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7/24/2019 Apostila Levtico
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NDICE
I. Sacerdcio e Levitismo .....................................................................................2
II. Instituies .......................................................................................................8
1) Famlia ..............................................................................................................8
a) Casamento ......................................................................................................10
b) oivado ..........................................................................................................1!
2) Levirato ..........................................................................................................1"# $ %em&lo .........................................................................................................18
a) %eolo'ia do tem&lo .........................................................................................2"
b) ( Sina'o'a .....................................................................................................2
III. Festas *udaicas ..............................................................................................#0
1. +annu,,a- .....................................................................................................#12. urim .............................................................................................................#2
#. esa- ...............................................................................................................##
! S-avuot ............................................................................................................#/
. Sucot ...............................................................................................................!1
". os- -as-ana- ...............................................................................................!
. 3om 4i&&ur ....................................................................................................!
8. %is-a 5e(v ....................................................................................................2
I6. $ Calend7rio +ebraico .................................................................................#
6. $ S7bado ........................................................................................................8
5iblio'raia ........................................................................................................."#
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I. SACERDOCIO E LEVITISMO
1. O Sacerdcio em Israel
a era &atriarcal n9o -avia sacerdcio em Israel. $s atos do culto e os sacricios
eram eitos &elo c-ee da amlia :c. ;en 22< #1=!< !"=1).
$ livro do ;>nesis n9o ala de sacerdotes= a n9o ser dos estran'eiros :;en !1=!ncia de costume
cananeu :C. $s !=12).
( inter&reta9o &or &arte do sacerdote era arbitr7 ria. %i&o cara ou coroa. Se der isso=
direi tal< se der a@uilo= direi tal... or e. no 1Sam. 1!=!1!2 :se'undo o 're'o &orAm)H Bse eu
ou *Rnatas somos cul&ados= @ue d> Orim :TUVWX G dar aar)< se a cul&a A do &ovo= @ue d>
%umim :YZ[\]\^= do verbo YZ[_ G santiicar= consa'rar).
Jra o sacerdote @uem aia sso= :vea v.#").
Jsse Btirar sorteD eistiu atA o tem&o de Mavi. Me&ois acabou :c. Jsdras 2="# e e-
=" :A um mesmo ato).
#. Le$iismo
( 5blia ala em muitos tetos sobre os levitas e desi'naos como os encarre'ados do
culto. ara eercer al'uma un9o no %em&lo era &reciso ser levita= isto A= descendente da
tribo de Levi.
$ sacerdote era um dos eios da vida reli'iosa= social e &oltica de Israel
:ei sacerdote`&roeta). Jcetuado o &roetismo= os outros dois eram instituies. $&roetismo= n9o. Jmer'ia :(m =11).
$ &ovo era tambAm c-amado sacerdotalH isto A= devia eercer no diaadia as mesmas
unes @ue o sacerdote eercia no %em&lo. +7 uma democratia9o do sacerdcio. or isso a
litur'ia amiliar e sina'o'al A eercida &elos Blei'osD. $ &ovo e @uem deve consa'rar o
tem&o= o es&ao= a amlia= a vida= a Meus< e oerecer sacricios.
( oerta de sacricios= inicialmente= n9o era &eculiaridade dos sacerdotes como
vimos. $s &atriarcas oereciam sacri1cios= sem serem sacerdotes< tambAm os c-ees deamlia= e atA reis= como Mavi e Salom9o. S &osteriormente essa un9o oi sendo reservada
aos sacerdotes.
a) O Le$iismo
+7 v7rias e&licaes &ara o termo levita= @ue A -ebraicoH le. Oma delas A dada
&ela &r&ria 5bliaH levita= ou le= A a@uele @ue adere= @ue acom&an-a. Levitas seriam
a@ueles @ue aderem a Meus= ou @ue acom&an-am a Meus. (ssim &.e. em ;en 2/=#!H Lia=
@uando d7 lu Levi= diH
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B('ora meu marido aderira a mimD. or isso da a criana o nome de Levi.
%ambAm em um 18=2.!= os membros da %ribo de Levi s9o c-amados BaderentesD =
BassociadosD de (ar9o.
?as nem sem&re o si'niicado @ue a 5blia d7 a certos termos corres&onde de ato a
etimolo'ia. or isso= @uanto ao termo BlevitaD se adota -oe uma outra e&lica9o uma ve
@ue n9o &arece ser eata a inter&reta9o dada &ela 5blia. ( etimolo'ia &arece ser outraH le
si'niica= em rai= Bser dado= cedido aD. Jnt9o= BlevitaD A a@uele @ue A dado= cedido a *avA
&ara o servio sacro. (ssim &or e. em um #=12< 8=1"H os levitas s9o reservados &ara o
Sen-or como os &rimo'>nitos< em= 1Sam 1=28= Samuel A cedido ao Sen-or. Levita A a@uele
@ue esta li'ado a Meus &ara eercer o culto.
a anti'uidade= o servio sacro :sacerdcio) era -eredit7rio como todos os car'osem 'eral. (s amlias conservavam e eerciam as unes= os trabal-os= de seus ante&assados.
ara &oder eercer o sacerdcio= bastava ao interessado &rovar a ascend>ncia
sacerdotal. Jssa &assava de &ai &ara il-o.
Jm Israel o sacerdcio entrava nesse conteto. or e. 1Sam 12H Jli e seus il-os
eercem -ereditariamente o sacerdcio em Silo< 1Sam. =1H (binadab e seu il-o 'uardam a
(rca< 1Sam 22=11H (-imele, e toda a casa de seu &ai s9o c-amados &elo rei.
?as a 5blia ala tambAm de levita :sacerdote) @ue n9o A da tribo de Levi= como&.e. * l18< o levita a A da tribo de *ud7. Isso si'niica @ue embora sendo de outra tribo= o
indivduo &rocedia de uma tribo sacerdotal :&ara &oder eercer o sacerdcio)< -avia uma
-ereditariedade sacerdotal @ue continuava embora o indivduo tivesse nascido em outra tribo.
I) A ribo sacerdoal de Le$i
( 5blia narra @ue os descendentes de Levi= il-o de *ac= oram selecionados:Uf[_ G ele'er= assinalar= receber &or desi'na9o ou sorte) &ara eercer as unes sacras=
&or ordem de Meus :c. um 1=0< #=") Jm Meut 10="/ s9o escol-idos &or ?oisAs.
Messa escol-a= sele9o= ori'inam os &rivilA'ios dos levitasH
n9o viviam na a'ricultura e nem tin-am terras :*os 1#=1!)ncia do &ovo 7 idolatria
descom&romissada e or'ias= mas tambAm &or@ue os levitas Bdesem&re'adosD davam uma
m9oin-a e atiavam o o'oH aiam desses santu7rios idol7tricos :embora 7s vees dedicados
a *avA) um BbicoD &ra Bse virarD= 7 @ue o clero de *erusalAm n9o dava o&ortunidade &ara
eles... Jm tais Bsantu7riosD eles eerciam o sacerdcio e aiam @ual@uer ne'cio...
Me ato -7 ent9o uma dierena entre sacerdote e levitaH o sacerdote A a@uele @ue
eerce< o levita A a@uele @ue &ode eercer. $u aindaH os sacerdotes s9o os levitas dos 'randescentros< os levitas da &erieria :turma da &erieria) s9o os @ue &rocuram servio :c. * 1=/H
?i@ueias d7 em&re'o &ara um desses...). Jnim= os sacerdotes ormam a turma do Balto
cleroD< os levitas= a turma do BbaiocleroD.
$ &roeta Je@uiel ala dessa distin9o nos ca&. !!= "#1< !0=!!"< !"=202!H -7
BcelasD &ara uns e &ara os outros< -7 coin-as se&aradas. J em !8=111! ala do territrio
atribudo a uns e a outrosH &ois os sacerdotes n9o s9o B&erdidosD como os levitas s9o :ou
oram...).
b) Ori'em do le$iismo
*7 vimos @ue em -ebraico as &alavras levitismo e Levi s9o e&ressas &elo mesmo
termoH le. ara desi'nar os levitas o termo AH leijm.
%emse dito @ue o levitismo bblico tem ori'em &a'9. Isso &or@ue em inscries
ar@ueol'icas descobriuse @ue o termo Lk e o seu eminino Lk% s9o traduveis &orBsacerdoteD e BsacerdotisaD. or isso o levitismo bblico seria uma vers9o -ebraica da@ueles
levitas ou sacerdotes das reli'ies viin-as. 9o teria nada a ver o levitismo com Levi.
+oe em dia= &orem= a e&i'raia d7 nova tradu9o @ueles termos lu das novas
descobertas. Si'niicam certamente C$S(;(M$= C$S(;(M(= J%J;OJ (.
Jm -ebraico= levita n9o A o desi'nativo de uma un9o. esse sentido :desi'nando
un9o) a&arece s uma ve em eemias 10=1 onde a&arecem Bnossos levitas e nossos
sacerdotesD. os demais casos :isto A= sem&re) A 'entilcio :i.A= desi'nativo de raa) G
descendentes de Levi.
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Se'undo o e. Me 6(O a ori'em do levitismo &ode ser colocada no tem&o da
&ere'rinaao &elo deserto= ou ate antes= &ois se'undo as tradies bblicas= oi no deserto @ue
os levitas oram a're'ados :destinados) ao culto e associados a ?oisAs @ue era levita
tambAm :J "=20). $u tambAm &ode ser= di o e. MJ 6(O= @ue 7 cum&riam essa tarea no
J'ito com o &ovo udeu= &ois tanto o nome B?oisAsD como tantos outros nomes de levitas s9o
nomes e'&cios :e li'ados ao culto de divindades= como &or e. ?oisAs G ? S 3 :'erar) o
deus... 'era). :Sobre esse tema c. +. SIJ;FIJM= Il so''iorno dIsraele im J'itto aideia=
1/2= &. 81).
a alestina a tribo de Levi n9o &ermaneceu sediada numa circunscri9o. ?as va'ou
e certamente oi tambAm &ara o sul :&ara a tribo de Sime9o ao @ual Levi estava li'ado desde o
e&isodio de Mina= no ca&. #! de ;enesis). %ambAm untamente com Sime9o se associam aosda tribo de *ud7 @ue era do sul. or isso 7s vees a&arece na 5blia um levita da tribo de
*ud7 :como &.e. em * 1=ss e 18).
o sul :em *ud7) os levitas se es&ecialiaram no culto= cuas raes reli'iosas 7
tin-am. (ssim= a tribo de Levi= @ue era B&roanaD como as demais= &assa a ser tribo do culto=
tribo sacerdotal.
II. INSTIT(I*ES
or BInstitui9oD &odemos entender Bcoisas ou ormas estabelecidas de comum
acordo= ou se'undo uma certa tradi9o= &ara o bem e estabilidade de um 'ru&oD. %ambAm
&odese entender o Bcom&leo de ormas sociais @ue se cristaliaram ou se tornaram mais
est7veis e tradicionais= e @ue tendo un9o social es&ecica :domAstica= reli'iosa= &oltica=
econRmica= etc.) se destinam a asse'urar a unidade e a continuidade do 'ru&oD.
%odos os &ovos t>m e &reservam as suas instituies= @uer domAsticas= reli'iosas=&olticas ou sociais.
6eamos as instituies em Israel.
1) A +am,lia
$ ti&o de aal1ia israelita A a &atriarcal. +7= &orAm= indcios de ter sido raternal
:ratriarcado) e tambAm matriarcal :matriarcado).
Jsses indcios s9oH :ratriarcado)
a lei do levirato :Lev 2)
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os irm9os de Mina a vin'am :;en #!)s es&osas e tr>s concubinas< do mesmo modo seu il-o Jlia :;en #"=2#.11
12).
oderseia dier @ue Jsah e &oli'mico &or@ue esta ora da lin-a de b>n9o de
(bra9oIsaac. Foi deserdado :;en 2= 2/#!). ?as -7 outros eem&los contr7rios a essa
mono'amia relativa. J o mais la'rante deles e o do atriarca *ac. Jle tem duas es&osas :Lia
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e a@uel) e cada uma delas d7l-e &or concubina a &r&ria escrava. J *ac tem il-os com
todas elas :;en 2/=1#0). 9o sei se se &ode dier @ue a es&osa mesmo era uma s= a@uel=
7 @ue *ac n9o 'ostava de Lia e casou com ela no escuro :c. ;en 2/= 1#).
o tem&o dos *ues e no tem&o da monar@uia= a bi'amia &assa a vi'orar em Israel.
Messe modo= ;ede9o teve muitas mul-eres e uma concubina :*uies 8=#0#1). J o
MeuteronRmio recon-e ce le'almente a &oli'amia :Meut 21=11).
$s reis de Israel &assam a ter tantas mul-eres @uantas &udessem sustentar. (ssim
a&arecem os -arAns. ( sociedade de ent9o admitia tran@uilamente tal costume< ter muitas
mul-eres era sinal de 'randea e de &oder. or isso s os reis= im&eradores A @ue &odiam t>
las. ois s eles &odiam sustentar a tantas e manter o -arAm... Jra caro demais...
Mavi= de sada= teve seis mul-eres @uando comeou a reinar em +ebron :c. 2Sam#=2)< e @uando &assa a reinar em *erusalAm= a ca&ital= aumenta a rota :2Sam =1#).
obo9o teve deoito mul-eres e "0 concubinas :2Cr 11= 21). J assim muitos outros
reis= como (bias @ue teve 1! mul-eres= :2Cr 1#=21)= (cab :ls 20=#) etc. :$ BreiD do
Cnticos dos Cnticos teve "0 rain-as como mul-eres e 80 concubinas... ?as a@ui A '>nero
liter7rio...). Salom9o teve um eArcito de mul-eres e concubinasH setecentas mul-eres e
treentas concubinas :1s 11=1!). Jsses nhmeros &odem ser simblicos. :%odavia &elo @ue se
&ode ver em IstambulConstantino&la= no -arAm dos sultes= a coisa &ode ate ser verdade).5em mais tarde o %(L?OM1iar7 um limiteH cada -omem &ode ter ! mul-eres< o
rei= 18. ?as na &r7tica= s os reis e @ue tin-am muitas mul-eres= &ois o cidad9o comum n9o
tin-a meios &ara sustentar e aer os 'ostos ou ca&ric-os de muitas mul-eres. o m7imo= o
cidad9o comum tin-a duas mul-eres.
?as a bi'amia n9o era assim t9o comum. guando acontecia era &or@ue o -omem
@ueria ter em casa mais uma escrava= ou @ueria ter muitos il-os :@uando n9o &odia t>los com
a es&osa= &or ser esta doente ou estAril). B%er muitos il-osD si'niicava na cultura -ebraicobblica ser abenoado &or *avA como tambAm ser um bom observante da %ora- @ue
&receituavaH Bcrescei e multi&licaivosD.
%ambAm a bi'amia &ode ser e&licada :n9o ustiicada) &or uma ra9o de interesse e
discrimina9o mac-istaH a mul-er casavase muito nova e trabal-ava muito. or isso
1%(L?OM A uma cole9o de livros escritos durante a era -elenista da -istria -ebraica. Comeou a &elo ano200 aC. e terminou em 00 dC. com o %almud da 5abilRnia. $ %almud A uma cole9o de tratados= leis=re'ulamentos= tradies e costumes -ebraicos. Contem tambAm ritos e cerimRnias. ( &alavra %almud vem doverbo lamad= @ue @uer dier estudar= a&render. $ %almud se subdivide em tr>s &artes= cada uma ormando um
livro ou conunto muito im&ortante dentro da literatura reli'iosa udaicaH a ?ISp+= @ue A o conunto dastradies orais :escritas)< a ;OJ?((= @ue A coment7rio da ?isn7-= e o ?IM(S+ @ue e uma e&licaao einter&retaao &o&ular da 51blia= em orma de serm9o. ?isn7- @uer dier Btradi9oD< ;uemara si'niica BimD=BtArminoD= e ?idras-= Binter&retarD= Binter&reta9oD.
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des'astavase e envel-ecia &recocemente. J o sistema mac-ista &ermitia ao -omem troc7la
&or duas de vinte.
( bi'amia sem&re troue transtorno na casa. Se uma mul-er 7 d7 'al-o= tantas
mul-eres davam revolu9o... ( es&osa estAril era des&reada &elas outras :c. 1Sam 1="< ;en
1"=!). ( es&osa sem&re enciumavase @uando a BoutraD ou as BoutrasD eram Arteis :;en
#0=1 etc.). J as &reer>ncias do marid9o &or uma ou &or outra 'erava rolo e malestar :;en
2/=#0#1< 1Sam 1=). ( &reerida do marido se tornava uma 'rande rival &ara as demais...
:lSam l=")
Se de ato eistia a bi'amia= essa n9o era uma situa9o normal e considerada natural.
$s costumes e cultura de ent9o levavam os -ebreus a &ratic7la. $ conteto -istrico deve ser
levado em conta. ( situa9o correta e aceita era a de mono'amia. $s livros sa&ienciais :@ues9o escritos do &ovo e &elo &ovo) @ue aem um retrato da sociedade de ent9o= n9o alam da
bi'amia= mas da mono'amia. :Jce9o eita ao Jclesi7stico #=11= onde o teto &arece ser
mais uma com&ara9o do @ue um retrato social). ( mul-er tem um &a&el e uma un9o na
5blia @ue s &odem ser entendidos dentro de uma sociedade amiliar mono'micaH &or e.
rov =11/H
B5ebe a 7'ua da tua cisterna=
a 7'ua @ue orra do teu &oo=9o derrames &ela rua o teu manancial
nem os teus ribeiros &elas &raas.
Seam &ara ti somente=
sem re&artilos com estran-os.
5endita sea a tua onte=
'oa com a es&osa a tua uventudeH
cora @uerida= 'aela ormosa...D
%ambAm em Jclesi7stico /=/H
B9o te assentes nunca 7 mesa com uma mul-er casada=
n9o ban@ueteis com ela tomando vin-o=
&ara @ue teu cora9o n9o se incline &ara ela
e na tua &ai9o escorre'ues &ara a &erdi9oD.
(inda o cAlebre teto de rov #1= 10#1 sobre a &ereita dona de casa.
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$ livro de %obias deende a mono'amia. $s roetas de Israel usam a ima'em da
mono'amia &ara com&arar Israel com *avA e descrever a idelidade. elo menos como ideal a
5blia &ro&e a mono'amia. a &r7tica= a coisa mudava um &ouco...
a.1) O TIO DE CASAMENTO EM ISRAEL
Jmbora a 5blia deenda a mono'amia= todavia em rela9o mul-er a 5blia relete
a cultura discriminatria de seu tem&o. rinci&almente @uanto ao casamento. ( mul-eres&osa
A deendida e elo'iada. ?as antes de casarse a mul-er A considerada obeto= coisa. (ssim no
qodo 20=1 ela vem enumerada entre as coisas e animais @ue o -omem &ossuiH
B9o cobiar7s a casa do teu &rimo= n9o desear7s a mul-er do teu &rimo... nemo seu boi= nem o seu umento= nem coisa al'uma @ue &ertena ao teu &rimoD.
( moa &ertencia e de&endia do &ai. odia dis&or dela 7 vontade. or e. em ;en 1/=
"8. L di aos estran'eiros -omosseuaisH B%en-o duas il-as @ue ainda s9o vir'ens< eu vo
las trareiH aei delas o @ue bem vos &arecer...D :v.8).
guando se casava= a moa &ertencia ao marido. $ marido A c-amado na 5blia
B&atr9oD= Bsen-orD= BdonoD da mul-er. :5aal A o termo bblico G &atr9o= sen-or= dono. C. J
21=#.22) (s nossas 5blias traduem &or um termo mais brandoH marido.( mul-er casada e &osse do marido= como @ual@uer outra &osse :;en 20=#< Meut
22=22). ara o -omem= casar A tornarse &atr9o. BCasarseD tem a mesma radical de baal.
Me 6(O ne'a @ue a mul-er osse BmercadoriaD no anti'o Israel. Jmbora o noivo
&a'asse ao &ai da noiva o mo-ar :@ue A uma com&ensa9o inanceira &ara tirar a il-a de casa
e casarse com ela)= todavia n9o &a'ava a Bmul-erD di ele.
?as -7 outros eem&los contr7rios na 5blia= onde a mul-er a&arece mesmo como
mercadoria= como &.e. em J 21=11 e tambAm em ;en #1=1= onde o termo e BvenderD asil-as.
o eem&lo de ;en #1=1 :B9o nos considera ele como estran'eiras= &ois nos
vendeu e em se'uida 'astou o nosso din-eiroD) o e. Me 6au e&lica @ue as BnoivasD se
irritam com o &ai n9o &or causa da BvendaD :&ois n9o oram vendidas) mas sim &or causa do
mo-ar :dote) @ue elas @ueriam &ara elas. (inda di Me 6au @ue eram vendidas s as
concubinas< &ara casar= n9o. :$s tetos vistos &arecem dier o contr7rio...).
ara se casar= o noivo devia dar 7 amlia da noiva o citado mo-ar :com&ensa9o
inanceira)< alAm disso devia dar &resentes noiva e amlia dela :;en #!=12 e tb. 2!=#).
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( mul-er @ue se casava devia ir morar com o marido= na casa dele ou da amlia dele
e na terra dele. arece @ue n9o -avia entre os -ebreus o c-amado BdoteD da mul-er &ara casar
se. Isso &or@ue o noivo 7 &a'ava o citado mo-ar. Se ela devesse levar dote= a coisa em&atavaH
-averia a&enas troca de bens= &ois ele 7 -avia dado o mo-ar. $ Bdote s entrava @uando o
noivo n9o &a'ava o mo-ar. $ dote era &ara com&ensar os 'astos @ue o noivo :marido) teria
com a es&osa< &or e. em 1s /=1"H Salom9o recebe em dote a cidade de ;aer &or terse
casado com a il-a do Fara.
a.#) Idade /ara o casameno
9o -7 inormaes &recisas sobre isso na 5blia. ela tradi9o e costumes= as il-asmais vel-as deviam casarse &or &rimeiro :c. ;en 2/=2"). ara os -omens= a idade varia
tambAm. Se'undo os livros dos eis= -7 reis @ue se casam com 1" anos= outros com 1!. S
mais tarde os rabinos estabelecem um critArioH 1# anos &ara o -omem e 12 &ara a mul-er
como idade mnima.
em o noivo e nem a noiva eram consultados &ara se casarem... $s &ais A @uem
decidiam :Jsse costume durou atA &ouco tem&o atr7s= atA no sAculo &assado e incio deste...).;eralmente= o casamento era eito entre &arentes= ou &elo menos entre &essoas de um mesmo
'ru&o ou cl9. Jra um costume tribal. ?as a&arecem tambAm casamentos etratribos= como
&.e. em ;en 2"=#! onde Jsah se casa com duas -ititas= e em ;en 2"= 2! *osA= se casa com
uma e'&cia= etc.
Jra= &orAm= &roibido o casamento entre &arentes muito &rimos :Lev 18=".1 G lei
do incesto).
b) Noi$ado
Jm -ebraico A c-amado aras :G noivar). *ac noiva anos &ara se casar com a@uel
e mais sete anos &or@ue casouse com Lia... :Foi en'anado &elo &ai delas. C. ;en 2/=128).
Mavi tambAm noiva ?erob= il-a de Saul= a @ual se casa de&ois com outro... :lSam
18=11/).
otar @ue esses noivados n9o s9o do nosso ti&oH &a&os= encontros= cinemin-a= boite=
&i&oca= etc. ?esmo &or@ue n9o eistiam essas coisas na@uele tem&o... ?as nem &a&os e
encontros os noivos tin-am. Jram os &ais @uem decidiam como oi dito acima. Jsses
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BnoivadosD eram a&enas motivo &ara os &ais da noiva a&roveitaremse do noivo &ara trabal-ar
:(ssim *ac d7 um duro danado nas roas de Lab9o= e Mavi tem @ue 'uerrear &ara Saul...)
$ noivado 7 tin-a eeitos urdicos< era considerado um casamento. or isso o noivo=
&or e.= n9o &odia ir 'uerra :Meut 20=).
e) Cerim0nia n!/cial
$ casamento era um ato civil= sem conota9o reli'iosa nen-uma. :Jsses Bsantin-osD
mostrando ossa Sen-ora dando a m9o a S9o *osA e sendo abenoados &or um sumo
sacerdote s9o &a&o urado. 9o -avia nada disso... E um Blas-bac,D como diemos -oeH
&roetar no &assado uma coisa @ue se a -oe).os documentos encontrados na cidade de Jleantina2= se &ode a rmula usada
na@uele tem&o &ara se casar. ( rmula era dita s &elo marido. ( mul-er n9o diia nada. (
rmula eraH BJssa e a min-a mul-er= e eu sou o seu marido -oe e &ara sem&reD.
$ casamento &ro&r1amente dito era eito numa esta= cuo &onto &rinci&al era a
entrada da noiva na casa do noivo.
$ noivo= com uma coroa na cabea :c. Cant #=11< Is "1=10) e sem&re acom&an-ado
&ela sua turma @ue tocava e cantava ia atA a casa da noiva. Jsta devia estar ricamente vestidae ornada de oias :ls "1=10< #1.!=1!1)= mas velada. :$ vAu era tirado &elo noivo no @uarto
nu&cial na &rimeira noite das nh&cias. or isso &odia o noivo ser en'anado @uanto noiva
com @uem se casava. ps vees nem no @uarto &ercebia o en'ano. Foi o @ue aconteceu com
*ac. Lab9o= o &ai da noiva= tra&aceou... 5otou um escuro danado no @uarto e *ac entrou
bem. C. ;en 2/=2# 2).
( noiva a'uardava o noivo= acom&an-ada de suas ami'as :ou madrin-as). S9o as
c-amadas Bvir'ensD @ue v9o ao encontro da noiva.( noiva era levada &ara a casa do noivo entre cantos e danas. Oma dessas danas e a
c-amada BMana da SulamitaD :Ct =1)= corres&ondente talve 7 nossa B6alsa dos oivosD.
a casa do noivo se aia o ban@uete @ue &odia durar o tem&o comum de uma
semana ou= 7s vees= duas. :S. ?ateus a reer>ncia a esse costume de a noiva es&erar com as
ami'as a c-e'ada do noivoH ?t 2=1 ss).
a casa do noivo= antes do ban@uete= os noivos eram cobertos &or um balda@uim
:es&Acie de toldo). E c-amado em -ebraico -u&&a-. Jsse balda@uim e mais &arecido com os
nossos con-ecidos B&7liosD das B&rocisses do SantssimoD. guatro ami'os do noivo
2J1eantina era uma colRnia de udeus situada na il-a do mesmo nome no norte do J'ito.
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sustentavam esse &alio em @uatro -astes. %al &alio era o smbolo do @uarto nu&cial e da
intimidade conu'al. Jntrar debaio dele era casarse. arece @ue isso era a ess>ncia do
matrimRnio udeu.
+oe em dia ainda se usa tal costume< e a &artir do sAculo I6 um abino abenoa o
casamentoH ele &e'a uma taa de vin-o e &ronuncia as Bsete ben9os dos es&ososD c-amada
em -ebraico Neva bera,ot< o rabino toma um 'ole do vin-o= &assa a taa madrin-a da noiva
@ue a a noiva beber e de&ois o noivo. ( se'uir o rabino &e'a o anel do noivo= mostrao a
todos e o devolve ao noivo o @ual colocandoo no dedo da noiva diH
BCom este anel= tu te tornas a min-a es&osa= se'undo o rito de ?oisAs e de IsraelD.
%erminada a rmula :dita &elo marido s)= o abino atira a taa ao c-9o en@uanto
todos os &resentes 'ritamH besiman tRb G ermento novo :ou BelicidadesD).Me&ois da esta de rece&9o &ara os ami'os :anti'amente o Bban@ueteD) os ami'os se
retiram. $s noivos devem aer uma ceia &articular onde n9o &ode altar &eie smbolo da
ecundidade. (&s a ceia comeam a Blua de melD.
( noiva devia 'uardar a Bmarca da vir'indadeD &ara &oder deenderse uturamente
de &ossvel acusa9o do marido sobre a sua vir'indade. Jssa Bmarca da vir'indadeD A o
con-ecido lenol... :c. Meut 22=1#1/)
Se'undo o MeuteronRmio o noivado 7 dava direitos matrimoniais aos noivos. Omamul-er &rometida :noiva) A c-amada Bmul-er do &rimoD :es&osa) :Meut 22=2#2).
O caso os2 e MariaH
B(ntes de coabitaremD di ?t 1=18. Isto A= en@uanto estavam noivos= ?aria ac-ouse 'r7vida.
$ BcrimeD se coni'urava &or@ue *osA sabia @ue n9o era o &ai da criana. oderia ter sido=
&ois a lei l-e 'arantia direitos matrimoniais. or isso ele resolveu Babandon7la
secretamenteD< ul'ava @ue teria -avido adultArio. ?aria era noiva :es&osa) dele< todavia teriaadulterado e era &assvel das &enas @ue o Meut 22=2#2!. elo noivado os noivos 7 se
&ertenciam como es&osos.
#) O LEVIRATO
( &alavra BLeviratoD vem do latim BlevirD @ue @uer dier cun-ado. E uma tradu9o
do -ebraico abam :cun-ado).
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$ Levirato e uma institui9o do Meut 2=10 @ue manda @ue o irm9o solteiro se case
com a vihva de seu irm9o= se este n9o deiou il-o. Isto &ara dar &osteridade ao irm9o e
asse'urar os bens da amlia.
a 5blia -7 s dois eem&los de LeviratoH a -istria de %amar :;en #8="11) e a de
ut- :2=20ss de ute). a -istria de %amar se mostra @ue atA o so'ro estava obri'ado ao
levirato num hltimo caso :;en #8=122"). J na -istoria de ut- -a levirato li'ado ao 'oel
:c. acima= &7'. 10).
o caso de $nam :;en #8=8l0) ele A morto n9o &or@ue evitava @ue a mul-er
concebesse :&raticando o c-amado -oe BonanismoD)= mas sim &or@ue n9o cum&ria a lei do
Levirato= evitando dar &osteridade ao irm9o morto.
Jsse costume do 1evirato era comum no (nti'o $riente. Jmbora o Cdi'o de+amurabi :ano 1"80 aC) n9o o cite= todavia as leis assrias tratam desse costume.
Se'undo a Lei do Levirato= o &rimeiro il-o -omem nascido do levirato A
considerado il-o do marido alecido.
$ cun-ado n9o esta obri'ado a casarse com a vihva na marra= &or ora. Se ele n9o
@uer observar a lei do levirato deve &orAm submeterse a um ritual &hblico &ara desobri'arse.
%al ritual A c-amado -alisa- :ou tambAm c-alita-) @ue @uer dier BdescalarseD.Me ato= nem sem&re um cun-ado estava dis&osto a casarse com a vihva de seu
irm9o= &ois se ela era estAril continuaria estAril e ele tambAm acabava icando sem
&osteridade. J= 7s vees ele n9o to&ava a cun-ada...
ara desobri'arse devia realiarse o c-alita- como se disse. %al ritual oi criado
&elos abinos.
$ c-alita- A c-amado assim :ou BdescalarseD) &or causa da cerimRnia &rescrita
&elo MeuteronRmio :2=10). ( cerimRnia A eita &erante tr>s ues na Sina'o'a= ou na casado abino. Osase um sa&ato es&ecial= com muitos cadaros. Jsse sa&ato A amarrado ao &A do
cun-ado recalcitrante= o @ual da uns &assos &elo local e &ara a im de ouvir a condena9o de
seu 'esto. guem a a condena9o A a cun-ada reeitada< ela diH
BJsse meu cun-ado a recusase a suscitar um nome &ara o seu irm9o em Israel
9o @uer cum&rir a lei do levirato &ara comi'oD :Meut 2=).
J o cun-ado res&onder7H
B9o @uero mesmo casar com elaD.
Jnt9o a cun-ada l-e tira o sa&ato :c-alita-)= descalandoo= e o'a o sa&ato lon'e e
cos&e nele diendo &or tr>s veesH
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B(ssim se a com o -omem @ue n9o @uis construir a casa de seu irm9o< o seu nome
ser7 da@ui &ara a rente em Israel= con-ecido como a@uele @ue teve o sa&ato descaladoD.
Me&ois dessa cerimRnia= a vihva est7 liberada &ara casarse com @uem @uiser.
3) O TEMLO
$ %em&lo A uma institui9o bem &osterior vida reli'iosa -ebraica :sAc. 6III= ano
/"0 ou a.C.).
$ tem&lo estava em *erusalAm. *erusalAm oi eita ca&ital &or Mavi< ca&ital &oltica e
tambAm reli'iosa. ara *erusalAm ele levou a (rca da (liana.
Se'undo 2Sm = 11! o rei Mavi @uis construir uma BCasa &ara *avAD< &orAm o&roeta atan o dissuadiu diendo @ue @uem a aria seria o seu il-o Salom9o.
Se'undo os deuteronomistas :nos livros dos eis)= Mavi n9o &oderia aer o %em&lo
&or@ue ora 'uerreira e derramara san'ue. Salom9o= n9o. Jra &acico :o nome Salom9o vem
de S-alon G &a). ?as se di @ue Mavi oi desen-ista e Bar@uitetoD.
Salom9o construiu o tem&lo entre o ! e o 11 anos de seu reinado :morreu em /#1 e
comeou a reinar em /0. ( constru9o est7= &ortanto= entre os anos /"/"0 a.C. c. 1s "=
##8)
( madeira &ara o tem&lo veio do Lbano e as &edras vieram de *erusalAm mesmo
:conira a descri9o da constru9o no 1s "8.
Jsse tem&lo de Salom9o oi destrudo de&ois &elo rei abucodonosor= no ano de 8"=
&or ocasi9o do elio da 5abilRnia.
or volta do ano 20 a.C.= orobabel o reconstruiu :orobabel oi um dos c-ees @ue
voltaram com o &ovo do elio= no ano #/< &reocu&ouse em reconstruir as mural-as da
cidade e o tem&lo). a A&oca -elenista oi es&oliado e &roanado &or (ntoco I6. *udas
?acabeus tornou a restaur7lo. +erodes= o ;rande= oi @uem de ato e uma verdadeira
reconstru9o e embeleamento. Comeou a &elo ano 20 a.C e s oi terminar &elo ano "2
d.C. :n9o mais +erodes). Jsse belo tem&lo durou &ouco= cerca de sete anos. o ano 0 d.C.=
%ito e os eArcitos romanos o arrasaram com&letamente :Bn9o icara &edra sobre &edra...D ?t
2!= 1#).
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$ tem&lo :c-amado em -ebraico de 5et +7mi,das G CasaSantu7rio) era ormado
&or @uatro re&artiesH 7tio das mul-eres= 7tio dos -omens= 7tio dos sacerdotes e
Santu7rio. Jste tin-a tr>s com&artimentosH
o ptrio :ou vestbulo)= c-amado em -ebraico OL(? :da rai verbal @ue si'niica
Bestar diante deD),al &or um vAu du&lo :ou cortinas) amarrado com uma corrente de
ouro. ( dimens9o era de doe metros< a constru9o era de orma chbica.
o Mebir estavam dois @uerubins :i'uras de ace -umana e cor&o de animalla).
Como 7 disse= esse %em&lo= construdo= destrudo= reormado= reconstrudo= oi
deinitivamente arrasado &elos romanos no ano 0 d.C. +oe em dia resta &ouca coisa. Oma
ou outra &arede= e alicerces do tem&o de Salom9o e de +erodes tambAm. $ ?O$ M(S
L(?J%(z{JS :em -ebraicoH 4otel ?aaravi) A basicamente uma &arede do %em&lo de+erodes. ( os udeus c-oram -oe a destrui9o da sua na9o= da sua cidade santa e do seu
%em&lo. ecitam oraes bblicas< de modo es&ecial as Lamentaes. guase sem&re os udeus
est9o vestidos de &reto &ara rear. E bastante eio. ?as -7 'ente @ue rea vestido bem
modernin-o. :+7 se&ara9oH mul-eres de um lado= -omens de outro).
+oe= no lu'ar do %em&lo est7 a ?es@uita de $?( :c-amada em 7rabe de +aram
es-S-eri) e mais rente outra mes@uita= c-amada Jl(@sa :G a distante).
$ lu'ar do tem&lo A a colina de $el= @uem tem um to&o roc-oso. :Jssa roc-a erasa'rada &ara os udeus= &ois acreditavam @ue ora esse o local do sacricio de (bra9o e
Isaac). $s muulmanos @ue est9o a -oe a consideram tambAm sa'rada< essa roc-a est7 -oe
no centro da ?es@uita de $mar e A bem 'uardada &or balaustradas. E c-amada &or eles
S(4+(.
otaH ( (rca da (liana 7 n9o eistia no tem&lo de +erodes. Jla tin-a sido 7
destruda= ao @ue &arece &elo rei abucodonosor= @uando da tomada de *erusalAm e elio.
Jsse rei levou &ara 5abilRnia todos os tesouros do %em&lo. o im do elio= todos os obetos
do culto oram devolvidos. ( (rca n9o< certamente &or@ue ora destruda. ( lenda do
ocultamento da (rca &or *erusalAm oi criada na era macabaica &ara animar o &ovo e miti'ar
a dor das contnuas derrotas :c. 2?c 2= 18).
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6ista aArea da atual *erusalAm
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os tem&os de *esus a alestina estava dividida em rovnciasH
CIS*$M(I( com as rovncias daH
*udeiaH nesta estavam as cidades de *erusalAm= 5elAm= (in4arin= Jmaus= (rimateia=
Jraim= *eric e 5etnia.
SamariaH com as cidades de Samaria e Sicar :Si@uAm).
;alileiaH com as cidades de aarA= Can7= %iberades= ?7'dala e Caarnaum.
Jssas rovncias icavam ao ocidente do *ord9o.
%(S*$M(I( com as rovncias da ereia e a Mec7&ode.
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$ %em&lo de *erusalAm era o centro da vida reli'iosa do &ovo -ebreu. Jra a BCasa de
MeusD e o lu'ar do sacricio.
$ %em&lo @ue eistia no tem&o de *esus tin-a sido construdo &elo ei +erodes= o
;rande= no ano 20 a.C. Construiuo na 7rea do &rimeiro tem&lo levantado &or Salom9o no ano/"0 a.C. a&roimadamente :e destrudo &or abucodonosor em 8" a.C) e do @ual restavam
ainda &arte da reconstru9o eita &or orobabel em 20 a.C.
$ %em&lo de *erusalAm est7 construdo na ona norte da cidade= sobre o cume do
?onte ?ori7 :lu'ar @ue a tradi9o indica como local do BsacricioD de Isaac). $ terreno tem
orma de tra&eoide= com !/0 metros &or uns #00 metros.
( 'randiosidade e a muniic>ncia desse %em&lo eram sem &recedentes na -istria
reli'iosa de Israel. ( constru9o terminou de anos de&ois de iniciada e= ainda assim= s nas&artes essenciais. a constru9o trabal-aram mais de de mil o&er7rios e mil sacerdotes. Foi
terminado deinitivamente de&ois de oitenta e @uatro anos de labuta< isso no ano de "! d.C.
seis anos de&ois de terminado oi arrasado &elos romanos= no ano 0 d.C. %ito= oi @uem
mandou destrulo. Me&ois disso n9o oi mais reconstrudo. +oe= no lu'ar do %em&lo= est9o
duas ?es@uitas ?ulumanasH a de $mar e a Jl(,sa.
$ %em&lo tin-a oito &ortas. $s nhmeros indicam os locais onde se situavam< uma
&essoa &odia atravessar o %em&lo de ora a ora.
$ %em&lo mesmo A a constru9o @ue est7 no centro do retn'ulo. Jra circundado &or
uma balaustra de 10 &or 1!0 metros. $ es&ao com&reendido entre o retn'ulo :ou &rticos)
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2!
e a balaustrada era c-amado de ptrio dos ;entios= &or a &odiam icar os n9oudeus= &a'9os=
B'entiosD. $s &rticos eram os muros @ue ormavam o retn'ulo. Jram muito belos. $ &rtico
de nhmero 2 era o rtico de +erodes= com @uatro ileiras de colunas e tr>s naves. ( nave
central era mais alta. (s colunas tin-am #0 metros de altura e o orro era ri@ussimo. $s
outros dois &rticos tin-am duas ileiras de colunas e eram bem mais baias @ue as de
B+erodesD= se bem @ue mais com&ridas. $ &rtico mais amoso A o de BSalom9oD.
$ ptrio dos ;entios tornarase no tem&o de *esus um lu'ar realmente &roanoH era
usado como corredor &ara atravessar a cidade< era a tambAm @ue os vendedores colocavam a
mercadoria :animar= &ombas= etc.)= era c-eio de bancas de eira.
Jntre o ptrio dos ;entios e o 7tio das ?ul-eres -avia uma &lataorma um &ouco
elevada. +avia escadas &ara se &assar &ara a 7rea do %em&lo. o to&o de cada escada estavacolocada uma &laca de &edra com inscries em latim e em 're'o &roibindo os 'entios
ultra&ass7las sob &ena de morte.
Me&ois do ptrio dos ;entios vin-a o 7tio das ?ul-eres. Jntravase a &ela orta
5ela. $s -omens &assavam &or a &ara irem &ara o seu 7tio. (o redor do 7tio das ?ul-eres
estavam colocadas barra@uin-as com len-a= leo e vin-o &ara os sacricios= bem como tree
caias &ara as esmolas. (&s o 7tio das ?ul-eres vin-a o dos +omens. Jste icava um
&ouco mais elevado. Jra li'ado ao 7tio das ?ul-eres &ela orta de icanor :rico doador da&orta). Jra &or meio dessa &orta @ue as mul-eres e todo o &ovo &odiam assistir aos ritos
celebrados &elos sacerdotes. Jste estava se&arado do 7tio dos +omens &or uma &e@uena
balaustrada. S se &odia entrar a durante a Festa dos %abern7culos &ara receber a as&ers9o
com 7'ua eita &elo Sumo Sacerdote. esse 7tio estava o (ltar dos Sacricios
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7tio dos Sacerdotes este 7tio estava o (ltar dos Sacricios e o &uriicatrio. $
(ltar era todo d &edra e elevado. Subiase ao altar &or uma &e@uena escada. Jntre o (ltar e o
Santu7rio estava o &uriicatrio< era uma 'rande bacia de brone sustentada &or doe bois de
brone. ( estava a 7'ua &ara as &uriicaes e ablues.
$ Santu7rio +erodes o construiu como o Santu7rio do %em&lo de Salom9o= com
tr>s divisesH o ptrio= o Santo e o Santo dos Santos. (o ptrio se subia &or uma escada de doe
de'raus< a n9o -avia nen-um obeto &ata o vulto. $ Santo contin-a no centro o (ltar dos
erumes= e es@uerda= a ?esa dos 9es da ro&osi9o< direita= o Candelabro de sete braos
eito de ouro macio. Om vAu du&lo dividia o Santo do Santo dos Santos. Jram uma sala de
12 metros de lar'ura e BvaiaD :no %em&lo de Salom9o icava a a (rca da (liana). este
local s entrava o Sumo Sacerdote uma ve &or ano. Jra considerado o lu'ar da S-e,in7
:'lria e &resena d Meus).
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a) Teolo'ia do Tem/lo
$ %em&lo oi sem&re o centro da vida reli'iosa de Israel= mesmo &or ocasi9o do
cisma :divis9o dos reinos). *erusalAm A c-amada Bcidade santaD &or@ue a estava o tem&lo de
*avA.
I) O Tem/lo 2 sede da /resen4a di$ina
$ %em&lo A a Casa de Meus e Israel tem &rounda convic9o e A d @ue *avA= de ato=
-abita a. Jssa A e essa convic9o s9o as raes do culto e das estas reli'iosas. $ sinal dessa
&resena de Meus era a (rca da (liana @ue ora colocada no %em&lo. ( B;lria de MeusDenc-eu a casa= o %em&lo :c. 1 s 8= 10).
$s salmos sem&re se reerem a essa &resena 'loriosa de Meus no seu %em&lo.
%ambAm os &roetas alam do %em&lo de Meus :embora 'eralmente ata@uem o culto @ue A
su&ersticioso &or@ue o &ovo A also c. *r = 11< 2"= 11).
Isaas A c-amado ao ministArio &roAtico no %em&lo. E no %em&lo @ue ele tem vises
de *avA e da nuvem @ue enc-e o %em&lo de Meus :Is "= 1!).
ara *eremias= o trono de *avA est7 a no seu %em&lo :*r 1!= 21).J Je@uiel vai dier @ue a 'lria de Meus abandonar7 no %em&lo &or causa da
im&iedade de seu &ovo :J 810).
$s &roetas do elio :e os do &selio= &rinci&almente) v9o &re'ar a reconstru9o
do %em&lo e do culto= &ois *avA @uer morar de novo em *erusalAm :c. (' 12).
Jssa &resena divina no %em&lo :S-e,in7) A @uem diri'ir7 a &iedade udaica. (
litur'ia udaica diia @ue era o Bnome de *avAD @ue estava no %em&lo : 1 s 8= 1"2/). a
mentalidade semtica o nome re&resenta a &essoa< &ortanto= Meus estava &resente a.Como 7 se disse= essa &resena A c-amada &elos -ebreus de S-e,ina- :-abita9o=
'lria= &resena).
$ livro cabalstico! :o-ar ou tambAm c-amado Livro do Js&lendor) di @ue
B@uando oi destrudo o %em&lo de S,e,ina- voltou &ara o lu'ar donde viera no incio=
c-orando sobre a sua casa= sobre o &ovo de Israel @ue ia &ara o elioD :-o-ar= I= 20# a< 202
b< 210 a).
4Cabala A uma corrente reli'iosa do misticismo -ebraico. ( &alavra desi'na a Btradi9o oralD. Cabala @uer diertradi9o. Jssa tradi9o= se'undo o misticismo -ebraico= tem ori'em em Meus. ( cabala &rocura levar o -omem aum contato ntimo com a divindade os livros cabalsticos s9o a@ueles @ue &rocuram &or o -omem em contatocom Meus= comun-9o com Meus.
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II) Tem/lo e escol5a
$ %em&lo era ainda o sinal da escol-a divina. Jscol-a @ue Meus iera n9o s com o
&ovo= mas tambAm com a cidade :c. 2 Sm 2!= 1"). ara o %em&lo e &ara a cidade de
*erusalAm deve o israelita ter sem&re os ol-os voltados. ( rase do Mt 12= :B(&resentareis os
vossos sacricios s no lu'ar onde Meus o @uisD) est7 disseminada &elos livros dos eis :1 s
8= !!!8< 11= 1#12< 2 s 21= e etc.).
Jssa escol-a da &arte de Meus= re&resentada &elo %em&lo= ei'ia atitude e
com&ortamento de acordo com a vontade de Meus. Mo contr7rio= o %em&lo :como a i'rea...)
se torna um lu'ar de su&ersti9o. J Meus o destruir7 :como 7 o iera com a (rca @uando aentre'ou aos ilisteus).
J nin'uAm mais @ue os &roetas recordam e reletem sem&re @ue essa &resena de
Meus ei'e coer>ncia de vida. 9o basta dierH BMeus est7 conoscoD :c. *r = !). Isso n9o d7
se'urana $ elio 7 &rovou isso. $ %em&lo n9o oi ca&a de deter a Bvin'anaD de Meus
&rovocada B&or causa dos nossos &ecadosD.
E no %em&lo @ue *osias centraliar7 o culto e A a @ue eemias reunir7 os eilados
&or@ue a Meus ar7 -abitar o seu nome :c. e 1= /).
b) A Sina'o'a
Jm -ebraico sina'o'a A c-amada 5et-a,enesset :G casa da assembleia). Sina'o'a A=
&orAm= uma &alavra 're'aH |W}^~_T G assembleia.
9o -7 reerencia a Sina'o'a no (nti'o %estamento. o ovo -7 muitas.
Se'undo o adre Me 6au= as sina'o'as 7 eistiam tambAm no (nti'o %estamento.Jram edicios &ara as oraes da comunidade< &orAm= sem se aer sacricios. Lu'ar &ara
ora9o= leitura e ensino da %or7-.
arece @ue a sina'o'a se ori'inou na 5abilRnia como um substitutivo do %em&lo @ue
7 n9o eistia. $utros autores diem @ue oram Jsdras e eemias @ue iniciaram as sina'o'as.
%odavia= s9o= de ato= instituies muito anti'as. Fl7vio *osA :*oseo) ala das sina'o'as
eistentes no tem&o de (ntoco J&anes. S9o as xfVYWT :lu'ares de ora9o xfVYW^).
Se'undo o %(L?OM= @uando eistia ainda o se'undo %em&lo= eistiam tambAm
suas treentos e noventa sina'o'as em *erusalAm. Isso &or@ue o culto no %em&lo era muito
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cerimonioso= es&etacular= mas vaio= oco como 7 dissera Isaas :1=111)= deseado da vida.
Jnt9o o &ovo &reeria rear mais tran@uila e &iamente em outros lu'ares :sina'o'as).
(s sina'o'as s9o 'randes casas de ora9o. 9o &odiam= &orAm= ser maiores @ue o
%em&lo. ?as o &lano ar@uitetRnico se'uia o do %em&lo. +7 nas sina'o'as um 7trio :ulam)=
um sal9o de oraes :interior< c-amado +>,al) e um lu'ar c-amado Blu'ar da (rca sa'radaD
:arRn -a,odes-) embora n9o eistia a (rca. Jsse lu'ar e@uivaleria ao Mebir do %em&lo.
a &arede do undo da sina'o'a eiste a t>b- :nic-o). a t>b- se coloca o rolo da
Lei.
as sina'o'as mais anti'as -7 se&ara9o entre -omens e mul-eres. $s -omens icam
no sal9o :interior da sina'o'a< corres&onde s naves de nossas i'reas)< as mul-eres icam em
coros ou coretos= 'eralmente nas laterais= no alto.
( ;rande Sina'o'a de Mu,e Street= em (ld'ate= Loncres= construda no inal do sAculo 6III=
reconstruda em 1/0= e mais uma ve reconstruda a&s a Se'unda ;uerra ?undial a&s ter sidovirtualmente destruda &elos bombardeios alem9es.
Jm todas as sina'o'as -7 inscries bblicas &elas &aredes< 'eralmente tiradas de
1s e 1Cr :livros @ue alam da constru9o do %em&lo).
( menora- :candelabro) n9o &ode ser o oicial :de sete braos)< deve ser de mais ou
de menos.
a rente :como em nossos altares)= -7 um estrado com estante &ara o leitor= ou
orador. E c-amado bim-.
$utros obetos de culto sina'o'alH
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$ &rinci&al dele A o aron -7,odes- :arca sa'rada)< A um estoo &ara o olo da Lei e
t>m 'ravadas nos dois lados as Bt7buas da LeiD.
Jssa B(rcaD A colocada no nic-o e velado com um vAu :como o dos nossos sacr7rios)
c-amado &rR,t.
K rente do &rR,t bril-a sem&re uma lm&ada c-amada Blm&ada eternaD ou Blu
eternaD. Jm -ebraico er %amid. E o smbolo da A na alavra de Meus. Jssa lm&ada A
alimentada com leo e A dela @ue se acendem as velas da Sina'o'a aos s7bados.
Oma sina'o'a n9o &ode uncionar sem de elementos &elo menos. a sina'o'a -7uma -ierar@uia. E um culto lei'o. or isso *esus e os (&stolos &odiam alar a como diem
os Jvan'el-os e os (tos.
+7 oraes diri'idas &or um abino= s @uais a (ssembleia res&onde (?E?= ou
outras aclamaes. ?as a maior &arte das oraes A eita &elos indivduos= em vo alta e com
muitas inclinaes e &rostraes :como se &ode ver ainda -oe em Israel).
(s oraes consistem 'eralmente na recita9o da %ora- :Lei) e da %eil- :louvores=
salmos a teil- A 'eralmente lida de &A e em sil>ncio). (inda consta como ora9o oS+J?p :B$uve...D) tirado de Mt !.
( ora9o A &ara o -ebreu o Bservio &or ecel>nciaD. %al servio A c-amado
Baboda-D.
ara rear= o udeu se'ue um ritual= @uando na sina'o'a. 6este um manto : talit) se or
casado. Jsse manto A colocado como um c-alA nos ombros< se o -omem A abino colocao na
cebea. $s -omens devem usar ainda o ,i& :'orro= solidAu) sobre a cabea.
$utro elemento usado s9o os teiljm ou ilatArios. S9o duas &e@uenas caias comcadaros de couro. S9o amarradas= uma no brao es@uerdo= outra na cabea :ronte). essa
caia est9o um ou outro versculo do J 1#= 110 :sobre a sada do J'ito= 7scoa=
&rimo'>nito) ou de Mt "= !/ :S+J?p G $uve= Israel...) e 11= 1#21 :&romessas e ameaas
de Meus).
$ ato de se amarrar as itas :cadaros) no brao es@uerdo e na cabea tem um
si'niicado &ara o israelitaH A o cora9o e a cabea @ue devem &ertencer ao Sen-or= isto A= o
-omem todo :de cor&o e alma)= como se di= o -omem todo deve estar BenvolvidoD &ela
%ora-= &ela Lei de Meus.
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#0
III. +ESTAS (DAICAS
(s estas s9o sem&re celebraes. Celebrar A tornar &resente= atualiar.
Se o tem&lo era &ara os udeus o lu'ar da resena divina :S-e,in7)= as estas
reli'iosas eram atos de culto &ara celebrar sua resena e as intervenes libertadoras desse
Meus &resente.
$s temas li'ados a essas estas s9o muitos. Cada um tem car'a &r&ria< em al'uns
trans&arece um sentido messinico e escatol'ico.
(s &rinci&ais estas udaicas &odem ser divididas emH
a) +ESTAS DE LI6ERTA7O8
9an!::a5 esta da Medica9o. Lembra a vitria dos ?acabeusncia.
Tis5" 6 ncia= etc.
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#1
A) +ESTAS DE LI6ERTA7O
1. 9AN(==A9 >o! Dedica4%o)
9o A das 'randes estas de &ere'rina9o= ou liberta9o. Jssa esta oi introduida
&osteriormente no udasmo.
Ori'em da ?esa
Jm 2 de ,islev :novembrodeembro) de 1"= (ntoco J&anes &roanou o %em&lo
de *erusalAm oerecendo a no tem&lo o &rimeiro sacricio &a'9o ao deus eus. J ordenou@ue em todo m>s osse oerecido esse sacricio :c. 1?ac 1=!).
( &roana9o durou # anos= @uando ent9o *udas ?acabeu recon@uista a cidade e
&uriica o tem&lo no dia de ,islev< mandou @ue essa esta da &uriica9o :ou dedica9o do
tem&lo) a Meus osse celebrada sem&re :l?ac!=/) Medica9o A 5ab!::a5.
Jssa esta A macabaica. $ %almud= &orAm= n9o ala dela. Isso &or@ue o %almud A obra
dos ariseus @ue eram contr7rios aos macabeus. Fala muito &or cima dessa esta= a&esar de ser
uma esta muito &o&ular.Jssa esta e tambAm c-amada Festa da Lu &or Fl7vio *oseo e outros :c.
(nti'uitates *udaicae= II= =).
o ovo %estamento s9o *o9o ala dessa esta= e contra&e *esus a lu anti'aH Jle A a
Lu. :c. *o 8=12 ss)< Jm *o 10=22 A c-amada enc>nia= do 're'o ~^}Z^ G inau'ura9o).
( esta durava 8 dias a comear do dia 2 de ,islev :c. l?ac !="/). E uma esta
de liberta9o< liberta9o da o&ress9o reli'iosa de (ntioco I6.
(lAm dos sacricios @ue eram oerecidos no %em&lo= o &ovo levava ramos verdes e&almas &ara o %em&lo= cantando -inos :2?ac 10="8). Cantavam es&ecialmente o salmo #0
@ue A um salmo de dedica9o e ale'ria :BJu vos ealto= Sen-or= &or@ue me libertastes e n9o
&ermitistes aos meus inimi'os @ue se ale'rem contra mimD)< e tambAm o +alel : louvor) @ue
A com&osto &elos salmos 11#118< e cantavam ainda o Canto da Lu. a casa acendiam cada
dia uma vela na menora- :candelabro)< uma &ara cada dia da esta :c.H 2?ac 1=8H Bacendemos
as lm&adas...D)
Jssa esta se assemel-a Festa das %endas ou dos %abern7culos :2?ac 1=/< 10=")=
esta em @ue se BCelebrava tambAm uma dedica9o eita &or Jsdras durante essa esta dos
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#2
tabern7culosD :Jsdras #=!). Jssencialmente= &orAm= essa Festa lembrava a &ere'rina9o &elo
deserto.
#. (RIM
urim si'niica sortes.
E uma esta de ale'ria. 9o A esta estritamente reli'iosa. E mais &roana. Om
Carnaval.
Ori'em da +esa
( esta lembra e celebra a liberta9o dos udeus da &erse'ui9o de (man &or obra de
Jster= rain-a udia= uma das es&osas do rei (ssuero.
( esta teria sido iniciada &or Jster mesmo e &or seu tio ?ardo@ueu -eri na
-istria :Jst /=2022). E celebrada nos dias 1! e 1 de (dar :evereiromaro).
Jssa celebra9o estiva era &recedida &or um dia de eum :no dia 1# de (dar)= tal
como o iera Jster.
K tarde se acendiam as lm&adas das casas e se ia Sina'o'a &ara ouvir a leitura da-istria da liberta9o.
$s dias 1! e 1 eram dias de estas carnavalescas... Mias de 'andaia mesmo. Iase a
Sina'o'a de novo= &ara ouvir a leitura do livro de Jster. J a cada ve @ue o leitor &ronunciava
o nome de (man :o &erse'uidor)= todo mundo devia 'ritar= in'7lo e tocar matraca...
os dias da Festa usamse m7scaras :como no carnaval)= e a molecada sai rua
tocando matraca. %ambAm antes da esta enorcam simbolicamente o (man :como o *udas).
(ora isso= o resto e esta &ra @uebrar. J os abinos diiam @ue se &odia beber atA o&onto de n9o se &oder in'ar mais o (man... :Faiase tambAm teatro re&resentativo do
acontecimento).
!rimA esta mais &atritica @ue reli'iosa. $s udeus ortodoos s9o reservados em
rela9o a ela. 9o a&oiam. ?esmo &or@ue na leitura de Jster n9o se ala de Meus. :Me ato o
livro de Jster A o hnico na 5blia onde n9o a&arece nem uma ve o nome de Meus).
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##
3. ESA9 >"scoa)
E a mais im&ortante esta udaica de liberta9o= e tambAm a mais im&ortante das
estas udaicas< -oe tambAm. ?as na sua ori'em &arece ter sido uma esta comum no $riente
(nti'oH esta de &astores e nRmades.
Inicialmente -avia duas estas distintasH 7scoa e pimos= @ue oram de&ois unidas
:certamente durante o elio).
Jm Lev 2#=8 e um 28=1"2 alase de duas estas tambAm.
( 7scoa= se'undo o Levi tico e os hmeros era celebrada no dia 1! de nisan
:maro`abril)< e no dia 1 comeava a Festa dos Kimos :massot)= @ue durava dias= nos
@uais n9o se comia &9o ermentado< s &9o sem ermento G 7imo.o &rimeiro dia dos pimos :dia 1) e no hltimo dia :21) n9o se trabal-ava e -avia
un9o reli'iosa na Sina'o'a.
Se'undo al'uns autores :c. Jnciclo&Adia Con-ecimentos*udaicos= vol. = &. 88
/") n9o se sabe como A @ue as duas estas oram reunidas e nem o &or @ue. %alve &or serem
semel-antes.
BE dicil dier onde comea uma e onde acaba a outra nesse conteto da esa-D
:&.8/).( 7scoa= se'undo os rabinos do sec. I= era reli'iosaH celebra9o da liberta9o do
J'ito.
?as no inicio n9o era celebrada &or esse motivo. Jra um Festival de rimavera=
como 7 o celebravam tantos outros &ovos nRmades e seminRmades= como os assrios=
babi1Rnios e outros.
Israel celebrava tambAm o seu Festival de rimavera :c-amada (6I6< dai o nome da
ca&ital -oeH %JL(6I6 G Colina da rimavera). Jsse Festival era muito liberal e &ermissivos de (bib= &or@ue oi
nesse m>s @ue saste do J'itoD :J 2#=1).
:(bib A o mesmo @ue (viv= &rimavera).
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#!
%odavia as raes dessa uni9o e o &or @u> nin'uAm ainda conse'uiu e&licar
claramente. em os udeus e nem os bib1itas crist9os.
Inde&endentemente dessa &roblem7tica= o certo A @ue a 7scoa est7 li'ada 7
liberta9o do J'ito= se'undo a tradi9o rabnica e a &r&ria 5blia :qodo).
a) A /ala$ra @"scoa e a +esa da "scoa
$ si'niicado e mesmo a ori'em da &alavra B&7scoaD A coisa muito discutida. Jm
-ebraico A &esa-< mesmo em -ebraico n9o se sabe donde A @ue veio essa &alavra e o @ue
si'niicaria ori'inariamente. ( 5blia relaciona &esa- :rai &s-) com BmancarD= BsaltarD=
B&ularDH :2Sam !=!) Bestava ali um il-o de *onatas... o @ual era aleiado de ambos os &AsD:Jm -ebraico A a mesma rai)< e =em 1s 18=21H Bate @uando claudicareisD< e &rinci&almente
em J 12=1#.2#.2= onde alando da dAcima &ra'a di o autor @ue Meus saltaria= &ularia as
casas marcadas com san'ue.
$utros colocam sua ori'em na &alavra ac7diaca &as--u @ue si'niica Ba&lacarD= ou
tambAm num termo e'&cio mais ou menos aim e @ue si'niica B'ol&eD< *avA teria
B'ol&eadoD os e'&cios com a dAcima &ra'a... :C. . MJ 6(O= Le Istituioni dell(ntico
%estamento :%orino= 1/) &. !0 e se'uintes. C. ainda . C(%(L(?JSS(= La &as@uadella nostra s7lvea :?arietti= 1/1) &. 2ss).
Se a etimolo'ia da &alavra A discutida= todavia a ori'em e si'niicado da Festa da
7scoa n9o o s9o. E uma celebra9o= anti@ussima.
( esta e ori'inaria dos anti'os &astores da &ennsula ar7bica. ( 7scoa -ebraica se
aviin-a muito desta esta &rimaveril. +7 entre elas al'uns elementos ains= como &or
eem&loH
n9o -7 sacerdotes e nem altar nessas celebraes< A uma esta eita na &rimavera= com o sacricio de um animal novo
or@ue a reli'i9o de Israel A uma reli'i9o -istrica= cua A se undamenta eatamente
nas intervenes de Meus na +istria do ovo. Jnt9o e l'ico &ensar @ue numa ocasi9o comoessa das estas &rimaveris ten-a -avido um intervento de Meus na +istria do &ovoH Meus
tirou seu &ovo do J'ito. Israel entendeu essa interven9o de Meus e a desse intervento o
inicio da -istria do &ovo= eleito de Meus< -istria @ue se concluiria na %erra rometida. or
isso a 7scoa e os pimos :@ue se celebravam na &rimavera) &assaram a ser uma s esta= e
com um contehdoH a salva9o do ovo= eita &or *avA. Jsse evento deve ser celebrado sem&re.
$ J 12=1! c-ama essa celebra9o de i,,arRn :celebra9o= memorial). :C. a res&eito dessa
tem7tica a ($S%IL( sobre & qodo= &&. "18).
BA libertao pascal tem no judasmo um papel idntico quele que a Ressurreio
de Jesus tem no Cristianismo. Aquela, liberta, tira da escravido histrica e condu! o povo
para a liberdade. "ssa tira o homem do pecado e o condu! para a #iliao divina, tornando$o
de#initivamente livre e vivo. %anto aquela como essa so Alianas de &eus. Aquela #oi #i'ura(
essa, realidadeD :c. .LJ MJ(O%= Le udaisme :5eauc-esne aris= 1/) &. /).
b) A celebra4%o
a noite de 1# de nisan :evereiro`maro) o c-ee da amlia a a lim&ea do
ermento :c-amet). 9o &ode -aver &9o ermentado em casa.
Ciente de @ue n9o -a nada ermentado em casa= o c-ee da amlia &ronhncia a
b>n9o)
B*endito sejais, +enhor nosso &eus e Rei do mundo, que nos santi#icastes com os
vossos preceitos e nos ordenaste que a removssemos o #ermentoD.
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#"
ara a celebra9o= a sala deve ser muito bem decorada= com ta&etes= cortinas= toal-as=
co&os.
o centro da mesa da ceia -a um &rato es&ecial= redondo= 'rande. Mentro desse &rato
deve -averH
!m raseiro de carneiro :'eralmente colocam a&enas a &ata do carneiro) Jm
-ebraico se c-ama $p. Lembra a sada a&ressada do J'ito= lo'o a&s comer o cordeiro
assado.
!m o$o cosido:e duro)= c-amado em -ebraico beis". Lembra ao israelita @ue a
vida &ode virar de uma -ora &ara outra... instabilidade da vida.
/%es "Bimos= em&il-ados e cobertos. Jm -ebraico s9o c-amados s5imm!rim.
Er$as amar'as= em -ebraico :ar/as. Lembra a amar'ura do cativeiro no J'ito. raiB amar'a= em -ebraico maror. Lembra o sorimento.
Massa de ?r!as:ti&o doce de banana)< em -ebraico= 5arse5. Lembra a o&ress9o
dos trabal-adores nas construes dos e'&cios. Lembra a massa e o cimento.
Tem/ero8 lim9o= 7'ua e sal :&ara as ervas).
+7 uma dis&osi9o estAtica &ara se colocar tudo isso no &rato central. :6ea i'. na
&7'ina se'uinte)Fora desse &rato central= -7 ainda &9es= o cordeiro assado= vin-o e co&os. %omavam
se co&os de vin-o na celebra9o &ascal. guatro co&os eram bebidos &elo &artici&ante= e um
co&o era deiado &ara o roeta Jlias= @ue A o &roeta messinico es&erado ainda. guando ele
c-e'ar= o ?essias est7 &erto. :Jsse co&o do &roeta A mais ou menos o B'ole &ro santoD ou
B&r7s almasD...).
( noite de 1! de nisan :&rimeiro dia da esta) era e A o cerne da celebra9o. Jm cada
casa rehnemse a amlia e os &arentes. Me 10 a 20 &essoas no mnimo. J aem a Ceia &ascal.Jssa Ceia se'ue uma ordem es&ecial c-amada SJMJ :G ordem). %em 1 itens. E um
cerimonial com&leoH
5Sobre essa &resena de Jlias na Ceia= c. o arti'o de . (6$CJLL$= Jlia nella litur'ia ebraica= em ivista5blica Italiana= n. #!= lu'liodicembre 1/81= &&. #/#!0!= &rinci&almente nesse caso da Ceia= a &7'. !01.
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#
O RATO ESECIAL ARA A CEIA
>S2der o! Ordem)
$ tem&ero ica ora do &rato es&ecial
rimeira are da Ceia8
1. 6n4%o da mesa de do l co/o de $in5o :em -ebraico Faddes5= @ue si'niica
b>n9o= santiica9o). ( b>n9o e tirada de ;en 2=1#H BConcluda no sAtimo dia toda a obra
@ue -avia eito= Meus re&ousou do trabal-o no sAtimo dia. (benoou o sAtimo dia e o
santiicou= visto ter sido nesse dia @ue Meus re&ousou de toda a obra da cria9oD.
#. La$ar as m%os :em -ebraicoH (Gr5HB o! re5asG lavar). Lavam as m9os emsil>ncio e levam a comida &ara a mesa.
3. Comem&se as er$as amar'as e a raiB amar'a:em -ebraico= Car/Hs o! :ar/as
G ai&o= mandioca= &or a). Jssas ervas e essa rai amar'a s9o mer'ul-adas no tem&ero. ea
se uma b>n9o en@uanto se comeH B5endito sois vs= Sen-or nosso Meus e ei do mundo=
criador dos rutos da terraD.
. Di$is%o do /%o "Bimo :em -ebraico= ;a5asG dividir). $ c-ee da casa &e'a um
dos &9es 7imos e &arteo< coloca uma metade entre os outros dois &9es esconde a outrametade sob a toal-a da mesa< :no im da ceia comerse7 essa metade...) Jm se'uida todos
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#8
colocam a m9o na travessa onde est9o o cordeiro assado= as ervas amar'as= rai e os &9es e
aem o oertrio diendoH B"ste o po da a#lio que comeram os nossos pais na terra do
"'ito. -uem tem #ome, venha e coma( quem precisa, venha a #aa a /scoa( coma o cordeiro
pascal, neste ano, aqui, mas no pr0imo na %erra de 1srael( neste ano somos escravos( no
pr0imo, na terra de 1srael, seremos livresD.
J. Narra4%o /ascal :em -ebraico= Ma''5Kd G narrador). %erminado o oertrio
comea o +(;;(M(+ (SC(L. +a''ada- si'niica narra9o. $ il-o mais novo deve
&er'untar ao &ai @ual A o si'niicado dessa cerimRnia :J.12=2"< 1#1!). J o &ai deve aer a
narra9o &ascal :-a''ada-)= conorme J.12=2 e 1#=1!1". (cabado o +a''ada- cantase a
&rimeira &arte do +(LLJL :louvores). E o salmo 11#. Jsse canto A de b>n9os &ara o
se'undo co&o de vin-o.. La$ar as m%os:em -ebraico= ro5BH5). Jn@uanto se lavam as m9os devese rearH
B*endito sois 2s, +enhor, nosso &eus, Rei do mundo. +ois 2s que nos santi#icastes com os
vossos preceitos e nos ordenastes lavaras mosD.
. Come&se /%o "Bimo :em -ebraico= m0sK maBBH5 G 7imo es&ecial). esse
instante comese um &edao do &9o 7imo @ue est7 na mesa= sem ter sido cortado= e um
&edao da@uele @ue ora anteriormente cortado em duas &artes :vea n. !). (ntes de comer
devese rearH B*endito sois 2s, +enhor, nosso &eus, Rei do universo, pelos pes /!imos quenos mandastes comerD.%odos comem.
. Come&se a er$a amar'a:em -ebraico= mar0rG erva amar'a). ( erva A comida
untamente com um &ouco de 5arose5 :massa doce). (ntes de comer= devese rearH
B*endito sois 2s, +enhor, nosso &eus, Rei do universo. +ois 2s que nos santi#icastes com os
vossos preceitos e nos ordenastes comer ervas amar'asD.
. En$ol$imeno do /%o:em -ebraico= :0re:G envolver= embrul-ar). $ c-ee da
casa embrul-a o &9o 7imo coma ol-a de alace e come. %odos comem do mesmo eito. ?asantes= devese rear ou mel-or= dierH BJm memria do Santu7rio= como o aia o vel-o +illel
@ue embrul-ava e comia tudo unto :7imos= ervas amar'as e massa doce) &ara observar
literalmente a &rescri9o do teto @ue diH $ comer9o:o cordeiro) com 7imos e ervas
amar'asD.
:ote a o a&e'o e escravid9o letra...)
1P. A Ceia< a&arel-ar :em -ebraicoH S5!l5an Gorec5 a&arel-ar mesa= arrumar a
mesa). Comese a'ora o cordeiro &ascal.
11. Come&se do /%o escondido :em -ebraicoQ sa?nG escondido). Comese a'ora
um &edao da@uele &9o @ue ora escondido debaio da toal-a... Com esse rito termina a Ceia
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#/
&ro&riamente dita. (o comer deste &9o devese dierH B"m memria do sacri#cio pascal que
se comia quando se estava j/ saciadoD.
:$%JH E neste momento @ue *esus Btoma o &9oD e institui a Jucaristia... (
Jucaristia A um &9o escondido...)
Jsse &9o tin-a o si'niicado de re&resentar o sacricio &ascal &ara os udeus.
1#. 6en4%o sobre o $in5o :em -ebraico= bare:G abenoar= bener). %omase a
terceiro co&o de vin-o @ue A c-amado Bca1ice de a9o de 'raasD. J recitase o salmo /2H BE
bom louvar ao Sen-or e cantar sa1mos ao vosso nome= (ltssimo...D.
:$%JH E nesse momento @ue *esus Btoma o c7liceD rendendo 'raas e diH BJste A o
ca1ice do meu san'ue...D).
5ebido o c7lice de vin-o= lavamse as m9os e o c-ee recita a &rece de b>n9os sobretodos. Jssa ben9o varia de &as &ara &as.
13. Lo!$or de a'radecimeno:em -ebraico= 9allel nirBa5 louvor aceito). E um
-ino< A a se'unda &arte do salmo 11#= ou tambAm doutros salmos de louvor. %ermina a Ceia.
Mes&edidas.
:$%JH Me&ois desse canto de salmos A @ue *esus sai &ara o ?onte das $liveiras. S. ?ateus
o di claramente ?t 2"=#0).
+oe em dia a 7scoa udaica se'ue esse ritual em lin-as 'erais a&enas. ?as o
cerimonial A mais abreviado. em todos os udeus= &orem= celebram o rito dessa maneira. $s
*udeus ortodoos= sim. ( Ceia n9o A observada dentro de todos esses detal-es. Jssa
com&ila9o de cerimonial oi inventada &elos abinos como na 1itur'ia crist9 os litur'istas
&roissionais inventaram tambAm tanta coisa...
6) +ESTAS COMEMORATIVAS
. S9AV(OT
+havuot si'niica semanas. E uma esta de ori'em a'rcola tambAm. S-avuot A
c-amada tambAm de Festa das Semanas= Festa da Col-eita e Festa de entecostes.
Ori'em da +esa
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Jssa esta tem sua ori'em em tem&o anterior ao qodosada :n9o o livro). Isso A
&rovado &elo outro nome mais anti'o dessa estaH +'a -abi,,rjm : Festa das col-eitas= ou
dos &rimeiros rutos= ou ainda= das &rimcias).
$s udeus -elenistas desi'navamna com nome 're'oH entecostes :G
@uin@ua'Asimo= cin@uenta) &ois essa esta de S-avuot era celebrada 0 dias a&s a col-eita e
oerta no %em&lo do Bmol-o de cevadaD no se'undo dia de esa- :Lev.2#=121).
Jssa esta era celebrada no dia " de Sivan :maioun-o). Jra essencialmente a'rcolanciaD :1s 8=2."). or isso acarias di @ue
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Btodos os &ovos @ue tiverem marc-ado contra *erusalAm= ir9o todos os anos adorar o Sen-or
ei dos eArcitos e celebrar a Festa de SucotD :ac 1!=1") :C. . MJ 6(O= o&.cit. &. !").
E considerada esta &or ecel>ncia= ou esta= 'rande= &or@ue lembrava mais do @ue
@ual@uer outra B@ue *avA os iera :aos udeus) morar no deserto= @uando os tirara do J'itoD
:Lev 2#=!0!#). Lembrava1-es a escravid9o= a e&eri>ncia -istrica @ue ora dura. $s
abinos incentivavam a celebra9o dessa esta= embora osse &ouco lisoneira a lembrana de
uma escravid9o. Isso= &ara Bim&rimir na memria do &ovo= sua de'rada9o nacional e seu
sorimento no J'ito= e &ara sublin-ar ainda mais os mila'res @ue Meus -avia realiado em
beneicio dele :&ovo)D :c. Jnciclo&Adia de Con-ecimentos *udaicos= vol. = &. #).
( celebra9o tin-a o obetivo de aer todo o &ovo sentir a e&eri>ncia dos
ante&assados e mostrar @ue todos s9o i'uais= e todos s9o sem&re libertados &or Meus.( esta A de ori'em a'rcola como se disse< mas A anti@ussima. Se'undo eemias
:8=1#1.8) essa esta oi reestabelecida &or Jsdras= 7 @ue n9o era celebrada desde os tem&os
de *osuA. Esdras li'a a essa ?esa a Lei!ra da Tor"5. or esse motivo= -oe se celebra a
esta dentro da Semana de Sucot= ou mel-or diendo= -oe se celebra a Leitura da %or7-
dentro da semana de Sucot :no oitavo dia). Jssa celebra9o da %or7- A c-amada BFesta da
Sim-at %or7-D :G (le'ria da Lei)H a Lei deve ser lida ine'ralmene= na Sina'o'a= d!rane
!m ano.+7 todo um ritual &ara a celebra9o da Sim-at %or7-H
Fase na Sina'o'a uma &rociss9o com o Livro da %or7- :olo da Lei). (o inal da
&rociss9o se l> o hltimo trec-o do entateuco. guem o l> A um leitor es&ecial= c-amado
S-atan %or7- :G noivo da Lei). guando ele termina= outro leitor vai bima- :estante de
leitura) e JC$?Jz( a leitura da %or7-= lendo o &rimeiro versculo do ;>nesisH Bo
&rinci&io Meus criou o cAu e a terraD :1=1).
Com isso @uerem si'niicar @ue a Lei n9o &ode ser amais deiada de lado= mas lidasem&re= ininterru&tamente. $ leitor l> o versculo A c-amado S-atan5eres-it :G noivo do
;>nesis &rinc&io).
$%JH o ovo %estamento -7 lembrana dessa celebra9o no Jvan'el-o de S. *o9o. S. *o9o
a dessa celebra9o o &ano de undo &ara mostrar @ue *esus a'ora A o novo le'islador e a
nova Lei A uma doutrina de Meus. *esus vai a essa esta e A ai se'undo *o9o @ue *esus
contra&eH B( min-a doutrina :Lei) n9o A min-a= mas Ma@uele @ue me enviouD :*o =1!1).
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!#
( esta de sucot A muito ale're. Comea sem&re B@uatro dias de&ois de 5om 6ippur=
no dAcimo @uinto dia do sAtimo m>s= :%is-ri setembrooutubro). Mura sete dias= durante os
@uais os udeus tem @ue morar em cabanas rhsticasD :Jnc. Con-ecimentos *udaicos= vol. = &.
#). ( dana a &arte im&ortante da esta. $s -omens mais im&ortantes danavam no "rio
do %em&lo e cantavam H l!B de oc5as.
$%JH A nesse conteto @ue S. *o9o coloca o discurso de *esus sobre a lu do mundoH BJu
sou a Lu do mundoD :*o 8=12) :c. . MJ 6(O= o&.cit. &. !").
o MeuteronRmio 1"=1#1 s9o dados al'uns outros elementos do ritual dessa esta.
E a c-amada de Sucot. 9o ala da ori'em da esta tambAm.
( esta comea na vi'lia= dia 1#= com os &re&arativos &ara a ce1ebraaoH aer as
barracas com bambu= ramos= ol-a'ens. Jssas barracas s9o eitas no @uintal ou mesmo dentro
da casa :6ea a &7'. !). +oe o costume vi'ora ainda. odese ver isso na comunidade
udaica de S. aulo= &or eem&lo= como eu vi.
$s rabinos deram a metra'em das barracasH 1=20 1=20 metros e a altura n9o &ode
ultra&assar os 10 metros.( cabana deve ser decorada com lores= ol-a'ens= rutas. ?as o teto deve ser a
descoberto= &ara se &oder contem&lar o Libertador @ue acom&an-a o seu &ovo.
Fase tambAm o lbb @ue A um ramal5eede ol-a'em como a nossa B&almaD do
Mia de amos. Jsse lbb lembra a &roced>ncia a'rcola da esta. Jle A lembrado em Lev
2#=!0< os rabinos aem muita casusta em torno desse ramal-eteH como e @ue deve ser eito=
de @ue 7rvore= @ual a metra'em dos ramos= etc. olos de rabinos... :6ea a &7'. !!).
o dia da Festa tarde= todos v9o Sina'o'a &ara a ora9o< aemse &recesa&ro&riadas lembrando as b>n9os da a'ricultura= o ano transcorrido= a liberta9o do J'ito.
Me&ois todos v9o &ra casa. a cabana de casa A @ue se estea e se rea tambAm.
O s2imo diada Celebra9o A c-amado +Rs-ana aba- :G 'rande -osana= louvor)s de nisan) conorme uso de Je@uiel. :C.
MJ 6(O= o&.cit. &. !82).
Jssa esta n9o era de calend7rio. Me orma @ue a Festa de (no ovo n9o acontecia
no l dia do l m>s -ebraico :nisan maro`abril)= mas em l de %is-ri como se disse.
?as isso tem uma ra9oHComo as demais estas udaicas= tambAm essa tem= ori'em na vida &astoril= a'rcola=
do &ovo de Israel. J essas estividades &astoris eram muito marcadas &elo ritualismo= ma'ia
uma inluencia @ue Israel recebeu= &rinci&almente= dos babilRnios. J na 5abilRnia a esta de
(no ovo tin-a um si'niicadoH era o Mia do *uo. esse dia de (no ovo= se'undo os
babilRnios=os deuses se reuniam no tem&lo de ?ardu, :um dos deuses maiores da 5abilRnia)
/ara reno$ar o m!ndoeU!l'ar os seres -umanos= dando a cada um a &r&ria sina= o &r&rio
destino.
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!"
Inluenciados &or tais costumes= os israelitas celebram ent9o o Rosh-ha-shanah
antes de sua celebra9o nacional de &enitencia @ue A a celebra9o de Yom Kippur. Jssa
celebra9o &enitencial comea no dia l de %is-ri como &enit>ncia< mas o eum duro e o
centro da celebra9o e no dia 10. Celebrando o os- -as-ana- no dia l de %is-ri @ue
coincidia com o l dia &enitencial os udeus criam estar assim &re&arados &ara o ul'amento
divino. or isso o os -as-ana- A dia &enitencial em Israel.
esse dia o -ebreu diri'ia &reces a Meus &ara @ue se lembrasse dele com
misericrdia e bondade= &or causa da (liana @ue iera com (bra9o e em vista da A de
(bra9o. ede ent9o a Meus @ue se lembre e &erdoe a semente de (bra9o :raa).
%ambAm nesse dia era tocado o s-oar :G berrante). :6ea i'ura na &7'. !) $ to@ue
do s-oar tem sua undamenta9o no livro dos hmeros 2/=1= e Lev 2#= 2#2!H
Bo &rimeiro dia do sAtimo m>s= areis uma santa assembleia... ser7 &ara vso dia do to@ue do s-oar :berrante= trombeta)D :um 2/= 1).Bo sAtimo m>s= no &rimeiro dia do m>s= -aver7 &ara vs um descansosolene= celebrado ao som da trombeta :s-oar)D :Lev 2#= 2!).
$ os -as-ana- teria tido :se'undo a Jnc.dos Con-ecimentos *udaicos= vol.= &.
" ss) um &rimeiro nomeH Mia do to@ue do s-oar.
$ s5o?ar= se'undo a crena &o&ular= era tocado &ara aastar satan7s e seus es&ritos=
@ue &oderiam vir a&ontar os &ecados do cidad9o :BdedarD) e assim inluenciar no ul'amento
de Meus. ?as &ara ?aimRnideso som estridente do s-oar A um alarme &ara incitar ao
arre&endimento e lembrar @ue se deve cuidar da salva9o.
+oe o oa -as-ana- tem esse sentidoH voltarse &ara dentro de si= &uriicar a
consci>ncia e arre&enderse dos &ecados cometidos. :$ 3om 4i&&ur verse7 A &ara
&enitenciarse).
$s abinos insistiam de ato @ue n9o eram a&enas as celebraes rituais @ue levavamao arre&endimento= mas sim a rele9o e o eame de cada um. or isso= um m>s antes do os
-7 s-ana-= o indivduo deveria comear o seu eame de consci>ncia e aer a avalia9o dos
"1# &receitos da Lei= rear salmos e -inos &enitenciais= estudar a %ora-= &edir &erd9o a Meus=
e &or sua ve= &erdoar tambAm ao seu irm9o :C. J. %JS%(= o&. cit. &."/).
7?oisAs ?aimRnides era um ilsoo= urista e mAdico udeu nascido em Crdoba :Js&an-a) em 11#. ?orreuem 120!. (lAm de 'rande ilsoo :coisa rara no udasmo) oi 'rande comentarista bblico= &rinci&almente dastradies :?is-n7).
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(&esar dessa caracteria9o &enitencial= o dia de (no ovo n9o A dia de *e*um &ara
o udeu. +7= &elo contr7rio= um ban@uete es&ecial= onde cada &essoa &e'a uma atia de ma9
:s-ala-) e mer'ul-aa no mel= reando antes de com>laH
Bgue sea da %ua vontade= Sen-or= @ue um (no ovo bom e docese renove &ara
nsD.
$%JH $ ano udaico tem #."0 anos a mais @ue o ocidental :calend7rio 're'oriano). Jssa
conta'em comea se'undo os udeus com a cria9o do mundo. Jm -ebraico= BFJLI
($ $6$D se diH LJS+(p %$5p %I4(%J6 :(no bom &ara vs).
%o@ue do s-oar
:$ s-oar n9o A uma trombeta< A mais um BberranteD= &or@ue A de osso= ou c-ire. (s 5blias traduem &or
BtrombetaD< a bblia de *erusalAm tradu &or B(clamaesDH dia das (clamaes).
. ;OM =I(R
Jm -ebraico= ;om =i//!rsi'niica Mia da J&ia9o. E c-amado $ dia entre os
demais dias. Celebrase esse dia &enitencial a 10 de %is-ri :setembrooutubro).
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$ Levtico= 2#=2#2 ala do 3om 4i&&ur como dia da J&ia9o a ser celebrado no
BdAcimo dia do sAtimo m>sD :@ue A %is-ri= &ois o nome dos meses oi adotado dos babilRnios
e A &osterior ao costume da celebra9o).
Yom kippurA um dos dias mais res&eitados do calend7rio -ebraico= ainda -oe. $
comArcio &7ra mesmo= &ois esse dia e o dia do recon-ecimento das &r&rias cul&as= dias da
autoavalia9o= da &ro&osta de mudana de vida e dia do arre&endimento e &enit>ncia. :Como
se v>= A uma vers9o -ebraica do sacramento crist9o da &enit>nciaconiss9o. $u o contr7rioH a
coniss9o A a vers9o crist9 desse costume. -ebraico...).
( celebra9o de 3om 4i&&ur A um instrumento da mel-ora individual e comunit7ria.
Ori'em da celebra4%o
Jmbora a 5blia 7 estabelea o dia dessa celebra9o= como vimos em Lev 2#=2"#2
e um 2/= 11= todavia a ori'em desse dia de e&ia9o e &uriica9o deve ser buscada nos
costumes reli'iosos do (nti'o $riente. %odas as reli'ies o &raticavam= movidas &elo temor
de @ue os &ecados= males cometidos contra as divindades= as encoleriava e as aiam vin'ar
se dos -omens= n9o concedendo as b>n9os da ecundidade dos reban-os= a artura das
col-eitas= a 7'ua &ara os &oos e a vida dos animais. Isso era al'o muito im&ortante enecess7rio numa civilia9o a'ro&astoril como a@uelas &rimitivas.
ara evitar a ira dos deuses= as reli'ies &ro&un-am sacricios de animais e uma
&enit>ncia &essoal &ara sensibiliar as divindades contra os &ecados cometidos &elos
indivduos e &ela comunidade. $ indivduo devia -umil-arse &erante os deuses.
Israel absorve esse costume e &uriicao @uanto aos sacricios oerecidos= &ois
muitos desses eram sacricios -umanos. Israel aceita e absorve o ritual da cul&a individual e a
conse@uente e&ia9o &ara com a divindade. Se as reli'ies &a'9s sacriicavam uma &essoacomo a Bvtima &ro&iciatriaD &ara a divindade= Israel oerece tambAm uma vtima
&ro&iciatria< mas ao invAs de ser uma &essoa= era um animalH o bode e&iatrio. Jram dois os
bodes e&iatrios :Lev 1"=10). Om deles era sacriicado &elos &ecados do &ovo. Jsse era
c-amado o bode de *avA :Lev 1"=8l0)< o outro= vivo= era colocado Bdiante de *avAD< o Sumo
sacerdote im&un-a as m9os sobre o bode= descarre'ando nele os &ecados do &ovo< um -omem
levava de&ois esse bode &ara o deserto. Messe modo= levava &ara lon'e os &ecados do &ovo.
Jsse bode era c-amado Bo bode de (aelD :Lev 1"=10). $ -omem @ue conduia o bode ao
deserto era considerado im&uro le'almente.
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Jssa &assa'em de Levtico 1"= 10 tem um &aralelo na litur'ia babilRnica< tambAm
na 5abilRnia -7 um bode e&iatrio usado na celebra9o &enitencial< esse bode= uma ve
sacriicado= A es@uarteado= e seu cor&o A esre'ado no &iso do tem&lo &ara &uriic7lo e
de&ois A o'ado num rio< o imolador do animal A tambAm declarado im&uro. :c. . MJ
6(O= o&. cit. &. !8).
ercebese @ue -7 um undo m7'ico em ambas as reli'ies.
Jm Israel= o bode e&iatrio era de ato um meio 7cil &ara se descarre'ar os
sentimentos de cul&a e os &ecados. $ &ovo acreditava @ue com a imola9o do animal= de&ois
de ter Brecebido a descar'a dos &ecados da comunidade= todos icavam realmente
&uriicados. or isso @uando o bode= levado ao deserto e &reci&itado do alto de um &en-asco=
morria= era dado um sinal no %em&loH uma es&Acie de bandeira branca era -asteada ou a'itadanum dos &ortes :%al bandeira ou tira branca devia ser eita de l9 &ara si'niicar a &urea).
Oma ve visto o sinal= todo o &ovo &rorrom&ia em 'ritos de ale'ria &or ter certea de @ue 7
estava &erdoado &or *avA.
$ bode e&iatrio era c-amado Bbode de (aelD &or@ue (ael era o demRnio @ue
-abitava o deserto se'undo a crena do (nti'o $riente.
areceme tambAm @ue -7 um sentido nesse rito. $ deserto A o lu'ar do vaio= sem
vida :thou= em -ebraico)< deserto era o lu'ar do &ecado :dos -ebreus durante o >odo)< odemRnio :satan7s) A essencialmente Ba@uele @ue n9o tem a vida de MeusD= A vaio= A o
anta'onista de Meus. $ lu'ar do demRnio A o lu'ar do &ecadoH deserto.
$ demRnio :satan em -ebraico) si'niica nos livros do (nti'o %estamentoH acusador.
?ais tarde= &or inlu>ncia dos &ersas= &assou a ser considerado o anta'onista de Meus= o
advers7rio de Meus e dos -omens. or isso ele tenta sem&re acusar o -omem &erante Meus. E
o semeador da discrdia. ara a mentalidade -ebraica era de ato o 'rande acusador @ue
temiam.Se se somar as letras @ue ormam a &alavra satan/sem -ebraico :-asatan) :as letras
em -ebraico t>m valor numArico)= a soma ser7 #"! S9o os dias do ano. or isso= &ara eles= o
satan7s acusava o -omem durante o ano todo... :c.(.$(%$=(n Crisiano comincia a
le''ere il $an'elo di Marco= vol.l= &. = nota #).
9o &odemos deiar de notar @ue o tema BdesertoD A muito im&ortante na 5blia. J
&arece contraditrio ou &elo menos conlitante essa ideia de BdesertoD como camin5o de
sal$a4%o e a no9o de deserto como lu'ar do vaio do &ecado= como oi dito acima. (
5blia deia claro @ue Meus Bala no desertoD< e oi dito acima @ue o deserto A o Blu'ar do
vaioD= do Bsatan7sD.
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(s ideias &orem se com&letamH
$ &ecado A crise= A vaio= A mude= A deserto. ermanecer no &ecado A &ermanecer
no cam&o do BacusadorD= A &ermanecer na esera do Bsatan7sD. %odavia A na crise= no vaio=
@ue se &ode clamar &or socorro. E no silencio da crise= no deserto= :@ue A o &ecado) @ue Meus
ala. Foi &or causa do &ecado @ue Meus alou ao &ovo< oi na crise @ue o &ovo encontrou
Meus. Jnt9o &odemos dier @ue Meus A @uem est7 no deserto= na crise. J no sil>ncio da crise A
@ue Jle ala. ermanecer no &ecado ou n9o @uerer Bouvir o sil>ncio de MeusD A @ue A
&ermanecer no vaio= no domnio de satan7s. Como di um autorH
B$ deserto e Meus @ue te es&era com &aci>ncia= com amor. $ deserto A
Meus= e o sil>ncio A a sua &alavraD :J. ;OI$%= Noes s/iri!elles).
Jsse costume de usar um Bbode e&iatrioD como Bconession7rioD durou atA a
destrui9o do %em&lo :0 dC.). Me&ois da destrui9o do %em&lo os -ebreus adotaram outros
ritos simblicos e m7'icos tambAm. C-amado kaparah. Consistia em se 'irar um 'alo ou uma
'alin-a &elas &ernas e 'iralo &or sobre a cabea &or # vees= en@uanto se recitava a rmula
mstica da oerta do san'ue da ave como e&ia9o &elos &ecados cometidos durante o ano.
+oe em dia= &orAm= n9o se a mais isso. E um trem ridculo... +oe os -ebreus substituem os
animais &or doaes a obras de caridade e &or &enit>ncias &essoais. :C. Enc. Con5ecimenos
!daicos= vol. != &&. #!1 ss).
$ 3om 4i&&ur n9o A -oe uma celebra9o a&enas ritualista :bodes= animais...). E
mais um BMia de (rre&endimentoD= A dia de e&ia9o e convers9o interior< deve o indivduo
mesmo assumir os seus &ecados e as suas res&onsabilidades. esse dia= cada um deve
conessar os seus &r&rios &ecados e voltarl-es as costas diia ?aimRnides :c. Jnc. Con-.
*ud.= vo1!= &.#!#).
A Li!r'ia do ;om =i//!r
a vAs&era da celebra9o :tarde de / de %is-ri)= -7 uma reuni9o lithr'ica na
sina'o'a= com as oraes &r&rias= diri'idas &or # rabinos.
Me&ois das oraes se a as con?isses dos /ecados comeidoscontra Meus= contra
o &rimo= contra a Lei= e contra os deveres.
( enuncia9o dos &ecados A eita &or cada &essoa= &or meio de uma ladain-a. :%i&o
Beame de consci>nciaD dos anti'os manuais de devo9o crist9). J medida @ue se enuncia
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um &ecado cometido= a &essoa bate no &eito diendoH Al chet :min-a cul&a). J di uma
ora9oH
B Meus do &erd9o= &erdoainos= absolveinos e dainos a nossa reden9oD.
+7 em se'uida a absolvi9o de todos os votos= uramentos e ecomun-es cometidos
ou incorridos no ano &assado= desde o hltimo 3om 4i&&ur. Jssa absolvi9o A c-amadaKol
Nidr :G %odos os votos). J -7 um canto &enitencial do ,ol nidr> :vea abaio).
%erminada essa cerimRnia= muitos &ermanecem ainda na sina'o'a &ara aer a
6i'lia noturna= lu da lm&ada votiva.
C(%$ JI%JCI(L a&s a Coniss9o dos &ecados
O eU!m
Me&ois doKol Nidriniciase o eum de 2! -oras. Jsse uso undamentase em Lev.
2#=2#2.
Murante o eum era &roibidoH comer= beber= tomar ban-o= lavarse= &erumarse=
calarse e manter relaes seuais :mesmo &ara os casados). $s -omens deviam usar sob o
talit :manto da ora9o) uma outra veste c-amada ,itel :mortal-a) @ue devia ser branca e com
ela deveriam ser se&ultados.
os dias se'uintes -7 outras reunies na Sina'o'a e novas conisses 'erais dos
&ecados. as celebraes lithr'icas se a a leitura &enitencial de Isaias= -7 oraes e leitura
da %ora-. %udo isso s!bsi!io anti'o sacricio= c-amado minhah :rito). Jssa substitui9o
tem um sentido &ara os udeusH assim como Isaac ora substitudo no sacricio &or um
cordeiro= assim eles substituem o animal &elas oraes e leituras &enitenciais. :Jra crena
&o&ular @ue Isaac &residia a celebra9o de 3om 4i&&ur).
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um dos dias era eita uma celebra9o comemorativa &elos alecidos e &elos
m7rtires da A. (s leituras alam da morte do usto e do &ecador. +7 uma coniss9o 'eral e s9o
lidas