Post on 01-Jul-2015
Crescimento e Desenvolvimento Craniofacial
Conceitos Básicos
Crescimento
“… é o resultado de processos biológicos através dos quais a matéria viva normalmente se torna maior.”
“… pode resultar em aumento ou diminuição de tamanho, mudanças na forma ou proporção, complexidade, textura etc.”
“…é mudança em quantidade.”
Desenvolvimento = Crescimento (mudança em quantidade) + Diferenciação (mudança em qualidade) + Deslocamento (mudança em posição)
Deposição/Aposição óssea Área de adição de novo tecido ósseo e de direção de crescimento
Reabsorção óssea Área de remoção de tecido ósseo, lado oposto ao de deposição
Flutuação (drift) Processo de deposição e reabsorção
Campos de crescimento Cobrem irregularmente superfícies interna (endosteal) e externa (periosteal) de todos
os ossos Campo periosteal de deposição = campo endosteal oposto de reabsorção Campo periosteal de reabsorção = campo endosteal oposto de deposição
Campos de reabsorçãoCampos de aposição
Atividades diversificadas e taxas de crescimento resultam no crescimento diferencial produzindo ossos de formas irregulares. As formas irregulares são resposta a funções variadas impostas aos ossos pela matriz dos tecidos moles.
Inserções muscularesArticulações suturaisInserção dentáriaOutros
“O projeto para a estrutura, a construção e o crescimento de um osso se baseia nos músculos, língua, lábios, bochechas, tegumento, mucosa, nervos, vasos sanguíneos, vias aéreas..., enfim, tudo que produza sinais de informação que determine o desenvolvimento do osso.”
Sítios de crescimento Campos de crescimento com significado ou papel especial no crescimento de alguns
ossos
Côndilo Tuberosidade maxilar Sincondroses da base do crânio Suturas e processos alveolares
Não respondem por todo o crescimento nem pela maior parte do mesmo Todas as demais superfícies participam ativamente!!!
Mecanismos de Crescimento ÓsseoEm todo crescimento ósseo temos aposição e reabsorção em diferentes campos de crescimento promovendo remodelação óssea, ou seja, alterações no tamanho e na forma.
Remodelação Infância e Adolescência
Formação de osso altamente vascularizado Altas taxas de aposição Intensa remodelação
Maturidade Gradual substituição por ossos de crescimento mais lento Menos vascularizados Baixa remodelação
Regida pelo crescimento e função dos tecidos moles e suas funções servem para: Aumentar progressivamente o osso como um todo Recolocar cada parte do osso permitindo seu crescimento global Moldar o osso para acomodar suas várias funções de acordo com as ações
fisiológicas Fazer ajustes estruturais para todas as partes se adaptarem as condições
intrínsecas e extrínsecas
Movimentos do Crescimento 02 tipos
Deslizamento cortical Movimento de crescimento de uma parte aumentada do osso por ação
da remodelação e de seus tecidos Osteogênicos Movimento em direção à superfície de aposição
Deslocamento Movimento do osso inteiro à medida que se remodela
Deslocamento Primário (translação)
Associado ao aumento do próprio osso Secundário
Associado ao aumento de outros ossos
Formação Óssea – Osteogênese Osteogênese ocorre de 02 maneiras básicas dependendo do local:
Formação óssea endocondral Cartilagem
Formação óssea intramembranosa
Tecido conjuntivo membranoso Formação óssea endocondral
Tecido mesenquimatoso Cartilagem
Osso
Formação óssea intramembranosa Células mesenquimais indiferenciadas do tecido conjuntivo membranoso
Osteoblastos Osso
Formação Óssea EndocondralHipertrofia das céls. cartilaginosasCalcificação e degeneração de suas matrizesDesintegração da cartilagemSubstituição da cartilagem por tecido osteogênico
O osso endocondral não é formado diretamente da cartilagem; ele a invade, tomando seu lugar
Importância da cartilagem Cartilagem possui 03 funções básicas no crescimento
1. Flexibilidade 2. Tolerância a pressão em locais específicos onde há compressão (ex.: cartilagem
articular)3. “Cartilagem de crescimento” em conjunto com ossos em crescimento (ex.:
sincondroses na base do crânio, cartilagem condilar, lâmina epifisária)
Cartilagem X Osso Cartilagem cresce tanto aposicionalmente (atividade da membrana condrogênica)
quanto intersticialmente (divisão dos condrócitos e adições na matriz intercelular)
O crescimento intersticial do osso de origem não endocondral é impossível em virtude de sua matriz calcificada não permitindo difusão celular de oxigênio e nutrientes
A formação óssea endocondral produz continuamente osso em regiões especiais submetidas a níveis de compressão relativamente altos
O “crescimento cartilaginoso” ocorre onde é necessário crescimento linear em direção à pressão, permitindo ao osso alongar-se em direção à área da força. Isto porque não há vasos passíveis de obstrução. No lado oposto uma quantidade igual de cartilagem é substituída por osso
O osso, ao contrário da cartilagem, é adaptável à tensão e não cresce diretamente em áreas de altas pressões. Seu crescimento depende uma membrana sensitiva e vascularizada
Formação óssea intramembranosaÉ o modo de crescimento predominante no crânio!
Ocorre em área de tensão Hipóteses do Crescimento Craniofacial
“Teoria” Genética Hipótese de Sicher (dominância sutural) Hipótese de Scott (septo nasal) Hipótese de Moss (matriz funcional) Hipótese de Petrovic (servossistema)
“Teoria” Genética: estabelece que os genes determinem tudo. Era mais uma suposição do que uma prova
Hipótese de Sicher (dominância sutural) Deduziu que as suturas são responsáveis pela maioria do crescimento Acreditava que havia rígido controle genético intrínseco
Hipótese de Scott (septo nasal) Enfatizou que o crescimento da cartilagem do septo nasal controla o
crescimento da maxila Estando sob controle genético intrínseco
Hipótese de Moss (matriz funcional) Cada componente da matriz funcional desempenha uma função necessária
(respiração, mastigação, fala), enquanto os tecidos esqueléticos apóiam e protegem as matrizes funcionais associadas
Influencia na aposição e reabsorção e, portanto controla a remodelação
Hipótese da Matriz Funcional1981:
“... afirma explicitamente que a origem, o crescimento e a manutenção de todo o tecido esquelético e órgão são sempre secundários, compensatórios e obrigatoriamente responsáveis pela operação dos principais eventos e processos que ocorrem nos tecidos não esqueléticos e órgãos especificamente relacionados com espaços funcionais (matrizes funcionais)”
Hipótese de Petrovic (servossistema)
O crescimento de várias regiões craniofaciais é determinado pela interação de uma série de mudanças causais e mecanismos de feedback
Detectou uma predeterminação não-genética no comprimento final da mandíbula, onde a direção e a magnitude da variação do crescimento condilar são percebidas como respostas quantitativas ao aumento da maxila
Fatores controladores do crescimento craniofacial Fatores Naturais
Genética “Função” Crescimento Corporal Geral Neurotrofismo – controle nervoso
Fatores Desorganizadores
Forças Ortodônticas Cirurgia Má-nutrição Disfunções Anomalias Craniofaciais
Desenvolvimento regional do crânio Regiões:
Abóbada craniana Base craniana Complexo nasomaxilar Mandíbula
Abóbada Craniana Formação:
Formada por diversos ossos achatados Funções:
Proteção do cérebro Crescimento:
Determinado pelo crescimento do cérebro Utiliza o sistema de suturas, não havendo mudanças extensivas por
remodelação É em grande parte completado na infância ð abóbada craniana é uma das
primeiras regiões do esqueleto craniofacial a atingir o tamanho total Relacionamento entre os ossos:
Ossos da calota unidos pelas suturas Interligação com o complexo nasomaxilar por um sistema de junções suturais
Mecanismos compensatórios Sistema sutural altamente adaptativo para algumas patologias Na presença de estenoses são quase perdidas todas as possibilidades
compensatórias Ao nascimento estão separados por tecido conjuntivo frouxo Formação óssea intramembranosa pela bordas das fontanelas sem precursores
cartilaginosos Após o nascimento os espaços são fechados com rapidez Os ossos continuam separados por fina linha de periósteo sutural, fusionando na vida
adulta
Maior crescimento: Suturas
Menor crescimento: Remodelação das superfícies interna e externa dos ossos permitindo contorno
da abóbada durante o crescimento
Base Craniana Formação:
Formada por 3 ossos: basio-occipital, esfenóide e etmóide
Funções: Suporte e proteção do cérebro e coluna vertebral Articulação do crânio com a coluna vertebral, mandíbula e região maxilar
Crescimento: Equilíbrio entre crescimento sutural e alongamento das sincondroses O alongamento do complexo esfeno-occipital desloca toda a face média
anterior Mecanismos compensatórios:
Geralmente considerada a mais estável de todas as partes do esqueleto craniofacial
Menos afetada por funções neuromusculares e tratamento ortodôntico “O que acontece na base do crânio afeta, e muito, a estrutura, dimensão, ângulos e
posicionamento das várias partes da face.”
O crânio é a base sobre a qual a face se desenvolve São inicialmente cartilagens e transformados em osso por ossificação endocondral Os sítios de crescimento são as sincondroses Unidades de crescimento essencialmente autônomas com desenvolvimento conjunto
com o cérebro, mas de alguma forma independente Também ocorre remodelação nas superfícies
Complexo Nasomaxilar Formação:
Frontal, Zigomático, Processo palatino, Processo alveolar
Funções: Participa da mastigação, fala, expressões, respiração, etc.
Crescimento: Mecanismos de crescimento são: as suturas, o septo nasal, as superfícies
periosteais e endosteais, e o processo alveolar Mecanismo endocondral para o crescimento ósseo não é intenso na parte média
da face Desenvolve-se por ossificação intramembranosa
Aposição nas suturas que articulam a maxila ao crânio e base craniana Remodelação superficial (muito significativa e importante)
Crescimento (translação) para baixo e para frente em relação á base craniana As suturas se mantêm com a mesma espessura Os processos da maxila se tornam mais longos
O crescimento e remodelação da maior parte do complexo facial mediano acompanham o deslocamento anterior da maxila, através do processo ósseo intramembranoso
Altura maxilar aumenta devido ao crescimento sutural em direção aos ossos frontal e zigomático e ao crescimento aposicional no processo alveolar
O soalho nasal é simultaneamente abaixado pela absorção, enquanto ocorre aposição no palato duro
No desenvolvimento da largura maxilar, o crescimento na sutura mediana é mais importante do que a remodelação aposicional
O aumento do comprimento na maxila ocorre por aposição da tuberosidade maxilar e pelo crescimento sutural em direção ao osso palatino;
O aumento do processo alveolar está estreitamente relacionado com a irrupção dos dentes
Remodelação da maxila Remodelação da superfície Frontal (reabsorção) Abobada palatina é movida Para baixo e para frente
Osso removido do lado nasal e adicionado no lado bucal Movimento adicional para baixo e para frente
Mandíbula Formação:
Por apenas 1 osso Funções:
Participa da mastigação, fala, expressões, respiração. Crescimento:
É determinado por fatores externos à mandíbula (músculos, crescimento maxilar, etc.).
Crescimento endocondral em cada extremidade e crescimento intramembranoso (maior porcentagem) no meio
CÔNDILO É um importante sítio de crescimento Seu crescimento endocondral é responsável pela produção óssea em pequena
magnitude Aumenta harmonicamente com disco e fossa glenóide A função articular determina o seu crescimento O crescimento endocondral é necessário porque o côndilo cresce em direção a
pressão da articulação, situação que o crescimento ósseo intramembranoso não poderia tolerar
RAMO Aposição na parte posterior do ramo Reabsorção na parte anterior do ramo
Deslocamento para baixo e para frente em relação à maxila Crescimento em comprimento do corpo e em altura do ramo
Mento é o sítio mais inativo de crescimento Ao nascimento o ramo está localizado aonde o 1º molar decíduo irá erupcionar Com a remodelação:
Cria-se espaço para 2º molar decíduo Em seguida para 1º e 2º molares permanentes
Parada no crescimento Normalmente antes de se criar espaço para 3º molares
O surto mais importante no crescimento mandibular é o que está relacionado à puberdade. Quase todos os surtos puberais ocorrem após a ossificação do sesamóide e antes da menarca
As variações na morfologia e no tamanho mandibular contribuem mais significativamente para a maioria das maloclusões do que as variações maxilares
Mecanismos compensatórios: Maior nas inserções musculares e processo alveolar Observados nos extremos dos tipos faciais Observados nas diferentes maloclusões
Cl II e III e assimetrias faciais
Forma do processo coronóideQuantidade e formação do processo alveolar
Processo alveolar Membrana periodontal converte a pressão exercida por um dente durante a mastigação
em tensão sobre as fibras colágenas. Membrana periodontal proporciona a flutuação mesial, distal, vertical, além da
erupção, oclusão e rotação dos dentes. Face de pressão = reabsorção óssea. Face de tensão = deposição óssea. Quando o crescimento cessa a membrana funciona como ligamento.
Crescimento e Desenvolvimento físico X CraniofacialCrescimento e Desenvolvimento físico
Crescimento Intimamente relacionado à altura, peso, velocidade de crescimento e puberdade
Desenvolvimento Progressão da maturidade
Nem todos os indivíduos com uma determinada idade cronológica estão em um mesmo estágio de desenvolvimento biológico
Diferentes Idades de desenvolvimento
Idades de desenvolvimento Idade esquelética ou óssea
Calcificação carpal Idade dentária
Calcificação erupção e formação da raiz dentária Idade cronológica
Número de anos ou meses a partir do nascimento Idade mental
Maturidade intelectual
Facilita a comparação entre indivíduos
Idade dentária Avaliação: 1. Erupção 2. Quantidade de reabsorção radicular do decíduo 3. Quantidade de desenvolvimento do permanente
Idade dentária de 6 anos Início da erupção dos molares permanentes
Idade dentária de 7 anos Erupção de incisivos centrais superiores, laterais inferiores Formação radicular de incisivos laterais superiores avançada faltando 1 ano
para erupcionar Caninos permanentes e pré-molares e estágio de coroa completa
Idade dentária de 8 anos Irrompimento dos incisivos laterais superiores
Intervalo de 2 a 3 anos para erupção de outro dente permanente
Idade dentária de 9 anos Caninos, 1os e 2os molares decíduos presentes 1/3 de raiz formada de canino e 1º pré-molar 2º pré-molar inferior iniciando sua formação radicular
Idade dentária de 10 anos Maior quantidade de reabsorção de caninos e molares decíduos Metade das raízes de caninos e pré-molares inferiores está formada Formação radicular completa de incisivos inferiores
Um sinal de que o dente está prestes a irromper é a presença de ¾ de raiz formada
2 a 3 anos são necessários para que as raízes completem sua formação após o dente entrar em oclusão
Idade dentária de 11 anos Raízes de todos os incisivos e 1os molares permanentes completamente
formadas Erupção de caninos inferiores e 1os pré-molares (quase simultaneamente) Dentes decíduos presentes:
Caninos superiores e 2os molares Idade dentária de 12 anos
Erupção de caninos superiores e 2os pré-molares Idade dentária de 13, 14 e 15 anos
Formação radicular completa de dos permanentes
Os dentes erupcionam com considerável variação em relação à idade cronológica
Crescimento e Desenvolvimento físico X Dismorfismo sexual Significante Meninas parecem crescer mais precocemente que meninos Meninas e meninos apresentam diferentes momentos para o surto de crescimento
Mudanças nas proporções do corpo durante o Crescimento e Desenvolvimento
2º Mês de vida embrionária Cabeça representa quase 50% do comprimento total do corpo Crânio mais largo que a face representando mais da metade do total da cabeça Membros rudimentares e tronco subdesenvolvido
Nascimento Troncos e membros cresceram mais rápido Cabeça representa 25% de todo o corpo Padrão de crescimento segue esse curso, com uma redução progressiva do tamanho
relativo da cabeça Pernas representam 1/3 do comprimento total do corpo
Infância Primeiro “surto” de crescimento para meninos e meninas aos 3 anos de idade
Pequeno surto Segundo surto de crescimento em momentos diferentes para meninos e meninas
Meninas por volta dos 6 a 7 anos Meninos por volta dos 7 a 9 anos
Próximo aos 7 anos o crescimento neural é completo Cérebro e calota craniana estão tão largos quanto serão para sempre
Características craniofaciais na infânciaA face da criança não é a miniatura da face do adultoCriança
Face mais larga Face média pequena Mandíbula pequena em tamanho e proporção Mandíbula larga e curta em forma de V Regiões goniacas no interior do osso zigomático
Adulto Face mais estreita Face média mais expandida Mandíbula em forma de U Regiões goniacas na altura ou externamente posicionados em relação ao osso
zigomático
Puberdade Combinação de mudanças fisiológicas e morfológicas que ocorrem numa criança,
durante o período de maturação dos órgãos genitais. Indicadores somáticos:
Surto de crescimento Desenvolvimento das características sexuais secundárias Mudança na composição do corpo (músculo, gordura) Aumento da capacidade circulatória e respiratória
Surto de crescimento puberal Terceiro e mais importante surto de crescimento em momentos diferentes para
meninos e meninas Meninas por volta dos 11 a 12 anos Meninos por volta dos 12 a 15 anos
Fase de intenso crescimento físico que acompanha a maturação sexual e alcance da capacidade reprodutiva
Maior desenvolvimento e maturação craniofacial
Surto puberal X erupção dentária
Surto puberal de erupção dentária acompanha o surto puberal de crescimento dos maxilares
Cessado o crescimento puberal, é atingida a fase final de erupção Equilíbrio oclusal adulto
Surto de crescimento puberal Duração de 2 anos com o pico 1 ano após o início do surto Época de maior desenvolvimento e maturação das dimensões craniofaciais Épocas diferentes para indivíduos diferentes principalmente em populações
heterogêneas Intervalo ideal para intervir ortodonticamente, principalmente em casos de grande
discrepância esquelética Pode ser detectado através dos eventos de ossificação dos ossos da mão e punho
Determinação da maturidade esquelética O desenvolvimento esquelético é um dos melhores instrumentos para quantificar a
maturidade. Centros de ossificação do esqueleto passam por mudanças de tamanho e forma
relativamente fixos e identificáveis em radiografias. Existem indicadores de maturidade específicos nas radiografias. Região mais determinada é a de mão e o punho
Radiografia de mão e punho Faz parte dos exames complementares utilizados para o diagnóstico e planejamento do
tratamento ortodôntico Interpretação dos dados radiográficos referente à ossificação das peças
esqueléticas da mão e do punho Possibilita a estimativa de quando o paciente atingirá o pico de crescimento puberal Importante ao ortodontista para que possa direcionar ou eliminar travamentos que
estejam impedindo o correto crescimento craniofacial
Estágios epifisários Diferentes graus de ossificação da cartilagem de crescimento localizada entre epífise e
diáfise Maneira pela qual a epífise inicia e aumenta sua ossificação até que se una à diáfise
nos ossos longos Inicia nas falanges distais Passa para proximais Termina nas médias
Radiograficamente: Em ossos jovens as epífises não são visualizadas Passa por um pequeno ponto de ossificação (A) Aumenta em lateralidade até chegar à largura da diáfise (B) Epífise emite prolongamentos laterais (C) Porção central da cartilagem é substituída pela fusão óssea (união inicial) (D) Fusão total de epífise com diáfise sendo observada apenas uma linha de união (E) Fusão total (F)
Estágios epifisários X Surto de crescimento puberal 1 - FD= Epífises das falanges distais com a mesma largura das diáfises
Faltam 2 anos para o início do surto 2- FP= Epífises das falanges proximais com a mesma largura das diáfises
Falta aproximadamente 1 ano para o surto 3- FM= Epífises das falanges medianas com a mesma largura das diáfises
Faltam aproximadamente 4 a 6 meses para o surto 4- G1=Início do aparecimento do gancho radiopaco no osso ganchoso
Início do crescimento do surtoMomento ideal para início do tratamento ortodôntico, principalmente maloclusões esqueléticas
5- Psi = Visualização do osso pisiforme Indicador do início da adolescência De difícil visualização, pois sua visualização pode se confundir com o osso
piramidal 6- R = Epífise do rádio com a mesma largura da diáfise
G1, Psi e R precedem o pico de velocidade de crescimento na maioria dos indivíduos
8-S= Visualização do osso sesamóide Localizado entre distal do metacarpo 1 e a epífise da falange proximal do
polegar Ossificação iniciada 6 meses o início do surto de crescimento Ossificação finalizada quando ocorre a união de epífise e diáfise da falange
proximal do polegar 9- G2= Gancho radiopaco nitidamente visível no corpo do osso ganchoso
Faltam aproximadamente 3 meses para o pico de velocidade de crescimento puberal
10- EP cap= capeamento epifisário nas falanges proximais 11- FM cap= capeamento epifisário nas falanges medianas
Correspondem ao pico de velocidade de crescimento e indicam que já se passou 1 ano dentro do surto
Aparelhos extrabucais já atingiram seus objetivos, sendo a época ideal para bandagem total do aparelho corretivo
Curva padrão de velocidade de crescimento estatural e estágios de ossificação da mão e punho
Adulto Pernas representam metade de todo o corpo Mais crescimento nos membros inferiores que superiores durante a vida pós-natal Desaceleração do crescimento craniofacial – após a puberdade
“Gradiente cefalocaudal” do crescimentoPadrão normal de crescimento
Variáveis que afetam o crescimento físicoFatores Hereditários ou Locais
Hereditariedade Nutrição Enfermidades Etnia Clima e efeito sazonal Fatores sócio-econômicos Exercício Perturbações psicológicas
Etnia A maioria relacionada a fatores climáticos, nutricionais e sócio-econômicos. Negros norte-americanos estão à frente dos brancos na maturidade esqueletal
no nascimento e nos dois primeiros anos de vida Avançado comportamento motor Habilidade precoce para engatinhar e sentar
Clima e efeito sazonal Pouco efeito sobre a velocidade de crescimento
Fatores sócio-econômicos Incluem outras variáveis Crianças em Condição sócio-econômica mais favorável
Tendem a ser maiores Apresentam diferentes tipos de crescimento Mostram variações na regulação do crescimento
Exercício Crianças que participam de exercício árduo e regularmente não mostram
crescimento mais favorável Perturbações psicológicas
Situações estafantes inibem o hormônio do crescimento em crianças Suprimida a tensão emocional, o hormônio volta a ser produzido e o
crescimento é retomado Situações menos extremas produzem variações menores
Métodos de estudo do crescimento ósseo
Coloração vital Detecta, durante um longo período, o padrão de deposição óssea pós-natal,
locais de crescimento, a direção, a quantidade, a época e duração do crescimento
Não demonstra evidência direta de reabsorção Implantes
Servem como marcas de referência para análises cefalométricas seriadas Informa quantidade e local de crescimento
Anatomia comparada Comparação com espécies fósseis e atuais
Craniometria Medições em crânios secos
Antropometria Medições em seres vivos
Cefalometria Medições através de radiografias
Craniometria Vantagem:
Realiza medidas em crânios secos
Desvantagens:
Permite somente estudos transversais O mesmo indivíduo só pode ser medido em determinado período de sua vida.
Não é possível acompanhar o crescimentoAntropometria
Vantagens:
Permite estudos longitudinais O mesmo endivido pode ser medido em diferentes épocas Permite acompanhar o crescimento
Desvantagem:
Variações no tegumento de diferentes indivíduos ou de um mesmo indivíduo em diferentes épocas
Cefalometria Vantagens:
Usada para estudos de crescimento e avaliação clínica do paciente Combina vantagens da craniometria e da antropometria Permite acompanhamentos e estudos longitudinais
Desvantagens:
Apresentação bidimensional de estruturas tridimensionais Nem todas as medidas são possíveis