblicablica

Epidemiologia da asma no Brasil:

3ª ou 4ª causa de internamentos (SUS)Enorme volume de

consultas em emergência 2.500 óbitos por ano (maioria evitáveis)

DATASUS,2004

Prevalência de Prevalência de sibilânciasibilânciaISAACISAAC

BrasilBrasil, Canadá, Peru e EUA

00 55 1010 1515 2020 2525 3030 3535

China, Grécia, Rússia

Austrália, Irlanda, N. Zelândia e Reino Unido

Etiópia, Índia, Paquistão

Espanha, Nigéria e Itália

França, Alemanha, Japão, Suécia

Mallol et al . Pediat Pulmonol 2000, 30:439-444

Prevalência (%)Prevalência (%)

Asma: Situação Global

• Prevalência dobrou nos últimos 10 anos• Perda anual de 15 milhões de anos de vida

ajustados por incapacidade• custo > AIDS + Tbc

Beasley R, JACI 2002

C1

Slide 6

C1 Cliente; 9/10/2005

Rinite: Situação Global

Rinite alérgica isolada é encontrada em 20% da população geral;

( Dados subestimados?)

Rinite foi relatada em 98,9% dos pacientes asmáticos com evidências de atopia, enquanto que esta proporção reduziu para 78,4% entre asmáticos sem essas evidências.

Passalacqua G, Ciprandi G, Canonica WC. The nose-lung interaction in allergic rhinitis andasthma: united airways disease. Curr Opin Allergy Clin Immunol 2001;1(1):7-13.

Asma e Rinite: Situação Global

Qual o motivo deste aumento da prevalência mundial?

Urbanização?Mudanças sociais (Pobreza, maior exposição à alérgenos, grandes aglomerados...)?"Hipótese da Higiene“?Mudanças ambientais?

RINITE ALÉRGICA - CONCEITOCONCEITO

A rinite alérgica é definida clinicamente como um distúrbio sintomático do nariz, induzido por uma inflamação mediada por IgE, após exposição das membranas nasais a alérgenos.

ARIA, 2003

Asma é uma doença inflamatória crônica caracterizada por hiperresponsividade(HR) das vias aéreas inferiores e por limitação variável ao fluxo aéreo, reversível espontaneamente ou com tratamento, manifestando-se clinicamente por episódios recorrentes de sibilância,dispnéia, aperto no peito e tosse, particularmente à noite e pela manhã ao despertar. Resulta de uma interação entre genética, exposição ambiental e outros fatores específicos que levam ao desenvolvimento e manutenção dos sintomas.

ASMA ASMA -- CONCEITOCONCEITO

IV Diretrizes Brasileiras para Manejo da Asma, 2006III Consenso Brasileiro para o manejo da asma, 2002III Consenso Brasileiro para o manejo da asma, 2002

“É lícito admitir a rinite alérgica e a asma como doenças inter-relacionadas, e o paradigma da unicidade das vias aéreas abre perspectivas promissoras para o advento de estratégias terapêuticas integradas para estas afecções.”

Allergic Rhinitis and its Impact on AsthmaARIA, 2003

A RINITE ALÉRGICA E SEU IMPACTO NA ASMA

Como conduzir?

ABORDAGEM DO PACIENTE COM RINITE E ASMA

Como conduzir?

Diagnóstico

Quais os dados relevantes na história de um paciente com asma?

CLCLÍÍNICONICO

Como reconhecer?

Abordagem clínica da asma:

Crises de sibilância, tosse e/ou dor torácicaRecorrência Resposta ao broncodilatadorHP atopiaHF asmaLimitação aos esforçosDispertares noturnos

COMPLEMENTANDO...

Exames complementares

Para confirmaçãoEspirometriaPico de fluxo expiratórioIGETeste alérgico cutâneo

Para exclusão de outras patologiasRx de tórax, Rx de seios paranasais, REED, Teste do suor, Função mucociliar, broncoprovocação, etc.

Como classificar a asma?

III Consenso Brasileiro para o manejo da asma, 2002III Consenso Brasileiro para o manejo da asma, 2002

IV Diretrizes Brasileiras para Manejo da Asma, 2006

O QUE É O MEDIDOR DE PICO DE FLUXO?

• A asma está sob controle quando o pico de fluxo for maior que 80%;

• Entre 50 e 80%, deve-se prestar atenção nos sintomas e mudar o plano de ação;

• Abaixo de 50% a asma saiu do controle, deve-se procurar ajuda médica ou um pronto–socorro o mais rápido possível.

Qual é o tratamento propostopara ASMA?

NÃO FARMACOLÓGICO

1. Educação do paciente e da sua família

2. Medidas de controle ambiental (Controle ambiental na asma: recomendar ou não recomendar, eis a questão! ¨¨) - J. bras. pneumol. vol.31 no.1 São Paulo Jan./Feb. 2005

Luisa Karla Arruda

3. Fisioterapia

• Na crise aguda – posturas de relaxamento.

• Na intercrise – aumento da resistência àfadiga do músculo respiratório.

NÃO FARMACOLÓGICO

1. Educação do paciente e da sua família

2. Medidas de controle ambiental (Controle ambiental na asma: recomendar ou não recomendar, eis a questão! ¨¨) - J. bras. pneumol. vol.31 no.1 São Paulo Jan./Feb. 2005

Luisa Karla Arruda

3. Fisioterapia

• Na crise aguda – posturas de relaxamento.

• Na intercrise – aumento da resistência àfadiga do músculo respiratório.

2 2 -- Medidas preventivas de controle Medidas preventivas de controle dos dos alaléérgenosrgenos e irritantes ambientaise irritantes ambientais

São medidas que visam a redução da quantidade de alérgenos e irritantes no domicílio.

.

NÃO FARMACOLÓGICO

1. Educação do paciente e da sua família

2. Medidas de controle ambiental (Controle ambiental na asma: recomendar ou não recomendar, eis a questão! ¨¨) - J. bras. pneumol. vol.31 no.1 São Paulo Jan./Feb. 2005

Luisa Karla Arruda

3. Fisioterapia (para asma)

• Na crise aguda – posturas de relaxamento.

• Na intercrise – aumento da resistência àfadiga do músculo respiratório.

FARMACOLÓGICO

Broncodilatadores (De curta e longa ação)AnticolinérgicosXantinasCorticosteróides (inalatórios e sistêmicos)CromonasAntagonistas dos leucotrienosImunoterapiaAnti IGE

FÁRMACOS USADOS NO TRATAMENTO DA ASMA

QUAL É O MELHOR?

0

10

20

30

40

50

60

70

Alergista Pneumologista Clínico Pediatra

199719981999

Porc

enta

gem

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resc

riçõe

sde

con

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ePo

rcen

tage

mde

pre

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ontr

ole

Medicamentos Profiláticos

IMS Prescription Audit - Total Asthma Prescriptions

65%63%

44%

26%

CSi dose alta+ β2 longa + CS

oral ±antileucotrienoou teofilina de liberação lenta

CSi dose alta± β2 longa ±

antileucotrieno outeofilina de

liberação lenta

antileucotrienocromoglicato*

Alternativas

CSi alta + β2 longa + CS oral

CSi + β2 longaCSi dose baixaTratamento1a. escolha

educação e controle do ambiente

educação e controle do ambiente

educação e controle do ambiente

educação e controle do ambiente

Cuidadospreventivos

BD β2-agonista de ação curta

BD β2-agonista de ação curta

BD β2-agonista de ação curta

BD β2-agonista de ação curta

Medicaçõesde alívio

Persistentegrave

Persistentemoderada

Persistente leveIntermitente

III Consenso Brasileiro de Asma - 2002

IV Diretrizes Brasileiras para Manejo da Asma, 2006

IV Diretrizes Brasileiras para Manejo da Asma, 2006

BRONCODILATADORES

Beta 2 de Ação Curta inalatórios:*Fenoterol – Berotec 100 e 200mcg/dose.*Terbutalina – Bricanyl Turbohaler 50mcg/dose*Salbutamol – Aerolin 100mcg/doseOutras apresentações: Oral e injetável

Beta 2 de Longa Duração Inalatórios*Salmeterol 50 mcg*Formoterol 6 a 12 mcg*Outra apresentações: Oral (Bambuterol).

IV Diretrizes Brasileiras para Manejo da Asma, 2006

IV Diretrizes Brasileiras para Manejo da Asma, 2006

IV Diretrizes Brasileiras para Manejo da Asma, 2006

E a rinite como conduzir?

Diagnóstico CLCLÍÍNICONICO

Quais os dados relevantes na história?

Abordagem clínica da rinite: espirros, prurido nasal, obstrução nasal, coriza.

Qual a classificação da rinite?

Classificação da rinite

Qual é o tratamento proposto?

Intermitenteleve

PersistenteleveIntermitente

moderada/grave

Persistentemoderada/

grave

corticosteróide intranasalcromona nasal

evitar alérgenos e irritantesimunoterapia específica

descongestionante intranasal (<10 dias) ou oralanti-H1 não-sedante oral ou local

Tratamento da rinite alérgica (ARIA)Allergic Rhinitis and its Impact on Asthma

Tratamento da rinite alérgica (ARIA)Allergic Rhinitis and its Impact on Asthma

Medicações para Rinite Alérgica-ARIA

Medicações para Rinite Alérgica-ARIA

Anti-histamínicos-H1oralintranasalintraocular

CorticosteróidesCromonas

intranasalintraocular

Descongestionantesintranasaloral

AnticolinérgicosAntileucotrienos

Anti-histamínicos-H1oralintranasalintraocular

CorticosteróidesCromonas

intranasalintraocular

Descongestionantesintranasaloral

AnticolinérgicosAntileucotrienos

Espirros

+++++0

+++

+0

000++

Espirros

+++++0

+++

+0

000++

Rinorréia

++++++0

+++

+0

00

+++++

Rinorréia

++++++0

+++

+0

00

+++++

Obstruçãonasal

0 a ++0++

+0

+++0++

Obstruçãonasal

0 a ++0++

+0

+++0++

Pruridonasal

+++++0++

+0

000+

Pruridonasal

+++++0++

+0

000+

Sintomasoculares

++0

++++

0++

000++

Sintomasoculares

++0

++++

0++

000++

U N I F E S P - E P MIAIRIAIR 40

QUANDO...ASMA PERSISTENTE GRAVE

com

RINITE ALÉRGICA PERSISTENTE

Qual a terapêutica proposta?

a) β2 agonista de curta ação para alívio e anti-histamínico oral

b) β2 agonista de curta ação para alívio + tratamento com CSi em dose baixa + corticóidenasal

c) tratamento com β2 agonista de longaação + CSi em dose baixa + anti-histamínico

tópicod) tratamento com β2 agonista de longa

ação + CSi em dose alta + corticóide nasalENCAMINHAR AO PROARENCAMINHAR AO PROAR

ProgramaPrograma de de ControleControle da da AsmaAsma

e da e da RiniteRinite AlAléérgicargica nana Bahia Bahia

(ProAR)(ProAR)

projeto de ensino, pesquisa e assistência,

integrando o Sistema Único de Saúde

e a universidade pública a organizações

não governamentais

FMUFBA, março de 2002.

Atividades do PROARAtividades do PROAR

EnsinoPesquisaAssistência ambulatorial aos pacientes com asma moderada/grave com equipemultidisciplinarDisponibilização de medicação gratuita paraos pacientes assistidos (para asma e rinite)

Atividades Culturais e EducacionaisAtividades Culturais e Educacionais

ProAR

Conclusão

Apesar da necessidade da incorporação de novos conhecimentos que ratifiquem a Doença das vias aéreas unidas e suas conseqüências para pacientes e suas famílias, há consenso na literatura de que o tratamento deve contemplar ambas as afecções: A Rinite e a Asma.

FIM