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ANÁLISE DOS RESULTADOS GERAISDO INQUÉRITO POR QUESTIONÁRIOSOBRE PARQUES & FERRAMENTAS DIGITAIS
Estudo efetuado no Jardim da Estrela e no Parqueda Quinta das Conchas, em Lisboa
RELATÓRIO 34/2016 – DM/NBPC
RELATÓRIO 34/2016 – DM/NBPC
I&D MATERIAIS
Lisboa • fevereiro de 2016
Trabalho realizado no âmbito do Projeto COST Action TU 1306 – CyberParks – Fostering knowledge about the relationship between information and communication technologies and public spaces supported by strategies to improve their use and attractiveness
ANÁLISE DOS RESULTADOS GERAIS DO INQUÉRITO POR QUESTIONÁRIO SOBRE PARQUES & FERRAMENTAS DIGITAIS
Estudo efetuado no Jardim da Estrela e no Parque da Quinta das Conchas, em Lisboa
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relatório 34/2016
Proc. 0202/111/019080
TítuloANÁLISE DOS RESULTADOS GERAIS DO INQUÉRITO POR QUESTIONÁRIO SOBRE PARQUES & FERRAMENTAS DIGITAISEstudo efetuado no Jardim da Estrela e no Parque da Quinta das Conchas, em Lisboa
Autoria
DePArTAmenTO De mATeriAiS
Marluci MenezesInvestigadora Auxiliar, Núcleo de Betões, Pedra e Cerâmicos
UniVerSiDADe LUSÓFOnA De HUmAniDADeS e TeCnOLOGiA (ULHT)
Carlos Smaniotto CostaArquiteto Paisagista, Investigador do Centro de Estudos Interdisciplinares em Educação e Desenvolvimento (CeiED)
Diogo MateusUrbanista, Investigador do Centro de Estudos Interdisciplinares em Educação e Desenvolvimento (CeiED)
ANÁLISE DOS RESULTADOS GERAIS DO INQUÉRITO POR QUESTIONÁRIO SOBRE PARQUES & FERRAMENTAS DIGITAIS
Estudo efetuado no Jardim da Estrela e no Parque da Quinta das Conchas, em Lisboa
LNEC - Proc. 0202/111/019080 I
ANÁLISE DOS RESULTADOS GERAIS DO INQUÉRITO POR QUESTIONÁRIO SOBRE PARQUES & FERRAMENTAS DIGITAIS
Estudo efetuado no Jardim da Estrela e no Parque da Quinta das Conchas, em Lisboa
Resumo
O presente Relatório apresenta os resultados do inquérito por questionário sobre “Parques &
Ferramentas Digitais”, realizado junto da equipa do CyberParks (COST - TU1306) que esteve
presente no Seminário de Projeto, realizado no período de 25 a 27 de junho de 2014, em Lisboa. No
decurso deste Seminário, realizou-se um pequeno estudo que implicou a visita a dois parques
urbanos da cidade de Lisboa – Jardim da Estrela e Parque da Quinta das Conchas. No decorrer da
visita, aplicou-se o questionário que, em síntese, visou recolher impressões gerais sobre os espaços
visitados e sobre a perceção da adequação (vantagens e desvantagens) das ferramentas digitais
aplicadas – GPS e aplicação WAY CyberParks (recurso composto por uma aplicação para
dispositivos móveis [app] e Web).
Palavras-chave: CyberParks / Tecnologia de Informação e Comunicação / Espaço Público Urbano /
Espaço Verde / Utilizadores
ANALYSIS OF RESULTS OF THE SURVEY BY QUESTIONNAIRE ON PARKS & DIGITAL TOOLS
A study in the green spaces Jardim da Estrela and Parque da Quinta das Conchas, in Lisbon
Abstract
This report presents the results of the survey by questionnaire on “Parks & Digital Tools”, applied by
the team of CyberParks (COST TU - 1306) during the project workshop from 25th to 27th July 2014, in
Lisbon. In this workshop, a small-scale study was undertaken in two Lisbon urban parks – Jardim da
Estrela and Parque da Quinta das Conchas. During the site visits a questionnaire was applied seeking
to collect general feedback about the parks and the usability of the employed devices (advantages
and disadvantages) – GPS and application WAY CyberParks (mobile app and web services).
Keywords: CyberParks / Information and Communication Technology / Urban / Public Space /
Urban Green Space / Users
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LNEC - Proc. 0202/111/019080 III
Índice
1 | Introdução ....................................................................................................................................... 1
2 | Metodologia ..................................................................................................................................... 3
2.1 Enquadramento .................................................................................................................... 3
2.2 Procedimentos adotados no processo de inquirição ............................................................ 6
2.3 Descrição do questionário .................................................................................................... 6
3 | Análise de resultados ...................................................................................................................... 8
3.1 Caracterização da população inquirida ................................................................................ 8
3.2 Análise específica ................................................................................................................. 9
3.2.1 Sobre as experiências nos contextos de estudo ..................................................... 9
3.2.2 Sobre a rota seguida nos espaços em estudo ......................................................17
3.2.3 Sobre as ferramentas digitais utilizadas ................................................................18
4 | Conclusões ....................................................................................................................................19
Referências Bibliográficas ......................................................................................................................21
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Índice de figuras
Figura 2.1 – Questionário sobre “Parques & Ferramentas Digitais” ........................................................ 3
Figura 2.2 – Programa de visita técnica ao Jardim da Estrela e ao Parque da Quinta das Conchas ................................................................................................................................ 4
Figura 2.3 – Informações sobre os parques visitados em Lisboa ............................................................ 5
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Índice de quadros
Quadro 3.1 – Categorias e subcategorias identificadas para cada um dos casos de estudo ...............10
Quadro 3.2 – Identificação de aspetos que podem incrementar o parque ............................................16
Quadro 3.3 – Sugestões dadas para melhorar o uso das ferramentas digitais .....................................18
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1 | Introdução
No âmbito dos objetivos delineados para o Projeto CyberParks (COST TU1306), que decorre entre
2014 e 2018, onde se prevê a realização de estudos de caso sobre o uso das Tecnologias de
Informação e Comunicação (TIC) em espaços públicos urbanos de distintas cidades europeias, foi
realizado um pequeno estudo de aproximação à problemática, tendo como contexto dois parques
urbanos da cidade de Lisboa.
O Projeto CyberParks - Fostering knowledge about the relationship between Information and
Communication Technologies and Public Spaces supported by strategies to improve their use and
attractiveness, financiado pela União Europeia através do Programa COST (TU 1306), coordenado
pelo Centro de Estudos Interdisciplinares em Educação e Desenvolvimento da Universidade Lusófona
(CeiED), sendo o LNEC um dos parceiros. O Projeto visa aprofundar e difundir o conhecimento
relativo à relação entre as tecnologias da informação e comunicação (TIC) e os espaços públicos,
apoiado por estratégias para melhorar a sua utilização e atratividade (Smaniotto Costa, Menezes,
Mateus, Bahillo Martínez, 2015). Assim, a investigação e a compartilha de experiências centram-se
na forma como as TIC e os novos dispositivos digitais podem contribuir para:
- Atrair mais utilizadores para interagir em espaço público;
- Criar espaços públicos mais inclusivos, visando a melhoria da condição física e mental dos
utilizadores e o bem-estar das pessoas, e
- Desenvolver novas metodologias de investigação que possam apoiar a produção e o uso dos
espaços públicos.
Ao criar esta plataforma o CyberParks fomenta a cooperação no sentido de associar e incrementar o
conhecimento disponível em diferentes áreas e de explorar o entrelaçamento de diferentes
perspetivas. Desta forma garante-se que as possíveis e necessárias interligações entre dispositivos
TIC, espaços públicos urbanos, estilos de vida e as necessidades das pessoas sejam levados em
consideração, como também detetar práticas que sejam inovadoras. O CyberParks atua através de
uma rede transdisciplinar de investigadores, permitindo um olhar a longo prazo e a um panorama
mais amplo sobre as implicações, oportunidades e desafios que a fusão e imersão dos mundos real e
virtual representam. O Projeto é composto por cinco grupos transdisciplinares de trabalho: (1)
metodologias digitais, (2) etnografia urbana, (3) reflexão conceitual, (4) criação de um CyberPark, e
(5) trabalho em rede e difusão dos conhecimentos.
Este Projeto transdisciplinar conta com a participação de 29 países, envolvendo cerca de 80
investigadores de diferentes áreas científicas (por exemplo: urbanismo, paisagismo, sociologia,
antropologia, comunicação, novas tecnologias). O Projeto sobretudo visa contribuir para melhorar a
forma como se promove a utilização do espaço público aberto (exemplo: ruas, praças, jardins,
parques), através do recurso às TIC – quer no sentido do utilizador, quer como ferramenta de
trabalho para os técnicos e decisores.
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O programa científico do CyberParks está focado numa abordagem pragmática para criar e difundir
uma nova compreensão das interações, oportunidades e possibilidades que as TICs oferecem para a
produção de espaços públicos abertos. A combinação de estudos de caso (em Lisboa, Amsterdão,
Barcelona, Dublin, Ljubljana e Sofia) com o desenvolvimento e aplicação de diferentes métodos e
abordagens permitirá uma visão mais ampla sobre este tema emergente.
Mais informações sobre o Projeto, participantes e resultados podem ser obtidos em
http://www.cost.eu/domains_actions/tud/Actions/TU1306 e www.cyberparks-project.eu.
O presente documento apresenta os resultados do inquérito por questionário sobre “Parques &
Ferramentas Digitais”, conforme aplicado junto da equipa do Projeto CyberParks que esteve presente
no Seminário do Projeto (excetuando-se apenas os membros da equipa portuguesa que coordenaram
as visitas e realização do inquérito por questionário), realizado no período de 25 a 27 de junho de
2014, em Lisboa. No decurso deste Seminário, realizou-se, no dia 26 de junho, um pequeno estudo
que implicou a visita a dois parques urbanos da cidade de Lisboa – Jardim da Estrela e Parque da
Quinta das Conchas (Smaniotto Costa, 2012). No decorrer da visita, aplicou-se o questionário que,
em síntese, visou recolher impressões gerais sobre os parques visitados e sobre a perceção sobre as
vantagens e desvantagens das ferramentas digitais aplicadas – app WAY-CyberParks (sistema
Android e IOS) e aparelho GPS, ambas com o intuito de rastrear os padrões de movimentação de
usuários em espaços públicos.
Este inquérito inicial pretendeu ser apenas uma primeira abordagem aos casos de estudo a serem
realizados em outras cidades europeias, para além de Lisboa, apresentando-se como um pré-teste
para aprimorar as técnicas, metodologias e ferramentas a serem utilizadas com o desenvolvimento da
pesquisa, não sendo, como tal, um estudo aprofundado sobre a temática do uso de TIC em espaço
público. Neste sentido, para além da análise dos dados recolhidos no âmbito da realização do
referido inquérito por questionário, visou-se identificar os limites e os avanços técnico-metodológicos
do estudo, tendo em especial consideração os aspetos que deverão ser readaptados numa segunda
fase de pesquisa de campo.
Este relatório está organizado em três capítulos, designadamente:
- Capítulo 1 – "Metodologia" - onde se realiza uma breve descrição das dimensões de análise e
dos itens que integraram o questionário, bem como das ferramentas digitais utilizadas e os
procedimentos seguidos no âmbito do processo de inquirição.
- Capítulo 2 – "Apresentação de Resultados" - em que é reatado os resultados da análise
desenvolvida sobre as respostas dos respondentes ao questionário.
- Capítulo 3 – "Conclusões" - onde se apresenta de forma abreviada os principais resultados
da análise efetuada aos questionários, com comentários sobre as potencialidades e
limitações do estudo realizado.
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2 | Metodologia
2.1 Enquadramento
A análise das impressões dos visitantes sobre parques urbanos e o uso de ferramentas digitais para
registo e leitura de informação sobre os parques foi desenvolvida a partir de um inquérito por
questionário (cf. Figura 2.1) coordenado e distribuído pela equipa portuguesa do CyberParks que,
como já referido anteriormente, não respondeu ao questionário para não contaminar os resultados, já
que estes elementos foram responsáveis não só pela realização do inquérito como também pela
análise dos resultados recolhidos.
Figura 2.1 – Questionário sobre “Parques & Ferramentas Digitais”
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Em anexo ao questionário estava descrito o programa de visitas técnicas (cf. Figura 2.2), bem como
informações sobre os parques urbanos a visitar – Jardim da Estrela e Parque da Quinta das Conchas
(cf. Figura 2.3).
Figura 2.2 – Programa de visita técnica ao Jardim da Estrela e ao Parque da Quinta das Conchas
Para apoiar o processo de inquirição recorreu-se ainda a duas ferramentas: app WAY-CyberParks
(Android e IOS) e dispositivos GPS. O recurso feito a estas ferramentas tecnológicas foi também no
sentido de se realizar um primeiro teste sobre as suas vantagens e desvantagens relativamente ao
processo de recolha, mas também enquanto mediadores de informação.
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Figura 2.3 – Informações sobre os parques visitados em Lisboa
A escolha dos dois locais visitados – Jardim da Estrela e Parque da Quinta das Conchas – deu-se
com vista a incluir dois tipos de parques/jardins urbanos com características distintas, quer no que
respeita à sua localização quer no que respeita à composição do espaço. O Jardim da Estrela, que
apresenta uma tipologia mais tradicional, de jardim público, desenhado e inserido num bairro central
de Lisboa, possui uma utilização potencial distinta do Parque da Quinta das Conchas, localizado na
periferia da cidade, numa área de desenvolvimento urbano recente, com uma composição e desenho
mais “aberto” e de maior dimensão. Estes dois espaços, embora se possam enquadrar na tipologia
de jardim urbano, pela sua estrutura e desenho, oferecem aos utilizadores abordagens distintas da
utilização das sombras, dos espaços de descanso, dos caminhos.
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2.2 Procedimentos adotados no processo de inquirição
Os participantes do estudo tiveram algumas informações gerais, prévias à realização da visita técnica
aos parques selecionados como contexto de estudo. A equipa coordenadora efetuou a divisão dos
participantes em dois grandes grupos que, em período simultâneo, visitaram alternativamente cada
uma das áreas de estudo. Portanto, o “Grupo A” foi primeiramente ao Parque da Quinta das Conchas,
e em seguida ao Jardim da Estrela, enquanto o “Grupo B” fez o percurso inverso. Cada um destes
dois “grandes grupos” (A e B) foi subdividido em 6 subgrupos com 4 a 6 integrantes e que, em visita
livre, percorreram os contextos de estudo. Ao fim da visita os dois grandes grupos encontraram-se no
Parque Eduardo VII.
O dispositivo GPS foi utilizado no Jardim da Estrela, enquanto no Parque da Quinta das Conchas foi
testada a app WAY-CyberParks. Esta situação deveu-se sobretudo ao número reduzido de
dispositivos GPS disponíveis (6 aparelhos) face ao número de subgrupos criados e à necessidade
logística de realizar as visitas em momentos desencontrados, obrigando à utilização deste sistema
apenas num local. No entanto, estas ferramentas, embora distintas, permitiram o registo de dados
como: o percurso escolhido por cada um dos grupos; os locais de maior permanência e a velocidade
de deslocação em cada momento. Complementarmente a esta recolha de dados, e a cada
participante, foi solicitado o preenchimento individual de questionário em papel com questões
concretas sobre o espaço visitado. Neste relatório não é efetuada a análise dos dados recolhidos
pelos sistemas de localização (app e GPS), limitando-se aos dados recolhidos pelo questionário. No
entanto, a análise conjugada foi elaborada e está disponível no relatório Smaniotto et.al. (2014).
Ao fim da visita a cada um dos parques, enquanto se esperava a reunião do grupo maior, cada um
dos participantes procedeu ao preenchimento individual do questionário, devolvendo-o de seguida à
equipa coordenadora. O questionário garantia o anonimato dos respondentes embora permitisse
identificar o país de residência, o perfil de idade, a formação e área de científica de atuação de cada
um dos respondentes.
2.3 Descrição do questionário
O questionário – instrumento de base ao inquérito descrito neste documento – integrou quinze
questões, organizadas em quatro parâmetros específicos, designadamente: “identificação dos
respondentes”, “experiência no parque”, “rota no parque” e “uso das ferramentas digitais” (dispositivo
GPS ou app WAY-CyberParks, dependendo do contexto de visita).
A dimensão “identificação” integrou cinco itens, designadamente: idade, sexo, formação académica,
cidade/país e uma última sobre a frequência semanal com que o respondente costuma utilizar
parques urbanos na cidade onde reside.
A dimensão “experiência no parque” foi composta por quatro itens, a maioria com respostas abertas.
Os itens são: cinco palavras-chave sobre o que caracteriza o parque; sobre gosto pelo parque –
(organizado em resposta fechada do tipo: sim, não e sem opinião), tendo para efeito sido solicitada
uma justificação para a resposta; três a cinco elementos do parque/jardim que, quer positiva quer
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negativamente, despertaram maior atenção; três a cinco elementos que poderiam incrementar a
dinâmica do espaço em questão (potencialidades).
A “rota do parque” foi a terceira dimensão avaliada, contemplando três questões, nomeadamente:
sobre o consenso no grupo acerca da rota a seguir no parque; sobre as razões da rota seguida e
outros comentários. No âmbito desta questão foi ainda solicitado aos respondentes que, com um
círculo e um X, em mapas (antecipadamente distribuídos) dos locais visitados, assinalassem os
lugares/espaços que mais e menos tinham gostado. As respostas fornecidas relativamente à
espacialização dos gostos não é objeto de análise do presente documento.
A última dimensão avaliada relacionou-se com o “uso das ferramentas” digitais (app e dispositivo
GPS), sendo composta por três itens, designadamente, uma primeira questão fechada sobre a
facilidade de uso da ferramenta (organizada nas seguintes hipóteses de resposta: fácil, complicada
de manejar, muito complicada); uma segunda questão fechada sobre a adequação da ferramenta
para a pesquisa (organizada nas seguintes hipóteses de resposta: sim, não, parcialmente); e por fim,
uma última questão aberta sobre ideias para incrementar o uso destas ferramentas.
No entanto, no decorrer do processo de inquirição, oral e informalmente, considerou-se oportuno
questionar os inquiridos sobre qual dos parques – Jardim da Estrela ou Parque da Quinta das
Conchas – eles haviam preferido, pelo que esta questão será também comentada, na presente
análise.
As questões abertas foram trabalhadas a partir de uma análise de conteúdo, tendo as respostas sido
categorizadas e estudadas de modo a fornecer uma informação sintética sobre os resultados obtidos
para cada um dos espaços públicos estudados e seguidamente para o conjunto dos dois parques.
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3 | Análise de resultados
3.1 Caracterização da população inquirida
O inquérito por questionário sobre “Parques & Ferramentas” foi respondido por um número total de 58
pessoas, distribuídas do seguinte modo: 55,17% (n=32) das pessoas respondeu ao questionário no
Jardim da Estrela; e 44,82% (n=26) dos inquiridos respondeu ao questionário no Parque da Quinta
das Conchas.
No que respeita a idade dos respondentes, a totalidade (n=58) apresenta os seguintes intervalos
etários:
– 3,44% (n=2) tem menos ou igual a 25 anos;
– 22,41% (n=13) possui entre 26-35 anos de idade;
– 37,93% (n=22) possui entre 36-45 anos de idade;
– 20,68% (n=12) possui entre 46-55 anos de idade;
– 15,51% (n=9) tem mais ou igual a 56 anos de idade.
Os intervalos etários mais representativos situam-se entre os 26-35 e os 36-45 anos de idade.
Considerando a faixa etária dos respondentes em função das respostas obtidas para cada um dos
parques em estudo, observam-se os seguintes resultados:
– Jardim da Estrela: 3,12% (n=1) tem menos ou igual a 25 anos; 21,87% (n=7) possui entre
26-35 anos de idade; 37,5% (n=12) possui 36-45 anos de idade; 18,75% (n=6) possui 46-
55 anos e 18,75% (n=6) tem mais do que 56 anos de idade.
– Parque da Quinta das Conchas: 3,84% (n=1) tem menos ou igual a 25 anos; 23,07% (n=6)
possui entre 26-35 anos de idade; 38,46% (n=10) possui 36-45 anos de idade; 23,07%
(n=6) possui 46-55 anos e 11,53% (n=3) tem mais do que 56 anos de idade.
Relativamente ao sexo dos inquiridos observou-se que, para o total dos respondentes, 35 são
homens (60,34%) e 22 mulheres (37,93%). Ainda que um respondente não tenha respondido a este
item, observa-se que a maioria dos inquiridos é do sexo masculino. Considerando este item pelas
respostas obtidas em função dos espaços em estudo, observa-se que no Jardim da Estrela 19
(59,37%) dos respondentes são do sexo masculino e 12 do sexo feminino (37,5%); enquanto no
Parque da Quinta das Conchas 16 deles são do sexo masculino (61,53%) e 10 do feminino (38,46%).
A falta de resposta a este item verificou-se num dos questionários realizados no Jardim da Estrela.
Em ambos parques a maioria dos respondentes é do sexo masculino.
Relativamente ao item sobre a formação académica, verifica-se que as áreas mais representadas são
a arquitetura, urbanismo e planeamento, com as suas respetivas variantes (paisagismo, planeamento
de transportes, etc.), observando-se que de um total de 32 respondentes (55,17%) que se
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identificaram com estas áreas disciplinares/profissionais, 12 das respostas (37,5%) relacionam-se
com o Jardim da Estrela, e 10 com o Parque da Quinta das Conchas (31,25%). As áreas
disciplinares/profissionais que se seguem relacionam-se com as ciências sociais (antropologia,
sociologia, geografia, ciências da comunicação), com 5 respondentes associados com estas áreas
(15,62%) para o Jardim da Estrela e 4 (15,38%) no Parque da Quinta das Conchas. Seguindo-se,
para além de duas respostas relacionadas com a formação em engenharia (respetivas a cada um dos
contextos de estudo), as restantes respostas foram evasivas e pouco conclusivas para uma melhor
caraterização da população inquirida.
As respostas fornecidas às perguntas abertas foram mais ricas em conteúdo quando expressas por
respondentes das áreas da arquitetura, urbanismo e planeamento. Isto poderá ser explicado por uma
maior sensibilização destes pesquisadores/profissionais no que respeita à observação de realidades
espaciais, nomeadamente o espaço público urbano. Todavia, isto poderá também ser um indicativo
de que a participação neste tipo de estudos como inquiridor, poderá implicar a necessidade de uma
maior disponibilidade para a sensibilização. No entanto, estas deduções não serão repercutidas no
âmbito da análise das perguntas abertas, por não serem muito representativas, ficando aqui apenas
registado para uma melhor e maior reflexão sobre este tema num processo futuro de observação e
inquirição.
As respostas fornecidas sobre a cidade/país de residência refletem as origens dos membros do
Projeto, nomeadamente os presentes no Seminário realizado em junho de 2014 na Universidade
Lusófona.
No último item do parâmetro de identificação dos inquiridos, relativa ao uso de espaços públicos na
cidade onde vivem, a maioria referiu ser habitual ir/frequentar, pelo menos uma vez por semana, um
espaço público, observando-se que, em geral, são consideravelmente poucos os que realizam esta
atividade mais do que 3 vezes por semana. Todavia, de futuro, interessará pormenorizar este tipo de
questão de modo a, por exemplo, especificar os tipos de práticas e usos dos espaços públicos, horas
do dia em que se costumar utilizar os parques urbanos (etc.).
3.2 Análise específica
3.2.1 Sobre as experiências nos contextos de estudo
3.2.1.1 Expressões de caracterização dos contextos
Foi solicitado aos respondentes que identificassem 5 palavras-chave que permitissem caracterizar
cada um dos parques visitados. Praticamente todos os participantes responderam a esta questão,
verificando-se apenas uma situação sem resposta dada no contexto do Jardim da Estrela.
Do conjunto de respostas fornecidas a esta questão aberta, procedeu-se a uma análise de conteúdo,
de modo a sistematizar e a organizar os assuntos referidos em temáticas específicas. Isto é, uma
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mesma resposta, muitas vezes, continha assuntos distintos, pelo que os mesmos foram distribuídos
de forma a serem agrupados em temáticas específicas e que conjugassem uma mesma referência,
seguidamente categorizada. Assim, as respostas fornecidas foram agrupadas por categorias de
enquadramento, organizadas por relação a cada um dos parques e seguidamente reorganizadas de
modo a agrupar o conjunto das respostas fornecidas para ambos os parques em discussão.
Procedeu-se ainda uma hierarquia das categorias-temáticas criadas, que assim foram reagrupadas
em subcategorias.
No Quadro 3.1 é possível observar a categorização temática (e respetivas subcategorias) criada a
partir das respostas fornecidas relativamente aos dois contextos de estudo. A análise de conteúdo
efetuada permitiu organizar as respostas em 16 categorias, apresentadas de seguida por ordem de
importância.
Quadro 3.1 – Categorias e subcategorias identificadas para cada um dos casos de estudo
Categorias Jardim da Estrela Parque da Quinta das Conchas
Subcategorias Subcategorias
Ambiente
Natural Riqueza botânica
Experiências visuais botânicas Biodiversidade
Vegetação Árvores exóticas Árvores urbanas
Árvores Plantas Flores Verde
Energia verde Patos Lagos
Tropical
Natural Selvagem Floresta
Cheiro natural das árvores Árvores
Palmeiras Eucaliptos
Grama Verde Água Tons
Paisagem
Conforto Ambiental
Fresco Temperatura agradável
Aquecimento Sombra
Iluminação Contrastes (sol vs. sombra)
Ruído (aves, rádio, crianças, carros, ruas) Sons
Envolvedor Aconchegante
Sombra Fresco Seca
Ensolarado Quente
Lugar de Tranquilidade
Calmo Recatado Intimismo
Lugar de descanso Relaxante Silencioso Tranquilo
Harmoniosa
Silencioso Relaxante
Calma Tranquilo
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Categorias Jardim da Estrela Parque da Quinta das Conchas
Subcategorias Subcategorias
Adjetivações do Ambiente
Agradável Amigável
Bom ambiente Bonito Belo
Só elogios Rico
Agradável Atrativo
Esverdeado Não é atraente
Não é interessante
Ambiente Social
Pessoas Social
Povoado Transgeracional
Família Crianças Idosos
Visitantes Elitista
Crianças Família
Boas áreas para as crianças
Equipamento e Infraestrutura
Bem equipado Bem atendido
Café Quiosques
Parque infantil Igreja
Grande parque infantil Bem equipado
Materiais
Dinâmica do Parque
Atividade Cheio de vida
Dinâmico Movimento
Variado Ocupado Animado
Usos de alta densidade
Ocupado Chato Vazio
Historicidade e Tradição
Velho Caráter histórico Estilos antigos
Tradicional Pitoresco
Contemporâneo Moderno Recente
Atividades
Lazer Caminhadas
Jogo Cultura
--
Estilo
Moda Romantismo / Romântico
Clássico Parque Inglês
--
Plano e Projeto
Bem planejado Paisagem projetada
Densamente projetado Desenho simples
Funcionalmente zoneada /Diferenciado Planejado Projetado
Bem organizado Bem detalhado
Organizado Sobre-concebido
Desenho interessante Partes bem pensadas
Caro de construir Menos denso
Grande Espaçoso
Aberto
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ANÁLISE DOS RESULTADOS GERAIS DO INQUÉRITO POR QUESTIONÁRIO SOBRE PARQUES & FERRAMENTAS DIGITAIS
Estudo efetuado no Jardim da Estrela e no Parque da Quinta das Conchas, em Lisboa
12 LNEC - Proc. 0202/111/019080
Categorias Jardim da Estrela Parque da Quinta das Conchas
Subcategorias Subcategorias
Manutenção
Bem preservado Bem cuidado
Muito bem conservado Limpo
Não é bem cuidado Caro de manter
Limpo Bem conservado
Sentido Urbano Urbano
Parque urbano verde Área residencial urbana
Áreas periurbanas Urbano
Próximo ao centro da cidade Longe do centro da cidade
Multifuncionalidade Multifuncional Muitos usos Complexo
Multifuncional
Ambiente Heterogéneo Heterogéneo
Variedade de espécies de vegetação Variedade de pessoas
Variedade Heterogéneo
Segurança Inseguro Seguro
--
Para o caso do Jardim da Estrela (cf. Quadro 3.1) as categorias mais incidentes/referidas para as
menos são as seguintes: ambiente, conforto ambiental, lugar de tranquilidade, adjetivações do
ambiente e ambiente social (com incidências iguais), equipamento/infraestrutura, dinâmica do parque,
historicidade e tradição, atividades, estilo, plano/projeto, manutenção e sentido urbano (com
incidências iguais), multifuncionalidade, ambiente heterogéneo, segurança.
No Quadro 3.1 é ainda possível observar a categorização temática (e respetivas subcategorias) para
o Parque da Quinta das Conchas. Seguindo a mesma metodologia acima apresentada, observa-se
que as respostas fornecidas permitiram uma reprodução das mesmas categorias classificatórias
utilizadas para o Jardim da Estrela. Todavia, para as categorias segurança e atividades não se
obtiveram referências. A análise efetuada é seguidamente apresentada por ordem de importância,
isto é, das mais incidentes/referidas para as menos, sendo as mesmas as seguintes: ambiente
natural, estilo plano/projeto, adjetivações do ambiente, lugar de tranquilidade, dinâmica do parque,
manutenção, sentido urbano, conforto ambiental, ambiente social, equipamento/infraestrutura,
historicidade e tradição, ambiente heterogéneo, multifuncionalidade. Observa-se que algumas das
expressões identificadas e classificadas numa determinada categoria, às vezes, expressam
contradições, sendo esta observação válida tanto para o Parque da Quinta das Conchas como para o
Jardim da Estrela. Tal permite assinalar o sentido subjetivo e personalizado das perceções do
ambiente.
Relativamente à questão sobre o gosto pelo parque em que se encontravam, as respostas obtidas
foram as seguintes:
– Jardim da Estrela: 100% dos respondentes (n=32) responderam que gostam;
– Parque da Quinta das Conchas: 80% (n=21) referiu gostar, 7.6% (n=2) referiu não gostar e
15% (n=4) referiu não ter opinião a respeito.
Foi ainda solicitado que os respondentes justificassem a resposta fornecida sobre o gosto
relativamente a cada um dos parques visitados.
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Estudo efetuado no Jardim da Estrela e no Parque da Quinta das Conchas, em Lisboa
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Relativamente ao Jardim da Estrela salienta-se que 5 dos respondentes (15%) não respondeu a esta
questão. Ainda sobre este contexto, observa-se que a categorização temática das justificativas
fornecidas sobre o gosto pelo jardim permite destacar os seguintes aspetos:
– As respostas dentro da categoria "adjetivações do ambiente" foram aquelas que mais se
destacaram, sendo exemplo as referências a "simpática atmosfera", "simpático ambiente",
"bom sítio/lugar";
– Seguidamente, com incidência semelhante, destacam-se as seguintes categorias
temáticas: "ambiente", "estilo", "ambiente social", sentido urbano", "projeto/plano";
– Num terceiro plano, as respostas com maior incidência, foram categorizadas como
"ambiente heterogéneo".
– Com menor peso, mas com incidência semelhante, destacam-se as seguintes categorias:
"manutenção", "conforto ambiental, "equipamento/infraestrutura", "lugar de tranquilidade";
– Por último, destaca-se uma única resposta e que foi enquadrada pela categoria
"multifuncionalidade".
Ressalva-se que todas as categorias acima identificadas remetem para aspetos considerados
positivos, nomeadamente porque o gosto geral pelo parque foi assim avaliado.
No que respeita a justificativa fornecida sobre o gosto que os respondentes têm pelo Parque das
Conchas, destacam-se os seguintes aspetos:
– De entre os que responderam "gostar" do parque, 4 deles não justificaram a resposta. Das
22 justificativas realizadas destacam-se as seguintes categorias apresentadas por
incidências (das mais para menos incidentes): desenho/projeto e ambiente, lugar de
tranquilidade/sentido urbano e atividades (com a mesma incidência),
heterogeneidade/dinâmica e manutenção (com a mesma incidência);
– As duas justificativas daqueles que responderam "não gostar" do Parque remetem
respetivamente para o "ambiente social" ("Eu prefiro parque com mais vida") e questões
relacionadas com uma maior agradabilidade e atrativos ("Eu não encontro nenhuma
atração");
– Entre as 4 respostas que indicaram "não ter opinião" sobre o Parque, apenas 2 justificaram
essa resposta, sendo as mesmas respetivamente relacionadas com o "estilo do parque"
(“como tantos outros parques") e o ambiente social, manutenção e
equipamento/infraestrutura do parque ("eu gosto das crianças, mas desgosto de algumas
outras partes pelo excesso de betão e a falta de manutenção").
No entanto, no decorrer do processo de inquirição, oral e informalmente, considerou-se oportuno
questionar sobre a preferência dos indivíduos por um dos parques – Jardim da Estrela ou Parque da
Quinta das Conchas. Do total dos respondentes (n=58), 41% (n=24) responderam a esta questão,
sendo que 17 (70%) preferiram o Jardim da Estrela e 7 (29%) preferiram o Parque da Quinta das
Conchas.
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Ainda relativamente a dimensão “experiência no parque”, solicitou-se aos respondentes a opinião
sobre os elementos de contexto que mais chamavam a atenção de um ponto de vista positivo e
negativo.
Relativamente ao Jardim da Estrela, todos os participantes (n=32) no estudo relataram sobre os
aspetos positivos que identificaram no parque. As respostas foram abertas e objeto de uma análise
de conteúdo e de uma categorização. Na sequência do que foi realizado para as questões anteriores,
recorreu-se às categorias antes identificadas para enquadrar as respostas fornecidas a esta questão
já que o conteúdo das mesmas remete, na sua generalidade, para as subcategorias que
exemplificam as categorias mais importantes. Da análise efetuada obteve-se os seguintes resultados
para os aspetos positivos:
– As categorias que mais se destacam são: "ambiente"1 (com muito mais incidência),
seguindo-se a dos "equipamentos"2 e "ambiente social"
3;
– Seguidamente e com incidência semelhante destacam-se: "multifuncionalidade" e
"manutenção";
– Num terceiro nível de incidência de respostas, destacam-se as seguintes categorias
também com incidências semelhantes: “lugar de tranquilidade” e o “estilo do parque”;
– Num quarto nível e com incidência semelhante, destacam-se: “sentido urbano” e “conforto
ambiental”;
– Num quinto nível e também com incidências semelhantes, destacam-se as seguintes
categorias: “segurança”, “desenho/projeto”, “atividades”, “ambiente heterogéneo”;
– Por fim e com apenas uma indicação refere-se a (à) seguinte categoria: “historicidade e
tradição”.
Ainda relativamente ao Jardim da Estrela, dos 32 respondentes 7 deles não respondeu a esta
questão (21%). Destacam-se as seguintes categorias identificadas com aspetos negativos:
– “Equipamento/infraestrutura”4, “ambiente social”
5, “conforto ambiental”;
– Seguidamente e com uma mesma incidência, destacam-se: “plano/projeto”; “segurança”;
“ambiente”;
1 Exemplo do que foi referido: muitas árvores e diferentes; aves a preservar; a cor das flores; densa e
interessante vegetação; plantas exóticas; flores; pássaros a cantar; energia verde; lagos; plantas nos lagos; muitos animais; natureza; plantas agradáveis; árvores antigas e altas; a biodiversidade; a água; árvores tropicais; variação de texturas; variedade de plantas.
2 Exemplo do que foi referido: bancos; edifício; café; muitos lugares para se sentar; pavilhão de música; parque
infantil; quiosques; biblioteca; diferentes oportunidades para se estar; parque infantil; pódio; pequenas lojas; o bom estado da infraestrutura.
3 Exemplo do que foi referido: muitos idosos e crianças; diversos grupos; vida social; a maneira que as
crianças se divertem; muito interessante a presença de pessoas de diferenciada idade. 4 Exemplo do que foi referido: melhor manutenção; informação (nenhuma informação sobre as plantas, a falta
de sinais, informação apenas em português); muitas caixas de lixo; mais sugestões aos visitantes; mobiliário pobre; às vezes há um mercado, mas eu não gosto; equipamentos desportivos.
5 Exemplo do que foi referido: burguesia/elite; crianças acompanhadas; fumantes.
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– Num terceiro plano, destacam-se as seguintes categorias: “atividade” (ex. "não tem muito a
oferecer") e “manutenção”.
No que se refere ao Parque da Quinta da Conchas, somente um participante não respondeu a
questão sobre os aspetos positivos que identificava no parque. O procedimento de análise foi
semelhante ao seguido anteriormente. Da análise efetuada obteve-se os seguintes resultados para os
aspetos positivos:
– Destacando-se com incidência muito mais relevante que os outros temas tem-se o
"ambiente" (com conteúdos relacionados com pássaros, floresta, natureza, abertos áreas
verdes, plantas, árvores, água, parte selvagem);
– Num segundo plano, mas já bem menos expressivo que os conteúdos relacionados com o
"ambiente" destaca-se a categoria "ambiente social" e que respeita a conteúdos já antes
descritos;
– Num terceiro plano destaca-se a categoria "equipamento/infraestrutura", seguindo-se num
quarto plano e com incidência semelhante as categorias "plano/projeto", "manutenção" e
"conforto ambiental";
– Num quinto plano destaca-se a categoria "lugar de tranquilidade", e por último, as seguintes
três categorias com a mesma incidência: "historicidade e tradição", "ambiente heterogéneo"
e "atividades".
Relativamente aos aspetos negativos relacionados com o Parque da Quinta da Conchas, registam-se
4 não respostas. Da análise efetuada obtiveram-se os seguintes resultados (aspetos negativos):
– "Equipamento/estrutura"6 num primeiro plano, seguindo-se a "manutenção"
7;
– "Ambiente" e "ambiente social", num terceiro plano;
– "Conforto ambiental", num quarto plano, seguindo-se "sentido urbano" e "plano/projeto",
num quinto plano;
– Por último e com igual incidência seguem-se as "atividades" e a "segurança".
No que se refere a última questão deste parâmetro e que é sobre “elementos que podem incrementar
o parque”, observa-se que relativamente ao Jardim da Estrela 31% (n=10) de um total de 32
respondentes, não respondeu a esta questão; já no Parque da Quinta das Conchas 15 % (n=4) de um
total de 26 respondentes, não respondeu a esta questão. O quadro 3.2 explicita os conteúdos
fornecidos.
6 Exemplo do que foi referido: cercas; calor, nenhuma informação; parques; portão de ferro; o mapa na entrada
foi vandalizado; muito betão na parte norte. 7 Exemplo do que foi referido: empoeirado; precisa de mais manutenção; negligência de alguns edifícios e
equipamentos; falta de cuidado relativamente as árvores; alguns lugares não são limpos.
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Quadro 3.2 – Identificação de aspetos que podem incrementar o parque
Categorias
Jardim da Estrela Parque da Quinta das Conchas
Subcategorias Subcategorias
Ambiente Mais áreas verdes
Animais
Expandir a floresta
Flores em jardins
Mais flores no jardim
Mais deserto Evocação ecológica
Conforto Ambiental -- Mais lugares com sombra
Ambiente Social Pessoas --
Equipamento e Infraestrutura
Um mapa mostrando a estrutura do parque
Obras
Estacionamento para bicicletas
Sinalização digital e guias virtuais
Fontes
Ter casas de banho mais acessíveis
Identificar o nome do parque
Identificar o nome das árvores
Informações sobre as espécies de plantas para aumentar o valor educativo
Mobiliário para pontos de encontro
Mais informação e painéis didáticos (ou com hotspots, mas não em todos os
lugares)
Painéis com identificação dos eventos sociais
Redesenhar os lugares coletivos (ex. os cafés)
Renovar o mobiliário
Sugestões para os visitantes
Elementos unificadores no parque Wi-fi
Áreas para idosos
Cafés
Instalações infantis a explorar aspetos da natureza
Explicações sobre a vegetação
Guia histórico
Informações, mapas e sinalização
Mais informações sobre elementos (naturais e construídos)
Interatividade
Mais bancos
Mais fontes
Abrir biblioteca em prédio abandonado
Parque infantil
Trilhas desportivas
Estudar possibilidade de desenvolver-se área para natação
A aplicação (app) pode ser útil para apreciar a visita
Torres no topo O uso de madeira em vez de betão
Atividades -- Mais atividades
Plano e Projeto
Programa cultural
Maior participação urbana
Desenvolver atividades específicas em períodos próprios
Melhorar parque na entrada
Abrir ao público Melhorar os caminhos pedonais
Manutenção
Limpeza
Jardinagem
Melhorar o redor das lagoas
Melhor manutenção através de relatórios do cidadão
Limpar a água
Limpar áreas de vegetação
Limpar lagos
Manter Reparar o mapa
Segurança Remover o policiamento --
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Tendo em conta que as condições atmosféricas podem condicionar a utilização deste tipo de espaços
urbanos, no dia em que se realizou este pequeno estudo, em Lisboa, a temperatura estava amena,
21ºC, com céu praticamente limpo e calmo no que diz respeito ao vento, ou seja, existiam condições
que, à partida, são convidativas para passeios em espaços públicos e abertos. Por outro lado, é de
referir ainda que a data e a hora de realização da visita coincidiu com um dia de semana, portanto
ocorreu em horário laboral e fora do período de férias, o que na generalidade condiciona uma
utilização mais intensiva dos espaços por parte da população ativa e, pontualmente, estudantil. Estes
dois aspetos devem ser ressalvados, na medida que muitas das respostas fornecidas foram críticas
relativamente a vivência social observada nos espaços visitados.
3.2.2 Sobre a rota seguida nos espaços em estudo
Neste parâmetro, uma primeira questão foi sobre o consenso do grupo relativamente a rota seguida
no parque. Relativamente ao Jardim da Estrela retenha-se os seguintes aspetos:
– 21% não respondeu a esta questão (n=7);
– As respostas com maior incidência consideraram como sendo fácil e com alto nível de
consenso;
– Seguidamente foram referidas respostas diferenciadas entre si, como por exemplo,
“sugestões colaborativas”, “ao andar é que decidimos o grupo”, “não é realmente um
consenso”, “nós seguimos o líder”; sendo que as restantes respostas são pouco
conclusivas.
Relativamente ao Parque da Quinta das Conchas retenha-se os seguintes aspetos:
– 34% não respondeu a esta questão (n=9);
– As respostas com maior incidência consideraram como sendo fácil e com alto nível de
consenso;
– Seguidamente foram referidas respostas diferenciadas entre si, como por exemplo,
“aleatório”, “decidi ir sozinho”, “todos do grupo foram atraídos pela agradável vegetação,
tendo-se compartilhado o mesmo sentimento”, “nós decidimos ir ao local mais natural do
parque”, “decidimos ir ao ponto mais alto”.
Sobre a decisão da rota no parque, quer no Jardim da Estrela, quer no Parque da Quinta das
Conchas, as respostas são diferenciadas, não demonstrando um conteúdo significativo para análise.
Igualmente para a questão “outros comentários”, sendo os mesmos muito diferenciados entre si e
pouco significativos para o estudo, considerou-se não se justificar a análise dos mesmos.
Eventualmente as questões não tenham sido claras, muito embora a intenção fosse tentar averiguar
sobre a relação entre a rota seguida e o uso das ferramentas digitais (GPS e app).
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3.2.3 Sobre as ferramentas digitais utilizadas
O último parâmetro avaliado foi sobre o “uso das ferramentas digitais”, designadamente o dispositivo
GPS e a aplicação elaborada para o Projeto, o app WAY-CyberParks. Como esta questão poderá ser
de interesse para melhor incrementar o uso dessas ferramentas no futuro, reproduz-se as respostas
expostas no Quadro 3.3.
Antes, contudo, refira-se que sobre a facilidade do uso das ferramentas digitais:
– Do total dos respondentes do questionário no Jardim da Estrela (n=32), 62% referiu como
sendo fácil (n=20); 9,3 referiu ser “complicada, mas gerenciável” (n=3); 21% (n=7) não
respondeu a esta questão, e 3.1% referiu “decidirei mais tarde” (n=1);
– Do total dos respondentes do questionário no Parque da Quinta das Conchas (n=26), 50%
referiu como sendo fácil (n=13); 7.6% referiu ser “complicada, mas gerenciável” (n=2); 21%
(n=10) não respondeu a esta questão, e 3.8% referiu ser parcialmente “complicada, mas
gerenciável”.
Relativamente a questão sobre sugestões de melhoria na utilização das ferramentas digitais,
verificou-se que no Jardim da Estrela 31% dos respondentes (n=10) não respondeu a esta questão
aberta, e no Parque da Quinta das Conchas 38% dos respondentes (n=10) não respondeu a questão.
Quadro 3.3 – Sugestões fornecidas para melhorar o uso das ferramentas digitais
Jardim da Estrela Parque da Quinta das Conchas
Subcategorias Subcategorias
Implementar o recurso com fotos tiradas no parque, estando as mesmas ligadas à posição exata no parque (foto-registo)
Wi-fi é uma boa ferramenta para o questionário
Usar TCI para organizar percurso educativo "sobre as espécies de plantas” (já que não é necessário
cartões reais com nomes das espécies)
Treinar os utilizadores com antecedência
Mais e melhor precisão no mapeamento dos objetos, atividades e práticas
Mais detalhes específicos reunidos
Que a TCI utlizada seja menos passiva, interaja mais.
Possibilitar diferentes configurações para a app.
Não é claro o recurso ao GPS para melhor a atratividade do parque
A app poderia ser mais útil se também possibilitasse registar os dados e as
perceções das pessoas sobre o parque
Usar GPS combinado com outro dispositivo (ex. “smartphone”)
Obter dados das pessoas através da aplicação (app)
Precisamos adicionar mais funcionalidades / serviços a ser mais
atraente para os visitantes
Definir mais parâmetros
Fornecer mais oportunidades de mapeamento
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4 | Conclusões
Os resultados aqui relatados sobre a relação entre o uso de TICs e a utilização de espaços públicos
abertos, pessoas e práticas sociais, constituíram um primeiro exercício empírico, realizado no âmbito
do programa de trabalho do Projeto CyberParks. Este relatório permitiu, por um lado, apresentar uma
primeira abordagem sobre as tecnologias utilizadas no estudo dos dois parques urbanos
considerados – Jardim da Estrela e Parque da Quinta das Conchas – e o seu potencial para
investigação. Por outro lado, ainda permitiu considerar que, embora os dados recolhidos não sejam
estatisticamente representativos – já que isto não era objetivo do estudo –, os mesmos revelam
determinados aspetos de âmbito qualitativo que importam considerar. Um destes é, por exemplo, a
forma como os turistas tendem a usar e a perceber o espaço público aberto em cidades europeias.
Concluiu-se que, o uso da aplicação móvel pode vir a tornar-se aliciante se a mesma fornecer ao
utilizador um conjunto de informações complementares, por exemplo, sobre o espaço de visita
(história, nomes das árvores, identificação da estatutária). Constatou-se ainda que, se a aplicação
móvel apresentar desafios às pessoas, a utilização do espaço público pode ser potenciada (ex.
atividades lúdicas relacionadas com o parque, jogos). Todavia, a possibilidade de, através da
aplicação móvel, o utilizador fornecer a sua opinião sobre o local – ex.: responder perguntas – não
deve substituir-se à verificação in situ. Isto é, o estudo desenvolvido em Lisboa permitiu reforçar a
ideia de que, sendo as ferramentas digitais uma mais-valia para a investigação e o planeamento, o
recurso às mesmas não se deverá realizar de modo a substituir-se às técnicas e metodologias de
investigação e de planeamento mais tradicionais. O desafio está em encontrar complementaridades
entre perspetivas teórico-metodológicas e técnicas tradicionais e mais inovadoras, de modo a tirar-se
o máximo de partido para incrementar o uso dos espaços públicos urbanos através de um
planeamento inteligente e inclusivo.
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Lisboa, LNEC, janeiro de 2016
VISTOS AUTORIA
O Chefe do Núcleo de Núcleo de Betões, Pedra e Cerâmicos
Marluci Menezes
Geógrafa, Doutora em Antropologia, Investigadora Auxiliar do LNEC
António Bettencourt Ribeiro
O Diretor do Departamento de Materiais
Carlos Smaniotto Costa
Arquiteto Paisagista, Doutor em Planeamento Ambiental e Urbano, Investigador do
CeiED da ULHT
Arlindo Freitas Gonçalves
Diogo Mateus
Doutor em Urbanismo, Investigador do CeiED da ULHT
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Referências Bibliográficas
SMANIOTTO COSTA, Carlos. De quintas a parques - Visitando os Parques da Quinta das
Conchas e da Quinta dos Lilases em Lisboa'. Arquitextos, São Paulo, 13.146, Vitruvius, jul
2012 http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/13.146/4429
SMANIOTTO COSTA, Carlos; MENEZES, Marluci; Mateus, Diogo; BAHILLO MARTÍNEZ,
Alfonso (2015). As tecnologias da informação-comunicação contribuem para conhecer as
práticas e necessidades sociais em parques urbanos? O projeto COST-Action
CyberParks-TU 1306. I. C. da Silva, M. Pignatelli & S. de M. Viegas (Eds.). Atas 1.º
Congresso da Associação Internacional das Ciências Sociais e Humanas em Língua
Portuguesa (pp. 7705–7713). Lisbon. 2015. ISSN: 978-989-99357-0-9
SMANIOTTO COSTA, Carlos; MENEZES, Marluci; MATEUS, Diogo (2014). How Would Tourists
Use Green Spaces? Case Studies in Lisbon. Project CyberParks – COST TU 1306.
Entretextos 52, Lisboa: CeiED. ISNN 2183-2102. Disponível em:
www.ceied.ulusofona.pt/pt/investigacao/publicacoes/entretextos/197-
publicacoes/entretextos-2014