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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIAFACULDADE DE EDUCAÇÃO
PROGRAMA NACIONAL ESCOLA DE GESTORES DA EDUCAÇÃO BÁSICAESPECIALIZAÇÃO LATO SENSU EM GESTÃO ESCOLAR
ANA LUCIA RIBEIRO DA SILVA
A CRIAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DO GRÊMIO ESTUDANTIL NO COLÉGIOESTADUAL GOVERNADOR OTÁVIO MANGABEIRA
SALVADOR2011
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ANA LUCIA RIBEIRO DA SILVA
A CRIAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DO GRÊMIO ESTUDANTIL NO COLÉGIOESTADUAL GOVERNADOR OTÁVIO MANGABEIRA
Monografia apresentada ao Programa de Pós-graduação emEducação, Universidade Federal da Bahia - UFBA, comorequisito parcial à obtenção do grau de Especialista em GestãoEscolar.
Orientador (a): Prof a Msc IRACEMA LEMOS
SALVADOR
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2011
FICHA CATALOGRÁFICA
(Elaborada pelo Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal da Bahia - Ufba)
Silva, Ana Lucia Ribeiro
A criação e implementação do Grêmio Estudantil do Colégio Governador Otávio
Mangabeira .Ana Lucia Ribeiro Da Silva - 2011.
54p. f. : il.
Monografia (Especialização) - Universidade Federal da Bahia – Ufba.
Especialização Lato Sensu em Gestão Escolar, 2011.
Orientador(a): Prof. Ms. Iracema Lemos
1. Grêmio Estudantil . 2. Protagonismo Juvenil 2. 3. Gestão Participativa3. I. LemosIracema (a) orient. III. Título.CDD:
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A meus queridos filhosThales, Tácio, Caique e Cauani
Que me ensinam a amar todos os dias.
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AGRADECIMENTOS
Ao nosso Criador, que nos acolhe todos os dias, ao nascer e findar o dia, com a sua infinita
bondade, por essa centelha divina que Ele nos deu, pelo imenso amor que faz despertar a cada
dia, quando agradecemos e em silêncio oramos pela vida.
A fé me faz acreditar na minha capacidade de aprender, e socializar este aprendizado é a parte
mais importante desta história, que começou pelo desejo de evoluir para exemplificar, onde o
processo e o resultado se aninham e se entrelaçam para gerar os frutos que terão vida própria
um dia, e esse filhote que nasce é a minha pequena obra prima e a única que é imperfeita...
pois é preciso aperfeiçoá-la a cada dia, e quem já ouviu falar de obra prima imperfeita?
Bem é assim mesmo, cada um buscando algo importante para si, e para mim, buscar a
perfeição é nunca desistir de sonhar, sonhar um mundo novo sem perfeição...
A escola ideal é aquela que entende e aceita, que deseja o melhor para seus estudantes e
busca transformar o homem em cidadão honesto, cumpridor de seus deveres, e me sinto bem
em saber que sou uma pesquisadora, uma mulher que consegue fazer malabarismo e não
apenas sobreviver nesta turbulência atual, mas que também consegue vislumbrar que o amor é
dedicação, o amor não só cobra entende e vai tecendo sua teia, lentamente...
Conseguir realizar suas tarefas diárias e ainda pensar naquele filho que não ajudei a nascer,
mas, que sei que precisa do meu amor, essa é a minha mola propulsora, que me projeta para o
novo, e faz com que me sinta feliz em pensar que hoje, posso fazer com que um jovem
entenda que nascemos para sermos felizes, sempre, e é essa palavra de consolo que meu Pai
fala para mim todos os dias: você nasceu para ser feliz e para ajudar as pessoas a também
serem felizes, então as ajude, sempre, e siga feliz.
Felicidades a todos que participaram dessa nossa maravilhosa jornada!
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RESUMO
A representatividade dos alunos na escola, o grêmio estudantil, destaca a importância daparticipação dos alunos enquanto sujeitos do processo educacional. O problema que norteouesta intervenção foi o seguinte: Seria o grêmio estudantil, através do protagonismo juvenil,capaz de ajudar a melhorar a disciplina em sala de aula? Seu objetivo geral foi à criação,constituição e fortalecimento do Grêmio estudantil do Colégio Governador OtávioMangabeira, com vistas à concretização da gestão democrática na escola, incentivando oprotagonismo juvenil, desenvolvendo a autonomia moral entre os alunos, como condição paraa reflexão ética. Foram objetivos específicos: contribuir para a formação do aluno crítico ecriativo, exercitando práticas de participação; preparar os alunos para assumirem posturascríticas e participativas nas tomadas de decisões; valorização de cada indivíduo em suasingularidade e diversidade. A metodologia empregada foi a pesquisa-ação, que permitiu um
envolvimento harmonioso entre o pesquisador e seus pesquisados, proporcionando soluçõespráticas que aliaram a experiência do pesquisador com a prontidão e iniciativa e ainda oespírito inovador dos estudantes, fornecendo resultados que confirmam a relevância da açãoestudantil para a implementação da gestão participativa da escola.
Palavras-chave: Grêmio Estudantil; Protagonismo Juvenil; Gestão Participativa.
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ABSTRACT
The representativeness of students in school, the student council, emphasizes the
Importance of involving students as subjects in the educational process. The problemthat has guided this intervention was as follows: Is the student body, through theJuvenile protagonists, can help improve discipline in the classroom? Itsmain objective was the creation, establishment and strengthening of the Governor's
School Studentcouncil Otavio Mangabeira,inorder to achieve democraticmanagement in schools, encouragingyouthparticipation, developing moralautonomy among students as a condition for ethical reflection. Specific
Objectiveswere:tocontribute to theformation of criticaland creative student. Exercising participatory practice, preparing studentsTo take critical positions and participatory in decision making, valuing
Each individual in their uniqueness and diversity. The methodologyused wasaction research, which allowed a smooth engagement betweenthe researcherand researched, providing practicalsolutionsthatsidedwith the
researcher's experience with e-readiness initiative and also theinnovative spirit of students, providing results thatconfirm theelegance of Student Action for the implementation of participatorymanagement of theschool.
Keywords: Student Guild, Youth Leadership, Participatory Management.
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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABES Associação Baiana dos Estudantes Secundaristas
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
CEEBA Centro de Educação Especial da Bahia
LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educação
MEC Ministério da Educação
PPP Projeto Político-Pedagógico
SEC Secretaria de Educação
Ufba Universidade Federal da Bahia
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LISTA DE QUADROS
Quadro 1 – Dados cadastrais da unidade escolar ................................................................ 19
Quadro 2 – Recursos da unidade escolar ............................................................................. 21
Quadro 3 – Objetivos e metas da unidade escolar (estabelecidas no PPP atual) ............ Erro!
Indicador não definido.26
Quadro 4 – Ações planejadas e realizadas na intervenção .................................................. 44
Quadro 5 – Ações não planejadas e realizadas na intervenção ........................................... 44
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Fachada da unidade escolar ................................................................................ 19
Figura 2 – Organograma da unidade escolar ....................................................................... 20
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 11
1.1 SITUAÇÃO PROBLEMA ..............................................................................................13 1.2 OBJETIVOS ....................................................................................................................13 1.2.1 Objetivos específicos ...................................................................................................14 1.3 JUSTIFICATIVA .............................................................................................................15 1.4 METODOLOGIA ...........................................................................................................15 1.5 ESTRUTURA DA MONOGRAFIA ..............................................................................17
2 CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA ................................................................................. 19 2.1 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA ESCOLA ....................................................20
2.2 ESTRUTURA FÍSICA DA ESCOLA ............................................................................20
2.3 PERFIL DOS ESTUDANTES ........................................................................................22
2.4 PERFIL DA COMUNIDADE DE ENTORNO .............................................................23
2.5 CONSELHO ESCOLAR ................................................................................................ 23
2.6 PPP ....................................................................................................................................24
2.6.1 Missão .............................................................................................................................252.6.2 Visão ................................................................................................................................25
2.6.3 Valores ............................................................................................................................25
2.6.4 Objetivos e metas ........................................................................................................25
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................................................... 27
3.1 SEÇÃO 1 .......................................................................................................................... 29
3.2 SEÇÃO 2 .......................................................................................................................... 33
3.3 SEÇÃO ... ......................................................................................................................... 36
4 RELATÓRIO DA INTERVENÇÃO .................................................................................. 39
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..............................................................................................46
REFERÊNCIAS .....................................................................................................................49
ANEXO A – Fotos da eleição do grêmio no colégio Est Otávio Mangabeira 50 a 5Erro!
Indicador não definido.
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1 INTRODUÇÃO
Este projeto pretende analisar os impactos que podem causar a criação do grêmio
estudantil no processo de adoção da gestão democrática da escola, de forma mais abrangente,
visando eliminar os problemas causados pela indisciplina dos alunos, sendo este o foco de
intervenção e motivo deste projeto de pesquisa.
O interesse em desenvolver a pesquisa com essa temática decorreu não apenas do meu
interesse pessoal, pela afinidade que sempre tive, enquanto vice-diretora, motivada pela
mediação dos conflitos, com os alunos, mas também pelo resultado da primeira fase
{diagnóstico} em que a indisciplina dos alunos e suas conseqüências, é considerada, pela
maioria, como o problema crucial para o amplo desenvolvimento da gestão participativa na
escola.
Na tentativa de elucidar os conflitos causados pela indisciplina do alunado, que
desmotiva uma ação mais envolvente dos professores para com a escola, com a gestão escolar
e com seus alunos em sala de aula, pontuando que uma das tarefas da educação, é estimular o
pleno despertar dos seus educandos.
Acreditando na viabilidade da proposta de destacar a relevância da participação dos
estudantes, como sujeitos do processo educacional e que, portanto, precisam entender qual o
papel que lhes cabe desempenhar na comunidade escolar, é que fiz a opção pela criação do
grêmio estudantil, como forma de favorecer a elevação da auto-estima deste aluno, para que
ele se sinta agente do seu processo de aprendizagem, objetivando a criação de lideranças entre
os estudantes, que possam despertar a confiança entre os mesmo.
O incentivo ao protagonismo juvenil nos tem mostrado resultados surpreendentes e
encorajadores entre os jovens das escolas públicas, em projetos de valor reconhecido, a
exemplo do pró-jovem que estimula o sentimento de equipe, valorizando a iniciativa e as
relações de confiança.
Do ponto de vista da metodologia a pesquisa-ação permite o envolvimento do
pesquisador com seu objeto de pesquisa ou seu foco de intervenção, o que assegura a precisão
do acompanhamento de todo o processo de criação do grêmio estudantil.
A escola deve provocar reflexão, preparar cidadãos participativos, construir competências
para a liderança e o grêmio permite que tudo isso aconteça. Diz Guimarães Rosa “que a coisa
não está nem na partida nem na chegada. Está na travessia...”
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Vamos partir do princípio de que a implementação, o fortalecimento e atuação do grêmio
estudantil em nossa escola, possa vencer os novos desafios, ajudando as comunidades escolar
e local a vivenciarem com sucesso a gestão escolar participativa/democrática e a melhoria da
educação com o compromisso do envolvimento dos estudantes.
Acreditar que o jovem é capaz e que pode contribuir de forma relevante para a sua própria
educação é a parte mais importante e interessante da intervenção, uma vez que sabemos que
depositar confiança nesse jovem, renova o seu potencial, revigorado a partir do novo
estímulo, pois devemos acreditar que a autoridade pedagógica exercida pelo professor em sala
de aula, quando exercida da forma correta, é capaz de elevar a auto-estima desse aluno,
mostrando-lhe um caminho para o sucesso, e este é o sonho de cada professor, observar par e
passo a realização do sonho do seu aluno, sabendo que aquela parcela de contribuição foi bemdosada, e atingiu em cheio o objetivo a que se propôs.
O documento final do Plano Nacional de Educação, em suas diretrizes e estratégias, diz que:
A demanda social por educação pública implica, pois, produzir uma instituiçãoeducativa democrática e de qualidade social, devendo garantir o acesso aoconhecimento e ao patrimônio cultural historicamente produzido pela sociedade, pormeio da construção de conhecimentos críticos e emancipadores a partir de contextosconcretos. Para tanto, considerando sua história, suas condições objetivas e suaespecificidade, as instituições educativas e os sistemas de ensino devem colaborarintensamente na democratização do acesso e das condições de permanênciaadequadas aos/às estudantes no tocante à diversidade socioeconômica, étnico-racial,de gênero, cultural e de acessibilidade, de modo a efetivar o direito a umaaprendizagem significativa, garantindo maior inserção cidadã e profissional ao longoda vida. (BRASIL- Conferência Nacional de Educação- CONAE, 2010, p.63).
Sabemos que em nosso país, o acesso ao ensino superior é ainda muito restrito e
limitado o que evidencia a exclusão de classes de baixa renda e a ascendência de classes
dominantes, sabemos que o governo está tentando modificar essa realidade, num esforçocoletivo, a partir da criação de cotas para alunos das escolas públicas e ampliação de vagas
nas universidades públicas, mas é preciso antes de tudo conscientizá-los das possibilidades
que surgem à sua frente, a cada dia, o que antes estava distante, hoje, já realidade, basta
desejar e lutar para que a universidade pública deixe de ser apenas um sonho a se realizar, o
grêmio estudantil, se bem orientado, poderá conduzir o seu segmento ao sucesso esperado e
desejado por toda a sociedade.
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1.1 SITUAÇÃO PROBLEMA
De que forma o Grêmio Estudantil poderá motivar os representantes do segmento estudantil a
participarem de forma atuante e responsável no Conselho Escolar?
Promoveremos a reflexão e a discussão de situações que envolvam a participação do Grêmio
nas escolas, de forma que os assuntos abordados sejam “sedimentados” e que seja motivada a
participação para as oficinas que serão apresentadas, onde os alunos serão levados a refletir
sobre a nossa postura quase sempre competitiva, condicionada por uma cultura de rivalidades
e disputas, o que vem ocasionando episódios violentos, entre os alunos, gerando a indisciplina
no interior da escola.
A representatividade dos alunos é o grêmio atuando e manifestando o seu desejo de integrar
os mecanismos da gestão participativa na escola, essa representação significa o apoio que a
gestão necessita para ser totalmente democrática, cumprindo assim com os anseios
emancipatórios do segmento que lhe é mais caro, pois, o foco da escola é o melhor
desempenho dos seus estudantes, o que irá consolidar a qualidade na educação a partir da
permanência e do processo de sistematização do conhecimento adquirido por este aluno nesse
espaço social de convivência.
A contribuição do grêmio ultrapassa o desejo simples de apenas existir na instituição escolar,os jovens possuem uma imensa capacidade de sonhar e de desejar realizar o seu sonho com
determinação e força de vontade, essa energia sempre contamina os que estão à sua volta e
consegui invadir os lares, com seus familiares e também os espaços escolares.
Minimizar os efeitos da indisciplina em sala de aula, permitindo que o professor possa
exercer a sua profissão com dignidade e respeito, para juntos, elevarmos os índices do IBEB
escolar e o nível educacional dos alunos, é a nossa meta de intervenção.
Será que incluir o grêmio estudantil neste sonho de mudança e transformação não seriamuita utopia da nossa parte? Mas o sonho como diz a música, só é sonho quando se sonha
junto.
O professor precisa entender as mudanças de comportamento decorrentes dos tempos
atuais e deixar de assumir uma postura vertical, entender que seu aluno tem um saber que
precisa ser respeitado, o que não significa que ele não perceba a importância de estudar, existe
todo um contexto social por trás do mau comportamento dos alunos, o governo tem que
auxiliar a escola neste processo, os responsáveis precisam acompanhar os estudos dos filhos,só um conjunto de atitudes será capaz de transformar ou instituir, as metas de vida do nosso
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aluno, o professor será sempre uma referência, é preciso estarmos conscientes de que cada um
de nós temos uma missão a cumprir, para o bem da humanidade, assim, ser um professor
mediador não é imposição, é necessidade.
Os problemas nascem do desconhecimento, da falta de estrutura, e da falta de iniciativa,
por que será que a indisciplina é uma constante em sala de aula? O é preciso modificar em
nossas salas de aula?
Devemos ouvir a parte mais interessada em todas as ações pedagógicas e partir daí de
um comportamento dialético, iremos negociar, com tolerância e boa vontade, temos certeza
que o grêmio saberá conduzir essa negociação e tantas outras que irão surgir nos caminhos da
escola, devemos acreditar no potencial juvenil.
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 Objetivo geral
Criação, implantação e fortalecimento do Grêmio estudantil do Colégio Governador
Otávio Mangabeira, com vistas à concretização da gestão democrática na escola, incentivando
o protagonismo juvenil, desenvolvendo a autonomia moral entre os alunos, como condição
para a reflexão ética.
1.2.2 Objetivos específicos
1. Contribuir para a formação do aluno crítico e criativo, exercitando práticas de
participação.2. Preparar os alunos para assumirem posturas críticas e participativas nas tomadas de
decisões.
3. Valorização de cada indivíduo em sua singularidade e diversidade.
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1.3 JUSTIFICATIVA
Esperamos que a participação do estudante no Grêmio Estudantil torne o ambiente
escolar mais prazeroso, ativo e seja para ele, um despertar para a sua responsabilidade na
construção de uma sociedade mais justa e humana. Que essa participação, além de ajudar a
Escola a se tornar mais ativa e democrática, seja uma verdadeira aula de cidadania. A
participação democrática ocorre em decorrência da concretização da gestão democrática dos
serviços educacionais.
A participação estudantil, tradicionalmente é viabilizada através dos grêmios estudantis,
com o estabelecimento e respeito às normas estatutárias. Os jovens deste século podemos
notar, em nosso mundo globalizado, uma forte acentuação do egocentrismo, através da
supervalorização do protagonismo, com o pensamento voltado para o seu projeto de vida, sem
lembrar-se da solidariedade à sua comunidade. Além disso, encontramos uma sociedade cada
vez mais desigual: elevado índice de desemprego, violência e mortalidade juvenil, distancia
entre ricos e pobres. Dessa forma, os jovens encontram uma situação social diferente das
décadas anteriores, gerando entre eles anseios, necessidades e características bem diversas,
percebemos o quanto eles estão mais competitivos, consumistas e preocupados com as
oportunidades de emprego, são dificuldades enfrentadas pela escola, para a organização dosseus estudantes.
Portanto, existe uma grande dificuldade em formar associações e formação de grupo
sendo a fase atual bastante delicada e a intervenção da escola é fundamental para a
reanimação deste processo.
São necessários, pois, algumas iniciativas, das quais o Grêmio Estudantil faz parte, para
buscar o justo equilíbrio entre o respeito à individualidade e ao bem comum.
A escola é uma instituição que apóia e complementa a família na missão de educar. Elaé um marco importante na vida das crianças e dos jovens por ser a primeira, ou uma das
primeiras instituições em que desde a mais tenra idade eles ingressam. É seu dever, portanto,
buscar o melhor atendimento para os seus alunos, incentivar a solidariedade, desenvolver
aspirações e valores condizentes com o desenvolvimento do ser humano e da sociedade.
Há pouco tempo, a presença de entidades representativas de estudantes, se
configuravam, para a maioria dos diretores de escolas, como uma real ameaça ao seu poder,
Após a promulgação da Lei 7.398 de 4/11/1985, os estudantes de qualquer rede de ensino
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passaram a ter assegurado o direito de criação de Grêmios Estudantis, uma entidade
autônoma, que busca soluções para os problemas existentes no espaço escolar.
Na Gestão Democrática Participativa o grêmio não representa um risco ou um perigo à
administração escolar, mas uma ajuda e um apoio essencial, para que ela aconteça de forma
democrática e transparente, instrumento importante para a democratização da gestão na
escola, é um ponto de partida para as transformações que conduzem a elevação da qualidade
do ensino.
1.4 METODOLOGIA
Tal como o nome implica, a pesquisa-ação visa produzir mudanças. A consideração
dessas duas dimensões (pesquisa e ação) podem dar uma importante contribuição na
elaboração do projeto de pesquisa. Assim, as possibilidades de uso são muito grandes, desde
um professor em uma pequena escola numa região isolada, até um estudo de mudança
empresarial com uma equipe de pesquisadores financiados por grandes organizações.
Semelhante a toda metodologia de pesquisa, conforme Thiollent, as diversas tendências
ideológicas do pesquisador ou do grupo, influenciarão a escolha do marco teórico, a
interpretação dos resultados e as conclusões do trabalho.
O maior foco está em obter as informações significativas para elaborar oprojeto. Deve-se utilizar um quadro conceitual, elaborado em conjunto com ospesquisadores e atores da situação, para que seja realmente um retrato da realidadeda organização, e paralelamente realizar uma pesquisa de campo de caráterdiagnóstico, através de entrevistas abertas, para detectar os principais problemasexistentes (THIOLLENT, 1997p. 75).
Para Thiollent, no momento em que há um claro diagnóstico sobre a realidade da
organização e dos eventos ou pontos que se deseja pesquisar, os pesquisadores iniciam a
prática, que ocorre através de seminários para guiar a ação. Conforme resumido por Thiollent
(1997), a Fase Principal é composta por um grande conjunto de entrevistas individuais e
coletivas ou questionários aplicados a pessoas-chaves da organização, que irão expor suas
reclamações, constatações e sugestões a respeito do assunto em pauta. Todas estas
informações coletadas entre os entrevistados servirão como base para o posterior debate em
seminário.
No momento em que se tem uma boa quantidade de dados coletados, chega-se à fase de
processamento das informações e resultados. A divulgação de resultados, conforme Thiollent,
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a Fase Principal tem o objetivo de proporcionar um “autoconhecimento” em torno das
questões organizacionais que estão sendo tratadas. Estes relatórios são geralmente compostos
por gráficos, tabelas e descrições dos eventos e são armazenados para consulta ao longo e
após a pesquisa.
A Fase de Ação, como o próprio nome já indica, engloba medidas práticasbaseadas nas etapas anteriores: difusão de resultados, definição de objetivosalcançáveis por meio de ações concretas, apresentação de propostas a seremnegociadas entre as partes interessadas e implementação de ações-piloto queposteriormente, após avaliação, poderão ser assumidas pelos atores sem a atuaçãodos pesquisadores (THIOLLENT, 1997, p. 78).
Na etapa final do processo de pesquisa-ação estão presentes dois objetivos principais,
conforme Thiollent: verificar os resultados das ações no contexto organizacional da pesquisa e
suas conseqüências a curto e médio prazo e extrair ensinamentos que serão úteis para
continuar a experiência e aplicá-la em estudos futuros.
Thiollent (1997) propõe alguns aspectos gerais que devem ser alvo de avaliação: Pontos
estratégicos; Capacidade de mobilização; Capacidade de propostas; Continuidade do projeto;
Qualidade do trabalho em equipe.
Percebemos que à medida que o projeto avançou em suas etapas, o rumo da intervenção
seguiu seu curso natural, onde os principais atores de todo o processo, ou seja, os alunos
manifestaram o seu desejo de prosseguir com a intervenção, assegurando assim uma efetivaparticipação, desejada pela intervenção, havendo assim a mobilização, a partir do estímulo
dado, nesta fase, há uma troca de papeis, pois, entre os pesquisados nasce o desejo de também
pesquisar, desejam informação e conhecimento, a respeito do foco da intervenção, o
pesquisador recua, permite que os pesquisados estejam no primeiro plano, já que se sentem
estimulados, é onde a intervenção estará livre de qualquer resistência, todos lutam para
aprender, num esforço coletivo por melhorias.
1.5 ESTRUTURA DA MONOGRAFIA
Esta monografia possui cinco partes, sendo os demais descriminados a seguir:
A Parte 2 Mostra a caracterização do Colégio Otávio Mangabeira, sua fachada e
estruturas físicas e organizacionais, assim como os recursos de que a unidade dispõe, o perfil
dos estudantes e da comunidade local, além dos valores, missão, PPP e o colegiado da escola.
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A Parte 3 fundamentação teórica demonstra que a proposta de criação do grêmio
estudantil tem amparo legal e referências de acadêmicos que acreditam no potencial das
associações estudantis.
A Parte 4 o relatório da intervenção que consiste em mostrar cada ação realizada para a
criação e implementação do grêmio do colégio e do apoio encontrado por todos da
comunidade escolar e local que desejam a operacionalização de mudanças nos
comportamentos dos jovens na escola.
A Parte 5 consideração final aponta os resultados da intervenção e a intenção de
continuidade das ações realizadas, a pesquisa-ação e sua atuação diante do quadro de
desconhecimento de valor apresentado pelos estudantes, num futuro que se pretende
promissor.
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2 CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA
O Colégio Estadual Governador Otávio Mangabeira, está situado à Vila São Joaquim,
S/N, Saboeiro, nesta cidade, CEP: 41180170. Esta Unidade foi autorizada a funcionar
Secretaria da Educação do estado da Bahia, através da publicação no Diário Oficial do
Estado, portaria 5280, inep nº 29190967, e está jurisdirecionada à Diretoria Regional de
educação , Direc 1/A.
Fundado em 1988, com este nome em homenagem a Otávio Cavalcanti Mangabeira,
engenheiro civil, jornalista, professor, político, diplomata, orador e ensaísta, o colégio oferece
atualmente, oferece serviços educacionais para alunos do ensino fundamental,
A nossa escola possui uma extensa área externa, conforme foto abaixo:
Figura 1 – Fachada da unidade escolar
Quadro 1 – Dados cadastrais da unidade escolar
O quadro 1 fornece as informações referentes à Unidade Escolar:
Unidade escolar Colégio Estadual Governador Otávio MangabeiraEndereço Vila São Joaquim, s/n, Saboeiro.Telefones (71) 3387-3477/ 3387-4814E-mail Col_otavio@hotmail.comHome-page ou Blog Analugestora.blogspot.comCadastro no MEC/Inep 29190967Autorização de funcionamento D.O.13/03/1987, portaria 5280
ClassificaçãoIdeb
Ano 2005 2007 2009
Unidade escolar 3.3 3.5 2.8
Município 2.9 2.2 3.2
Modalidades de ensino Fundamental I e II e EJAQuantitativo de alunos 1.504
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2.1 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA ESCOLA
O Colégio Estadual Governador Otávio Mangabeira considera o aluno como o foco do
processo ensino-aprendizagem. Tal processo, implicam profundas transformações na maneira
de perceber a origem, natureza e limites do conhecimento.
Com as políticas educacionais implementadas nos últimos anos, várias foram às mudanças
ocorridas na estrutura organizacional e institucional da escola. Essas mudanças têm exigido a
criação de um ambiente mais apropriado que acompanhe e aplique os recursos públicos que a
nossa escola recebe de forma a proporcionar um espaço mais acolhedor e que contemple área
de lazer e atividades diversas de cunho social, visando à escola de tempo integral.
Quanto à sua organização administrativa e técnica a escola mantém a seguinte estrutura
administrativa:
2.2 ESTRUTURA FÍSICA DA ESCOLA
A nossa Unidade escolar, está localizada em um prédio composto de primeiro andar e
térreo, possuindo dezoito salas de aula, amplas, dezessete em funcionamento, um laboratório
de informática, uma sala de vídeo, uma sala de professores, direção, vice-direção, cozinha,
biblioteca, quadra de esportes sem cobertura, estacionamento, uma pequena horta.
Rumasé de QuadroDultra
Coordenador(a)pedagógico(inexistente)
46 X Professores
Secretário (a)
Maria Carolina
Supervisor de limpeza
Antonio
Vice-diretor(a)An LuciaRibeiro da Silva
Figura 2 – Organograma da unidade escolar
ão
possui
46
no
total
rolina
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As salas de aula são amplas, porém durante o verão o sol bate forte nas salas garantindo
a necessidade de ventiladores potentes para abrandar o calor. Possuímos apenas uma sala de
vídeo, onde encontramos um data-show, uma TV pen-drive, um aparelho de DVD.
O colégio um laboratório de informática em ótimo estado, com computadores novos e
internet sem fio, contendo em média de quinze, em pleno funcionamento.
Recentemente foi construído um pequeno refeitório para atender a demanda do
Programa Mais Educação que fornece almoço aos alunos, que permanecem na escola em
tempo integral, além do refeitório, foi criado outro espaço, onde acontecem as aulas de dança
e outros eventos do projeto. No quadro três, fazemos referência aos recursos existentes no
colégio para dar suporte às aulas ministradas pelos professores e também ao corpo
administrativo em suas demandas.
Quadro 2 – Recursos da unidade escolar
Tipo do recurso Descrição Quantidade
Equipamentos
Data show 01TV pen-drive 23Computadores em funcionamento 24micro system 3Xerox 1
Impressoras 04
Material didático
Kit-desenho geométricoLivros de literatura Em processo de
contagemQuadros brancos- 20
Mobiliário
Carteiras p/ aluno 1600Mesa p/ professor 22Armários de aço 21
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2.3 PERFIL DOS ESTUDANTES
As famílias que residem no entorno do Colégio, são de classe baixa, com um padrão de
moradia que inviabiliza a dedicação aos estudos por parte de nossos alunos, por não
apresentarem uma boa estrutura, na sua maioria, embora que existam famílias, com boa
estrutura e esses alunos, apresentam melhor rendimento, são os alunos que estudam no turno
matutino e estão dentro da faixa etária regular, para a série em que estudam, já os alunos do
vespertino, estão fora da faixa etária e não apresentam bons resultados.
O bairro não apresenta opções de lazer, portanto, muitas vezes, é a escola que representa
esse espaço de convivência de que eles necessitam para a atividade prazerosa, o que motiva a
ausência de sala de aula, também o futebol, por vezes, atrai mais do que a sala de aula, a
estrutura familiar, vive ameaçada pela falta de tempo, que normalmente se apresenta no
discurso dos pais, o que causa uma relação distanciada entre pais e filhos.
São alunos que, em sua maioria, infelizmente, não possuem uma meta traçada para o
futuro, na sua maioria, e quando questionados sobre o assunto, não apresentam argumentos.
A disciplina é o elemento que desfavorece o procedimento em sala de aula, eles
afirmam que não gostariam de estar ali, no espaço de sala de aula, exatamente por não
possuírem metas traçadas, assim concluímos.Não existe uma religião predominante na comunidade, onde esta se apresenta bastante
diversificada.
Nossos alunos, em grande parte, apresentam dificuldades nas disciplinas de Língua
Portuguesa e matemática, porém também temos alunos que se destacam por apresentar vasto
conhecimento e desejo de aprendizagem, possuem muita criatividade, a julgar pelas
apresentações na gincana do colégio, onde se destacam.
A partir do ano de 2010 o colégio firmou uma parceria com o Centro de EducaçãoEspecial da Bahia (CEEBA) e desde então um profissional desta unidade, comparece todas as
quartas-feiras ao colégio para prestar assistência em psicopedagoga auxiliando aos alunos que
apresentam dificuldades, alunos e familiares comparecem e recebem orientação.
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2.4 PERFIL DA COMUNIDADE DE ENTORNO
O bairro apresenta um padrão aquisitivo referente ao de classe média/baixa, com um
pequeno comércio local, sem apresentar grandes estruturas, não possui um supermercado de
grande porte, não possui farmácia ou Bancos.
O sistema de transporte é insuficiente para atender a população, possui saneamento
básico, a segurança é precária, sem nenhum módulo policial, possuindo um posto de saúde,
que não possui emergência. Possui uma quadra esportiva que é bastante utilizada durante e
nos fins de semana.
Em finais de semana, os diversos bares do bairro ficam lotados, as pessoas dançam
dentro e ao redor dos mesmos, no ritmo do samba partido alto, o que chega até a interromper
o tráfego no local. Sendo a maneira que a população local encontra para se distrair,
infelizmente, observamos que nesses locais, a juventude se faz presente consumindo bebidas
alcoólicas, sem qualquer constrangimento, a constatação é de que faltam opções para o
entretenimento das pessoas em geral.
2.5 CONSELHO ESCOLAR
O Colégio Estadual Governador Otávio Mangabeira realiza suas ações colegiadas
através do colegiado escolar, e do Conselho de classe, que detém algumas prerrogativas de
representação, a saber:
Conselho de classe: Subsidiar o processo avaliatório, com vistas a minimizar a
repetência, evasão e exclusão do aluno do processo educativo.
Colegiado escolar; De acordo com o Art. 1º, da Lei nº 11.043 de 09 de maio de 2008, o
Colegiado Escolar é um órgão que garante a gestão democrática do ensino público, através da
participação da comunidade escolar e local, na concepção, execução, controle,
acompanhamento e avaliação dos processos administrativos e pedagógicos da ação educativa,
no âmbito de cada unidade de educação básica do Sistema Estadual de Ensino.
Constituído por representantes de cada um dos segmentos da comunidade escolar e
local, o colegiado da nossa U.E., não consegue realizar encontros periódicos, visando à
dinâmica das discussões pertinentes às situações – problemas que fazem parte da rotina escolar.
As eleições são realizadas a cada dois anos, conforme o estabelecido pela citada Lei.
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Devido à baixa freqüência com que ocorrem as reuniões, a percepção da comunidade
em relação ao desempenho do colegiado se torna um tanto quanto difusa.
2.6 PPP
Sintetizando o PPP da escola, sabemos que ele apresenta como objetivos estratégicos a
melhoria do desempenho acadêmico dos alunos, a modernização da gestão escolar e a
promoção da qualificação de professores e demais colaboradores.
Tendo como meta prioritária da sua programação de atividades a Promoção de ações
que propiciem maior respeito, estabelecendo limites, entre todos os envolvidos no processo
ensino-aprendizagem. Que seja realizado um trabalho que promova o desenvolvimento da
autonomia moral, condição para a reflexão ética e tendo como eixo principal o respeito
mútuo.
Como ações concretas, pretendem estabelecer regras de convivência social com os
alunos de modo a gerenciar situações problema, identificando obstáculos, encontrando
alternativas e soluções para eles. Realizar projetos coletivos de lazer e cultura, resolver
conflitos na sala de aula por meio da palavra.
No processo de reconstrução do PPP da escola, é preciso entender a razão de ser destedocumento e a efetiva realização do que foi preconizado por ele, encarando todos os desafios,
com o envolvimento de cada segmento da escola, valorizando os aspectos positivos deste
alunado, já que um dos maiores anseios desta comunidade, está relacionado à disciplina deste
aluno em sala de aula.
Encontramos também ações voltadas para a elevação do desempenho dos alunos,com o
pensamento de implementar uma prática pedagógica junto ao professor, e para o
desenvolvimento das relações interpessoais positivas na U.E., com a elaboração de normas deconvivência.
No processo de re-construção do PPP, todos os segmentos da escola, acreditamos,
devem ser contemplados com ações que estabeleçam um vínculo duradouro com a escola,
garantindo um espaço/tempo de convivência efetivo para cada segmento, uma vez que não
existem ações, contempladas no PPP atual, que favoreçam o comprometimento de cada um
destes segmentos.
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A participação da comunidade externa, necessita ser ampliada, uma vez que não
percebemos a participação deste segmento em relevância, pois, as ações especificadas, não
dão continuidade às relações que precisam ser estabelecidas.
2.6.1 Missão
A missão desta unidade escolar é fornecer serviços educacionais de qualidade,
proporcionando a todos os nossos clientes a possibilidade de participação num ambiente de
intensa criatividade e respeito.
2.6.2 Visão
A unidade escolar tem como visão ... Pretendemos nos tornar uma escola de qualidade
dos serviços que prestamos, pautado no respeito, criatividade e participação de nossa equipe,
para garantir aos nossos clientes a formação indispensável ao desenvolvimento de suaspotencialidades.
2.6.3 Valores
A comunidade escolar tem como valores:
a- Respeito mútuo
b- Participação
c-
Criatividade.
2.6.4 Objetivos e metas
Os objetivos estabelecidos no PPP atual tiveram como base a Constituição Federal de
1988 e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394 de 20 de dezembro de 1996 e o
Estatuto da criança e do adolescente.
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Quadro 3 – Objetivo e metas da unidade escolar (estabelecidas no PPP atual)
Objetivo Meta(s) Prazo Responsável (is) Status
Melhorar o desempenhoacadêmico dos alunos
Aperfeiçoar a gestãoescolar
Elevar em 10% o índicede aprovação emportuguês e matemática.Implantar um projeto dereforço p/ os alunos combaixo rendimentoImplantar um sistemacontínuo de acomp. Eavaliação dos alunos daU.E.Implantar um sistemacontínuo de avaliação dosProfs. na prática pedag.
Promover em parceriacom o Colegiado Escolarpelo menos 1 encontrobimestral com a comum.Interna e externa p/ buscar parceriaDesenvolver com oColegiado Escolar umcronograma de atividadesenvolvendo os alunos e ospais.
Elaborar e implantar ummanual com atribuições p/ os setores da U.E.Fazer cumprir oregimento escolar.
12/2009 Profª Isabel
Zenilda
Emprocesso
Emprocesso
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3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O grêmio estudantil exercia, outrora, um grande poder de mobilização entre os
estudantes em nosso país, a ditadura militar conseguiu destruir essa força atuante, por sua
ação incontestavelmente poderosa, seu papel foi decisivo naquela época, e por chamar a
atenção dos militares que estavam no poder, foi perseguido e anulado em quase todas as suas
movimentações.
Considerando a importância dos estudantes no contexto educacional da atualidade,
entendemos que a sua participação deve efetivar-se de forma a fazer desabrochar o
protagonismo juvenil latente, e a partir daí é que nos propomos a questionar as razões de tais
dificuldades de atuação, é importante compreender o que move a juventude de hoje e o que
alimenta seus sonhos e desejos a ponto de fazê-los pensar e agir com consciência crítico-
reflexiva, a cerca das transformações que a sua comunidade necessita para viver melhor, livre
das discriminações e preconceitos, com assegurada paz e justiça social.
A ditadura militar tornou extintos os grêmios estudantis no país, por acharem que os
jovens que dele participavam eram subversivos e se opunham à forma ditatorial do governo
vigente, combatendo a sua autoridade, para tanto, criaram os centros cívicos, para substituí-
los:
O Centro Cívico, criado por legislação federal baixada no governo militar peloDecreto 68.065/71, era a inversão do Grêmio Estudantil, proibido pela ditadura. Narealidade, não foi criado para estimular a participação do estudante na vida daescola, mas para centralizar as atividades dos alunos em prol do civismo, dadisciplina, da consciência individual e coletiva de amor à Pátria, dentro de umafamigerada Doutrina chamada de Segurança Nacional. O Centro Cívico deveria serorientado por um professor orientador, escolhido pelo diretor da escola, e as chapasconcorrentes à eleição da Diretoria deveriam ser aprovadas também pelo diretor daEscola (BORGES, 2002, p. 51)
A partir da criação dos Centros cívicos, o Grêmio Estudantil de outrora, perde força e já
não atua como dantes, a ditadura militar conseguiu, pelo medo, destruir os sonhos e
esperanças de uma juventude intimidada pelo poder autoritário dos militares.
Borges (2002, p.262) afirma que as repressões aos pais de alunos, professores e
diretores durante a ditadura militar “[...] determinou aos alunos das décadas seguintes pouca
vontade de participação e fraco teor de questionamento”.
Assim, segundo Pistrak:
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[...] o pedagogo não deve se intrometer na vida das crianças, dirigindo-ascompletamente, esmagando-as com sua autoridade e poder. É preciso encontrar alinha de comportamento justa, evitando, sem dúvida, o esmagamento da iniciativadas crianças, a imposição de dificuldades a sua organização, mas permanecendo, de
outro lado, o companheiro mais velho que sabe ajudar imperceptivelmente, noscasos difíceis, e, ao mesmo tempo, orientar as tendências das crianças na boadireção. (Pistrak, 2000, p. 181)
Contudo, como afirma Pistrak:
É freqüente ver o diretor [...] sentar-se ao lado do secretário ou do presidente daassembléia das crianças e dirigir seu trabalho, quase escrevendo a ata da reunião,com medo de que a criança cometa um erro; ele tenta, pelo auxílio direto, fazer comque tudo saia o melhor possível! Mas, assim, as crianças não aprenderão nunca aagir com seus próprios meios, terão sempre necessidade de ser ajudadas.( PISTRAK
2000, P. 181-182).
O grêmio estudantil pode e deve constituir-se como espaço de participação política, de
exercício pleno da cidadania consciente, exercido pelos estudantes, para que num futuro
próximo possam, se necessário, defender seus direitos e dos que atuam e/ou residem na sua
comunidade e que compartilham situações comuns ou próximas da realidade de vida do grupo
como um todo, favorecendo, a justiça e a mudança social a partir da solidariedade que irão
adquirir com a sua participação no grêmio, enquanto representantes de um segmento escolarque deu origem a todos os outros da escola, que é a razão de ser da própria instituição escolar.
As informações fornecidas pela Cartilha Nacional do Grêmio Estudantil, assegura a
existência de grêmios estudantis e define-os como “entidades autônomas representativas dos
interesses dos estudantes secundaristas com finalidades educacionais, culturais, cívicas,
esportivas e sociais”, conforme a lei nº 7.398 de 4 de novembro de 1985.
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3.1 O DESAFIO DO GRÊMIO NA RELAÇÃO
EDUCADOR/EDUCANDO
Atualmente, vem sendo solicitada dos professores uma atitude, em sala de aula, que
permeia a mediação, excluindo, dessa forma, posições verticalizadoras que oprimem e
ignoram qualquer saber adquirido pela experiência do estudante, um saber que não é nulo, e
que tem muita importância para ele e para todos que convivem na mesma comunidade, os
significados que são significantes para eles, dizem respeito ao que somatizam em decorrência
da sua experiência de vida, portanto, cabe ao professor operacionalizar a mudança de
paradigma, que irá proporcionar a elevação da auto-estima e a valorização do saber dos
estudantes resultante do saber coletivo da sua comunidade.
Então Freire, 1987, p. 34 nos diz que: “[...] Na concepção bancária que estamos
criticando, para a qual a educação é o ato de depositar, de transferir, de transmitir valores e
conhecimentos não se verifica e nem pode verificar-se esta superação.”
Entender o processo de vida de cada estudante como parte integrante de um todo, torna
o professor capaz de assimilar os conhecimentos deste estudante e tomando-os para si, pois
sabemos que enquanto o professor ensina, sendo um mediador, também irá aprender a
valorizar uma cultura que pode ser diferente da sua, acontecendo então o respeito à
pluralidade e diversidade cultural que está presente no dia-a-dia do nosso país:
O educador é o que educa; os educandos, os que são educados o educador é oque sabe; os educandos, os que não sabem;o educador é o que pensa; os educandos,os pensados;o educador é o que diz a palavra; os educandos os que a escutam,docilmente;o educador é o que disciplina; os educandos, os disciplinados;Oeducador é o que opta e prescreve a sua opção; os educandos os que seguem a oeducador é o que atua; os educandos, os que têm a ilusão de que atuam na atuaçãodo educador O educador é o que escolhe os conteúdos programáticos; os educandos,
jamais ouvidos nesta escolha se acomoda a ele. O educador é o que identifica aautoridade do saber, com sua autoridade funcional, que opõe antagonicamente àliberdade dos educandos; estes devem adaptar-se àqueles;o educador, finalmente, é osujeito do processo, os educandos; meros objetos. (FREIRE, 1987, p. 34)
Compreender em toda a sua extensão as organizações de poder que nos envolve e por
vezes, não nos permite enxergar um potencial absoluto e que poderá nos conduzir a um ideal
de justiça e equiparação social, além de satisfazer os objetivos educacionais, revelam
pequenos heróis da democracia, como assim diz Augusto Boal (2009), importante
dramaturgo, reconhecido mundialmente, em entrevista realizada por Ney Piacentino e
Rodrigo Antonio, após palestra no Fórum de Arte social:
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A gente precisa de heróis quando eles são necessários. E infelizmente ás vezes são.Às vezes não. Agora acredito no heroísmo, esperar que venham heróis e só entãomexer o dedo? Tem que mexer o dedo antes. Então, aparecem os heróis. Omovimento engendra heróis. “É a prática, é o combate que faz o herói...” (BOAL,2009, P. 27)
Sim, precisamos dos nossos pequenos heróis, para que nos mostrem como estamos nos
saindo, porque esquecemos! Esquecemos o quanto já desejamos nos tornar pequenos heróis e
o quanto temos direito a isso. E por quê? Porque concordamos, juntamente Read que diz
concordando com Aristóteles, que a felicidade é o mais elevado de todos os bens atingíveis e
o objetivo final de todas as nossas atividades práticas, e acreditando nos princípios que
deveriam ser os norteadores de todo o processo educacional, a exemplo de que a sociedadedeveria ser governada pela lei natural e não pela obediência a determinada crença de algum
tipo de raça, continua dizendo, Read:
[...] Esses princípios, que constituem boa parte de nossa ideologia coletiva, estãolonge de se realizarem em nossas instituições políticas e mesmo em nosso sistemaeducacional. Nós nos opomos à revogação desses princípios com nossas vidas, masnos mostramos singularmente relutantes em insistir em sua aplicação. Morremos porverdades de acordo com as quais não ousamos viver. (READ, 2001, P. 250).
Diante do exposto e reconhecendo a enorme parcialidade que acaba por acontecer em
nossas escolas e que foge, por vezes, do nosso controle, pois sabemos que a reforma do nosso
sistema educacional vem acontecendo conforme se constata o valor de se conviver e
oportunizar a todos, independentemente de qualquer que seja as escolhas pessoais ou raça ou
cor e que a universalização das idéias, nos encaminhará para um mundo melhor, onde todos
poderão se expressar e conviver harmoniosamente, contribuindo de forma eficaz para a
melhoria de um espaço de convivência tão significante quanto é a escola.
O docente, quando educado integralmente, reaproxima-se das partes na busca da visão
do Todo de um sistema integrado e interconectado que o torna mais reflexivo, criativo, ético,
”[...] intuitivo, holístico, pleno de amor, sensível ao belo” (CARDOSO, 1999, P.63).
Com base nessa profecia de Cardoso, pensamos que a formação do professor deveria
perpassar por uma assim chamada “profecia” de amor, revelando, outro lado, desconhecido
para os alunos, de um professor sensível a ponto de se ver como um grande mediador, aquele
capaz de incentivar e agregar valores não praticados nas escolas, valores que vão além do
conhecimento conteudista, disciplinares, se pudessem ser formados para esse fim, se
passassem por educação integral, se conforme a tese de Platão que diz: a arte deve ser à base
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da educação. Uma vez que o objetivo geral da educação é propiciar o crescimento do que é
individual em cada ser humano e qual seria, portanto, o valor da arte como forma de educar?
“A arte , seja lá como a definimos, ,está presente em tudo que fazemos para satisfazer os
nossos sentidos”, Read, 2001, P. 16.
Sim, defendo esta teoria, mas não iremos tão longe, em nossos estudos, temos o intuito
de mostrar alternativas para um abismo criado pelas diferenças, num reconhecimento de que
as Primeiras manifestações humanas são de ordem estética e sensorial.
[...] A criança brinca com a areia e faz coisas com a areia, pinta com o lápis de cor, ese tem música ela dança. Tudo é sensorial no começo, daí que vem a arte. Nunca emdetrimento da palavra, do pensamento simbólico, mas não permitindo monopólio.
Porque é um meio de transporte. Com a palavra você diz qualquer coisa e ocontrário dessa coisa. Então ela tem que ser tomada com cuidado.Você tem que sersocrático : quando alguém diz alguma coisa, você pergunta “mas o que você quisdizer com isso?” O que você disse eu sei, mas o que você quer mesmo dizer? Porquecada um tem uma forma de entender a palavra. Então meu trabalho é ir até aessência das coisas. Eu quero ir à base. (READ, 2001, p.128)
A relação educador/educando necessita ser redimensionada, como temos dito, e a partir
da gestão participativa, ela pode agora, assumir características de interdependência do
segmento estudantil, uma vez que a característica principal da gestão participativa é a
socialização da resolução de problemas na escola e a ampla divisão de tarefas, numacooperação mútua, onde todos devem colaborar para o sucesso da gestão, para o sucesso do
aluno, para que eleve seus conhecimentos e seu desempenho, e que possa conhecer e tomar
posse do seu potencial único, fator determinante de suas escolhas futuras, aliado ao poder de
pensar no coletivo, de pensar na sua comunidade, nas pessoas que fazem parte da sua vida,
enfim, ser cidadão consciente que utiliza a reflexão para o despertamento da nossa
consciência coletiva de preservação, de entusiasmo pela pátria. Alunos e professores, unidos
por uma única energia de pensamento em prol do progresso e da paz. Podemos pensar na
gestão participativa para a escola como sendo o Todo, e sabemos que:
[...] o Todo sem as partes não é o Todo; e as partes sem o todo não são partes. O Todo
em partes demonstra no Todo as partes que tem aquele que em si mesmo, as partes do Todo
que é e tem. Nós, os homens, a humanidade e o mundo somos um. Nós fazemos como são e
estão; (OCIDEMNTE, 1995, p. 65-66).
Assim, compreendendo a importância de solidificar a representatividade dos alunos,
pensamos o grêmio da nossa escola, pensamos em como eles são importantes para nós, em
como os seus anseios podem ter vazão com a criação deste sonho.
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Entender a relação aluno-professor exige um aprofundamento de estudos pertinentes ao
tema e que vem despertando um interesse cada vez maior entre sociólogos e psicólogos em
todo o mundo, numa teoria que vai do pedagógico ao psicanalítico e portanto, do
autoritarismo à sedução.
Consideram-se como relações originais as relações da criança com seus pais, que para a
psicanálise constitui o par “sedutor -seduzido” onde a criança ocupa, segundo Morgado (1995,
p.27), a posição passiva sendo esta a sua primeira relação de autoridade, a relação professor-
aluno é o protótipo da relação original e a determinante de uma relação de sedução que
desvirtua a relação que deveria ser de autoridade pedagógica:
Se o professor personifica o conhecimento, não há o que se possa fazer para que osalunos dele se apropriem. Estarão eternamente aprisionados à condição dediscípulos, infantilizados nas suas possibilidades de crescimento e autonomiaintelectual. Como num passe de mágica, a autoridade pedagógica faz oconhecimento aparecer e desaparecer, sem mostrar o percurso que permite atingi-lo.(MORGADO,1995, p.32)
Uma relação que a princípio, nos parece de fácil domínio, pode ser desenvolvida de
forma a dar continuidade à relação de poder exercida pelos genitores de modo a seguir um
caminho que irá transferir a autoridade parental ao invés da autoridade pedagógica e uma ação
que deveria ser pedagógica passa a ser parental o que manterá o aluno afastado doconhecimento, afastando por outro lado, o professor da sua posição de mediador, debilitando
sua ação pedagógica e conforme diz Morgado, 1995, p. 114:
“O professor precisa estar atento ao movimento psicológico da relação, para criar as
condições em que o campo transferencial ceda lugar ao conhecimento”
Se o professor ajuda o seu aluno a superar a dependência intelectual que se estabelece
em sala de aula, o que o faz se sentir nulo enquanto aluno, é da responsabilidade do professor
romper essa barreira, já que é a autoridade nessa relação, dadas as explicações acima para ofenômeno, e entendendo que esse poder inconscientemente exercido pelos professores pode
chegar a produzir a inatividade dos alunos, mesmo sendo perante os seus colegas de
segmento, incapacitando-os, portanto, para o protagonismo juvenil necessário à formação dos
grupos estudantis que darão origem à criação dos grêmios estudantis nas escolas.
Sabemos necessário ao processo de formação dos professores o estudo e a informação
de como se estabelece e se desenvolve as relações alunos-professores, como complemento dosestudos pedagógicos da docência e pela relevância desses conhecimentos que podem
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redistribuir importância ao posicionamento correto dos professores, auxiliando-os a superar o
autoritarismo exercido como sedução que interfere, por vezes, na prática docente.
A superação precisa ser ambivalente, o professor deve limitar a transferência de
sentimentos do aluno ao mesmo tempo em que se abstenha de corresponder a eles, desse
modo, fortalecendo a participação do aluno na atividade intelectual.
A criação do grêmio pelos seus representantes, em si, representa um desafio a todas as
imposições, conscientes ou não, que são um obstáculo à condição psicológica em que o aluno
se vê obrigado a participar enquanto exerce uma posição hierarquicamente inferior, como
demonstrado acima.
3.2 A ESCOLA DEMOCRÁTICA: O PAPEL DO GRÊMIO
ESTUDANTIL
A mudança na forma de escolha dos dirigentes escolares já é um reflexo da perspectiva
de mudança, pois é aclamada a necessidade da democratização da escolha do líder
educacional, que necessariamente, não tem que ser o autor independente do planejamento e
organização de uma Unidade escolar o líder não deve estar só e tomar todas as decisões, na
gestão democrática, todos são co-autores, tanto no gerir as tarefas quanto no controle da
realização das mesmas, que será exercido por todos.
Acredito, na viabilidade desse tipo de escolha, mesmo sabendo que distorções possam
ocorrer, é um processo mobilizador e motivador que envolve grande parte da comunidade
escolar, numa ação conjunta, em prol da melhoria da qualidade na escola. Acredito também,
que um dia iremos nos divertir, com os nossos medos e despreparo diante do novo, e que as
“novidades” farão parte da rotina escolar e que seremos um grupo forte, que a escola será a
escola que sempre sonhamos.
O Grêmio é a organização que representa os interesses dos estudantes na escola, dando
a estes a oportunidade de atuar pela melhoria do ambiente e da comunidade escolar. Além do
que o direito ao grêmio é um direito humano, já que sabemos que o grêmio é uma associação
política importante para a realização de projetos dos alunos, onde exercem uma cidadania
participativa, transformadora da sociedade que vivemos.
Na escola existem inúmeros espaços de participação democrática para o exercício dacidadania participativa.
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Assim concordamos com Freitas e Cerqueira, quando dizem que:
Na esteira deste debate sobre Gestão da Escola Pública: uma análise da
prática considera que é no nível escolar que deve centrar o foco da gestãoestratégica da educação, posto que, para estas, é na escola que se concretiza o
principal objetivo da educação, que nada mais é do que reconhecer o valor e aimportância do ensino-aprendizagem, na construção de um aluno ativo eparticipante. (FREITAS E CERQUEIRA 1999, P. 188)
A gestão democrática na escola propicia a participação dos alunos e eles passam a fazer
parte da estrutura de poder na escola, podendo influenciar as decisões e ajudar na resolução
dos conflitos que possam acontecer na escola, a partir da legalização do grêmio, a atuação se
torna mais forte, voltando a se constituir, segundo Gracio e Aguiar:
[...] Como um espaço de participação política conquistado pelos alunos, dedesenvolvimento do pensamento crítico frente à realidade encontrada na educação ede exercício da cidadania, colaborando para a introdução de uma gestão maisdemocrática que envolve a participação de todos os atores da comunidade escolar. (GRACIO E AGUIAR, 2000, p.54)
Pelo exposto, a representação do estudante, deve ser estimulada por toda a
comunidade escolar, principalmente pelos gestores, pois o grêmio representa um enorme
apoio à direção da escola, que poderá viver, verdadeiramente, uma gestão colegiada.A Constituição da República federativa do Brasil, de 05 de outubro de 1988, traz
princípios, objetivos e normas que fundamentam em primeira instancia as diretrizes e bases da
educação escolar e do ensino do país, que traduz um sistema de direitos junto ao Estatuto da
criança e do adolescente (1990) e da Lei de Diretrizes e Bases da Educação LDB- (1996).
As competências e atribuições da união, Estados e Municípios quanto à educação estão
também definidas na Constituição, esse conhecimento das Leis, normas, portarias, estatuto do
servidor e demais documentos formais e pertencentes à organização pedagógica, devem ser
discutidos e estudados nas reuniões participativas, objetivando assim, um espaço para a
instrumentalização dos integrantes do colegiado escolar e de todos que não participam da
rotina administrativa da escola, pois nem todos dominam a linguagem burocrática, o que
viabiliza a participação ativa dos segmentos da escola, tornando-os interlocutores válidos e
imprescindíveis, principalmente quando estão organizados em grêmios, sociedades de bairro,
associações de pais, etc. incorporando experiências populares e locais na resolução de
problemas recorrentes, assim começa de fato a democratização na escola.
Oportunizando a todos o conhecimento, com aumento do grau de autonomia da
instituição, em todos os âmbitos, é preciso que haja o entendimento de que se faz necessário o
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envolvimento de todos na política organizacional da escola, para o subsídio do processo de
tomada de decisão coletiva, necessária, se faz também, a auto avaliação do grupo em relação
às ações desenvolvidas no interior da escola.
A cultura organizacional escolar apresenta fatores que explicam o modo de agir da
organização no coletivo e individualmente pelo comportamento das pessoas, o que torna uma
escola diferente da outra, explicamos o fato com Libâneo que:
A cultura instituída refere-se às normas legais, à estrutura organizacionaldefinida pelos órgãos oficiais, às rotinas, à grade curricular, aos horários, às normasdisciplinares, etc. A cultura instituinte é aquela que os membros da escola criam ,recriam, em suas relações e na vivência cotidiana.(LIBÂNEO, 2007, P. 320)
Pensamos então, que cada escola possui uma cultura diferenciada, que pode ser
modificada, discutida, avaliada e planejada, de modo que possa responder aos anseios da
equipe. Segundo Moreira (2002:16): é “o caráter plural das sociedades ocidentais
contemporâneas (...) condição inescapável do mundo atual, a qual se pode responder de
diferentes formas, mas não se pode ignorar”.
A gestão participativa visa promover a integração, permitindo a contribuição individual
a partir dos saberes e experiências que permitem agregar valores únicos, transformando aescola em um espaço de exercício da cidadania, fundamentado no princípio da autonomia, que
por sua vez se opõe ao autoritarismo o qual desautoriza a tomada de decisão compartilhada,
refletida por todos.
Em cada unidade escolar o diretor assume papel importante a partir das práticas em que
exercita a gestão democrática, vejamos o que diz Libâneo:
Com base nesse princípio mais geral, há que destacar o papel significativo dodiretor da escola na gestão da organização do trabalho escolar. A participação, o
diálogo, a discussão coletiva, a autonomia são práticas indispensáveis da gestãodemocrática, mas o exercício da democracia não significa ausência deresponsabilidades, uma vez tomadas às decisões coletivamente, participativamente,é preciso pô-las em prática. Para isso, a escola deve estar bem coordenada eadministrada. (LIBÂNEO, 2007, P 331)
A escola precisa estar mudando sempre, tornando-se uma agência de transformação,
fomos orientados então para uma reforma na educação que segundo Oliveira (1991, p.90) :
“São proposições que convergem para os novos modelos de gestão do ensino público,
calcados em formas mais flexíveis, participativas e descentralizadas de administração dos
recursos e das responsabilidades”.
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A organização escolar refere-se aos princípios e procedimentos relacionados à ação de
planejar o trabalho escolar, racionalizando o uso de recursos, coordenando e avaliando o
trabalho das pessoas, tendo em vista a realização dos objetivos, de acordo com estes
princípios é preciso preparar o novo diretor, para que ele possa estabelecer o diálogo, que
saiba ouvir as pessoas, respeite a sua cultura, o que favorecerá a eliminação de resistências,
aproximando progressivamente os segmentos da comunidade escolar, promovendo encontros
com outras escolas que estejam adiante no processo de democratização da gestão, preparando
professores que se sentem temerosos com a participação da comunidade externa.
A utilização de técnicas participativas para solucionar problemas e tomar decisões,
incentiva a equipe escolar, os professores, assim como os pais e alunos, a se sentirem mais
responsáveis pelos acontecimentos vistos na escola, e na melhor forma de agir, com atitudescoerentes na resolução de algum problema.
A ciência da administração tem apontado cada vez mais as vantagens e oportunidades
de uma gestão democrática e participativa: compromisso, motivação, criatividade, atitudes
colaborativas são algumas delas. A escola não tem fugido a essa tendência: utilizando um
processo administrativo fundamentado em decisões democráticas, a escola tem buscado, cada
vez mais, a melhor utilização dos recursos disponíveis em prol de resultados positivos.
3.3 CONCLUSÃO
A rotina escolar nos envolve em demasia, muitas vezes nos sentimos desestimulados e sem
apoio, penso em desistir, mas quando olhamos para trás e vemos o quanto já conquistamos, o
quanto a escola tem mudado, acreditamos que o futuro é promissor e que com o pouco que
aprendemos e a importância desse aprendizado para todo um conjunto social, refletindo sobre
a importância da prática decorrente deste processo, porque é imprescindível que se conheça a
teoria e que possamos exercitar e influenciar as pessoas envolvidas, que muitas vezes,
assumidamente, acreditam não possuírem nada a acrescentar à sua comunidade, e dentro da
especificidade da escola, toda e qualquer experiência de conteúdo positivo acrescenta é válida
e traz saber, Portella :
...Talvez a experiência de viver a escola, com todas as suas deficiências, dê a essesalunos uma visão mais realista do que ela pode oferecer e do que eles podemconseguir com a educação escolar. Todos os entrevistados afirmaram nunca ter
desejado sair da escola, e os que o fizeram não alegaram vontade própria.[...](PORTELLA, 1997,P.88)
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Quando coordenamos as oficinas do “abrindo espaço”, um projeto da UNESCO, com a
participação da comunidade local, onde todos podiam circular livremente por um espaço que
antes era apenas dos professores, alunos e funcionários e da direção da escola, percebi quanto
amor a escola desperdiçava, pois durante o tempo em que as oficinas funcionaram, a escola
foi muito bem cuidada, havia união naquele espaço, moradores que antes depredavam a
escola, limpavam, arrumavam e se divertiam sem brigas ou discussões, todos desejavam
ajudar e tornar aquele espaço um pouco seu, me sentia muito bem e amparada por aquela
comunidade, recebia o carinho das pessoas enquanto caminhava para chegar até as
dependências da escola.
Hoje, atuando no colégio Est. Governador Otávio Mangabeira, que chegamos
recentemente, percebemos o quanto as pessoas são parecidas nas suas perspectivas em relaçãoà escola, e que todos querem contribuir, só não sabem como, e que participando das atividades
dessa especialização, estamos estudando e nos preparando para atuar de forma eficiente
respaldada na gestão participativa, ajudando a nossa escola, a implantar uma gestão mais
democrática.
O processo de democratização da gestão, na maioria das escolas, acontece lentamente,
sem se dar conta, pois, cada vez mais, aceitamos as opiniões de todo o grupo escolar e da
comunidade escolar, quando beneficiam os processos e rotinas escolares, e discordamosquando alguns professores nos dizem: “a escola mudou para pior, todo mundo quer ser o
diretor, todo mundo quer dar ordens!” nós, os gestores, contra-argumentamos dizendo: que
todos devemos entender que cada um de nós, possuímos o direito de cooperar com a escola,
de opinar, e de acenar com boas idéias, e estas devem ser aproveitadas.
Acreditamos na possibilidade da inclusão se tornar um processo natural e que as pessoas
passem a valorizar cada espaço da escola como um local para atividades diversas em que
todos poderão participar harmoniosamente, essa é a nossa fé.Sonhar o futuro estabelece metas que por vezes acreditamos, serem impossíveis de
realizar mas quando o conjunto acredita que conseguirá atingir essas metas, as dificuldades
parecem ser minimizadas, pois, todos acreditam nas possibilidades.
Ainda não possuímos, em nossa escola, todos os mecanismos da gestão democrática
participando de forma atuante, mas as decisões são amplamente discutidas e compartilhadas,
o gestor questiona e pede opiniões. Enquanto vice-diretora, negócio datas e possibilito
acordos e problemas de ordem disciplinar são discutidos entre todos, acredito que com as
intervenções que serão feitas, a escola se tornará cada vez mais democrática, compartilhada,
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participativa, eficaz, oferecendo um ensino de qualidade acreditando que nossos alunos de
fato aprenderão.
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4 RELATÓRIO DA INTERVENÇÃO
A nossa intervenção em 2010 não aconteceu como desejávamos e embora tenha tentado
organizar as ações de forma a favorecer os acontecimentos em relação á implantação do
grêmio na escola não encontrava apoio entre os colegas, sendo o posicionamento de alguns
totalmente contra a formação do grêmio do colégio, felizmente, também havia um grupo que
desejava a concretização do acontecimento, embora não se pronunciasse em relação a sua
efetiva participação auxiliando no processo a ser executado.
Por vezes percebemos o pouco caso e outras vezes o desconhecimento, embora,
houvesse cartazes de estímulo à formação do grêmio por toda a parte, conforme relatado em
capítulos anteriores o colégio se encontra numa fase de mudança de paradigma a respeito do
tipo de gestão utilizada no colégio, onde a gestão participativa já se pronuncia porém ainda
não está totalmente instalada, além do que alguns ainda desconhecem seus direitos enquanto
cidadão de participar das atividades da escola.
A implantação do grêmio no colégio, faz emergir o protagonismo juvenil necessário a
formação do Grêmio no colégio, uma vez que o despertar de lideranças atrai um novo olhar,
de quem chega, com a intenção melhorar as relações interpessoais no espaço de convivência
escolar, portanto, o relato dos fatos oferecem a oportunidade de modificar, transformando as
ações e desejos dos alunos a favor da gestão escolar, contra a indisciplina em sala de aula e a
ausência que impede o florescimento de todo grupo escolar.
A INTERVENÇÃO EM 2010
Foram aplicadas, com a intenção de estimular a criação e implantação do grêmio do
Colégio Estadual Governador Otávio Mangabeira, em 2010, duas oficinas, planejadas durante
o projeto de intervenção, a primeira tinha o objetivo de discutir a importância que os
movimentos estudantis possuem para a instalação da democracia no Brasil e a outra que visa
oferecer aos participantes conhecimentos básicos sobre gestão participativa, para fortalecer as
relações entre o grêmio estudantil e a gestão da escola. A pouca freqüência dos jovens às
oficinas acreditamos ter sido motivada pela falta de comunicação existente entre os turnos da
escola, o que dificultou a troca de informações, que proporcionaria a mobilização das turmas.
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Até o momento realizamos a escolha dos líderes das turmas do matutino e vespertino e
conseguimos promover uma reunião para despertar o interesse e a participação de todos na
criação e implantação do grêmio da escola.
Alguns dos professores não desejam participar das atividades, por acreditarem que o
grêmio auxilia a manter a bagunça entre os alunos, que ficam cheios de direitos.
Também os muitos feriados desfavoreceram a agenda da intervenção, interrompendo o
andamento das ações previstas.
Realizamos mudanças em relação às datas das novas oficinas a serem promovidas e de
outras ações a exemplo da escolha da comissão para eleição do grêmio, etc. Uma vez que já
chegamos ao final do ano letivo e os alunos estão preocupados com os resultados finais das
avaliações. Acredito que o grêmio terá uma atuação maravilhosa estimulando o protagonismo juvenil e também fazendo com que o nosso aluno seja co-autor das decisões da escola,
responsável pela representatividade do corpo discente, atuante e reflexivo, cidadão.
Para aperfeiçoar o espaço da sala de aula se faz necessária, primeiramente, uma análise
que possa contar com a participação de instituições da comunidade que tenham convívio com
os jovens da escola, com o objetivo de melhor conhecermos a realidade de vida dos nossos
jovens, e só assim será possível fortalecer a participação dos estudantes em ações que lhe
dizem respeito, que sob orientação dos docentes, dará um novo significado às atividadesacadêmicas da escola.
Será importante conhecer esta realidade, trilhando o fortalecimento da liderança entre os
jovens, promovendo uma maior conscientização dos problemas na perspectivas da juventude,
com ações que efetivamente ajudem na transformação social que os conduzirão em direção à
diminuição das desigualdades e exclusões na comunidade escolar e local.
A INTERVENÇÃO EM 2011- NASCE O GRÊMIO DO COLÉGIO
Para dar continuidade à nossa intervenção, iniciada em julho e agosto de 2010,
realizamos, novamente, nas turmas do Fundamental II, a eleição de líderes, uma vez que se
trava de outro ano letivo e que havia ocorrido mudanças na organização das mesmas, alunos
que mudaram de sala, alunos que solicitaram transferência, alunos novos, etc.
Resolvemos pedir ajuda a uma das Instituições gremistas existentes na cidade então
convidamos um dos integrantes do grêmio estudantil do Colégio Estadual Dr. Eduardo
Bahiano , que é o responsável por das diretorias do grêmio da sua escola, e também filiado a
Associação baiana dos estudantes secundaristas- ABES, foi interessante notar as mudanças
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que ocorreram com este meu ex-aluno, pois o mesmo estava mudado tanto na aparência,
como nas atitudes, o mesmo se mostrava com muita eloqüência e facilidade de comunicação
com as pessoas, sendo que no ano de 2008, tempo em que era meu aluno, o mesmo
apresentava muita rebeldia e indisciplina, tendo sido convidado pelos professores a se retirar
da sala, por indisciplina em sala de aula, parecia outra pessoa, mais responsável e respeitoso,
atencioso para com todos, notei a mudança e comuniquei aos alunos o fato, desejando que
todos se modificassem da mesma forma, sem contanto, perder a individualidade.
O aluno, representando a ABES, falou em todas as turmas sobre a importância do
grêmio na escola e sobre os benefícios que os estudantes usufruem a partir do momento que
se organizam no conselho de líderes e no grêmio estudantil, comentou sobre a verba que
teriam direito, caso o grêmio fosse registrado em cartório, e falou um pouco sobre a históriado grêmio em todo o país, falou também das diversas diretorias que podem integrar a
estrutura gremista na escola.
A palestra da ABES foi bastante proveitosa e no dia seguinte era o comentário geral na
escola. Um dos alunos da turma 8ª M1, se interessou bastante por tudo que foi dito e de
imediato começou a procurar entre os colegas, aqueles que se identificavam com as áreas de
formação das diretorias que podem vir compor o grêmio estudantil.
Seguimos com as propostas iniciais e fomos a cada turma para realizar a eleição do líderde turma, e após uma semana, já possuíamos o líder e o vice-líder de cada turma do colégio
em cada um dos turnos, são eles: matutino, vespertino e noturno, com a efetiva participação
da maioria dos alunos de cada turma.
Marcamos então, a primeira reunião dos líderes do colégio com a presença de todos os
líderes do turno vespertino e com uma única presença de um líder do matutino e dois do turno
noturno, além da presença de duas líderes do turno noturno, a reunião foi realizada durante o
turno vespertino. Nesta reunião, foi eleita a Comissão pró-grêmio, composta de umapresidenta a aluna Deise do noturno, um secretário, além de outros membros.Essa comissão
tem a finalidade de esclarecer os alunos sobre as atividades do grêmio e de definir e se
responsabilizar por todo o andamento das eleições do grêmio no colégio.
A comissão eleitoral pró-grêmio se reuniu e definiu todas as datas e procedimentos à
realização desta eleição no colégio, as datas foram discutidas de forma a oferecer um prazo
satisfatório para que os alunos pudessem refletir sobre as propostas de campanha e encontrar
parceiros para apoiá-los nas chapas que desejassem formar para concorrer à votação.
A Comissão também se encarregou de divulgar as datas e estimular os alunos em todos
os turnos de funcionamento, alguns alunos nos procuravam para que pudéssemos esclarecer
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suas dúvidas em relação ao funcionamento e relevância do grêmio no colégio,
surpreendentemente os alunos pequenos do ensino fundamental I ficaram interessados e
dispostos a participar da votação e alguns desejavam formar chapas, o que foi bastante
estimulante para os alunos do fundamental II.
Importante ressaltar um pequeno detalhe, que foi esclarecido pelo representante da
ABES, e que diz respeito à idade do presidente do grêmio, que deveria ser de dezoito anos a
título de registro em cartório da associação gremista, esse fator influenciou bastante na
inscrição das chapas, pois, são poucos os alunos do diurno que possuíam a maioridade, o que
impossibilitou a inscrição de muitas chapas para concorrer á eleição do grêmio na escola.
A princípio duas equipes desejavam participar da disputa para as eleições para o grêmio,
ambas anunciavam a inscrição informalmente e já assumiam a rivalidade, pelos corredores docolégio, sem qualquer atrito maior, apenas já se consideravam na posição de vencedores uma
da outra.
Mas um acontecimento determinou a mudança na expectativa dos alunos, em relação às
inscrições das chapas: ao vir do turno matutino para o vespertino para organizar a campanha,
um dos participantes da segunda chapa a se formar, discutiu com uma aluna do vespertino,
por motivos banais, e o candidato a presidente da mesma chapa, tentando ajudar, foi mal
interpretado, e os familiares da aluna acabaram por interferir na história, que tomouproporções gigantescas, culminando com a transferência do aluno que seria presidente da
segunda chapa.
Ficaram evidentes as rivalidades entre algumas ruas do bairro de Narandiba e o bairro
do Saboeiro, e nós nos sentimos reféns da situação que foi criada, sem poder de ação para
reparar a situação, mas precisávamos continuar com o processo que já chegava a sua
culminância. Terminado o prazo para as inscrições, constatamos que apenas uma chapa
participaria das eleições do grêmio no colégio, e todos foram informados que para vencer achapa precisaria de 50% mais um dos votos válidos para vencer.
A expectativa mudou e caminhamos para a efetivação da campanha da única chapa
candidata ao grêmio, com intervenções dos seus componentes, nos três turnos do colégio
relatando as propostas de mudanças que pretendiam realizar para ajudar os alunos e o colégio
a superar os seus problemas, o momento foi de integração e motivação, com o presidente da
chapa a enunciar as etapas das suas propostas entre elas, melhorar a segurança do colégio e a
promoção de eventos culturais e científicos para os alunos.
Finalizada a campanha, chagamos ao momento do ápice da intervenção, a eleição
transcorreu com toda a paz, houve um pouco de tumulto, pois muitos queriam votar várias
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vezes, para que a chapa do “alemão” obtivesse muitos votos, além do que, faltaram alguns
membros da Comissão eleitoral e ficamos apenas com dois integrantes para organizar as filas
de votação.
Foi emocionante observar os pequeninos votando, mesmo sem saber escrever o nome
completo, entravam na fila para votar na chapa 1, acreditamos que o sentimento predominante
naquele momento era o do bom cidadão, exercendo o direito ao voto, participante ativo da
integração social. A urna foi colocada na entrada do portão de acesso à direção do colégio e
acompanhada por dois dos membros da comissão, que assinavam as cédulas e passava para o
aluno fazer a votação, antes da assinatura na lista de presença.
No dia seguinte, a comissão procedeu à contagem dos votos e encontrou 396 votos, para
a chapa 1 e um total de 12 votos nulos/brancos.O total de votos para a chapa 1 tornou a chapaa vencedora da votação para a formação do primeiro grêmio estudantil do colégio Otávio
Mangabeira em maio de 2011.
Muita alegria para os integrantes da chapa 1, vencedora da eleição, para os alunos do
colégio era um momento diferenciado, pois sentiam que a partir daí iriam conseguir ter voz e
ação no colégio, os alunos escolheram os seus representantes e estão felizes por estar
escolhendo seu próprio destino no colégio.
Terminada a votação e declarada a chapa 1, a vencedora, começamos a preparar toda adocumentação necessária para o registro do grêmio em cartório, o que tornará o grêmio uma
pequena empresa, passando a ser pessoa jurídica , livre dos encargos, conforme a lei, e pronta
para começar suas atividades enquanto representante do segmento de maior número de
membros da escola, além de ser o foco das atenções e da proteção de todos e para quem os
nossos esforços são dirigidos.
Era chegado o momento de promover a reunião do Conselho de Líderes para a escolha
do nome do grêmio, além da elaboração da Ata da Eleição, a reunião aconteceu dois diasdepois da votação e escolha da chapa, a presidente da Comissão declarou eleita a chapa 1, e o
Gestor da escola , também participou da mesma, estabelecemos a data de 7 de julho de 2011,
para acontecer a posse do grêmio na escola, com a participação de todo o grupo escolar.
Na ocasião da leitura da ata que elegeu a chapa 1 vencedora, todo o grupo escolheu o
nome do grêmio que ficou sendo FORÇA JOVEM Grêmio do Colégio Estadual Governador
Otávio Mangabeira.
Visando promover o intercâmbio de informações entre grêmios de diferentes escolas,
propiciamos o encontro entre o grêmio do Colégio Odorico Tavares com o grêmio do nosso
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colégio, onde três integrantes participaram da reunião que aconteceu dia 18/05/11, no colégio
Odorico Tavares.
Quadro 4 – Ações planejadas e realizadas na intervenção
Ação Responsável (is) Problemas encontrados na execução da ação eestratégias de intervenção
OFICINA 1“Movimentos estudantis”
Ana Ribeiro Falhas na comunicação entre os turnos defuncionamento do colégio impedindo a plena realizaçãoda tarefa.
OFICINA 2“Grêmio e gestão participativa”
Ana Ribeiro Falhas na comunicação entre os turnos defuncionamento do colégio impedindo a plena realizaçãoda tarefa.
Formação do conselho delíderes do colégio Est. Gov.Otávio Mangabeira
Professores------------
Criação da comissão pró-grêmio
Componentes doconselho de líderes
Ausência de alguns componentes do conselho de líderesà reunião
Eleição do grêmio do colégio Segmento estudantildo colégio ------------
No quadro 4, destacamos as ações mais importantes para a intervenção, resultante de um
esforço coletivo, as ações relacionadas às oficinas 1 e 2 aconteceram no ano de 2010 e forammuito desestimulantes pela pouca frequência dos alunos, sendo importante considerar que as
ações do ano de 2011, são, de fato, as responsáveis pela criação e implantação do grêmio
estudantil no colégio.
Quadro 5 – Ações não planejadas e realizadas na intervenção
Ação Responsável (is) Recurso(s)necessário(s)
Como esta ação contribuiupara alcançar o objetivo da
intervenção?Intercâmbio entre o grêmio doscolégios Otávio Mangabeira eOdorico Tavares.
Professora AnaRibeiro
Passagens docoletivo.
Troca de informações,fortalecimento de uniãoentre os grêmios dos doiscolégios.
Inscrição e participação do GrêmioFORÇA JOVEM do ColégioOtávio Mangabeira no encontro deentidades estudantis da UJS.
Ana Ribeiro Pagamento detaxa de inscriçãodos participantes
Participação do grêmio ematividades estudantis do Estadoda Bahia, aquisição deconhecimento sobre a atuação dogrêmio.
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As ações apresentadas pelo quadro cinco aconteceram de forma inesperada, não houve o
planejamento da ação, mas foram fatos importantes para o grêmio do nosso colégio, pela
pouca ou nenhuma experiência que possui em relação à maioria das questões que envolve o
grêmio estudantil no colégio. Os alunos ainda tiveram a oportunidade de conhecer o
funcionamento e organização de outra instituição de ensino público, o que estimulou o desejo
de realizar algumas mudanças e conquistas novas para o nosso colégio.
Para acompanharmos o desenvolvimento das ações após a criação do grêmio na escola,
precisaríamos estender o curso por mais algum tempo, pois, ainda ontem, nos reunimos com o
presidente do grêmio para conversarmos sobre as futuras instalações do grêmio na escola, o
gestor falou da pretensão de construir um espaço para a sala do grupo, além disso , os
professores e funcionários colaboraram para a participação deles na, responsável pela segundaação do quadro 5 jornada de estudantes, que acontecerá na Biblioteca Central do Estado
durante todo o fim de semana.
A participação neste evento irá proporcionar um conhecimento específico sobre a
atuação do grêmio escolar em toda a cidade, pois, estarão em contato com grêmios de outras
escolas, compartilhando as mesmas angústias do alunado na cidade de Salvador, tendo a
oportunidade participar de palestras, fóruns, debates, etc.
São alunos que nunca haviam visitado a Biblioteca central do Estado, desconhecendo asua localização, neste evento, terão a oportunidade de conhecer outras visões a respeito do
mundo escolar, esperamos que entendam a finalidade da participação de cada um e que
possam entender que uma associação gremista é uma instituição séria e que pretende ajudar a
todos os alunos a conhecer e a dividir esse conhecimento, pois, a partir do grêmio se tornam
multiplicadores do seu segmento.
Está prevista a participação do grêmio em todas as atividades da escola que envolvam
alunos e também nas reuniões do Colegiado e da gestão da escola, na medida em que omesmo for adquirindo a confiança do grupo escolar como um todo, espera-se que eles
consigam cumprir com sua missão de melhorar a visão do grupo pelos professores,
diminuindo enfim a indisciplina na escola, contamos com a iniciativa e com o protagonismo
juvenil para ajustarmos as defasagens do ensino-aprendizagem, elevando os índices do IDEB
que se apresentam muito abaixo do desejado, iremos avante com o nosso grêmio,
incentivando-os e estimulando-os a crescer .
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O funcionamento do grêmio estudantil em todo o país, do que pude observar, é
sistematicamente planejado pelos estudantes e funciona de forma organizada, por vezes sem
qualquer falha, acredito que ao depositarmos confiança em nossos jovens não iremos nos
decepcionar, são coerentes nas suas ações e automaticamente promovem, sempre, ações
coletivas, numa articulação tão natural que chega a assustar, naturalmente se articulam e
compartilham idéias e atitudes.
A história das associações gremistas, em nosso país, foi marcada por conquistas
diversas que nos orgulham e criam várias expectativas em relação ao futuro da classe
estudantil, infelizmente, após a repressão sofrida pela ditadura militar que tentou por fim a
todos os grêmios a partir da criação dos centros cívicos, ficou evidente o quanto o grêmio
amedrontava as lideranças do país, e por isso foi anulado na época, demonstrando toda a força
dos estudantes, que anos mais tarde pintaram seus rostos e conseguiram por fim ao sofrimento
do país com o impeachment do Presidente da República, através de ações simples de
patriotismo e protesto, conseguiram fazer parte da história que teve um final feliz para toda a
nação, toda a população incentivou os estudantes comparecendo e lutando pela liberdade da
nação, esta iniciativa ficou registrada e jamais será esquecida.
As reflexões que nasceram com a intervenção nos conduz para a adoção de outra
postura e de um novo olhar em relação aos estudantes, a partir da compreensão da realidade
social, e do direito que sabemos que cada um possui, hoje, temos o pensamento voltado para a
coletividade dos alunos na escola, tentando compreendê-los, considerando a construção da
cidadania.
Ao levantarmos as questões motivadoras desta intervenção, achávamos que os
estudantes não estavam preocupados com a resolução de problemas na escola e que suas
posições em relação a eles não teriam tanta relevância para o resultado final da intervenção,
entendo que fomos talvez contaminados pelas ações emergentes desses alunos chamados
“indisciplinados”. Ao conhecer um pouco das dif iculdades da rotina de alguns lares dos
alunos, percebi o quanto são fortes não se deixando abater diante das situações que vivem de
descaso e abandono dos familiares responsáveis pelos adolescentes.
O nosso objetivo geral foi a criação, constituição e fortalecimento do grêmio estudantil do
colégio estadual Governador Otávio Mangabeira, com vistas à concretização da gestãodemocrática como condição para a reflexão ética, os objetivos específicos foram trabalhados
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no durante todo o processo da intervenção e deram uma base para percorrermos os caminhos
em busca de resultados para o problema citado na intervenção. Foram eles: Contribuir para a
formação do aluno crítico e criativo, exercitando práticas de participação. Preparar os alunos
para assumirem posturas críticas e participativas nas tomadas de decisões. ; Valorização de
cada indivíduo em sua singularidade e diversidade.
Conforme já destacamos em capítulos anteriores, a implantação do grêmio estará exercitando
a gestão democrática na escola diariamente, numa contribuição constante para dar fim aos
movimentos que excluem e discriminam os alunos na comunidade escolar, podemos sim ter
uma convivência proveitosa para todos em relação aos nossos alunos, só necessitam que
alimentemos a confiança, a atitude, o entusiasmo mantendo o respeito sempre.
O fato de estarmos conduzindo o processo da intervenção nos aponta que os caminhosdos nossos alunos devem cruzar com várias outras instituições e eventos ou atividades que
permitam o crescimento do cidadão que cuida e zela por sua cidade e por isso devemos cuidar
para que nada seja destruído e que todos estão cumprindo a sua missão de cuidar da cidade.
O envolvimento que ocorreu durante todo o processo de intervenção nos permitiu
conhecer o pensamento e as atitudes dos estudantes, que anseia mudanças, e que cria ótimas
expectativas em relação ao espaço de convivência escolar, participar da intervenção foi,
portanto, uma experiência muito importante para a minha vida e irá orientar meu destinoprofissional daqui para frente.
Sabemos que não podemos esgotar as possibilidades e que os problemas irão surgir ao
longo de todo o processo para implementação do grêmio na escola, são dificuldades quanto ao
local de atuação para a sede do grêmio e outras tantas questões que ainda não possuímos
respostas, mas instiga- nos a oportunidade de contribuir para o aperfeiçoamento da
participação democrática na escola.
Portanto, necessitamos divulgar as ações do grêmio na escola interagindo de formaequilibrada evitando fazer prevalecer as nossas próprias opiniões, desconsiderando o ideal dos
estudantes, eliminando a falta de compreensão, integrando-os com muito amor ao grupo que
também executa as ações na escola.
Desejamos sempre estar na posição do educador que enquanto ensina também aprende,
e que abraça suas causas, trabalhamos em educação e com toda a certeza que essa relação é de
amor profundo e às vezes até paixão, mas ignoramos esse amor quando, desesperados,
constatamos que não estamos executando direito a nossa tarefa, pois nossos alunos estão em
parte sendo reprovados e então nos perguntamos de quem será a culpa?
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Algumas questões norteadoras da intervenção e outras apresentadas no desenrolar nosso
curso, nos acalmam e estimulam a nossa compreensão, pois sabemos que não é um problema
que irá se resolver de uma hora para outra, e que quando pensamos nas situações de escolas
que pertencem a cidades pequenas do interior baiano que encontram soluções próprias para os
seus problemas e conseguem resolvê-los, tornando a sua pequena escola um destaque nacional
pelos elevados índices de aprovação dos seus alunos, então, pensamos, de que forma posso
contribuir para minimizar o problema?
A nossa pequena contribuição, além de ações práticas é a esperança que alimentamos
todos os dias em nosso coração de revertermos esse quadro, mostrando para o mundo o
potencial do nosso aluno e o quanto eles tem valor.
A relação entre os alunos que compõem a chapa do grêmio e os gestores precisa serfortalecida todos os dias, a gestão poderá dar atribuições pertinentes ao trabalho da rotina
escolar.
A construção de um grêmio democrático dependerá da união do grupo, que elegerá suas
prioridades, onde as decisões serão realizadas conjuntamente, entendendo que a sua escola
estará servindo a sua comunidade, consciente de que existe uma relação direta entre o bem
estar de uma e da outra. Pensar no bem comum deverá ser um exercício diário para o grêmio.
Encarar os problemas como um desafio a vencer, identificando-os nas suas origens ecausas, podendo o grêmio atuar em qualquer área de ação da escola, a exemplo da
organização da merenda, na elaboração do cardápio, nas avaliações, no currículo escolar, etc.
tendo clareza do papel que a escola representa para a sua comunidade e para toda a sociedade.
As idéias que colocamos são caminhos a serem percorridos e que nos instigam a
continuar para que possamos através da nossa prática pedagógica interagir com harmonia e
equilíbrio, abraçando o compromisso de não apenas informarmos, mas de também
promovermos o desenvolvimentos dos nossos jovens, estimulando-os a pensar em ações comvalor ético, e com reflexos para toda a comunidade escolar e local, onde os relacionamentos
aconteçam numa relação direta de amor, tolerância, paciência, solicitude, amizade, alegria,
bom senso, razão, criatividade, e felicidade.
Os resultados confirmam a idéia de que os jovens são capazes de agir com distinção, e
se estimulados, participam cooperativamente de qualquer ação na escola que propicie a
melhoria da qualidade na educação, rompendo com paradigmas que destroem a valorização
do estudante deste século, devemos, portanto, continuar tentando ajudá-los, pois, representam
o nosso futuro, há um imenso valor estar do lado deles, pelo muito que aprendemos na
intervenção, agradecemos aos nossos queridos alunos.
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1 Baseada na NBR-6023/2002, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)
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ANEXO 1
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