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AMAZÔNIA, AGRONEGÓCIO E PODER: A EXPANSÃO DA FRONTEIRA AGRÍCOLA NO MUNICÍPIO DE VILHENA/RO
AMAZONAS, DE AGRONEGOCIOS Y PODER: LA EXPANSIÓN DE LA
FRONTERA AGRÍCOLA EN LA CIUDAD DE VILHENA / RO
AMAZON, AGRIBUSINESS AND POWER: THE EXPANSION OF THE AGRICULTURAL FRONTIER IN THE CITY OF VILHENA / RO
LUS, D.A1; BORGES, L.R.M.2; SILVA, R.G.C3
1 - Universidade Federal de Rondônia - UNIR - Laboratório de Geografia e Planejamento Ambiental – LABOGEOPA: Endereço: BR-364 Km 9,5 sentido Rio
Branco. Porto Velho – RO CEP 78900-000 Telefone: (69) 2182-2123.
RESUMO: Esse artigo analisa a recente expansão do agronegócio na Amazônia meridional e como está atividade tem se efetivado na expansão da fronteira agrícola do município de Vilhena, sul do Estado de Rondônia. Em função das novas características imposta pela demanda externa e as relações econômicas de ordem global se efetivarem com a apropriação do território. Dessa maneira, o território se reestrutura para suprir a demanda da produção econômica, apresentando novas funcionalidades regionais. Com isso o espaço geográfico do município de Vilhena tem seu espaço de produção, com a inserção de capitais, maquinário agrícola, as construções, os arranjos territoriais, devido à expansão do agronegócio e se destacando como o principal produtor de grãos de soja do Estado. Como partido teórico-metodológico, conduzimos nossa reflexão com base na teoria geográfica da sociedade elaborada por Milton Santos, abordando a expansão do meio técnico-cientifico-informacional. Para os procedimentos técnicos, seguimos com análise estatístico-cartográfica utilizando o software de cartografia temática PHILCARTO. PALAVRAS-CHAVE: Amazônia, Agronegócio, Poder, Território e Globalização.
1 Discente de Geografia Bolsista PIBIC/UNIR - diegodelus@hotmail.com 2 Discente de Geografia - lucianarmborges@gmail.com 3 Docente do Departamento de Geografia - rgilson@unir.br
RESUMEN: Este artículo examina la reciente expansión de la agroindustria en la Amazonia y el sur ya que la actividad ha sido eficaz en la expansión de la frontera agrícola en el municipio de Vilhena, Estado de Rondonia del Sur. A la luz de las nuevas funciones exigidas por la demanda y las relaciones económicas exteriores de la orden mundial se hace efectiva con la propiedad del territorio. Por lo tanto, el distrito de reestructuración para responder a las exigencias de la producción económica, con nuevas características regionales. Por lo tanto, la zona geográfica de la municipalidad de Vilhena tiene su área de producción, con la inclusión de capital, maquinaria agrícola, los edificios, los arreglos territoriales, debido a la expansión de la agroindustria y como el mayor productor de soja en el estado. A partir del teórico y metodológico, nuestra unidad de pensamiento basado en la teoría de la sociedad geográfica desarrollado por Milton Santos, refiriéndose a la expansión de los medios científico-técnica, la información. De procedimientos técnicos, el análisis estadístico con el seguimiento de la cartografía temática utilizando el software de cartografía PHILCARTO. PALABRAS CLAVE: Amazonía, agronegocios, poder, territorio y la globalización.
ABSTRACT: This article examines the recent expansion of agribusiness in the Amazon and southern as activity has been effective in expanding the agricultural frontier in the municipality of Vilhena, Rondonia State of South. In light of the new features required by the demand and external economic relations of the global order becomes effective with the ownership of the territory. Thus, the district is restructuring to meet the demands of economic production, featuring new features regional. Therefore the geographical area of the municipality of Vilhena has its area of production, with the inclusion of capital, agricultural machinery, buildings, the territorial arrangements, due to the expansion of agribusiness and out as the largest producer of soya beans in the state. As from theoretical and methodological, drive our thinking based on the geographical theory of society developed by Milton Santos, addressing the expansion of technical-scientific-media information. For technical procedures, statistical analysis with follow-mapping using the thematic mapping software PHILCARTO. KEY WORDS: Amazonia, Agribusiness, Power, Territory and Globalization Introdução
Este artigo tem como eixo principal de análise compreender a expansão do
agronegócio na Amazônia meridional e como está atividade tem se efetivado na
expansão da fronteira agrícola do município de Vilhena, sul do Estado de Rondônia. Em
função das novas características impostas pelo mercado externo, as relações
econômicas de ordem global se efetivam com a apropriação do território.
Desse modo, o território se reestrutura para suprir a demanda de produção
econômica, apresentando novas funcionalidades regionais. Os resultados dessas
transformações estão relacionadas com o processo atual de globalização da economia,
tendo suas implicações nas transformações territoriais e na atuação social e econômica
desse município. As novas relações cidade e campo que surgem, em função do cultivo
de grãos de soja, sendo esta commodity solicitada para abastecer a demanda do
mercado externo, formam novos arranjos territoriais em Vilhena. Tais atividades
exigem, uma adequação da cidade para se estruturar com os equipamentos adequados
para abastecer o campo.
No período atual, portanto se estabelece a reciprocidade dos lugares,
constituindo a expansão da fronteira agrícola com uma mobilidade exercida para poder
abastecer as demandas globais. Nessas dinâmicas a escala de ação dos agentes
públicos, econômicos e sociais engendram as condições para uma reestruturação
territorial, sobretudo, quando se considera que, na atualidade, essas atividades são
cada vez mais interdependentes e portadoras de razão e escala globalizada. A
metodologia utilizada, parte da compreensão e identificação dos elementos potenciais
que engendram a transformação territorial, entendido como eixos norteadores da
pesquisa. Para os procedimentos técnicos, seguimos com análise estatístico-
cartográfica utilizando o software de cartografia temática PHILCARTO.
Amazônia e o Poder territorial
A compreensão neste inicio de século XXI, de como o processo de expansão e
transformação do espaço geográfico se efetiva de forma estratégica pelos agentes
(públicos e privados), revelando como a expansão do agronegócio na Amazônia está
relacionada à demanda por uma produção destinada ao mercado externo. A nova
agenda de discussão na Amazônia, na medida em que tais mudanças só podem ser
operacionalizadas se houver uma gestão da malha territorial, ou seja, controle,
estratégia e projetos (Becker, 2003; Machado, 1992). Essas relações na Amazônia têm
na sua composição a transformação do espaço geográfico pelos agentes econômicos
de forma estratégica, cuja intensidade dos acontecimentos revela as intencionalidades
expandindo a produção para um contexto local (RAFFESTIN, 1993; SANTOS, 1996a ).
Com isso a organização do território, logo recebe novos conteúdos e significações,
sendo pressionados principalmente pelas atividades de ordem global.
Nesta perspectiva os espaços produtivos da economia globalizada estão sendo
incorporados devido aos fluxos de movimentação das mercadorias voltadas para o
mercado externo, implicando no avanço de capitais também em locais periféricos,
contribuindo com a expansão geográfica e a reprodução do capital (HARVEY, 2006).
Diante de um processo de intensa modificação principalmente pelas atividades
relacionadas ao agronegócio ou “agribusiness” está inicialmente procurando
demonstrar o encadeamento das atividades relacionadas com o processamento e a
distribuição de insumos agrícola, de acordo com sua produção realizada nas
propriedades rurais, o seu armazenamento, o processamento e a distribuição do
produto final, são procedimentos ligados com as atividades do
agronegócio.(ZYLBERSZTAJN, 2000 apud, SILVEIRA, 2005).
A expansão do agronegócio, no caso de Vilhena destacando-se na produção
grãos, principalmente de soja, torna o território extremamente voltado para uma
expansão de suas fronteiras agrícolas. Pois a demanda pelos produtos, aumenta a
forma de como o local de produção é preparado, ou seja, os locais não precisam ter
áreas muito grandes para se tornarem altamente produtivas, devido ao processo de
inovação tecnológica do campo e o beneficiamento por preços favoráveis.
Assim, a modernização dos meios de produção tem por característica a inserção
do desenvolvimento do agronegócio (soja, milho, o gado de corte) fazendo com que as
fronteiras antes estabelecidas mudem seu modo de delimitação territorial.
A dinâmica imposta pelas atividades agrícolas não se estabelece mais de
maneira ordenada, mais de modo a se adequar aos investimentos, é por isso que no
Estado de Rondônia se tem um número alto dessa ordem e desordem causada pelo
mercado global.
A compreensão por ordem (escala mundial) se estabelece numa região trazendo
subsídios e infra-estrutura, tornando o território voltado para produzir um determinado
produto para abastecer a economia global e também causando a desordem (escala
local) quando se insere no palco das manifestações da sociedade e nas desigualdades
existente na relação de poder (DIAS, 2007). Desse modo, o desenvolvimento da
estratégia se efetiva quando se torna necessários uma ordem e um controle do espaço,
que se dará através da delimitação do território se formando a partir da apreensão do
espaço, relação de poder neste espaço (RAFFESTIN, 1993).
Neste processo a atividade relacionada à logística destinada a obter os melhores
eixos de deslocamentos, com o objetivo de diminuir os custos dos produtos tornando-os
mais competitivos, ter estoques para se efetuar transações no período em que houver
escassez, assim o produto tem uma cotação com um maior preço e com isso as
empresas terão os lucros satisfatórios, maior agilidade nas entregas, ter também o
controle das transmissões dos dados, tornando os processos mais instantâneos e de
confiança.(RODRIGUES, 2002). A expansão dessas áreas se efetiva por serem locais
estratégicos, para a produção, o armazenamento e o escoamento e desse modo vão
ampliando sua expansão territorial, dominando o território com as técnicas, alterando
sua dinâmica, formando transformações em todo o conjunto de relações. Isso pode ser
verificado no (cartograma 1) onde se tem o estabelecimento de áreas destinadas à
produção de grãos no estado de Rondônia, e com um destaque para o maior produtor
de grãos de soja do estado o município de Vilhena. Mas esses fatos não são
fenômenos estáticos, mas tem no desenvolver do processo histórico sua movimentação
diante das necessidades de apropriação do espaço geográfico.
Essa dinâmica impõe no estado uma geografia agrícola recente, onde os
espaços são apropriados, formando um fator sócio - espacial diferenciado pelas novas
vertentes de produção destinadas a abastecer o mercado externo.
Cartograma 1 – Soja (produção-Ton) 2005 - RO
Fonte: Censo Agropecuário do IBGE Realizado com Philcarto - http://perso.club-internet.fr/philgeo
Os significativos avanços desses cultivos estão também relacionados com a
evolução das técnicas utilizadas para se obter melhores resultados para poderem
alcançar as demandas solicitadas para abastecer o mercado exterior, sendo dessa
forma as pesquisas cientificas e a tecnologia a base desse aumento significativo da
agricultura. Desse modo, permitindo a produtividade em alta escala, com excelente
qualidade. Esses fatos podem ser verificados com o aumento de tratores usados em
propriedades rurais em Rondônia. (Cartograma 2).
Isto demonstra a modernização na agricultura em Rondônia, tendo seu
desenvolvimento principalmente com base no agronegócio dos produtos destinados a
exportação. Com isso se tem caracterizado a configuração territorial devido às ações
em escala mundial, as formas fixas tem nos lugares seu campo de objetos destinados a
incorporar as necessidades de uma produção em constante alteração.
Cartograma 2 – Estabelecimentos rurais e quantidade de tratores - 2006
Fonte: Censo Agropecuário do IBGE Realizado com Philcarto - http://perso.club-internet.fr/philgeo
A espacialização dos tratores é uma característica presente em todo o território,
pois este maquinário é o principal equipamento, seja para o preparo do solo, para o
plantio ou para os pastos para pecuária. Com o desenvolvimento da expansão em
quase todos os municípios, sendo notável principalmente ao longo do eixo da BR-364,
onde se concentram grandes propriedades rurais.
Para Arroyo, este fato se configura da seguinte forma. “As frações do território
vinculado ao mercado externo estão em permanente transformação por via da ação de
empresas e instituições que operam, ou se projetam na escala mundial”. (2003 p. 439).
Esses fatos vão configurar as mudanças de estratégias, é por isso que existe o
deslocamento das atividades, pois o estado tem o poder de atrair as empresas que vão
instalar as modificações no território utilizando os espaços necessários para o
desenvolvimento das Geoestratégia para o melhor desempenho das empresas.
Desse modo, compreende-se uma estratégia onde os fatores responsáveis pelo
seu padrão de evolução estão alicerçados em fatores como as tendências globais, que
ocorrem alterando as relações não só de uma parcela da população, mas de toda uma
sociedade que muitas vezes não está habituada com o nível de exigência imposto por
tais demandas, tendo que se adequar ao novo padrão de desenvolvimento econômico.
A informação contida no cartograma (3), expressa a dinâmica da movimentação
no espaço no ano de 2007.A concentração e expansão para as áreas urbanas estão
ocorrendo, principalmente pela relação do desenvolvimento, que cada área abrange e
suas diversidades econômicas. Assim os níveis de urbanização estão também alicerçados pelas diferentes
etapas de evolução que uma determinada área representa, tanto em relação ao nível
de ciência e tecnologia imposta numa região, como também a difusão das ações
estabelecida seja pelos agentes públicos e particulares (ARROYO, 2003). Pois a
relação existente dentro de uma região onde no passado a maior parte de sua
população executavam trabalhos vinculados à agricultura para abastecer as demandas
internas, com isso o fluxo de pessoas para os locais mais interiores ou os chamados
locais periféricos foi se realizando.
Diante das transformações que envolvem o espaço geográfico e sua
caracterização socioeconômica do processo global, os locais são destinados na sua
quase totalidade para as práticas produtivas. Desse modo os novos objetivos e suas
atividades ganham valores redefinidos, tanto em termos da interconexões entre as
ações e transformações ocorridas no espaço e as novas interpretações de cada etapa
de desenvolvimento. Então as reordenações da dinâmica sócio-espacial das atividades
estão ligadas com a categoria de espaço global e local, onde cada instancia do
processo estabelece uma forma de dialética, que configuram novas geoestratégias
(VIEIRA & VIEIRA, 2003).
Com o deslocamento no território, impondo uma movimentação entre os
municípios alterando os dados e os recursos destinados para cada região, sejam em
termos de recursos públicos como os que são estabelecidos pela ação pública, que
destinam de acordo com o número de habitantes e as suas necessidades de suporte. Cartograma 3: Rondônia: População urbana (%) 2007.
Fonte: Censo Agropecuário do IBGE Realizado com Philcarto - http://perso.club-internet.fr/philgeo
Em Rondônia, a concentração que existia principalmente na capital (Porto Velho)
onde os maiores números de empregos, mão de obra qualificada etc, eram oferecidos
tende na atualidade a se expandir para as regiões de pequenos e médios portes, pois a
globalização da economia torna os locais independentes de seus pólos. (BECKER,
2003).
O território e os avanços dos espaços da globalização
A produção do território se estabelece em função da intensidade dos
investimentos, sendo esses alocados no lugar onde se percebe a tendência de
desenvolvimento da produção econômica. Diante disso, as novas modalidades de
apropriação do território são impostas com maior vigor neste início de século, tendo
como foco principal o processo de globalização e os meios de produção. Assim, a
durabilidade dos produtos, a quantidade e a qualidade têm que ser adequados aos
padrões de exigência para atender às solicitações do mercado externo.
Para o atendimento de tais demandas novos territórios são estruturados e isso é
entendido como uma dimensão fundamental da globalização. Pois, a apropriação do
espaço geográfico se efetivou principalmente pelo modo de expansão do capital
incorporando assim os espaços (SENE, 2003). Então dessa maneira os
empreendimentos estabelecem sua escala de produção no espaço de forma estratégica
para uma maior efetivação da produção, buscando maiores vantagens econômicos e se
alocando em municípios que ofereçam suporte para produção e circulação das
mercadorias (SILVA, 2005).
Dentro desse contexto, compreende-se a incorporação de Rondônia com o
avanço agrícola sendo alicerçado pelo desenvolvimento econômico globalizado. Devido
a este fato o território tem seus acréscimos de ciência e técnica, e o espaço geográfico
se apropria de novas características que definem seu local de produção (SANTOS &
SILVEIRA, 2005). A mudança da técnica de apropriação do território traz consigo o
avanço dos espaços de globalização, promovendo as transformações territoriais sendo
os agentes (públicos e privados) os principais atores desse campo de poder. Portanto,
o território implica na interdependência entre os projetos que vão incluir deste o uso da
natureza pela ação humana, isto com a inseparabilidade entre a materialidade,
delimitando com o trabalho e política (SANTOS & SILVEIRA, 2005).
Neste caso, no estado de Rondônia o deslocamento geográfico da pecuária
converge do Sul em direção ao Norte (Cartograma 4), que expressa a variação da
pecuária, no período de dez anos.
Cartograma 4 – Variação da pecuária bovina (1995-2005) - RO
Fonte: Censo Agropecuário do IBGE Realizado com Philcarto - http://perso.club-internet.fr/philgeo
Este processo de deslocamento tem na concentração geográfica da
modernização da agricultura no Sul de Rondônia, uma forma de crescente pressão
sobre áreas produtivas da agropecuária. Isto causando uma migração campo-cidade,
devido aos novos meios de produção e também a expansão da fronteira e as
instabilidades do território.
Logo, o território na época atual tem sua característica imposta pela exploração
do conhecimento sobre um determinado local e expandindo a apropriação de sua
fronteira agrícola.
Assim, o espaço geográfico do município de Vilhena tem seu espaço de
produção, com a inserção de capitais, maquinário agrícola, as construções, os arranjos
territoriais, devido à expansão do agronegócio e se destacando como o principal
produtor de grãos de soja do Estado, sendo esta atividade geoeconomica voltada para
o mercado global, com isso tendo no seu território a formação do espaço globalizado.
As Redes Territoriais e os Arranjos Geográficos As redes trazem consigo uma estratégia no plano da geopolítica de integrar os
territórios de inovar seus recursos de movimentar sua economia. (DIAS, 2007). Com
isso, se formam no território pontos de articulação para facilitar o escoamento de
mercadorias para seu destino, formando as redes territoriais.
Diante destes fatos além das redes se estabelecem também a comunicação,
estando estas presentes nas estratégias que são desencadeadas pelos atores para
dominar as superfícies e os pontos utilizando a gestão e o controle das distâncias
(RAFFESTIN, 1993). Isto representa a conexão de um ponto de áreas produtivas, com
sua conexão ao mercado externo, com isso se estabelecem novos padrões de
delimitações territoriais formando uma renovação geográfica dos meios de ação e
implementação das estratégias pelos agentes (públicos e privado). Rede Territorial: transportes e circulação de soja Amazônia Meridional
Para atender as necessidades dos deslocamentos de produtos, grandes eixos de
transporte se estruturam para estarem adequadas as suas funções de deslocamento. A
Hidrovia Madeira-Amazonas se estabelece, para superar os limites e ligar os eixos de
transporte e suas demandas econômicas nacionais e mundiais (NUNES, 2004). Tal
projeto revitalizado a partir de 1997 (Programa Brasil em Ação), sendo um meio de
transporte essencial e de menor custo, aumentando a pressão para o avanço e o
escoamento dos grãos de soja (SILVA, 2005), isto está evidenciado no cartograma
acima, sobre o desenvolvimento das redes entre os estado de Mato Grosso, Rondônia,
Amazonas e Pará. Para o escoamento dos grãos, ao longo do trajeto se firmaram as
empresas de compra destes produtos como as empresas HERMASA/AMAGGI e
CARGILL, estruturando o espaço lhe caracterizando com novos significados.
Nesta perspectiva, as dinâmicas agrícolas das áreas de produção, exigem das
cidades a interligação com os centros globalizados e a inserção dos meios mais
modernos de produção.
Nessas dinâmicas a escala de ação dos agentes públicos, econômicos e sociais
engendram as condições para uma reestruturação territorial, sobretudo, quando se
considera que, na atualidade, essas atividades são cada vez mais interdependentes e
de escala globalizada.
Assim, a configuração da rede e as suas articulações sejam em nível (Mundial,
Nacional e Local/Regional) formam locais onde as funções estão relacionadas com os
agentes econômicos. Com isso, formando os pontos da dinâmica do mercado externo
com a produção interna e as sua interconexões.
Considerações finais No período atual, compreende-se a reciprocidade dos lugares com suas
atividades vinculadas ao mercado global para abastecer as solicitações do mercado
externo. Isso se caracteriza no território pelas constantes inovações tecnológicas, a
expansão da ciência e tudo isso irá modificar as estruturas territoriais, com a dinâmica
envolvida num conjunto de relações de poder.
Desse modo se tem a concretude de tais relações presentes em Rondônia,
principalmente pela atividade do agronegócio e a sua inserção de maquinário
tecnológico, efetivando as ações e transformações no espaço geográfico.
Nesta perspectiva, portanto também se estabelece o deslocamento intra-
regional, pois na região onde antes se tinha a colonização, na atualidade se
estabeleceu um local de povoamento fixo procurando desenvolver-se através dos
incentivos e as constantes movimentações da sociedade, deslocando suas atividades
para impor uma característica recente do desenvolvimento da sociedade.
Diante dessas situações, o poder público tem suas atividades voltadas para as
geoestratégias de pensar o lugar e planeja-lo, para que se tenha a inserção das
empresas e um desenvolvimento territorial que minimizem os impactos com os projetos
de infra-estruturas focadas para um desenvolvimento, onde os recursos possam ser
utilizados de modo que os impactos sejam de menor proporção.
Todas essas movimentações no território têm em sua especialização produtiva, o
alicerce para o avanço da inserção da agricultura capitalizada. Isto na Amazônia tem na
dinâmica da economia globalizada em escalas Multinacional/Nacional/Local/Regional, a
renovação da fluidez territorial pelas redes, junto com o avanço do agronegócio,
traduzindo-se num período técnico-cientifico-informacional, tornando os locais
periféricos em um lócus de produção.
BIBLIOGRAFIA
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