Post on 26-Jun-2015
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO DISCIPLINA PROJETO II PROFª BÁRBARA BOTELHO/MAURO CAMPELLO
Alunos: Fabricio Sacramento
Juliana Vitral Steves Rocha
apresentação
CONDOMÍNIO Joan Villá e Silvia Chile
2003
CONJUNTO DE CASAS DA ALAMEDA LORENA Flávio de Carvalho
1938
Conjunto Residencial Cotia/SP - 2003
Joan Villá e Silvia Chile
Implantação / contexto / inserção da construção no lote / inserção urbana – PARTIDO:
• O conjunto residencial está implantado em um terreno de 3,2 mil m2 na cidade de Cotia-SP. O aclive do terreno determinou a execução de três patamares, assentando três blocos uniformes com casas geminadas, distribuídas de maneira linear, compondo um total de 24 residências unifamiliares.
• Essa pequena verticalização resultou em uma área total de 95 m2 para cada unidade (60 m2 de casa mais 35 m2 de terraço coberto)
• Se destaca no contexto da arquitetura para habitação popular por se tratar de edificação de qualidade por baixo custo.
• O partido adotado foi a própria topografia do terreno desenvolvendo o projeto de forma a permitir boa insolação, ventilação e visibilidade a todas as unidades do condomínio.
1.ANÁLISE DA FORMA
1.ANÁLISE DA FORMA
Volumes e massas.
• Cada casa geminada compõe um corpo único
disposto em dois pavimentos com terraço coberto
• Dividido verticalmente para duas residências idênticas.
• Os volumes dos pavimentos se diferenciam pelas cores e posições.
• Um volume forma o térreo da casa constituído por sala, cozinha e lavanderia e um pequeno quintal ao fundo, o segundo volume é formado pelos quartos e banheiro e a cima dele se localiza o terraço coberto por telhas metálicas.
• Os corpos se interligam através de escadas internas e externas.
• O formato é compacto de linhas retas, destacando-se no alto as telhas metálicas do tipo borboleta com calha central que conferem leveza a base de cerâmica
1.ANÁLISE DA FORMA
Luz, cores e texturas.
• A edificação é constituída por sistema de painéis pré fabricados de tijolos cerâmicos com acabamento em chapisco e pintura texturizada : cor vermelha no térreo e pavimentos superiores nas cores amarela, verde ou azul.
• As cores diferenciadas destacam a fachada do entorno, conferem maior identidade às unidades.
• Os guarda-corpos, calhas e pilares externos são metálicos e pintados na cor branca, conferindo um contraponto à pintura das fachadas.
1.ANÁLISE DA FORMA
Relações de simetria / equilíbrio / dominância.
• A simetria é percebida na planta, pois traçando-se um eixo sobre a estrutura da planta baixa, percebe-se um arranjo equilibrado com elementos semelhantes em ambos os lados
Determinação de eixos visuais.
• O eixo visual é estabelecido através da disposição simétrica das formas e espaços tanto na fachada quanto na planta baixa.
1.ANÁLISE DA FORMA
Organização e Estruturação da Forma e do Espaços e Princípios de ordem:
• A organização é linear, com uma seqüência de espaços repetitivos e adjacentes. As relações espaciais entre os desníveis da edificação se dão por meio de escadas internas e externas.
• Apesar de constituir um corpo único que se complementa, os espaços se encontram nitidamente separados e setorizados.
• Na estruturação do volume, o ritmo está marcado pelos espaços retangulares regulares e pela verticalização
Proporção e Traçados Reguladores.
• As linhas reguladoras são percebidas conferindo um alinhamento comum à construção, controlando a proporcionalidade e semelhança entre os cômodos da residência, mantendo um ritmo constante no todo
1.ANÁLISE DA FORMA
Análise das fachadas: relação cheio x vazios.
• Apresenta uma maior área de elementos sólidos representados pelo térreo e o primeiro pavimento, apresentado vazios no terraço coberto.
Fundamentos: Percepção e Equilíbrio; Tamanho, Medida e Escala.
• Apresenta uma proporcionalidade com a
escala humana nas partes e medidas compactas ajustadas as necessidades básicas humanas.
• A área construída é de 95 m 2 (verticalizado) - melhor aproveitamento do terreno.
• Cada unidade possui pequeno quintal ao fundo e pequeno jardim a frente comum as casas geminadas.
1.ANÁLISE DA FORMA
Pensamento Arquitetônico:
Intenção Compositiva.
• A intenção de habitação
econômica de qualidade está
presente através da utilização
do sistema de blocos pré-
fabricados de tijolos cerâmicos
montados por mão-de-obra
não-especializada, treinada no
próprio canteiro de obras.
2.ANÁLISE DA FUNÇÃO
Setorização – Distribuição de setores
2.ANÁLISE DA FUNÇÃO
Esquema distributivo: circulações
2.ANÁLISE DA FUNÇÃO
Fluxograma: blocos de função
SOCIAL
SERVIÇOS
ÍNTIMO
LAZER
3.ANÁLISE DOS ESPAÇOS
Relação espaços cobertos x não cobertos.
• O volume é totalmente coberto, exceto a áreas externas de quintal e jardim.
Relação espaços abertos x fechados.
• Espaços sociais, íntimos e de serviço são fechados e o terraço aberto.
3.ANÁLISE DOS ESPAÇOS
Características, qualidades e defeitos dos espaços no projeto.
Pontos positivos:
• Casa bem setorizada, mantendo a privacidade dos usuários e autonomia dos setores.
• Aproveitamento da laje : utilizada como área para estender roupas e realização de churrascos e festas , além de ser uma área de possível expansão da casa
• Bom aproveitamento da topografia do terreno e integração com a casa;
• Utilização de sistema de construção econômico (R$ 304 reais o m 2 com custo total de 30 mil reais incluindo urbanização e terreno)
• Pequeno quintal e jardim
Pontos negativos:
• A residência não é acessível;
• Poucas janelas no segundo pavimento;
• Único banheiro localizado na área íntima da casa ;
4.ANÁLISE DAS TÉCNICAS
• Sistema estrutural : sistema de painéis pré fabricados de tijolos cerâmicos
• Detalhes construtivos: cobertura metálica com calha central do tipo borboleta. Acesso ao primeiro pavimento por escada interna de painéis cerâmicos e acesso ao terraço por escada metálica externa. Os guarda-corpos, calhas e pilares externos também são metálicos
• Materiais e acabamentos: painéis cerâmicos com acabamento em chapisco e pintura texturizada
• Conforto ambiental: A criação de três patamares, cada um com um bloco de casas , melhorou a ventilação, a iluminação e a visibilidade, independentemente do posicionamento de cada unidade.
Casas Alameda Lorena São Paulo - 1938 Flávio de carvalho
Casas Alameda Lorena 1.ANÁLISE DA FORMA
Implantação / contexto / inserção da
construção no lote / inserção urbana –
PARTIDO:
•A implantação do conjunto se dá no bairro
Jardim Paulista, na cidade de São Paulo,
próximo à Av. Paulista, e junto com mais três
bairros forma a nobre região paulistana
conhecida como JARDINS;
•Contexto Urbano;
•Primeiros momentos da arquitetura moderna
brasileira;
•O conjunto está implantado em um terreno
plano que não sofreu adaptações profundas para
receber as edificações;
•O terreno foi parcelado em 17 lotes e recebeu
uma rua interna.
Volumes e massas.
•O volume se divide no anexo
de serviço e na habitação
cujo bloco de arestas
arredondadas e destaque
para a massa que emerge
desse volume maior e avança
sobre o recuo frontal do lote.
•O volume é assentado no
terreno com recuos frontais e
laterais nas duas primeiras
tipologias de planta.
•Já na terceira tipologia os
volumes possuem apenas
linhas retas.
Casas Alameda Lorena 1.ANÁLISE DA FORMA
Formatos:
•O formato é compacto, linhas
retas e arestas arredondadas.
Luz, cores e texturas:
• as cores se resumem no
branco. A textura é lisa.
Poucas sombras
Relação cheio x vazios:
•Prevalência de cheios sobre
vazios, com destaque para
janelas predominantemente
verticais e outras recortadas
nas arestas curvas,
Casas Alameda Lorena 1.ANÁLISE DA FORMA
Relações de simetria /
equilíbrio / dominância:
•A simetria é quebrada pelas
massas salientes, que
também por serem lançadas
sobre o recuo das
edificações, provocam uma
sensação de desequilíbrio.
Contudo isso, existe ainda
uma dominância dos
alinhamentos dos blocos de
forma bastante cartesiana
Casas Alameda Lorena 1.ANÁLISE DA FORMA
Determinação de eixos
visuais:
•Nas fachadas das tipologias
independentes, observamos
uma proporção dos eixos
horizontais e verticais da
fachada.
•Já na tipologia geminada, está
claro a predominância do eixo
horizontal sobre o vertical.
Fundamentos: Percepção e
Equilíbrio; Tamanho, Medida
e Escala:
•Visualmente, apesar da
grandiosidade do todo
observamos uma
proporcionalidade com a
escala humana nas partes.
Casas Alameda Lorena 1.ANÁLISE DA FORMA
Organização e Estruturação da Forma e do
Espaços e Princípios de ordem:
•A organização é concentrada, com uma
sequência de espaços que circundam a escada
de acesso aos dois pavimentos das residências.
•As relações espaciais entre os dois volumes da
edificação se dá com uma interligação no
mesmo nível do terreno. São espaços
adjacentes, nos quais, de um lado está a
residência da família e de outro a residência de
empregados.
•Na estruturação do volume, o ritmo está
marcado pelos pavimentos cujo superior se
amplia sobre inferior para abrigar a circulação de
pedestres e a garagem, no caso das tipologias
independentes. E o mesmo não ocorre no caso
das geminadas, onde os pavimentos possuem a
mesma projeção.
Casas Alameda Lorena 1.ANÁLISE DA FORMA
Casa das 11 mulheres Pensamento
Arquitetônico:
Intenção Compositiva.
O pensar arquitetônico
como um todo,
desenvolvendo desde a
inserção do projeto na
malha urbana até
detalhes como o
desenho dos ladrilhos.
Assim também há a
preocupação em educar
os moradores a partir
das novas
considerações de vida
moderna.
Casas Alameda Lorena 1.ANÁLISE DA FORMA
2.ANÁLISE DA FUNÇÃO
CIRCULAÇÃO
Casas Alameda Lorena
Fluxuograma
2.ANÁLISE DA FUNÇÃO Casas Alameda Lorena
SETORIZAÇÃO
2.ANÁLISE DA FUNÇÃO Casas Alameda Lorena
3.ANÁLISE DO ESPAÇO
Características, qualidades e defeitos dos espaços no projeto.
Pontos negativos:
Largura reduzida das portas externas;
Corredores com 80 cm de largura;
Pé direito duplo faz ligação visual da área social com a área íntima ;
Pontos positivos:
Relação do morador com a rua;
Tipologias diversas que criam a individualidade do morador;
Casas Alameda Lorena
4.ANÁLISE DAS TÉCNICAS
sistemas estruturais: alvenaria auto-portante e laje plana que
funciona como terraço
Detalhes construtivos: Janelas rasgadas e a cabine frontal são
os destaques externos.
Materiais e acabamentos: Ladrilho desenhado pelo próprio
arquiteto, textura do reboco externo espatulado
Conforto ambiental: orientação, insolação, ventilação. Apesar
do planfeto divulgar características positivas relativas à conforto
ambiental, observamos que todas fachadas orientadas ou não ao
sol não possuem nenhum tipo de brise. E nos estudos iniciais de
Flávio de Carvalho não constava a orientação solar.
Casas Alameda Lorena
FONTES:
1) ROSSETTI, Carolina Pierotti. Vila América – conjunto de casas
da alameda Lorena , um modernismo brasileiro – novembro
2004
2) SULAMITA, Fonseca Lino. O modernismo com sabor local:
contatos, trocas e misturas na arquitetura e nas artes brasileiras -
UFMG