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Universidade Presbiteriana Mackenzie
Escola de Engenharia – Depto. de Engenharia Civil
10 semestre de 2.013
Aula 3
Características do tráfego
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• Leitura do texto “Cidades abarrotadas de
veículos e congestionamentos cada vez
mais longos ”
• Discussão sobre oferta, demanda e nível
de serviço
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Folha de S. Paulo, 13.mar.11
Folha de S. Paulo, 09.fev.1926
Folha de S. Paulo, 05.abr.1952
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Quatro Rodas, out.70
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• temos nos slides anteriores várias
visões para o trânsito de São Paulo:
sugestão de modificação viária em
1926; crítica à falta de prioridade ao
transporte público em 1952 e uma
perspectiva pessimista para o futuro
em 1970
• os problemas e as soluções são
antigos – o que falta fazer?
Discussão
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3. Características do tráfego
Demanda
3.1
Serviço
5.7
Oferta
5.1
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3.1. Demanda veicular
• Demanda = veículos que desejam passar
• Variável de demanda: volume
• Volume = número de veículos contados em
uma seção, em um período de tempo
• Para este curso, volume = fluxo
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• Crescimento das filas = sobredemanda
3.1.1. Demanda = volume + filas
(a fila pode ser zero, isto é, todos os veículos que desejam passar, passam)
• Fila = demanda reprimida
• a sobredemanda
provoca o
congestionamento
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• poluição atmosférica
• estresse
• prejuízos pela redução da produtividade
3.1.2. Congestionamento
Os congestionamentos trazem vários prejuízos,
entre eles, os principais são:
fonte: Folha de São Paulo, 07.fev.10
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3.1.2. Congestionamento (cont.)
Fonte: Veja São Paulo, 06.abr.11
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Fonte: Folha de S. Paulo
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3.1.3. Crescimento da frota – o caso da cidade de São Paulo (cont.)
Fonte: Veja São Paulo, 2.jul.08
A frota que realmente circula
em São Paulo não é conhecida:
- os dados do Detran (ao lado)
são dos veículos cadastrados
(uma parcela significativa não
tem mais condições de rodar)
- existem os veículos que
passam a maior parte do tempo
estacionados
- São Paulo recebe centenas
de milhares de veículos de
outras cidades todos os dias
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3.1.4. Crescimento da frota – Brasil
• o crescimento da frota não ocorre somente no
Estado de São Paulo
• o Brasil vem batendo recordes na produção de
veículos
• como no Brasil a maioria das cidades não tem
um planejamento urbano que contemple o
investimento necessário em transporte público,
o problema de excesso de automóveis que
ocorre em São Paulo tende a se repetir em
outras cidades
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3.1.4. Crescimento da frota – Brasil (cont.)
Fonte: Folha de S. Paulo, 04,jan.11
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3.1.4. Crescimento da frota – Brasil (cont.)
fonte: Folha de São Paulo, 28.mar.10
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3.1.4. Crescimento da frota – Brasil (cont.)
fonte: Folha de São Paulo, 07.fev.10
Amostra das tendências relatadas no slide
anterior, associadas ao problema com a falta de
planejamento no transporte público
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3.1.5. Fatores que podem restringir a demanda
- rodízio de veículos (como é feito em São Paulo)
- restrições de acesso em certas áreas da cidade
- restrições à frota (por ano de fabricação, por ex.)
- melhorias no transporte coletivo
- faixa solidária
- pedágio urbano
- aumento de fiscalização (retirada de veículos irregulares)
- melhoria no planejamento urbano
- indiretamente: conjuntura econômica (alto preço dos combustíveis ou restrições ao financiamento, por exemplo)
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3.1.6. Medida para restrição de demanda: o rodízio de veículos
Modelo de São Paulo: início em outubro de 1.997
• Proíbe circulação nos horários de pico (7h00-
10h00 e 17h00-20h00), nos dias úteis, de veículos
de determinado final de placa (finais 1 e 2 às
segundas-feiras; 3 e 4 às terças e assim por
diante), dentro do Mini-Anel Viário
• teoricamente, retiraria 20% da frota da área nos
períodos de restrição
• principais problemas: dificuldade de fiscalização e
perda gradativa do efeito com o passar dos anos,
devido ao crescimento da frota
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3.1.6. Medida para restrição de demanda: rodízio de veículos (cont.)
A simulação a seguir adotou várias hipóteses
simplificadoras:
• crescimento linear da frota de 7% a cada dois
anos (os dados de 1998 e 2000 formaram a
base para extrapolação)
• admissão de que a distribuição de veículos é
homogênea na cidade
• admissão que a frota registrada é toda
circulante
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3.1.6. Medida para restrição de demanda: rodízio de veículos (cont.)
ANO Frota
(veículos)
Veículos que não
circulam (20%)
Frota restante
1998 4.734.252 946.850 3.787.402
2000 5.065.650 1.013.130 4.052.520
2002 5.420.245 1.084.049 4.336.196
2004 5.799.476 1.159.932 4.639.730
Nessa simulação (conforme as simplificações
citadas no slide anterior) vemos que em 6 anos a
frota com permissão de circular ficou bem próxima
da que existia quando foi iniciado o rodízio
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3.1.7. Medida para restrição de demanda: a faixa solidária
Forma de incentivar a
redução do número de
veículos oferecendo
vantagem para os que
têm maior ocupação
de passageiros
(exemplo da foto:
veículos com 2 ou
mais pessoas podem
trafegar por uma faixa
exclusiva)
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3.1.8. Medida para restrição de demanda: o pedágio urbano
fonte: Revista Forbes, mai/02
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3.1.8. Medida para restrição de demanda: pedágio urbano (cont.)
Fonte: Revista Veja, 28.jun.06
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3.1.9. Outras medidas de restrição de demanda
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3.1.9. Outras medidas de restrição de demanda (cont.)
fonte: Veja, 6.jan.10
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3.1.10. Iniciativa para restrição de demanda
fonte: site “estadao.com.br”, 02.set.10
Tendência que
vem crescendo
nas grandes
cidades: o
compartilhamento
de veículos (“car-
sharing”), que
aproveita as
facilidades da
Internet para
organizar grupos
de carona
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3.2. Medições de demanda
Tipos de medições de volumes veiculares mais
utilizados na Engenharia de Tráfego:
• Volume anual (3.2.1)
• Volume Diário Médio - VDM (3.2.2)
• Volume horário (3.2.3)
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3.2.1. Volume anual - utilização
• determinação de índice de periculosidade
(estudos de segurança de trânsito)
• estimativa de receita de pedágios
• estudos das tendências de volume
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• distribuição do tráfego no sistema viário
• comparar a demanda atual em uma via
• programação de melhorias viárias
Corredor Volume Diário Médio (em veículos-equivalentes – ver item 3.4)
Av. Cruzeiro do Sul 147.624
Av. Rebouças 112.044
Av. Rio Branco 48.096
Av. Ibirapuera 60.264
Av. Fco. Matarazzo 75.204
Fonte: CET, S. Paulo, 1994
3.2.2. Volume Diário Médio (VDM) – utilização
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3.2.3. Volume horário - utilização
• estudos de capacidade das vias
• projetos de alteração de geometria
• estabelecimento de controles de tráfego
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3.2.4. Volume horário - exemplo (em veíc/h)
Fonte: CET, 2.000
Valores
equivalentes
no posto
principal de
contagem.
Hora mais
carregada
sentido Período da
manhã
Período da
tarde
Consola-
ção
B/C 4.643 5.055
C/B 4.058 4.028
23 de
Maio
B/C 9.560 9.439
C/B 11.268 8.565
9 de
Julho
B/C 2.709 2.877
C/B 3.239 2.790
Paulista B/C 4.526 3.947
C/B 3.315 2.632
Salim
Farah
B/C 3.382 3.757
C/B 3.097 2.770
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3.3. Variações temporais de volume veicular
• Variação diária – picos e entre-picos
• Variação semanal – dias úteis, fim de semana, feriados (emendas)
• Variação anual – férias escolares, compras
• Os motivos das variações de volume podem ser característicos da cidade – litorâneas, industriais, dormitórios
3.3.1. Variações temporais de volume veicular
– exemplo real de variação diária – P. Alegre
Fonte: Digicon
3.3.2. Variações temporais de volume veicular –
exemplo real de variação diária – São Paulo
Rua da Consolação (B/C) X R. Caio Prado – média de 5 dias úteis (ago/98)
Comportamento
esperado
Demanda
reprimida
Queda de volume, sem redução
na demanda
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3.3.3. Variações temporais de volume veicular
– exemplo real de variação semanal
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3.4. Composição do volume veicular
• o fluxo de veículos pode ser composto por autos, ônibus, caminhões, carretas, motos e bicicletas
• cada tipo de veículo tem um desempenho em sua movimentação, o que pode interferir na operação do tráfego
• dependendo do estudo sobre o fluxo de tráfego, pode ser importante diferenciar os veículos por seu tipo
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3.4. Composição do volume veicular (cont.)
• cada via tem sua característica em termos de composição veicular – variações nessa composição podem demandar medidas de Engenharia
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3.4. Composição do volume veicular (cont.)
• Peso dos veículos -> contagem classificada
(volume equivalente)
• Tradicionalmente:
- autos = peso 1
- ônibus e caminhões = peso 2
- carretas = peso 3
- motos e bicicletas = peso 0
fonte: Jornal da Tarde
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3.4. Composição do volume veicular (cont.)
• Exemplo: contagem na Av. Pres. Tancredo
Neves realizada em 2.009, para realização de
regulagem semafórica
(*) Total
equivalente,
considerando os
pesos 1,0 para
automóvel; 0,5
para
motocicletas; 2,0
para ônibus e
caminhões; 3,0
para carretas
(fonte:
CET/DCS-4).
Total Total (*)
Auto 2.343 2.343
Moto 499 249,5Caminhão 279 558
Ônibus 11 22
Carreta 54 162
TOTAL 3186 3334,5
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3.4. Composição do volume veicular (cont.)
Distribuição da frota – Cidade de S. Paulo, 2.002 (na
hora mais carregada)
Frota em jun/2.002 = 5.407.987 veículos (fonte: CET)
A uto *
83,7%
Ônibus **
4,2%
C aminhão
2,4%
M o to
9,7%
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3.4. Composição do volume veicular (cont.)
fonte: Folha de São Paulo, 18.jul.10
Evolução da frota brasileira