Post on 06-Jul-2015
Apoio Matricial
Curso “Doenças Crônicas nas Redes de Atenção à Saúde”
Ministério da Saúde
DefiniçãoEtimologia
APOIO
- Suporte, amparo, auxílio;
- Acompanhar – estar junto,próximo
MATRIZ - MATRICE
- Lugar onde algo é gerado;local de de origem;
- Conjunto de números queguardam relação entre si,horizontal ou verticalmente.
DefiniçãoEtimologia
APOIO MATRIZ - MATRICE
Sugere que a relaçãoreferência/especialidade seviabilize por meio do diálogo.
Propõe uma relaçãohorizontal entre osprofissionais
Definição
• Trata-se de uma metodologia de gestãodo trabalho em saúde que propõe aintegração dialógica entre osprofissionais no manejo do cuidado;
-- propõe a ação interprofissional e relação horizontal entreos profissionais das equipes de saúde;
• É considerado uma estratégia de arranjoorganizacional.
-- personaliza os mecanismos de referência e contra-referência, os protocolos e solicitações a centros deregulação.
Propósito do Apoio Matricial
Ofertar retaguarda assistencial e
suporte técnicopedagógico
às equipes de referência.
Propiciar a integração dialógica
entre distintas especialidades e
profissões.
Ampliar as possibilidades de
realização da clínica ampliada.
Propósito do Apoio Matricial
Ampliação da clínica:
-Incorporação das fragilidades subjetivas edas redes sociais além dos riscos biológicosna abordagem do paciente.
-Ampliação do repertório de ações –produção estimulando maiores graus deautonomia, auto-cuidado, capacidade deintervenção na realidade, desenvolvimentoda sociabilidade e cidadania
Suporte Assistencial X Suporte Técnico PedagógicoO que é?
Figura 1: Descrição do Matriciamento. Adaptado de Mendes, 2009 Diponível emMolina-Avejonas, et al, 2010.
Atendimentos prolongados ou crônicos Capacidade da equipe reconhecer e
utilizar critérios de risco e prioridade
adequados aos encaminhamentos
Atendimentos temporários Diminuição dos encaminhamentos de
usuários de tratamento temporário
Atendimentos Temporários Discussão de temas teóricos
Consultas para exclusão diagnóstica Atendimentos compartilhados
Há diferentes saberes, práticas e responsabilidade entreos profissionais: CAMPO x NÚCLEO
Existe uma equipe que responde pelas necessidadessanitárias de um local: EQUIPE DE REFERÊNCIA;
Reconhece a intervenção uniprofissional como limitada:ABORDAGEM INTERPROFISSINAL.
As demandas vigentes são complexas e necessitam da abordagem integral, o que requer diálogo: ABORDAGEM
INTERPROFISSINAL.
A proposição deste arranjo organizacional pressupõe que no trabalho dos profissionais de saúde:
CAMPO x NÚCLEO
NÚCLEO CAMPO
• saberes, práticas eresponsabilidades comunsaos profissionais de saúde ;
• extrapola as especificidadesdas categorias;
• Sugere ações e práticasintegradas –INTERPROFISSIONAL.
• identidade profissional;
• práticas e tarefas peculiares,específicas de cadacategoria profissional.
EQUIPE DE REFERÊNCIA x APOIO/ APOIADOR MATRICIAL
Equipe de Referência
- Uma equipe interdisciplinarcomposta por generalistas.
- Responde pela condução de umconjunto de usuários – vínculoe responsabilização.
- Atua como “porta de entradado sistema de saúde” .
- Identifica e coordena casos eaciona o apoio dosespecialistas.
- Atenção ao longo do tempo –longitudinal.
Apoio Matricial
- Equipe ou profissionalespecialista.
- Apoio assistencial etécnicopedagógico à referência.
- Não se caracteriza como “portade entrada”.
- Prioritariamente, “recebe” o casoda referência.
- Ação pontual; inserção “vertical”nos casos, em interação com areferência.
EQUIPE DE REFERÊNCIA x APOIO/ APOIADOR MATRICIAL
Equipe de Referência Apoio Matricial
Máximo de resolutividade à Atenção Básica
Apoio Matricial - NúcleoEquipe de Referência - Campo
Norteado por estes princípios cria-se o Núcleo de Apoio à Saúde da Família:
“(...) dentro do escopo de apoiar a inserção da Estratégiade Saúde da Família na rede de serviços e ampliar a abrangência,a resolutividade, a territorialização, a regionalização, bem comoa ampliação das ações da APS no Brasil, o Ministério da Saúdecriou os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (Nasf), mediante a
Portaria GM nº 154, de 24 de janeiro de2008.”
O NASF
• Equipe multiprofissional que atua em conjunto com a equipede Saúde da Família;
- compartilham e apóiam as práticas em saúde nos territórios.
• Não se constitui porta de entrada do sistema para osusuários;
• Propõe mudanças na lógica do trabalho em saúde.
- matriciamentoXencaminhamento; horizontalidade; interprofinalismo;
clínica ampliada.
O NASF
As 9 Áreas estratégicas:
(1)atividade física/praticas corporais;
(2)práticas integrativas e complementares;
(3)reabilitação;
(4)alimentação e nutrição;
(5)saúde mental;
(6)serviço social;
(7) saúde da criança/ do adolescente e do jovem;
(8) saúde da mulher;
(9)assistência farmacêutica.
O NASF
Leitura Complementar
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderno_atencao_basica_diretrizes_nasf.pdf
Aplicação da proposta de matriciamento:Formas de estabelecer contato entre referência e apoiadores
Apoio
Matricial
Discussões clínicas (com a ESF)
- Reuniões periódicas com a
EFS
- A ESF apresenta casos segundo
avaliação de risco e vulnerabilidade
Atendimento a casos imprevistos
e urgentes
- Acionar o apoiador por
meios pessoais de comunicação
- Casos de maior gravidade, risco e vulnerabilidade
Aplicação da proposta de matriciamento:Formas de estabelecer contato entre referência e apoiadores
Consulte:
http://www.scielo.br/pdf/csp/v23n2/16.pdf
Ilustração esquemática do matriciamento no NASF via discussão clínica
Plano de Ação do NASF: O matriciamento sendo colocado em prática. Adaptado de: NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA (NASF) IN: OSCEJAM, sd.
O apoio matricial sempre está articulado a um projeto terapêutico integrado e admite 3 planos fundamentais:
1. Atendimento e intervenções conjuntasAbordagem com a equipe de referência.Função pedagógica - capacitação in loco para as equipes.Instrumentalizar e estimular a autonomia da equipe.
2. Atendimento ou intervenções especializadasCom manutenção do contato com a referência, responsável pela propostade cuidado longitudinal (visão do processo como um todo).
3. Respaldo técnico para a equipeO cuidado permanece com a referência e esta equipe recebe orientação doapoiador.Instrumentalizar e estimular a autonomia da equipe.
Referências
• Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de AtençãoBásica. Saúde na escola. Brasília : Ministério da Saúde, 2009. 160 p. Disponível em:http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderno_atencao_basica_diretrizes_nasf.pdf
• CAMPOS, GWS & DOMITTI, AC. Apoio matricial e equipe de referência: umametodologia para gestão do trabalho interdisciplinar em saúde. In: Cadernos de SaúdePública, 2007. v.23, n.2: pp.399-407. Disponível em:http://www.scielo.br/pdf/csp/v23n2/16.pdf
• CAMPOS, GWS. Equipes de referência e apoio especializado matricial: um ensaio sobrea reorganização do trabalho em saúde. In: Ciência & Saúde Coletiva – Abrasco, 1999.v.4, n.2: pp.393-403. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csc/v4n2/7121.pdf
• MOLINI-AVEJONAS, Daniela Regina; MENDES, Vera Lúcia Ferreira; AMATO, CibelleAlbuquerque de la Higuera. Fonoaudiologia e Núcleos de Apoio à Saúde da Família:conceitos e referências. Rev. soc. bras. fonoaudiol., São Paulo, v. 15, n. 3, 2010 .
• OSCEJAM. O Núcleo de Apoio à Saúde da Família: NASF. Sd. Disponível em:http://www.oscejam.org.br/index.php?module=nasf. Acesso em 10/11/2012.