Post on 18-Oct-2020
ARRITMIAS CARDÍACASARRITMIAS CARDÍACASARRITMIAS CARDÍACASARRITMIAS CARDÍACAS
Arritmias CardíacasArritmias Cardíacas
Uma arritmia cardíaca é umaanormalidade na frequência,regularidade ou na origem doregularidade ou na origem doimpulso cardíaco, ou umaalteração na sua conduçãocausando uma sequênciaanormal da ativação miocárdica.
O Sistema de Condução O Sistema de Condução CardíacoCardíaco
Nó sinusal
Nó atrioventricular
Tratos internodais
Sistema His-Purkinje
P
R
T
Sistema His-Purkinje
NS
NAV
Q S
PRi
HEINISCH, RH
Origina-se nas céls. P do nó sinusal
Atinge os tratos internodais e a musc. Atrial (2)
Sofre importante retardo no Sofre importante retardo no nó AV (3)
Acelera-se no feixe de His (4)
Conduz-se rapidamente nas fibras de Purkinje (5)
A musculatura ventricular é ativada pela superfície endocárdica donde se espraia ao epicárdio
Alterações na automaticidade
normal
Automaticidade anormal
Mecanismo de reentrada
Mecanismos Desencadeantes Mecanismos Desencadeantes das Arritmias Cardíacasdas Arritmias Cardíacas
Reentrada
A B
C HEINISCH, RH
Exames Complementares para o Diagnóstico das ArritmiasDiagnóstico das Arritmias
Sempre deve ser feito durante os sintomas de uma potencial arritmia Pode identificar arritmias e bloqueios cardíacos
As arritmias frequentemente são paroxísticas As arritmias frequentemente são paroxísticas
e o ECG fora da crise pode ser normal
O ECG pode não detectar a arritmia, mas sugerir a sua origem por: Presença de via anômala
Sinais de toxicidade medicamentosa Prolongamento do QT por antiarrítmicos
A principal indicação é para evidenciar isquemia no esforço (Teste de stress miocárdico)
Permite a identificação de arritmias induzidas pelo esforçopelo esforço
Empregado também para avaliar o prognóstico de uma arritmia
A não acentuação da arritmia pelo esforço é um sinal de bom prognóstico
Holter Gravação do ritmo cardíaco por 24/48h
2 a 3 derivações
Permite análise contínua do ritmo cardíaco
Identifica arritmias paroxísticas Identifica arritmias paroxísticas
Quantifica batimentos normais e anormais
Permite correlacionar sintomas com alterações
do ritmo e bloqueios
Avalia efeito de antiarritmicos
Detecta episódios de isquemia miocárdica
Permite registro de arritmias sintomáticas por tempo longo sintomáticas por tempo longo (30dias)
O paciente aciona o gravador no momento do evento
“Head up Tilt table test”, Tilt teste ou Teste de inclinação ortostática passiva
Consiste em inclinar o paciente em um ângulo Consiste em inclinar o paciente em um ângulo definido, com a cabeça para cima
Empregado para o diagnóstico de síncope vasovagal
Resposta clássica na síncope vasovagal Queda abrupta na P.A. e FC
FUNDAMENTOS
Indivíduos susceptíveis apresentam comprometimento dos mecanismos compensatórios do controle da pressão compensatórios do controle da pressão
arterial a nível de microcirculação,
favorecendo o desencadeamento de
hipotensão e bradicardia neuromediadas
ao longo da exposição ao estresse postural
PROTOCOLO Medida da PA e FC de minuto em minuto
Paciente deitado por 10min.
Mesa inclinada a 80 ( head up legs down) Mesa inclinada a 80 ( head up legs down) por 60 min.
O teste pode ser potencializado por nitroglicerina ou isoproterenol
A ANAMNESE e o exame físico são fundamentais para o diagnóstico Podem não contribuir para identificar a causa
Causas mais comuns Causas mais comuns Cardiovasculares
Vasovagal- a causa mais comum de síncope
Bradiarritmias
Taquiarritmias
Psicogênica
Neurológica
Causa mais comum de síncope
Fatores precipitantes dor trauma ficar muito tempo em pé
A estimulação vagal ocasiona hipotensão e A estimulação vagal ocasiona hipotensão e bradicardia
tontura, naúsea, zumbido palidez visão borrada síncope - olhos abertos com pupilas dilatadas
Consiste na colocação de eletrodos intracardíacos para registro e estimulação miocárdica objetivando o diagnóstico e tratamento de arritmias e bloqueios cardíacosarritmias e bloqueios cardíacos
Principais indicações
Fibrilação e Flutter atriais
Taquicardia supraventricular
Taquicardia ventricular
Bloqueios A/V
Síncope de causa desconhecida
Técnica percutânea que permite a eliminação de arritmias pela destruição térmica (por RF) do tecido responsável pelo foco arritmógeno
É geralmente realizado em conjunto com o estudo
Ablação por Cateter de Radiofrequência
É geralmente realizado em conjunto com o estudo eletrofisiológico diagnóstico
Indicações:
Taquicardia supraventricular
Flutter atrial
Fibrilação atrial (casos selecionados)
Taquicardia ventricular( casos especiais
que não respondem a tratamento clínico)
Estudo diagnóstico Taquicardias ventriculares
As vezes podem ser submetidas a ablação
Síncopes inexplicadas Síncopes inexplicadas
Ablação: indicação e taxa de sucesso
Taquicardias supra ventriculares (90%)
Wolff Parkinson White (90%)
Flutter atrial (90%)
Fibrilação atrial (50%)
°
Diagnóstico Eletrocardiográfico Ondas P precedendo cada QRS
Enlace A/V
Ritmo regular (intervalos regulares entre os QRS)
Frequência entre 60 e 100 bpm
ÂP entre +30 ° e +90 °
°
Fisiológica Infância, Exercício, Ansiedade, Emoções
Farmacológica Farmacológica Atropina, Adrenalina, agonistas
Café, Fumo, Álcool
Patológica Choque, Infecções, Anemia, Hipertireoidismo,
Insuficiência Cardíaca
Diagnóstico Clínico
Palpitações, não ocorrem “falhas”
Associada à causa desencadeante Associada à causa desencadeante
Início e término não abruptos
Exame físico
Taquicardia
B1 com intensidade constante
Diagnóstico Eletrocardiográfico
Frequência acima de 100 spm
Ritmo regular
Enlace A/V
Fisiológica
Atletas
Qualquer pessoa durante o sono
Farmacológica
Digital Digital
Morfina
bloqueadores
Patológica
Estimulação vagal pelo vômito
Hipotireoidismo
Hipotermia
Fase aguda do IAM inferior
Diagnóstico Clínico
Geralmente assintomática
Quando acentuada pode causar Quando acentuada pode causar tonturas e síncope
Exame físico
Bradicardia
A FC aumenta com o exercício (flexões no leito)
Diagnóstico Eletrocardiográfico
Frequência cardíaca abaixo de 60 spm
Ritmo regular
Enlace A/V
Variação entre dois batimentos acima de 0,12 sec.
Geralmente tem relação com a respiraçãorespiração Arritmia sinusal respiratória
Comum em crianças
Não necessita tratamento
Mais raramente pode não ter relação com a respiração Pode ser manifestação de Doença Degenerativa
do Nó Sinusal ( Sick Sinus Sindrome)
Assintomática
Variação da FC com a respiração
Acelera-se na Inspiração
Diminui na Expiração
Na apnéia a FC fica regular
Comum em crianças
Não é patológica
Não necessita tratamento
Batimentos precoces que se originam fora do marca passo sinusal
Manifestações clínicas Assintomáticas Assintomáticas
Palpitações, “falhas”, “soco no peito”
Exame físico Sístole prematura geralmente sem onda de
pulso
Pausa prolongada pós extrassístole, seguida por B1 de intensidade maior
A origem das extrassístoles só pode ser identificada pelo ECG
Diagnóstico EletrocardiográficoDiagnóstico Eletrocardiográfico
Ritmo irregular
Onda P’ de morfologia diferente da onda P sinusal ocorrendo antes do batimento sinusal esperado
As extrassistoles que se originam no mesmo foco tem morfologia semelhante
(a análise deve ser feita na mesma derivação)
O complexo QRS geralmente é normal
Comum em pessoas normais
Desencadeada por tensão emocional, café, fumo álcool
Eventualmente pode iniciarFlutter atrial Flutter atrial
Fibrilação atrial
Taquicardia Paroxística Supraventricular
Tratamento Retirar café, fumo, álcool
Medicamentos quando:
Causar desconforto importante
Desencadear arritmias mais sérias
Diagnóstico EletrocardiográficoDiagnóstico Eletrocardiográfico Ritmo irregular Onda P:
Geralmente ocorre despolarização atrial retrógrada, portanto temos onda P’ negativa em D2 , D3 , aVF
Pode ocorrer antes, durante ou após o QRS, dependendo do local de origem da extrasssístole no nó AV
Pode estar ausente O complexo QRS geralmente é normal
Bem menos comum que a extrasístole atrial
Desencadeada por tensão emocional, café, fumo álcoolcafé, fumo álcool
Eventualmente pode iniciar Flutter atrial
Fibrilação atrial
Taquicardia Paroxística Supraventricular
Tratamento Retirar café, fumo, álcool
Medicamentos quando:
Causarem desconforto importante
Desencadearem arritmias mais sérias
Extrassístole VentricularExtrassístole Ventricular
É um batimento precoce que se origina nos ventrículos
É comum em pessoas normais e não tem mau prognóstico
Quando ocorre como manifestação de uma Quando ocorre como manifestação de uma cardiopatia pode aumentar o risco de morte súbita
Nas síndromes coronarianas agudas pode levar a fibrilação ventricular
Quando associada a medicamentos ex. intoxicação digitálica pode levar a um ritmo letal
Diagnóstico Eletrocardiográfico
Ritmo irregular
Onda P sinusal geralmente está oculta pelo QRS, ST ou onda T da extrassístolepelo QRS, ST ou onda T da extrassístole
O complexo QRS Precoce
Alargado, com mais de 0,12 sec
Morfologia bizarra
O segmento ST e onda T geralmente tem polaridade oposta ao QRS
A morfologia das extra-sístoles ventricularesdepende do local de onde se originam.
A onda P que antecede cada QRS alargado não é prematura, portanto, não é uma extrassístole atrial com
condução aberrante, além disto, o intervalo PR é mais curto que o dos batimentos sinusais conduzidos. Estes complexos largos são extrasssístoles ventriculares tardias, tão tardias que tem uma onda P que os antecede.
Uma extrassístole ventricular pode ter uma onda P sinusal que a antecedede, uma onda P oculta pela extrassístole, ou uma onda P após a extrassístole,produzida por condução retrógrada
Taquicardia sinusal com EV precoces (R em T)
A terceira EV inicia Taquicardia Ventricular
Observe que a morfologia do QRS das EV é o
mesmo da TV
Tratamento da Tratamento da Extrassistolia VentricularExtrassistolia Ventricular
Pessoas normais Não necessitam tratamaneto
Betabloqueadores para tratar os sintomas
Intoxicação digitálica Monitorização Monitorização
Cloreto de Potássio oral / IV
Antiarrítmicos Lidocaína
Difenilhidantoina IV IV9 (100mg IV de 5 em 5 min até a supressão da arritmia (DM 1,gr)
Miocardiopatias Tratar arritmias sintomáticas
Amiodarona ?
Tratamento da Tratamento da Extrassistolia VentricularExtrassistolia Ventricular
Pessoas normais Não necessitam tratamaneto
Betabloqueadores para tratar os sintomas
Intoxicação digitálica Monitorização Monitorização
Cloreto de Potássio oral / IV
Antiarrítmicos Lidocaína
Difenilhidantoina IV IV9 (100mg IV de 5 em 5 min até a supressão da arritmia (DM 1,gr)
Miocardiopatias Tratar arritmias sintomáticas
Amiodarona ?
Tratamento da Tratamento da Extrassistolia VentricularExtrassistolia Ventricular Pessoas normais
Não necessitam tratamaneto Betabloqueadores para tratar os sintomas
Intoxicação digitálica Monitorização Monitorização
Cloreto de Potássio oral / IV
Antiarrítmicos Lidocaína
Difenilhidantoina IV 100mg IV de 5 em 5 min até a supressão da arritmia (DM 1,gr)
Miocardiopatias Tratar arritmias sintomáticas
Amiodarona ?
Tratamento da Tratamento da Extrassistolia VentricularExtrassistolia Ventricular Pessoas normais
Não necessitam tratamaneto Betabloqueadores para tratar os sintomas
Intoxicação digitálica Monitorização Monitorização
Cloreto de Potássio oral / IV
Antiarrítmicos Lidocaína
Difenilhidantoina IV (100mg IV de 5 em 5 min até a supressão da arritmia (DM 1,gr)
Miocardiopatias Tratar arritmias sintomáticas
Amiodarona ?
Inclui a Taquicardia Atrial e a Taquicardia Juncional paroxísticas
O mecanismo é a reentrada nodal O mecanismo é a reentrada nodal iniciada por uma extrassitole atrial / juncional com condução AV prolongada, representada no ECG por um PR longo
Ocorre em pessoas normais e em diversas cardiopatias
É freqüente em pacientes com Síndrome de Wolff Parkinson White
Vias anômalas de condução AV (Feixes de Kent)(Feixes de Kent)
PR curto
Onda Delta
Pacientes assintomáticos
Crises de TPSV S. de Wolff Parkinson White
Observar PR curto e onda Delta
Mecanismos Desencadeantes Mecanismos Desencadeantes das Arritmias Cardíacasdas Arritmias Cardíacas
Reentrada
A B
C HEINISCH, RH
Assintomáticos no intervalo das crises
Crises abruptas, duração variável
Exame físico
FC alta, acima de 160 bpm. FC alta, acima de 160 bpm.
B1 com fonese constante
Ritmo regular
Repercussões dependem da FC e do miocárdio
Isquemia cardíaca
Infarto do Miocárdio
Edema agudo de pulmão
Diagnóstico Eletrocardiográfico
FC entre 160 e 240 bpm
Ritmo regular
QRS geralmente normal
Onda P Taquicardia Atrial – Onda P de morfologia diferente da P
sinusal Taquicardia juncional
Ausência de Onda P Onda P negativa em D2 D3 aVF
Tratamento da Taquicardia Tratamento da Taquicardia SupraventricularSupraventricular
TAQUICARDIA TAQUICARDIA SUPRAVENTRICULARSUPRAVENTRICULAR
MANOBRA MANOBRA VAGALVAGAL
Massagem de seio
carotídeo*
Imersão da face em água gelada
Provocar o vômitoADENOSINAADENOSINA
6MG EV BOLUS6MG EV BOLUS
ADENOSINAADENOSINA
12MG ( 2MIN +12mg) EV 12MG ( 2MIN +12mg) EV
VERAPAMIL 5 A 10MG EVVERAPAMIL 5 A 10MG EVBAIXO BAIXO
DÉBITODÉBITO
CARDIOVERSÃO ELÉTRICA CARDIOVERSÃO ELÉTRICA SINCRONIZADA 100JSINCRONIZADA 100J
*AUSCULTAR AS CARÓTIDAS ANTES
DA MASSAGEM
Tratamento da Taquicardia Tratamento da Taquicardia SupraventricularSupraventricular
Sintomas severos ouSintomas severos ou
PréPré--excitaçãoexcitação
Sintomas levesSintomas leves
Ausência de PréAusência de Pré--excitaçãoexcitação
Sintomas moderadosSintomas moderados
Ausência de PréAusência de Pré--excitaçãoexcitação
Não necessita Não necessita tratamentotratamento
ESCOLHA DO PACIENTEESCOLHA DO PACIENTE Ablação Ablação com catetercom cateter
Ablação Ablação com catetercom cateter MedicamentosMedicamentos
Sem sucessoSem sucesso
Sem sucessoSem sucesso
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