Apresentação tcc arquivologia

Post on 05-Jun-2015

164 views 1 download

description

A presente apresentação faz parte do Trabalho de Conclusão de Curso em Arquivologia, da Universidade Federal do Amazonas, para obtenção do título em Arquivologia

Transcript of Apresentação tcc arquivologia

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONASINSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS

DEPARTAMENTO DE ARQUIVOLOGIA E BIBLIOTECONOMIA

CURSO DE ARQUIVOLOGIAPreservação digital em uma instituição

judiciária: o caso da assinatura digital nos processos judiciais como requisito de

autenticidade aos documentos arquivísticos

Manoel Pedro de Souza Neto

ORIENTADORA: Profa Carla Mara Silva Silva

Apresentação

• Introdução;• Justificativa• Objetivos

– Geral – Específico

• Preservação digital• Procedimentos metodológicos• Análise dos resultados• Conclusão

Introdução (1/3)

• Sem o caráter prescritivo e sem se esgotar com a temática lançada, esta investigação buscou mapear:

• Macro: Preservação digital• Micro: Autenticidade da assinatura digital aos

processos judiciais em um Tribunal do Estado do Amazonas.

Introdução (2/3)

• Não é preciso ir muito longo para se compreender a necessidade de se preservar documentos produzidos neste meio.

• Exemplo: fotografias digitais

Introdução (3/3)

• Hoje existe uma necessidade premente para se garantir a memória da sociedade no contexto tecnológico e isto nos leva a preservar a documentação produzida nesse meio.

• Arellano (2004), Ferreira (2006) e Bodê (2010) acreditam que a preservação digital consiste em garantir a manutenção do objeto digital por um longo período de tempo para que possa ser interpretada e acessada no futuro.

Justificativa

• Sob a justificativa de: • crescimento na demanda cível de processos

distribuídos nos Juizados Especiais Cível;• Redução de despesa com o pessoal e a• Desnecessidade de uma série de rotinas

processuais • Implantava-se o processo judicial eletrônico,

em 2006 (Resolução 10/2006).

Objetivos (1/2)

• GERAL: • Identificar as estratégias adotadas de

autenticidade eletrônica dos processos judiciais em um tribunal no Estado do Amazonas;

Objetivos (2/2)

• ESPECÍFICOS: • Contextualizar as estratégias preservação digital

existentes na literatura;• Verificar se as estratégias de preservação digital

encontradas estão enquadradas na etapa da criação de uma política de preservação digital;

• Apontar a existência de regulamentações institucionais que serviriam como início de uma política de preservação digital;

Preservação Digital (1/3)

• Autores como Rottenberg (1999); Arellano (2004); Sayão (2006); Ferreira (2006) concordam que nenhuma estratégia se mostrou completa o suficiente para ser utilizada no contexto da preservação digital, mas existem procedimentos, técnicas e tecnologias específicas para minorar os riscos de perdas de arquivos digitais

Preservação Digital (2/3)

• Literatura Identificou-se 12 estratégias:• Preservação de tecnologia;• Refrescamento;• Emulação• Migração/Conversão• Migração para suportes analógicos• Atualização de versões• Conversão para outros formatos concorrentes

Preservação Digital (3/3)

• Conversão para outros formatos concorrentes;

• Migração a pedido;• Migração distribuída;• Encapsulamento e;• Pedra de Rosetta Digital (utilizar em último

caso – ferramenta da arqueologia digital)

Procedimentos metodológicos • Quanto à natureza: pesquisa qualitativa• Quanto aos fins: pesquisa descritiva• Quanto ao meio: pesquisa bibliográfica com

pesquisa de campo, afim de estabelecer um estudo in loco.

• Universo e amostra: Gestor da TI• Instrumento de coleta: Questionário com

perguntas fechadas e abertas

Análise dos resultados (1/9)

• Aplicou-se questionário que versava sobre a temática preservação digital e autenticidade da assinatura digital

Análise dos resultados (2/9)

• Desde 2006, vem se utilizando do processo eletrônico. Nesse período, muitos processos dos juizados especiais cíveis e criminais da capital eram assinados (partes e advogados) com a assinatura digitalizada para validação dos processos:– “Não souberam informar o tratamento e foram perguntar a outro

servidor, pois informaram que cuidavam especificamente do PROJUDI, o qual já possuía a assinatura digital

– Não soube informar acerca da questão suscitada, muito embora tenha noção que início da virtualização os processos dos juizados especiais cíveis e criminais tenha se utilizado da assinatura digitalizada”

Análise dos resultados (3/9)

• Ferreira (2006) e ITI (2013) ratificam quando dizem que a simples assinatura digitalizada não garantem por si só a confiabilidade ao documento original, porque pode haver corrupção durante sua trajetória ou má fé nesse momento.

Análise dos resultados (4/9)

• De igual modo, questionou-se acerca da Resolução n.91/2009-CNJ que trata da implementação do Modelo de Requisitos para Sistemas Informatizados de Gestão de Processos e Documentos do Judiciário Brasileiro (MOREQ-Jus), a qual se obteve a seguinte resposta:

- Afirmou que não possui conhecimento acerca da resolução sobredita

• A Implementação dos requisitos consolidados pela normativa, dar aos sistemas condições e garantias mínimas que os procedimentos, por exemplo de captura e armazenamentos esteja assegurados.

Análise dos resultados (5/9)

• Outra vantagem do modelo de requisitos, também, garante a uniformização da produção, da tramitação, da guarda, da destinação, do armazenamento, da preservação, da recuperação, do arquivamento e do recebimento de processos e de outros documentos digitais, nato-digitais ou híbridos geridos pelas sistemas informatizados.

Análise dos resultados (6/9)

• Em continuidade, questionou-se sobre a existência de uma política de preservação digital e o modus operandi e obteve-se como resposta:

– “Deteve-se, especificamente, ao sistema PROJUDI-PR. Informava que todos os processos que são digitalizados ou aqueles nato digitais são armazenados numa pasta de um diretório e são gravados (back-up) no data center da instituição. De tempos em tempos esses arquivos são gravados em fita para que fiquem retidos por tempo indeterminado.

– Informa, também, que o TJAM possui outros sistemas como o SAJ-PG5 que gerencia os processos judicias de primeira instância. Para esse sistema ele diz que são gravados em banco de dados. Ele também recebe o tratamento de back-up e posteriormente são gravados em fita. Informou que no caso do PROJUDI-PR a realização de estrutura back-up, visto que facilita, na hora de fazer a comunicação com o interior, visto que a internet no interior do estado é bastante precária e dificultaria na replicação dos dados.”

Análise dos resultados (7/9)

• Embora esforçe-se para afirmar a existência acerca de uma política, não há documentos normativos (resolução) que definam os procedimentos dela.

• Para a unidade organizacional (DIVTIC) que realiza o gerenciamento da documentação no meio digital considera que o armazenamento em data center é uma política de preservação, mas é um procedimento de cópias de segurança e não deve ser confundido com uma estratégia de preservação de longo prazo.

Análise dos resultados (8/9)

• Questionado sobre o procedimento de controle para quem produz (advogado/partes/servidor) e para quem preservar (arquivo) os documentos arquivísticos digitais e como ele é realizado, obteve-se como resposta: – O controle é realizado a partir da assinatura, pois todo o

documento que é emitido pelo advogado/servidor é necessário finalizá-lo com o token ou o certificado que é gerado pelo sistema para poder ser validado. Ele afirma que todos os servidores que vão trabalhar/movimentar os processos possuem assinatura digital.

– Em relação a quem preserva (arquivo) afirma que não tem procedimento para os arquivos, pois considera que o documento digital pode estar acessível a qualquer tempo. Considerou que a preservação digital para quem preserva não está bem estruturada na instituição.

Análise dos resultados (9/9)

• Mediante a resposta, constatou-se que não há diálogo com as unidades organizacionais afetas.

• Tudo é decido no plano da DIVTIC e depois deve ser cumprido pelas demais unidades organizacionais.

• Os procedimentos são impositivos e quando vem dessa forma, geralmente, é antipatizado pelo usuário antipatiza, o que dificulta a sua assimilação e às vezes não atende as necessidades reais.

Conclusões (1/4)

• A instituição investigada realiza hoje as seguintes ações, as quais são diferentes de uma política de preservação:

• 1. Armazenamento dos dados em data center;• 2. Duplicação desses dados armazenados em fita;• 3. Armazenamento em banco de dados na empresa

privada• 4. A autenticidade é garantida através do sistema

PROJUDI, utilizando-se do token;• 5. A autenticidade é garantida parcialmente, também,

através do sistema SAJ-PG5, usando o token.

Conclusões (2/4)• Não se identificou na instituição investigada:• 1. Não há o monitoramento de todas as operações via

sistemas;• 2. As salas reservadas ao data center (replicador) não

dispõem de sistema para o controle de temperatura e umidade relativa;

• 3. Não se identificou equipamentos contra incêndio seguindo de uma rotina de verificação para a sua manutenção;

• 4. Não se identificou um repositório digital confiável para preservar a documentação nato-digital produzida.

• 5. Não se identificou, de maneira clara, a geração de metadados relativos à preservação dos documentos e seus respectivos componentes.

Conclusões (3/4)• Propositura para implementação identificados durante a

pesquisa:• 1. Cumprimento e implementação da Resolução 91 do CNJ

que trata do MOREQ-Jus aos sistemas existentes na instituição, o legado, anterior à 2009 e os posteriores ao ato normativo;

• 2. Estabelecimento de uma Resolução que defina diretrizes e procedimentos para a gestão, a preservação e acesso contínuo aos documentos arquivísticos digitais do TJAM;

• 3. A elaboração de um plano de preservação digital.; • 4. Envolver o profissional arquivista, no sentido de

conscientemente, orientar a preservação daquilo que os documentos têm de mais importante: o caráter de prova

Conclusões (4/4)• Propositura para implementação identificados durante a

pesquisa:• 5. Propor a mudança de utilização da assinatura digitalizada

para a assinatura digital aos processos judiciais dos juizados especiais cíveis e criminais, visando garantir a autenticidade dos processos;

• 6. Implementação do Plano de Classificação e Tabela de Temporalidade aos sistemas de automação judicial;

• 7. O sistema privado deverá interoperar com outros sistemas, permitindo pelo menos consulta, recuperação, importação e exportação de documentos e seus metadados e;

• 8. Desenvolvimento ou aquisição de um Repositório Digital Confiável (software livre).

• Email: nettotheone@gmail.com

OBRIGADO!