AP 15 N TS1 G6

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Relatório de Antropologia da Performance.

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ANTROPOLOGIA DA PERFORMANCENOTURNOG6TS 1Thomaz CampacciPARTE 1: ROTEIROElencoPerformer que baguna cadeiras 1Performer que baguna cadeiras 2Performer que arruma as cadeiras desarrumadasPerformer que interage com a mesaPerformer que interage com a lousaPerformer locutorDec!i"#o $a a"#oUma sala de aula, formato auditrio. As pessoas presentes esto sentadas em cadeiras tipo universitrio. J h cadeiras desarrumadas prximo da parte mais elevada da sala, que d a ideia de um palco. Os seis performers iniciam suas aes simultaneamente aps levantaremse de suas cadeiras !estavam sentados, assim como todos os outros presentes".A"#o 1: dois performers interagem diretamente com os presentes desarrumando as cadeiras da sala, expulsando-os de seus lugares, empurrando as cadeiras (algumas vezes de forma violenta), estabelecendo a desordem na sala de aula.A"#o %: um performer tenta reestabelecer a ordem das cadeiras, reposicionando-as no lugar que #erformer que $a%una cadeiras & e ' aviam retirado e bagunado! " por vezes um conflito na a#o a#o do #erformer que arruma as cadeiras desarrumadas com a a#o de #erformer que $a%una cadeiras & e '.A"#o &: enquanto isso, #erformer que intera%e com a lousa escreve e desena ao contr"rios escritos e formas $" presentes na lousa% no escrito em que o performer interage l&-se '()* +*, e o deseno de uma forca com a ilustra#o de um deseno simples de um umano sendo enforcado! tanto as palavras quanto a ilustra#o s#o escritos-desenados de ponta-cabea.A"#o ': o #erformer que intera%e com a mesa possui nas m#os uma caneta idrogr"ficae duas folas de sulfite unidas por um adesivo reutilizado e escreve nas folas '. que est" atr"s dessa mesa / proibido,! ap0s escrever, reposiciona a mesa (que estava encostada na lateral do palco) com a frente para onde os presentes est#o sentados e cola a fola com os dizeres de modo a tornar vis1vel ao p2blico.A"#o (: o #erformer locutor diz em voz alta, num microfone desligado, as palavras 'ordem,, 'caos, e 'desordem,, enquanto as outras a3es se desenrolam pelo espao! ao final da performance o #erformer locutor volta para a cadeira onde inicialmente se sentava e diz 'a performance ordena o caos,.Desenho de cena elaborado durante a concepo da performance (reproduo)PARTE %: REFLE)*ESPe!+o!ma!: na limina!i$a$e $a o!$em,$eo!$em4lternativos. Perif/ricos. )xperimentais.(uitofrequentemente, ns, carentesdereflexoedese)ososdefa*er parte da +contracultura,, aceitamos tal terminolo%ia.-nclusive, a palavra +radical,, que ami.de utili*amos nsmesmos para nomear nossa prxis, che%a a ser empre%ada pelatend/ncia dominante !mainstream" como uma lu* vermelha, como peri%oso su$texto de0 +1omportamento imprevis2vel. (anuseieso$ sua inteira responsa$ilidade e risco,. (p. 52)4 reflex#ode60mez-Pe7aacercadaposi#omarginal doperformerfez-nospensar, inicialmente, num movimento bilateral entre campos art1sticos, que podem serlidos sob v"rias caves que inspiramdicotomia% centro-margem, centro-periferia,aceito-n#o-aceito, passivo-radical, cultura-contra-cultura, vigente-alternativo, status-quo-experimental, tend&ncia dominante-sub-cultura, ordem-desordem, ordem-caos. 4omesmotempo, avozdopr0prioautor atentaparaanecessidadederedefinir essasno3es bin"rias.3alve* uma estrat4%ia .til para ns possa ser ocupar um centrofict2cio e empurrar aculturadominante emdireo5s suasverdadeiras mar%ens indese)veis. (p. 58)9ossa performance dialoga com esse movimento, com essa rela#oaparentementeentreopostos mas quepodeser lidasobdiversas caves, deformarelativa. 4s a3es performadas, excetoa realizada pelo#erformer quearrumaascadeiras desarrumadas e do #erformer locutor, s#o em certa medida transgressoras. 9ocasodaa#orealizadapelos#erformer que$a%unacadeiras &e', consisteemempurrar para fora as cadeiras e construir seu pr0prio centro. 4s a3es transgressoras,noentanto, apresentamresist&nciaporpartedo#erformerlocutor, quandoestediz'ordem, e tamb/m por parte do #erformer que arruma as cadeiras desarrumadas, e emcertamedidadospresentesnasaladeaula, maisporquen#osabiamaocertooqueestava acontecendo. )ssas a3es funcionamquase como 'rea#o,, : medida quepontuamos que na tens#o entre centro-margem " resist&ncia. ;izendo de outra maneira, o mercado de arte e da cultura dominante possuemuma rela#o de amor e 0dio com a arte da performance (p.2), ainda / um performer, um artistadaperformance. Pormaisquen#opremeditetodassuasa3esetodasasposs1veisrea3es, suasedop2blico, "empensar oatoperform"ticoalgumaordena#o(opr0prio texto-performance de 60mez-Pena / umpouco isso). 9esse pensar, emestabelecer m1nimos esboos e roteiros de suas performances, " alguma ordem, aindaque pr0pria. . artista concebe sua performance e em sua execu#o-operacionaliza#o "(alguma) l0gica. 4 reflex#o feita pelo (quase) axioma 'a performance ordena o caos,tem o 1mpeto de perguntar o quanto conceber um ato perform"tico 'desmantelador, n#ocont/m em si uma racionaliza#o-ordena#o da desordem. )sse exerc1cio questiona, aomesmotempo, osconceitosdeordemedesordemesugereapolissemiadapalavra'ordenar,. Por mais desordenadas e ca0ticas que possamparecer as a3es dosperformers, elascont&mumaordempr0pria, quecertamente/poucocompreendidapelo grande p2blico e muitas vezes recaada pelas grandes institui3es de arte. ?alvezresida na liminaridade da ordem-desordem, de n#o ser nem um nem outro, mas ser umpoucodosdoisaomesmotempo, um@ngulointeressanteparasepensar aartedaperformance, suarela#ocomasgrandesinstitui3esdearteecomassensa3esereflex3es que provoca no p2blico, tanto durante quanto ap0s. 6.(AB-P)C4, 6uillermo.6mdefesa da arte da performancein ;4DE)F, G.,(*HH)I, I., JKLKGK, I., M (.9?)KI., (. (eds.),An-!opolo.ia e pe!+o!mance:enaio Nape$!a, E#o Paulo, ?erceiro 9ome, 2N15 (vers#o eletr=nica).