Análise Retrossintética

Post on 29-Jun-2015

10.596 views 1 download

Transcript of Análise Retrossintética

SÍNTESE ORGÂNICA

Helmoz R. Appelt

Introdução à Síntese Orgânica 20/08/2010

www.qmclink.com

1

ESTRATÉGIAS EM SÍNTESE ORGÂNICA

Introdução à Síntese Orgânica 20/08/2010

www.qmclink.com

2

Planejamento de uma SínteseFatores a serem considerados:•

I) Disponibilidade do material de partida e dos reagentes

II)Emprego do menor número possível de etapas até

o

objetivo final. Uma rota sintética com 10 passos, e um

rendimento de 80% em cada etapa, dá

um rendimento global de somente 10,7%.

III) Ao planejar a síntese devemos considerar a construção de todo o esqueleto carbônico, incluindo as ramificações e

grupos funcionais nas posições corretas.•

IV) Idealmente, cada etapa da síntese deve formar somente o produto desejado, sem subprodutos.

Introdução à Síntese Orgânica 20/08/2010

www.qmclink.com

3

Tipos de Síntese

a) Linear (Trabalho em Série): Pequenas unidades vão sendo acrescentadas uma a uma à cadeia, em seqüência

b) Convergente (Trabalho em Paralelo): Divide-se a molécula em partes aproximadamente iguais, e assim sucessivamente, com os fragmentos, de maneira a que os fragmentos sejam unidos simultaneamente.

c) Síntese Parcialmente Convergente (Mista): união dos dois tipos anteriores

Introdução à Síntese Orgânica 20/08/2010

www.qmclink.com

4

Síntese Linear X Síntese Convergente: Qual a mais eficiente?Considerando a síntese da molécula hipotética A-B-C-D-E-F-G-H

AB

A-BC

A-B-CD

A-B-C-DE

A-B-C-D-EF

A-B-C-D-E-FG

A-B-C-D-E-F-GH

A-B-C-D-E-F-G-H

90%

90%

90%

90%

90%

90%

90%Rend. Global: 48%

Síntese Linear

AB

A-B

CD

A-B-C-D

EF

G

H

A-B-C-D-E-F-G-H

C-D E-F G-H

E-F-G-H

Rend. Global: 73%

Síntese Convergente

90% 90% 90% 90%

90% 90%

90%

Introdução à Síntese Orgânica 20/08/2010

www.qmclink.com

5

Análise Retrossintética (Desconexão Molecular)

Esta abordagem começa com a estrutura-alvo e então retrocede artificialmente, clivando a estrutura em seções conhecidas como synthons. Cada uma das etapas do retrocesso é representada por uma seta dupla (), enquanto o símbolo (~~~~) é desenhado sobre a ligação quebrada na molécula-alvo. Cada um dos synthons possíveis é convertido, no papel, em um composto real conhecido, o equivalente sintético. A análise é repetida com os reagentes de cada etapa da retrossíntese até que os materiais iniciais prontamente disponíveis sejam obtidos.

Mais freqüentemente, as ligações são desconectadas por fissão heterolítica. Desconexões homolíticas costumam ser descartadas porque é difícil prever o resultado da reação de reconexão.

Introdução à Síntese Orgânica 20/08/2010

www.qmclink.com

6

•Equivalente SintéticoReagente contendo a função de um "Synthon", o qual não pode ser usado por ser muito instável.

•"Synthon"Fragmento idealizado (geralmente um íon) o qual pode ser ou não um intermediário da reação.

Introdução à Síntese Orgânica 20/08/2010

www.qmclink.com

7

O

O OH

O

Exemplo

AAS: Ácido Acetil

Salicílico

Molécula Alvo

ou

Synthons

Synthons

O

O OH

O

O

O OH

O

O

O OH

O

Introdução à Síntese Orgânica 20/08/2010

www.qmclink.com

8

Molécula Alvo

Synthons

EquivalentesSintéticos

ÁcidoSalicílico

Cloretode Acila

O

O OH

O

O

O OH

O

OH

O OH

O

Cl

Introdução à Síntese Orgânica 20/08/2010

www.qmclink.com

9

Síntese

a) Escrever o plano de acordo com a análise retrossintética, acrescentando reagentes e condições.

b) Modificar o plano de acordo com os fatores inesperados ou com os sucessos no laboratório.

OH

O OH

Cl

OO

O OH

Obase / solvente

Introdução à Síntese Orgânica 20/08/2010

www.qmclink.com

10

Polaridade Latente: Planejando a retrossíntese!

Introdução à Síntese Orgânica 20/08/2010

www.qmclink.com

11

Synthons e Equivalentes Sintéticos Comuns

R-

EtO

O

R

O

R

O

-

-

-

RMgBr; RLi; LiCuR2

R

O

EtO

O

-

CN-

S S

N C -

R+

R R

OH

R

OH

R

O

O

+

+

+

+

R-Br; R-I; R-OMs; R-OTsR = alquil

R R

O

R

O

R

O

O

X

X = Cl; RCOO

O OH

+CO2

Introdução à Síntese Orgânica 20/08/2010

www.qmclink.com

12

Introdução à Síntese Orgânica 20/08/2010

www.qmclink.com

13

Introdução à Síntese Orgânica 20/08/2010

www.qmclink.com

14

Exemplos:

Ph Ph

OH

O

CH3

O

CH3

OH

Ph

H3CH3C

Ph

O OH

O

OH

O O

O

OH

Introdução à Síntese Orgânica 20/08/2010

www.qmclink.com

15

Ph Ph

OH

Ph Ph

OH

Ph

O

HPh

BrMg+

Introdução à Síntese Orgânica 20/08/2010

www.qmclink.com

16

O

CH3

O

CH3

O

CH3I+

Introdução à Síntese Orgânica 20/08/2010

www.qmclink.com

17

O

CH3

O

CH3

O

+ (CH3CH2)2CuLi

Introdução à Síntese Orgânica 20/08/2010

www.qmclink.com

18

OH

Ph

H3CH3C

OH

Ph

H3CH3C

H3C CH3

O

PhBrMg+

Introdução à Síntese Orgânica 20/08/2010

www.qmclink.com

19

Ph

O OH

Ph

O OH

Ph

O O

H

+Base

Introdução à Síntese Orgânica 20/08/2010

www.qmclink.com

20

O

OH

O

OH

O

+O

Base

Introdução à Síntese Orgânica 20/08/2010

www.qmclink.com

21

O OO

O

O

+

O

Base

Introdução à Síntese Orgânica 20/08/2010

www.qmclink.com

22

O

OH

O

OH

O

+O

Base

Introdução à Síntese Orgânica 20/08/2010

www.qmclink.com

23

Interconversão

de Grupos Funcionais

Em alguns casos precisamos promover uma interconversão

de grupo funcional para podermos encontrar synthons

e equivalentes sintéticos

adequados para nossa retrossíntese.

Ph Ph

OH

FGIPh Ph

O

Durante a síntese a FGI deve ser desfeita.

Introdução à Síntese Orgânica 20/08/2010

www.qmclink.com

24

Síntese:

Br Ph

Ph Ph

O

Ph

O

Base

Ph Ph

OH

A FGI é

desfeita!

Introdução à Síntese Orgânica 20/08/2010

www.qmclink.com

25

Tipos de comuns de FGI

Álcoois ↔ Compostos Carbonílicos;

Álcoois ↔ Halogênios;

Ligações Duplas ↔ Álcoois;

Ligações Duplas ↔ Halogênios.

Introdução à Síntese Orgânica 20/08/2010

www.qmclink.com

26

Como definir o tipo de síntese e o melhor ponto de quebra?

Normalmente, o modelo de síntese convergente dá melhores rendimentos. Por isso, é preferida.

Como planejar a desconexão?1 – A síntese será linear ou convergente? S. Convergente: quebras centralizadas (sempre que possível).

2 – As desconexões devem produzir precursores mais simples (menores)

3 – Observar a polaridade latente da molécula-alvo para atribuição de carga aos “synthons”.

Introdução à Síntese Orgânica 20/08/2010

www.qmclink.com

27

Este material faz parte do Curso Introdução à Sintese Orgânica,

disponível em

www.qmclink.com

Introdução à Síntese Orgânica 20/08/2010

www.qmclink.com

28