Post on 05-Jun-2015
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Possibilidades interdisciplinares entre a Arte e a Matemática na formação de professores
José Alexandre Ferreira da CostaBolsista PDE - BIC
Marília Nunes Dall’Asta
Universidade Federal do Rio Grande – FURG
Instituto de Matemática, Estatística e Física – IMEF
Nas últimas décadas é crescente em nosso país o uso do termo interdisciplinar em diferentes contextos. O que acentua a tentativa do uso dessa prática no Brasil é que no ano de 2010 a maior parte das Universidades Federais do país aderiu ao Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM como processo único de seleção.
O que configura uma mudança significativa das práticas educativas desde o ensino fundamental até o ensino médio.
Introdução
Neste sentido, a pesquisa pretende pesquisar a formação (inicial e continuada) de educadores de Artes Visuais e Matemática para o uso de metodologias interdisciplinares em sala de aula.
Objetivo da pesquisa
A pesquisa esta sendo realizada com 2 educadores de Arte e Matemática de uma escola da rede publica de ensino da cidade de Rio Grande/RS e com 20 acadêmicos dos referidos cursos.
Sujeitos da pesquisa
Atualmente, esta sendo realizado um estudo bibliográfico sobre o ensino de Artes Visuais e Matemática, o uso de metodologias interdisciplinares e a formação de educadores, bem como o acompanhamento do trabalho dos docentes.
Metodologia
O projeto busca promover situações de cooperação entre a formação inicial e continuada de professores, o que é fundamental para a formação do futuro professor, uma vez que estará inserido em seu futuro campo de atuação.
Ampliação do processo de formação docente, fazendo com que os futuros educadores através das informações obtidas nesta investigação tornem-se ainda mais capacitados para atuar em seu futuro campo de atuação.
Alguns resultados
Conhecer o ambiente educativo no qual pretende-se expandir o projeto de extensão Arte e Matemática: possibilidades interdisciplinares no ambiente educativo.
O projeto atua em uma escola da rede pública através de oficinas interdisciplinar e por meio do financiamento do POEXT – 2011 pretende-se ampliá-lo no ano de 2012.
Uma atividade de intervenção na escola, seja qual nível for que não parta do que já existe, que procure romper com o passado das práticas realizadas, que desorganize, que desconsidere os conteúdos tradicionalmente trabalhados tende á falência pois rompe com o movimento natural da história. (FAZENDA, 2011).
No trabalho de acompanhamento, fica cada vez mais evidente o fato de que falar sobre interdisciplinaridade não é estabelecer modelos, mas sim construir possibilidades que se iniciam no pesquisado e transformam-se a partir dele em múltiplas formas e atos (FAZENDA, 2011).
Entrevista com os professores após o acompanhamento do trabalho;
Aplicação de questionários com questões abertas e fechadas para os licenciandos dos cursos de Arte e Matemática;
Transcrição dos dados coletados;
Escrita de artigos para eventos científicos;
Elaboração do relatório final.
Continuidade do projeto
Acreditamos que a estas duas áreas do saber, trabalhadas de forma interdisciplinar, podem fazer da escola um espaço cooperativo entre seus docentes, os quais poderão assumir uma atitude investigativa e desafiadora sobre seus fazeres e saberes.
Considerações
Assim como Fazenda (2011) aponta, para executar uma tarefa interdisciplinar é necessário antes de tudo, identificar-se como um sujeito interdisciplinar, entretanto perceber-se interdisciplinar é acreditar que o outro é ou pode tornar-se.
E para finalizar, a metodologia interdisciplinar parte de uma liberdade científica, alicerça-se no diálogo e na colaboração, funda-se no desejo de inovar, de criar de ir além e exercita-se na arte de pesquisar. (FAZENDA, 2011, p. 69).
BARBOSA, A. M. Arte-educação no Brasil: das origens ao modernismo. São Paulo, SP: Perspectiva, 1978.
FAINGUELERNT, E. K.; NUNES, K. R. A. Fazendo arte com a matemática. 1ª. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.
FAZENDA, I. C. A. Interdisciplinaridade: História, Teoria e Pesquisa. 18. ed. Campinas, SP: Papirus, 2011.
MATURANA, H. Uma nova concepção de aprendizagem. In: Dois pontos, v. 2, n. 15, 1993.
Referências