Post on 19-Jul-2015
«O verdadeiro homem fala das suas qualidades em voz baixa e dos defeitos em voz alta»
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‘devemos ser modestos’
[10.º 1.ª, 7.ª, 12.ª]
Se houver cartas para enviar (e cópia do cartão de cidadão), deem-mas.
[10.º 5.ª, 8.ª]
Se houver cartas para enviar (e cópia do cartão do cidadão), deem-mas agora ou
tragam-mas na próxima aula.
«Camões e a tença»(cantado por José Mário Branco)
Irás ao Paço. Irás pedir que a tençaSeja paga na data combinada. Este país te mata lentamente País que tu chamaste e não respondePaís que tu nomeias e não nasce
Em tua perdição se conjuraramCalúnias desamor inveja ardenteE sempre os inimigos sobejaramA quem ousou seu ser inteiramente mais ser que a outra gente
E aqueles que invocaste não te viram Porque estavam curvados e dobrados Pela paciência cuja mão de cinzaTinha apagado os olhos no seu rosto
Irás ao Paço irás pacientementePois não te pedem canto mas paciência
Este país te mata lentamente
Vocativo | Pessoa verbal | Pronomes/Determinantes | Formas verbais
Campo | 2.ª singular | te | estendes
Ovelhas | 2.ª plural | vosso, vos | tendes, mantendes
Gado | 2.ª plural | vosso | paceis, entendeis, comeis
-endes A-ela B-ela B-endes A-endes A-ão C-anças D-ão C
O esquema rimático de cada oitava é (escolhe uma delas; o esquema é igual): A B B A A C D C.
Entre os versos 6 e 7 há rima emparelhada, tal como entre os versos 8 e 9. Os versos 5 e 8 fazem rima interpolada, já que entre eles há a tal parelha consti-tuída pelos versos 6 e 7. As rimas em -ão (no antepenúltimo e no último versos de ambas as oitavas) exemplificam a rima cruzada. Há ainda um verso solto, ou branco, que é o décimo primeiro.
«Verdes são os campos»(cantado por José Afonso)
Verdes são os camposda cor de limão;assi são os olhosdo meu coração.
Campo, que te estendescom verdura bela;ovelhas, que nelavosso pasto tendes;d’ervas vos mantendesque traz o verão,e eu das lembrançasdo meu coração.
Gado, que paceis,
co contentamento
vosso mantimento
não o entendeis:
isso que comeis
não são ervas, não:
são graças dos olhos
do meu coração.
d’ervas vos mantendes
que traz o verão,
e eu das lembranças
do meu coração.
Verdes são os campos
da cor de limão;
assi são os olhos
do meu coração.
Campo, que te estendes
com verdura bela;
ovelhas, que nela
vosso pasto tendes;
d’ervas vos mantendes
que traz o verão,
e eu das lembranças
do meu coração.
Gado, que paceis,
co contentamento
vosso mantimento
não o entendeis:
isso que comeis
não são ervas, não:
são graças dos olhos
do meu coração.
Copia os versos de «Endechas a Bárbara escrava» (p. 167), mas acrescentando em cada verso a(s) palavra(s) suficiente(s) para transformar estas endechas, que estão em redondilha menor (versos pentassilábicos), em versos de redondilha maior (heptassilábicos). A rima manter-se-á, pelo que deves intervir apenas no início ou no meio de cada verso.
«Aquela cativa» (p. 167)
redondilha menor (pentassílabo) >
redondilha maior (heptassílabo)
Aquela | be | la | cativa,que me tem | de | si | cativo,porque nela eu | es | tou | vivojá não quer que as | sim | eu | viva. | Po | rém, | eu nunca vi rosa, | e | mes | mo em suaves molhos,que para meus | frá | geis | olhos fosse mais | lin | da e | formosa.
«Endechas a Bárbara escrava»(cantadas por Sérgio Godinho)
Aquela cativa,
que me tem cativo
porque nela vivo
já não quer que viva.
Eu nunca vi rosa
em suaves molhos,
que para meus olhos
fosse mais formosa.
Nem no campo flores,
nem no céu estrelas,
me parecem belas
como os meus amores.
Rosto singular,
olhos sossegados,
pretos e cansados,
mas não de matar.
Uma graça viva,
que neles lhe mora,
para ser senhora
de quem é cativa.
Pretos os cabelos,
onde o povo vão
perde opinião
que os louros são belos.
Pretidão de Amor,
tão doce a figura,
que a neve lhe jura
que trocara a cor.
Leda mansidão
que o siso acompanha;
bem parece estranha,
mas bárbora não.
Presença serena
que a tormenta amansa;
nela enfim descansa
toda a minha pena.
Esta é a cativa
que me tem cativo,
e, pois nela vivo,
é força que viva.
Nem no campo flores,
nem no céu estrelas,
me parecem belas
como os meus amores.
Rosto singular,
olhos sossegados,
pretos e cansados,
mas não de matar.
TPC — (i) Em folha solta, escreve o poema (em duas quadras e um dístico) que é pedido no ponto 1.1/Escrita da p. 160. Lê bem as instruções. Se necessário, consulta as pp. 230-231 (versificação) e 334-335 (comparação, metáfora, paradoxo).
(ii) Entretanto, aproveita os próximos tempos para prosseguir/iniciar leituras livres de livros.