Post on 20-Jun-2015
description
As Raízes do Modernismo Brasileiro O Pré-modernismo Modernismo Suas Fases
Manoel B
and
eira
Equipe:
CarolayneElbiaIsabelMiguelRayane
3º Ano “A” Monte
iro Lo
bato
Sumário:Pré-modernismo..............................................................................................4Pontos de conflito no brasil pré-modernista................................................5Caracterização...............................................................................................7Principais autores pré-modernistas...............................................................8 Monteiro Lobato.........................................................................................9 Euclides da Cunha....................................................................................11 Lima Barreto...............................................................................................13Augusto dos anjos.........................................................................................15Modernismo...................................................................................................17Fases................................................................................................................21A semana de arte moderna........................................................................22A semana.......................................................................................................24Manuel Bandeira...........................................................................................27 Principais obras..........................................................................................29 Poemas.......................................................................................................30
Pré-modernismoO pré-modernismo ou Também chamado estética impressionista foi um período literário brasileiro, que marcau a transição entre o simbolismo e o movimento modernista. Em Portugal, o pré-modernismo configura o movimento denominado saudosismo .O termo pré-modernismo parece ter sido criado por Tristão de Athayde, para designar os "escritores contemporâneos do neo-parnasianismo, entre 1910 e 1920", no dizer de Joaquim Francisco Coelho
Pontos de conflito no Brasil pré-modernista
Para os autores, o momento histórico brasileiro interferiu na produção literária, marcando a transição dos valores éticos do século XIX para uma nova realidade que se desenhava, essencialmente pautado por uma série de conflitos como o fanatismo religioso do Padre Cícero e de Antônio Conselheiro e o cangaço, no Nordeste, as revoltas da Vacina e da Chibata, no Rio de Janeiro, as greves operárias em São Paulo e a Guerra do Contestado (na fronteira entre Paraná e Santa Catarina); além disso a política seguia marcadamente dirigida pela oligarquia rural, o nascimento da burguesia urbana, a industrialização, segregação dos negros pós-abolição, o surgimento do proletariado e: finalmente, a imigração europeia.
Além desses fatos somam-se as lutas políticas constantes pelo coronelismo, e disputas provincianas como as existentes no Rio Grande do Sul entre maragatos e republicanos.
Caracterização:Embora vários autores sejam classificados
como pré-modernistas, este não se constituiu num estilo ou escola literária, dado a forte individualidade de suas obras , mas essencialmente eram marcados por duas características comuns:
conservadorismo - traziam na sua estética os valores naturalistas;
renovação - demonstravam íntima relação com a realidade brasileira e as tensões vividas pela sociedade do período
Embora tenham rompido com a temática dos períodos anteriores, esses autores não avançaram o bastante para ser considerados modernos - notando-se, até, alguns casos, resistência às novas estéticas.
Principais AutoresPré-modernista
PRINCIPAIS OBRAS: Urupês (1918) - Aborda a decadência da agricultura no
Vale do Paraíba, após o “ciclo” do café. Ideias de Jeca Tatu (1919) - História de Vilela, Camilo e
Rita envolvidos em um triângulo amoroso. A Menina do Narizinho Arrebitado (1920) - Tem como
personagens principais Emília e Narizinho em mais uma de suas histórias inéditas.
O Pica-Pau Amarelo (1939) - Aborda a Turma do Sítio (Emília, Narizinho, Pedrinho, Marquês de Rabicó, Conselheiro, Quindim, Visconde de Sabugosa, Dona Benta, Tia Nastácia, Tio Barnabé, Cuca, Saci, etc) vivendo situações e aventuras que mexem com a imaginação da criançada.
Os Sertões (1902) - Retrata a Guerra dos Canudos, sendo publicado nos seguintes idiomas: alemão, chinês, francês, inglês, dinamarquês, espanhol, holandês, italiano e sueco.
Contrastes e Confrontos (1907) - Pode-se dizer que é uma obra científica e uma obra de arte. Trata-se de uma obra única na história das letras brasileiras.
À Margem da História (1909) - Publicação póstuma, reúne os artigos de Euclides sobre a Amazônia antes e após sua viagem à região. Os ensaios amazônicos reforçam a tese de uma formação histórica marcada por contrastes e antagonismos. O dever da ciência e dos intelectuais era, para Euclides da Cunha, promover o encontro entre Estado e nação.
PRINCIPAIS OBRAS:
Recordações do Escrivão Isaías Caminha (romance – 1909)
Triste Fim de Policarpo Quaresma (romance – 1911)
Numa e Ninfa (romance – 1915) Morte e M. J. Gonzaga de Sá (romance – 1919) Os Bruzundangas (crônica – 1923) Clara dos Anjos (romance – 1924) Histórias e Sonhos (contos – 1956) Diário Íntimo (memórias – 1956) Cemitério dos Vivos (memórias – 1956)
PRINCIPAIS OBRAS:
Saudade (poema - 1900) - Mostra que tanto os atos bons quanto os ruins do passado de alguém são necessários para completar o indivíduo.
Eu e Outras Poesias (único livro de poemas - 1912) - Articula o trinômio como reflexo de um momento histórico marcado por um sentimento de perda, um mal-estar disseminado entre os intelectuais, uma angústia diante da falência da Civilização Ocidental e dos ideais do Progresso.
Psicologia de um Vencido (soneto) - Com o uso de palavras rebuscadas e repleto de simbolismo, este soneto aborda o pessimismo marcante e retrata a tragédia da morte com naturalidade.
Versos íntimos - Como todos os outros poemas e sonetos de Anjos, este também aborda a morte e o próprio "eu" o centro do seu pensamento.
PRINCIPAIS OBRAS:
Modernismo
O modernismo brasileiro foi um amplo movimento cultural que repercutiu fortemente sobre a cena artística e a sociedade brasileira na primeira metade do século XX, sobretudo no campo da literatura e das artes plásticas. O movimento no Brasil foi desencadeado a partir da assimilação de tendências culturais e artísticas lançadas pelas vanguardas europeias no período que antecedeu a Primeira Guerra Mundial, como o Cubismo e o Futurismo. As novas linguagens modernas colocadas pelos movimentos artísticos e literários europeus foram aos poucos assimiladas pelo contexto artístico brasileiro, mas colocando como enfoque elementos da cultura brasileira.
Considera-se a Semana de Arte Moderna, realizada em São Paulo, em 1922, como ponto de partida do modernismo no Brasil. Porém, nem todos os participantes desse evento eram modernistas: Graça Aranha, um pré-modernista, por exemplo, foi um dos oradores. Não sendo dominante desde o início, o modernismo, com o tempo, suplantou os anteriores. Foi marcado, sobretudo, pela liberdade de estilo e aproximação com a linguagem falada, sendo os da primeira fase mais radicais em relação a esse marco.
Fases:Didaticamente, divide-se o
Modernismo em três fases: a primeira fase, mais radical e fortemente oposta a tudo que foi anterior, cheia de irreverência e escândalo; uma segunda mais amena, que formou grandes romancistas e poetas; e uma terceira, também chamada Pós-Modernismo por vários autores, que se opunha de certo modo a primeira e era por isso ridicularizada com o apelido de Parnasianismo.
A semana de arte modernaA Semana de Arte
Moderna, também chamada de Semana de 22, ocorreu em São Paulo no ano de 1922, entre os dias 11 a 17 de fevereiro, no Teatro Municipal da cidade.
Apesar do designativo "semana", o evento ocorreu em três dias. Cada dia da semana trabalhou um aspecto cultural: pintura, escultura, poesia, literatura e música. O evento marcou o início do modernismo no Brasil e tornou-se referência cultural do século XX.
A Semana de Arte Moderna representou uma verdadeira renovação de linguagem, na busca de experimentação, na liberdade criadora da ruptura com o passado e até corporal, pois a arte passou então da vanguarda, para o modernismo. O evento marcou época ao apresentar novas ideias e conceitos artísticos, como a poesia através da declamação, que antes era só escrita; a música por meio de concertos, que antes só havia cantores sem acompanhamento de orquestras sinfônicas; e a arte plástica exibida em telas, esculturas e maquetes de arquitetura, com desenhos arrojados e modernos. O adjetivo "novo" passou a ser marcado em todas estas manifestações que propunha algo no mínimo curioso e de interesse.
A Semana:A Semana, de uma certa maneira, nada mais foi do
que uma ebulição de novas ideias totalmente libertadas, nacionalista em busca de uma identidade própria e de uma maneira mais livre de expressão. Não se tinha, porém, um programa definido: sentia-se muito mais um desejo de experimentar diferentes caminhos do que de definir um único ideal moderno. 13 de fevereiro (Segunda-feira) - Casa cheia, abertura
oficial do evento. Espalhadas pelo saguão do Teatro Municipal de São Paulo, várias pinturas e esculturas provocam reações de espanto e repúdio por parte do público. O espetáculo tem início com a confusa conferência de Graça Aranha, intitulada "A emoção estética da Arte Moderna". Tudo transcorreu em certa calma neste dia.
15 de fevereiro (Quarta-feira) - Guiomar Novaes era para ser a grande atração da noite. Contra a vontade dos demais artistas modernistas, aproveitou um intervalo do espetáculo para tocar alguns clássicos consagrados, iniciativa aplaudida pelo público. Mas a "atração" dessa noite foi a palestra de Menotti del Picchia sobre a arte estética. Menotti apresenta os novos escritores dos novos tempos e surgem vaias e barulhos diversos (miados, latidos, grunhidos, relinchos…) que se alternam e confundem com aplausos. Quando Ronald de Carvalho lê o poema intitulado Os Sapos de Manuel Bandeira, (poema criticando abertamente o parnasianismo e seus adeptos) o público faz coro atrapalhando a leitura do texto. A noite acaba em algazarra. Ronald teve de declamar o poema pois Bandeira estava impedido de fazê-lo por causa de uma crise de tuberculose.
17 de fevereiro (Sexta-feira) - O dia mais tranquilo da semana, apresentações musicais de Villa-Lobos, com participação de vários músicos. O público em número reduzido, portava-se com mais respeito, até que Villa-Lobos entra de casaca, mas com um pé calçado com um sapato, e outro com chinelo; o público interpreta a atitude como futurista e desrespeitosa e vaia o artista impiedosamente. Mais tarde, o maestro explicaria que não se tratava de modismo e, sim, de um calo inflamado…
Manuel Bandeira
Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho (Recife, 19 de abril de 1886 - Rio de Janeiro, 13 de outubro de 1968) foi um poeta, crítico literário e de arte, professor de literatura e tradutor brasileiro.
A Cinza das Horas – Jornal do Comércio – Rio de Janeiro, 1917 (Edição do Autor)
Carnaval – Rio de janeiro,1919 (Edição do Autor) Poesias (acrescida de O Ritmo Dissoluto) – Rio de Janeiro, 1924 Libertinagem – Rio de Janeiro, 1930 (Edição do Autor) Estrela da Manhã – Rio de Janeiro, 1936 (Edição do Autor) Mafuá do Malungo – Barcelona, 1948 (Editor João Cabral de
Melo Neto) Poesias completas (acrescidas de Opus 10) – Rio de Janeiro,
1955 Poesia e prosa completa (acrescida de Estrela da Tarde), Rio de
Janeiro, 1958 Alumbramentos – Rio de Janeiro, 1960 Estrela da Tarde – Rio de Janeiro, 1960 Estrela a vida inteira, Rio de Janeiro, 1966 (edição em
homenagem aos 80 anos do poeta)
PRINCIPAIS OBRAS:
Os Sapos Enfunando os papos,Saem da penumbra,Aos pulos, os sapos.A luz os deslumbra.
Em ronco que aterra,Berra o sapo-boi:
— “Meu pai foi à guerra!”— “Não foi!” — “Foi!” — “Não
foi!”.
O sapo-tanoeiro,Parnasiano aguado,
Diz: — “Meu cancioneiroÉ bem martelado.
Vede como primoEm comer os hiatos!
Que arte! E nunca rimoOs termos cognatos.
O meu verso é bomFrumento sem joio.
Faço rimas comConsoantes de apoio.
Vai por cinquenta anosQue lhes dei a norma:
Reduzi sem danosA fôrmas a forma.
Clame a sapariaEm críticas céticas:Não há mais poesia,
Mas há artes poéticas…”
O Anel de VidroAquele pequenino anel que tu me deste,
— Ai de mim — era vidro e logo se quebrouAssim também o eterno amor que prometeste,— Eterno! era bem pouco e cedo se acabou.
Frágil penhor que foi do amor que me tiveste,Símbolo da afeição que o tempo aniquilou, —
Aquele pequenino anel que tu me deste,— Ai de mim — era vidro e logo se quebrou
Não me turbou, porém, o despeito que investeGritando maldições contra aquilo que amou.De ti conservo no peito a saudade celesteComo também guardei o pó que me ficouDaquele pequenino anel que tu me deste
O BICHOVI ONTEM um bicho
Na imundície do pátioCatando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.O bicho não era um cão,
Não era um gato,Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.
Estrela da tardeEstrela da tarde - Manuel Bandeira
A vidaNão vale a pena e a dor de ser
vividaOs corpos se entendem mas as
almas não.A única coisa a fazer é tocar um
tango argentino.
Vou-me embora pra Pasárgada!Aqui eu não sou feliz.Quero esquecer tudo:
– A dor de ser homem...Este anseio infinito e vão
De possuir o que me possuí.
Quero descansarHumildemente pensando na vida e
nas mulheresque amei...
Na vida inteira que podia ter sido e que não foi.
Quero descansar.Morrer.
Morrer de corpo e de alma.Completamente.
(Todas as manhãs o aeroporto em frente me
dá lições de partir.)
Quando a Indesejada das gentes chegar
Encontrará lavrado o campo, a casa limpa,
A mesa posta,Cada coisa em seu lugar.