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7/22/2019 Artigo Aparecida Fatima Alves
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Leitura e Interpretao de Mapas e Grficos uma estratgia
na prtica cartogrfica1
Aparecida de Ftima Alves Silva
!esumo" As Representaes Grficas, especialmente mapas e grficos, soelementos importantes na aplicao de contedos geogrficos, porm, porvezes constituem-se em entraves aprendizagem devido s dificuldades ueos educandos enfrentam em manipular estes instrumentos! " presente artigotem como o#$etivo apresentar estratgias de tra#al%o em RepresentaesGrficas visando mel%or entendimento e assimilao deste tipo de linguagem!&sta pesuisa teve como p#lico-alvo educandos da '( srie do &nsino)undamental! " estudo #aseou-se numa anlise e*plorat+ria, caracterizado
como de natureza ualitativa! " encamin%amento metodol+gico contou comdiversas etapas, iniciando com a sondagem do nvel de aprendizagem dosalunos a partir de uma avaliao diagn+stica! osteriormente foramtra#al%ados contedos pertinentes compreenso desta forma decomunicao, finalizando com a leitura e interpretao de mapas e grficos!.os resultados alcanados com este tra#al%o, destaca-se as significativase*peri/ncias aduiridas no processo ensino-aprendizagem destes contedosgeogrficos!
#alavras$c%ave0 Representaes Grficas! &stratgias Aplicadas! &nsino-
aprendizagem! 1ontedos Geogrficos!
A&stract" 2%e Grap%ic Representations, speciall3 maps and grap%ics, areimportant elements in t%e application of geograp%ic contents, #ut sometimest%e3 #ecome impediments for t%e learning #ecause of t%e difficulties t%at t%estudents face 4%en t%e3 4or5 4it% t%ese instruments! 2%is researc% %ad as atarget pu#lic, student from 't%grade from t%e &nsino )undamental! 2%e stud3%ad an e*plorator3 anal3sis as its support, 4%ic% %ad a ualit3 c%aracteristic!
2%e met%odological guideline %ad several stages, starting #3 t%e diagnosticsurve3 of t%e students learning level! 6ater, 4e 4or5ed 4it% t%e contents forcompre%ension of t%is t3pe of communication, ending 4it% t%e reading and
interpretation of maps and grap%ics! 7n t%e results ac%ieved 4it% t%is 4or5, t%emeaningful e*periences acuired in t%e teac%ing- learning process of t%esegeograp%ic contents are detac%ed!
'e($)ords0 Grap%ic Representations! Applied 8trategies! 2eac%ing-learning!Geograp%ic 1ontents!
1 Artigo apresentado como tra#al%o final do 9& :rograma de 9esenvolvimento&ducacional do Governo do &stado do aran ; processo de formao continuada,realizado em
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1$ I*+!,-./0,
" atual perodo, denominado tcnico-cientfico, caracterizado
por um con$unto de novas tecnologias e dados ue perpassam os
continentes, trazendo muitas transformaes na sociedade! 9iante da
uantidade imensurvel de informaes ue so apresentadas
diariamente, em diferentes linguagens :escrita, falada, cartografada e
grfica@, a Geografia destaca-se como uma ci/ncia primordial para
a$udar a desvendar os atuais acontecimentos, #em como interpretar
essas linguagens, favorecendo o entendimento da organizao do
espao geogrfico!
As Representaes Grficas % muito tempo so usadas pela
disciplina geogrfica, mas nem sempre proporcionam resultados
satisfat+rios! 7sso decorrente, entre diversas razes, do uso de
metodologias inadeuadas para o ensino-aprendizagem! Es vezes, os
mapas so usados para pintura ou at mesmo como meras ilustraes
de um te*to, dei*ando de ser um material pedag+gico! .o caso dosgrficos, so pouco e*plorados por serem vistos como um material de
difcil compreenso pelos alunos!
&sses fatos demonstram certas caractersticas tradicionais desta
ci/ncia como trata as 9iretrizes 1urriculares do &stado do aran para o
ensino da disciplina0 "No havia, no trabalho metodolgico cartogrfico,
a preocupao de explicar o ordenamento territorial da sociedade
(
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8endo assim, o fazer pedag+gico deste tema deve ser
significativo, para ue os alunos compreendam como nossa sociedade
est espacialmente representada e organizada e como isso pode
influenciar no seu dia-a-dia!
" p#lico alvo desse tra#al%o so alunos do &nsino )undamental,
mais especificamente da '( srie, mesmo considerando ue eles $
estudaram esses contedos anteriormente, alguns demonstram
defasagens na assimilao dos mesmos! ortanto, o#$etivo desta
proposta apresentar princpios desta ferramenta, correlacion-la ao
espao vivido e sugerir estratgias para ue a aprendizagem ocorra de
forma concreta, isto , ue ela se$a aplicada pelo educador e assimilada
pelo educando da mel%or forma possvel!
" material selecionado para o desenvolvimento do tra#al%o em
uesto foi organizado a partir da relao da Geografia com a
1artografia, visto ue uma refere-se aos contedos espaciais e a outra
aos instrumentos usados para mel%or representao do espao! .a sala
de aula, foram desenvolvidos temas referentes concepo espacial,
ressaltando como se d a apropriao destas noes e alguns princpiosdas Representaes Grficas! 9epois foram realizadas diversas
estratgias :atividades orais e escritas, mauetes, mapas@ para o
entendimento do tema proposto!
" referencial te+rico-metodol+gico desta pesuisa, foi #aseado em
autores como0 Dacues Hertin, Almeida I assini, 1astrogiovanni,
Bartinelli, entre outros! 9estacando ue eles relacionam muitos
aspectos das tcnicas cartogrficas como ferramenta para a Geografia,mas ressaltam ue o interesse primordial do seu uso deve ser o
desenvolvimento dos con%ecimentos geogrficos!
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$ F.*-AM*+A/0, +2!I3A
41 $ Geografia e sua relao com a 3artografia
" conte*to mundial ue ora se apresenta caracterizado por uma
intensa gama de tecnologias ue tem provocado transformaes na
economia, na poltica e na educao! &ssas mudanas trazem novas
formas de ver e sentir o espao geogrfico, influenciando o ensino da
Geografia na escola, uma vez ue esta disciplina tem a preocupao de
fornecer ao aluno su#sdios para ue ele possa JentenderK o mundo e
fazer uma leitura crtica ou mais atenta desta Jreorganizao espacial e
socialK! 8egundo 1ALA61A.27
geografia defronta-se, assim, com a tarefa de entendero espao geogrfico num contexto bastante complexo .avano das t#cnicas, a maior e mais acelerada circulaode mercadorias, homens e id#ias distanciam os homensdo tempo da nature!a e provocam certo encolhimento doespao de rela/es entre elesM!!!N :
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tcnico ou vazio sem fins prticos e cientficos! QA22A esclarece
mel%or esta uesto ao fazer o seguinte apontamento0
45 # necessrio salientar ue a cartografia escolar deveestar amalgamada de tal forma aos ob6etivos pedaggicosdo ensino da geografia, caso contrrio, pode se tornar ummero ap7ndice na referida disciplina, ao contrrio do uemuitos afirmam, entendo ue a cartografia #imprescind8vel ao ensino da geografia por tratar-se deuma linguagem ue permite apreender, expressar ecomunicar a espacialidade dos fen9menos a fim de ue se
possam reali!ar e estabelecer racioc8nios geogrficos(%&&*, p )':, grifo nosso+
1onsiderando o &spao Geogrfico como o#$eto de estudo da
Geografia, interessante destacar alguns pontos relevantes na
aplicao desta linguagem! 8eu papel no de ilustrar uma aula, no se
deve usar o grfico pelo grfico ou o mapa como passatempo para os
alunos! &la deve ser um recurso de mediao para o mel%or
entendimento dos contedos geogrficos e, conseentemente, para a
auisio destes con%ecimentos, conforme contemplam as 9iretrizes
1urriculares;rop/e-se ue os mapas e seus conte3dos se6am lidos
pelos estudantes como textos pass8veis de interpretao,problemati!ao e anlise cr8tica ?+
" principal o#$eto da 1artografia o mapa, sendo um instrumento
de localizao e representao precioso na Geografia, na medida em
ue traduz fatos a#stratos em algo concreto! 8egundo A6B&79A &A887.7
. mapa # uma representao codificada de umdeterminado espao real ;odemos at# cham-lo de ummodelo de comunicao, ue se vale de um sistemasemitico complexo informao # transmitida por meiode uma linguagem cartogrfica, ue se utili!a de tr7selementos bsicos2 sistema de signo, reduo e pro6eo:
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A Geografia sempre teve a 1artografia ao seu lado para
representar o espao! 2odavia, a partir dos anos '=, ocorreu um
distanciamento entre o ensino da Geografia e essa ci/ncia em razo do
surgimento da Geografia 1rtica! .este momento ela #aseava-se nas
prticas mar*istas e valorizava fortemente a sociedade em detrimento
do espao, fazendo com ue a 1artografia casse em descrdito! "s
ge+grafos alegavam ue o seu uso era feito de forma mecanicista,
associando-a, a prtica da Geografia 2radicional, ue estava sendo
uestionada neste perodo!
Ao final da dcada de ?=, em razo de mudanas nas orientaes
te+rico-metodol+gicas de algumas ci/ncias e de diversas pesuisas, a
sua importSncia como linguagem cartogrfica foi retomada, valorizando
sua aplicao no ensino da Geografia! .o entanto, a discusso precisa
continuar, para ue se$a eficiente, indo alm das tcnicas e dos
con%ecimentos de c+digos ue l%es so pr+prios! 9evem-se criar
significados da realidade ue est sendo cartografada e relacionar os
contedos geogrficos com aueles representados espacialmente!
ara aplicao metodol+gica das Representaes Grficas pode-sedividi-las em duas categorias0 cartogrfica :mapas, plantas e glo#o@ e
grfica :%istograma, pirSmide e setorial@! &las comunicam imagens
destinadas percepo visual, tendo como #ase uma imagem plana!
8egundo BAR27.&667 :PTT?@ os mapas e grficos possuem princpios
para sua construo, como as variveis visuais, as propriedades
perceptivas e as dimenses U,V e W! &ssa metodologia au*ilia a
responder algumas perguntas - ,ndeX , 5u6X m 5ue ordemX7uandoX - alm de proporcionar uma leitura mais ela#orada dos
aspectos da Geografia!
Bas em ue momento usar uma categoria ou outraX Yuando o
mapa ou o grfico mais interessanteX ara responder pergunta
Z".9&X[ ode-se ela#orar ou consultar um mapa, pois ele apresenta as
duas dimenses do plano, fornecida pelas coordenadas geogrficas no
cruzamento das duas variveis :U,V@, proporcionando a localizao de
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ualuer ponto na 2erra! .o caso do grfico, este responde s uestes
Z1omoX &m ue "rdemX YuandoX[! &le apresenta os elementos do ei*o
U e V, e no seu cruzamento podem servir para compor a terceira
informao :W@, assim, permite uma resposta imediata de informaes!
ortanto, a escol%a dos instrumentos depender do fen\meno a
ser representado e do seu o#$etivo! .o entanto, conforme o caso, pode-
se usar os dois recursos, pois, enuanto o mapa permite a localizao, o
grfico oferece a informao uantitativa! &nfim, essa linguagem pode
ser aplicada de diversas maneiras, permitindo ao usurio um produto
:mapa, grfico ou carta@ com riueza de informaes e dados!
4 3oncepo espacial e sua representao
Yual o espao perce#ido pela crianaX 1omo ela perce#e este
espaoX 1omo ocorre a representao deste espaoXYue importSncia
tem para a GeografiaX
&stes uestionamentos e outros t+picos referentes concepo
de espao so importantes para o aluno, tendo em vista sua relevSnciapara a compreenso dos elementos geogrficos! 8egundo 6& 8A..
@sta # a primeira noo caracteristicamente 0eogrficaAaria do espao local ao sideral, em funo da escala .espao # percebido por meio da observao, seguida peloseu registro, num primeiro momento sobre a forma dedesenho, num segundo momento, por umarepresentao, ou se6a, um desenho fiel $ realidade(%&&*, p ))'+
ara aduirir noes espaciais e fazer a relao com a Geografia,
vrias fases devem ser consideradas! .o incio, o espao muito
limitado, pois a criana precisa desco#rir o corpo, s+ depois perce#e o
espao e*terior e assim vai ampliando sua percepo! ara ue ocorra a
conscientizao do espao ocupado pelo pr+prio corpo, % dois
processos essenciais0 o esuema corporal, perodo em ue a criana
muito egoc/ntrica e v/ tudo a partir de si, e a lateralidade,uando a
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criana aduire o domnio de um dos lados para se orientar
espacialmente! 8egundo A6B&79A I A887.7, J9esde os primeiros
meses de vida do ser %umano delineiam-se as impresses e percepes
referentes ao domnio espacial, as uais se desenvolvem atravs de sua
interao com o meioK :longe, em cima >em#ai*o! .esta fase ela capaz
de desco#rir o espao da sala de aula ou da rua onde vive!
A segunda dimenso refere-se ao espao perce#ido, uando a
criana $ consegue con%ec/-lo, sem ter ue e*perimentar como no
estgio anterior! A o#teno do domnio espacial, seguindo os conceitos
acima>a#ai*o, na frente>atrs, conduz a criana a identificar alguns
termos como dos pontos cardeais e entender a organizao de espaosmais amplos como do #airro, do municpio at do continente!
9essa forma, o domnio do espao vivido prepara a criana para o
entendimento do espao perce#ido, ue pode ser apresentado so# a
forma de uma paisagem ou de um documento impresso, como por
e*emplo o mapa! ode-se considerar ue nesse momento ue comea
o entendimento da Geografia propriamente dita!
Yuando ele $ domina o espao perce#ido, torna-se apto ltimadimenso, ue do espao conce#ido ou das formas! "s o#$etos $ no
so perce#idos somente por sua concretude, mas pelas representaes
entre eles e seu contedo! &ssa fase e*trapola o nvel geogrfico e est
mais pr+*ima do domnio matemtico!
8egundo iaget, a construo do espao processa-se atravs de
etapas, caracterizadas em estgios e su# estgios :AGA.&667,
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o nvel mais a#strato! "corre atravs de relaes topol+gicas, pro$etivas
e euclidianas!
.o perodo pr-operat+rio ou do espao representativo :< anos@
possvel tra#al%ar as relaes significante>significado, pois a criana $
desenvolveu a funo sim#+lica! .esta fase, $ se torna capaz de agir,
no somente so#re os o#$etos reais e concretos no seu tempo
perceptivo, como tam#m so#re fatos sim#olizados ou mentalmente
representados, o ue au*iliar na compreenso da legenda para a
leitura grfica!
.o estgio das operaes concretas :'>? anos@ o desenvolvimento
de algumas estruturas mentais leva compreenso da pro*imidade e
da ordem, au*iliando ao entendimento das relaes espaciais
topol+gicas :espao vivido@, ue so au*iliares para a compreenso de
limites e fronteiras, assim como da organizao do espao e na leitura
de mapas! .esse momento, necessrio ue a criana ten%a algum
domnio dos conceitos geogrficos!
No entanto, a locali!ao geogrfica constri-se $ medidaue o su6eito se torna capa! de estabelecer rela/es devi!inhana (o ue est ao lado+, separao (fronteira+,ordem (o ue vem antes e depois+, envolvimento (oespao est em torno+ e continuidade (a ue o recorte doespao a rea considerada corresponde+ entre oselementos a serem locali!ados (BC@DE F ;GGDND, %&&>,
p ''+
.o estgio intermedirio a criana consegue li#ertar-se do seu
egocentrismo espacial, coordenar pontos de vistas, conservar formas,descentralizar espaos e construir as relaes espaciais pro$etivas
:espao perce#ido@, passando a ter possi#ilidades de ler e compreender
pro$ees cartogrficas e entender a orientao geogrfica! " espao
no precisa ser mais e*perimentado fisicamente! A criana o#serva-o,
mas ainda tem dificuldade de represent-lo no mapa, pois essa ao
e*ige um grau de a#strao ue ela ainda no possui! As atividades
propostas devem desenvolver conceitos e noes, ao invs decontedos sistematizados!
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" estgio das coordenaes operat+rias :PP>P< anos@ a fase em
ue os sistemas podem ser pensados simultaneamente, caracterizando
as operaes formais! Ao construir as noes de proporcionalidade,
%orizontalidade, verticalidade, a criana pode ela#orar as relaes
espaciais euclidianas :espao conce#ido@, sendo passveis de
entendimento os conceitos de escala, e coordenada geogrfica, a#rindo
possi#ilidades para ler mapas murais e o Atlas! ] possvel criana,
neste momento, esta#elecer relaes espaciais entre os elementos
atravs de sua representao! 7sto , mostra-se capaz de imaginar uma
rea sem t/-la con%ecido!
" Yuadro P mostra a ligao entre os estgios de
desenvolvimento, as relaes espaciais e os elementos cartogrficos!
7uadro 1 $ ,pera8es Mentais #reparat9rias #ara Leitura
ficiente de Mapas
&R^"9"8 9&
9&8&.L"6L7B&.2"
"&RA_`&8
B&.2A78
R&6A_`&8
1".82R^9A8
&6&B&.2"8
1AR2"GR)71"8
&stgio
7ntermedirio
do
"perat+rio
)ormal
roporcionalidade
Corizontalidade
Lerticalidade
Relaes
euclidianas>
pro$etivas
&scalas
1oordenadas
Geogrficas
1onservao da forma
1oordenao de
pontos de vista
9escentralizao
espacial
"rientao do corpo
Relaes
espaciais
pro$etivas
ro$ees
cartogrficas
"rientao
geogrfica
"perat+rio
7ncluso>e*cluso
7nterioridade>
e*terioridade
ro*imidade - "rdem
Lizin%ana
Relaes
espaciais
topol+gicas
6imites>fronteiras
r-operat+rio )uno sim#+lica Relao
significante>
significado
8m#olos>legenda
)onte0 A887.7, &lza, PTT, 7n Guia de Recursos 9idticos ; Geografia! p! PF
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ortanto, os conceitos geogrficos, a noo de espao e a
aplicao dos princpios grficos sero mais eficazes se forem
consideradas as fases de evoluo da criana no seu desenvolvimento
como um todo0 cognitivo :idade@, motor :fsico@ e intelectual
:aprendizado@!
As Representaes Grficas so significativas para entender
te*tos, idias e dados de forma eficaz e sintetizada! Assim, elas devem
comunicar as informaes instantaneamente, atravs de imagens
visuais de forma monoss/mica, isto , sem am#igidade, permitindo
uma nica leitura!
A representao grfica, segundo Hertin M!!!N no deve sertratada como poliss/mica, pois, de acordo com as #asesda semiologia Grfica, a 1artografia considerada uma
linguagem universal, no convencional, e portantomonoss/mica :Y&7R"W,
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concretas, partindo da representao de sua realidade, desenvolvendo
o raciocnio l+gico-espacial!
.esse processo grfico, alguns pontos devem ser destacados0 a
funo sim#+lica, o con%ecimento da utilizao do sm#olo e vivenciar
ou a#strair o espao representado! &las podem ser organizadas em tr/s
momentos, conforme sugere A6B&79A I A887.7 :
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produtor deve procurar uma comunicao visual efica!permutando as linhas e colunas N ve!es (;GGDND, %&&*,p )*:+
A .eogrfica possui algumas leis fundamentais, ue so aplicadas
principalmente para os grficos, mas ue tam#m so relevantes para a
ela#orao de mapas! 8egundo H&R27. JA semel%ana, a ordem e
proporcionalidade so os tr/s significados da .eogrfica! &stes
significados so transcritos por variveis visuais tendo a mesma
propriedade significativaK :PT?F, p! P''@!
&les so apresentados em dois momentos0 no primeiro aparece a
identificao externa ue tem o o#$etivo de responder so#re ual tema
est sendo tratado, e no segundo a identificao interna ue deve
responder uais relaes e*istem entre os elementos grficos! 2oda
construo grfica apresenta esses dados, mas analisar isoladamente
no serve de ferramenta de deciso ou de entendimento!
&les ocorrem em diversas circunstSncias sendo caracterizados
como elementar, intermedirio e glo#al!
" .vel elementar uando a informao surge a partir da
relao de um dado em U e em V, considerando um elemento especficono e*igindo nen%um processamento mental mais ela#orado! .o .vel
intermedirio se faz relaes com mais de um dado, considerando um
su#con$unto ou os dois e*tremos! .o .vel glo#al, a imagem deve
mostrar relaes de con$unto, aparecem agrupamentos significativos
entre os dados! &*istem diferentes nveis de processamento, visando
possi#ilitar vises sintticas, mostrando caractersticas ou tend/ncias
especficas ou gerais!
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As cartas, segundo Hertin, podem ser c%amadas de Jcartas para
verK e Jcartas para lerK! &las devem responder visualmente
:significao da imagem@ de forma instantSnea! Ao ler uma carta o
usurio deve fazer dois tipos de pergunta! A primeira0 Z, 5ue % em
tal lugarX[ &sta pergunta relativa aos pontos geogrficos e*pressos
em JUK! A outra0 Z,nde est essa caracter:sticaX[ Refere-se ao
con$unto de caracteres e*pressos em V :lugar@! .esse sentido, Jcartas
para verK devem responder instantaneamente aos dois tipos de
perguntas, a percepo visual deve ser instantSnea! As Jcartas para lerK
so auelas ue s+ respondem primeira pergunta e dificultam a
comparao entre as outras cartas :87B7&667,
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diferentes! &nfatizando ue % certa dificuldade em alguns casos para
representar essas duas propriedades, forma U conte3do, ou se$a,
escol%er ual deles indicado para o#ter um mel%or resultado da
informao! Assim, o produtor grfico deve pensar nos o#$etivos da
construo do grfico, no p#lico ue vai usar e respeitar os
fundamentos da linguagem grfica para ue ele se$a til na aplicao
dese$ada!
critrios como a gradao das cores facilitar a percepo do contedo
ue se dese$a transmitir graficamente!
. mapa do relevo em cores hipsom#tricas representa orelevo por uma seJ7ncia crescente de cores entre curvasde n8vel selecionadas, o ue d instantaneamente a id#iado volume e da plasticidade do relevo seJ7nciaordenada das faixas de altitudes, ue vo das mais baixas$s mais altas # representada por uma seJ7nciaordenada de cores, ue vo das mais claras $s maisescuras ;ara as profundidades dos oceanos, adota-seuma seJ7ncia de tons de a!ul Go as cores batim#tricas(CKLDN@BBD, %&&*, Dnformao pessoal+
8endo assim, para o mel%or entendimento das representaes,
necessrio con%ecer os princpios da 8emiologia Grfica e
conseentemente da .eogrfica!
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;$ M+,-,L,GIA
Atualmente os mapas e grficos so #astante utilizados na mdia e
nos meios de comunicao, tanto falados uanto escritos, como aindanos livros didticos, mas nem sempre conseguem transmitir a
informao de forma clara e apresentar o contedo de forma o#$etiva!
7sso ocorre por se tratar de um processo muito comple*o, implicando na
decodificao de sm#olos e ela#orao de significados a partir das
representaes e de seus c+digos!
"utros pro#lemas como a falta de o#$etividade na relao entre o
documento :mapa ou grfico@ e seus contedos, ocasionados pela formatcnica de produo, pouca familiaridade com os c+digos e despreparo
do usurio para a leitura desta linguagem, so algumas das razes para
ue ocorra o uso inadeuado dessas representaes! Assim, muitas
vezes elas so meras ilustraes no te*to, sem atender ao o#$etivo
primordial dessa ferramenta, ue de facilitar a compreenso da
informao para o leitor!
ara ue se ten%a um entendimento da linguagem grfica, necessrio aduirir condies mnimas de alfa#etizao ou leiturizao
cartogrfica, conforme trata 8"WA I QA22A :
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con%ecer e dominar algumas %a#ilidades corporais
:direita>esuerda@
aduirir noes, conceitos, categorias de anlise da linguagem
grfica!
Alm dessas o#servaes, necessrio possuir informaes
diversas do conte*to local e glo#al para ue se$a possvel ler, relacionar
e interpretar esse recurso visual ue pleno de significados, situando-
se no teu espao esta#elecendo relaes com o mundo! 8egundo
A6B&79A I A887.7 :
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ao ue selecionamos para a aplicao de nosso tra#al%o :'( e ?( sries@,
t/m condies psuico-motoras para fazer a leitura grfica, mas muitos
deles, por algum motivo, no aduiriram %a#ilidades suficientes,
encontrando dificuldades nas representaes espaciais! 7sso foi
verificado no uestionrio aplicado aos educandos na etapa inicial do
pro$eto, em ue se perce#eram defasagens na aprendizagem deste
contedo!
ortanto, se o tra#al%o de construo grfica no foi realizado
plenamente e satisfatoriamente nas sries iniciais da vida escolar,
devem-se propor, em momentos oportunos e de formas diferenciadas,
condies para ue o educando aduira tais %a#ilidades! 9essa forma,
deve-se plane$ar e e*ecutar procedimentos para resgatar contedos
defasados, retomando conceitos essenciais, desenvolvendo atividades
prticas como confeco de mauetes e crouis, #em como ela#orar
roteiros de tra#al%o!
9iante do e*posto, a proposta de atividades relacionadas a seguir,
foi ela#orada e aplicada em sala, #uscando atender ou sanar algumas
das dificuldades e*istentes no processo ensino-aprendizagem destalinguagem!
;41 $ -esenvolvimento Metodol9gico da #roposta
&stas estratgias de implementao foram fundamentadas nos
referenciais #i#liogrficos apresentados nesta pesuisa, e
principalmente nos o#$etivos propostos no tra#al%o, a fim de ue nossoseducandos apropriem-se, da mel%or forma possvel, destes
con%ecimentos e os relacionem com os contedos geogrficos!
"HD&27L"80
Geral0
&ntender os aspectos geogrficos a partir das representaes
grficas!
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&specficos0
Aprender a orientar-se e representar o espao
Aduirir noes da linguagem grfica
&ntender a importSncia dos instrumentos grficos e sua aplicao
)azer a leitura de grficos relacionados com os dados de uma
ta#ela
9iferenciar tipos de grficos e mapas e entender seus elementos
:ttulo, legenda, pro$eo e escala@
Analisar e interpretar grficos e mapas
&sta proposta foi realizada em b etapas, com o intuito de
desenvolv/-la da mel%or forma possvel para atender os o#$etivos
traados!
R7B&7RA &2AA0 9iagn+stico da aprendizagem dos alunos e retomadade contedos!
8ondagem do nvel de aprendizagem dos alunos das '( sries
uanto aos contedos referentes s representaes grficas!
9elineamento ou a$ustes das etapas de ao da proposta tendo
em vista as dificuldades apresentadas pelos alunos!
Retomada dos contedos defasados, atravs de algumasatividades tais como0
1onfeco e e*plorao de mauetes da sala de aula
enfocando localizao, orientao e coordenadas geogrficas!
&la#orao do mapa do #airro :leitura do espao vivido@
tra#al%ando tipos de escalas, legenda e pro$ees
:interpretao do espao perce#ido@!
Anlise das dimenses de espaos ; municpio, estado, pas,continentes e localizao dos oceanos!
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8&G.9A &2AA0 Aplicao das estratgias em sala!
P momento0 esuisas em livros, $ornais e internet informaes
do crescimento da populao do seu Bunicpio, &stado e do Hrasil!
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contedos referentes 9imenso 1ultural e 9emogrfica,
enfocando principalmente a distri#uio da populao no espao
paranaense e #rasileiro!
2&R1&7RA &2AA0 Avaliao da aprendizagem considerando os
seguintes aspectos0
Anlise pertinente das informaes nos grficos e mapas
&voluo na apreenso dos contedos apresentados
&la#orao e entrega de um portf+lio, com as atividades
realizadas
roduo de um te*to com a anlise e interpretao do mapa
do !Hrasil ! destacando a linguagem grfica!
;4$ Apresentao e anlise dos resultados
&ssa proposta teve incio a partir da sondagem dos con%ecimentos
ue os alunos tin%am das sries anteriores! .esta etapa, foi possvel
perce#er ue alguns apresentaram dificuldades na auisio de certos
contedos como localizao, orientao e noes grficas! 2al
constatao au*iliou no direcionamento do nosso tra#al%o, uma vez ue
apontou para a necessidade de dar mais ateno a estes t+picos, a fim
de ue superassem as lacunas ue traziam na aprendizagem!
Ap+s esta etapa desenvolveu-se um tra#al%o de retomada de
contedos, iniciando com o tema "rientao! Assim foi desenvolvido
este contedo em sala e feito atividades no ptio da escola so#re o
tema, destacando a laterizao :direita-esuerda@ e frente e atrs! &m
seguida, foi ela#orada a rosa-dos-ventos, primeiramente com os
educandos e depois no caderno, $untamente com outros
encamin%amentos para mel%or fi*ao deste item e tam#m de
localizao!
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A fase referente confeco de mauetes e plantas, merece
destaue, pois o#servou a dimenso #idimensional e tridimensional do
material produzido e possi#ilitou a e*plorao das coordenadas
geogrficas e da linguagem grfica! .a etapa seguinte foram realizadas
pesuisas, ta#ulao e correlao de dados, a partir das informaes
o#tidas! Couve tam#m a confeco de grficos e legenda, leitura e
analise de mapas e o registro das atividades no caderno, #em como
outras formas diferenciadas de estudos pertinentes aos contedos!
.o trmino da aplicao das estratgias, foi possvel verificar ue
%ouve progresso, por parte dos educandos, pois demonstraram
compreenso e assimilao dos contedos apresentados, visto ue, na
ltima parte dos encamin%amentos, a atividade culminava com a leitura
e interpretao do mapa do Hrasil! " material usado trazia informaes
so#re a densidade demogrfica, atravs de vrios instrumentos como
grficos, ta#elas e o mapa propriamente dito! "s educandos produziram
um te*to, tendo como referencial um roteiro, onde destacaram a
distri#uio da populao no territ+rio #rasileiro, as reas mais
concentradas, as causas e conse/ncias do aumento populacional ecompararam os dados da ta#ela e dos grficos entre si!
9iante de todo o tra#al%o realizado, vrios pontos podem ser
destacados, entre eles o interesse da maioria e desinteresse da minoria
dos educandos, pelo tema, visto o empen%o de solucionar as dvidas!
"utros aspectos relevantes foram o#servados como o envolvimento e
capric%o nas atividades, a ateno e a seriedade no tra#al%o! Yuanto
apropriao dos contedos ou a aprendizagem da linguagem grfica, amaioria demonstrou entendimento e assimilao dos temas
tra#al%ados, pois foram capazes de fazer a relao desta linguagem
com os contedos geogrficos nas atividades propostas!
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H&R27., D! PT?F! A neogrfica e o tratamento grfico dainformao! 1uriti#a0 &ditora da niversidade )ederal do aran!
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,&lza Vasu5o! #rtica de ensino de geografia e estgiosupervisionado48o aulo0 1onte*to,