Post on 28-May-2020
9 7 8 9 7 2 2 7 2 5 5 4 5
ISBN 978-972-27-2554-5
Alexandria é um conjunto de histórias, de diálogos, de trocas de argumentos.
Num texto com o nome de uma cidade, percorre ‑se o vasto território do mundo das palavras, discute ‑se o seu poder na sociedade contemporânea e o seu valor nas nossas vidas. Duas personagens encontram‑se e desencontram‑se ao longo dos anos, dos tempos, dos lugares. Dos encontros e desencontros nascem certezas e inquietações.
Jorge Barreto Xavier é professor no ISCTE — Instituto Universitário de Lisboa. Foi Secretário de Estado da Cultura, Diretor‑Geral das Artes, Vereador da Cultura de Oeiras. Fundou e dirigiu o Clube Português de Artes e Ideias, o Lugar Comum — Centro de Experimentação Artística, o programa Jovens Criadores, o programa Paideia — arte nas escolas, a Bienal de Jovens Criadores da Europa e do Mediterrâneo, a Bienal de Jovens Criadores dos Países Lusófonos.
Com várias obras publicadas, Alexandria é a primeira sob a forma narrativa.
Jorge Barreto Xavier . A
lexandria
Títulos publicados:
Da Utopia à Fronteira da Pobreza Adriano Moreira
Como Viver em Tempo de Crise? Edgar Morin e Patrick Viveret
A Natureza do Acto Criador Urbano Tavares Rodrigues
Uma Aproximação à Estranheza Frederico Pedreira (Prémio de Ensaio INCM / Vasco Graça Moura 2016)
Jorge Barreto Xavier
Alexandria
9 7 8 9 7 2 2 7 2 5 5 4 5
ISBN 978-972-27-2554-5
Alexandria é um conjunto de histórias, de diálogos, de trocas de argumentos.
Num texto com o nome de uma cidade, percorre ‑se o vasto território do mundo das palavras, discute ‑se o seu poder na sociedade contemporânea e o seu valor nas nossas vidas. Duas personagens encontram‑se e desencontram‑se ao longo dos anos, dos tempos, dos lugares. Dos encontros e desencontros nascem certezas e inquietações.
Jorge Barreto Xavier é professor no ISCTE — Instituto Universitário de Lisboa. Foi Secretário de Estado da Cultura, Diretor‑Geral das Artes, Vereador da Cultura de Oeiras. Fundou e dirigiu o Clube Português de Artes e Ideias, o Lugar Comum — Centro de Experimentação Artística, o programa Jovens Criadores, o programa Paideia — arte nas escolas, a Bienal de Jovens Criadores da Europa e do Mediterrâneo, a Bienal de Jovens Criadores dos Países Lusófonos.
Com várias obras publicadas, Alexandria é a primeira sob a forma narrativa.
Jorge Barreto Xavier . A
lexandria
Títulos publicados:
Da Utopia à Fronteira da Pobreza Adriano Moreira
Como Viver em Tempo de Crise? Edgar Morin e Patrick Viveret
A Natureza do Acto Criador Urbano Tavares Rodrigues
Uma Aproximação à Estranheza Frederico Pedreira (Prémio de Ensaio INCM / Vasco Graça Moura 2016)
Jorge Barreto Xavier
Alexandria
Olhares
Jorge Barreto Xavier
Alexandria
Imprensa Nacional‑Casa da Moeda, S. A.Av. de António José de Almeida1000‑042 Lisboawww.incm.ptwww.facebook.com/INCM.Livrosprelo.incm.pteditorial.apoiocliente@incm.pt
© Jorge Barreto Xaviere Imprensa Nacional‑Casa da Moeda
títuloAlexandriaautorJorge Barreto Xavier
designwww.whitestudio.ptrevisão e paginaçãoImprensa Nacional‑Casa da Moedaimpressão e acabamentosImprensa Nacional‑Casa da Moeda
Composto em Jannon 10 ProImpresso em Ensocoat 1 face 275 g (capa)e Coral Book Ivory 90 g (miolo)
1.a ediçãoMaio de 2017isbn 978‑972‑27‑2554‑5depósito legal n.º 424776/17edição n.º 1021766
Alexandria
índice
pág. 13Prólogo
pág. 151. Biografia breve de um nascimento
pág. 172. Geografia de um encontro
pág. 223. O poder das palavras
pág. 25O vermelho de São Francisco
pág. 35Outono
pág. 47A pele
pág. 61O ditador das passadeiras
pág. 67Os dias hão de chegar
pág. 77A voz
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pág. 87Ao fim da tarde
pág. 95O restaurante
pág. 101A boca do tigre
pág. 105O monstro
pág. 111O astrofísico de Benares
pág. 119Uma italiana, por favor
pág. 125O encontro
pág. 131O banquete dos generais
pág. 141O amigo americano
pág. 147A mão fechada de Deus
pág. 153O poeta cortado ao meio
pág. 159As palavras inúteis
pág. 171O inimigo
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jorge barreto xavier
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Jorge Luis, qual antinomia do marcial Alexandre, ver‑gou pacificamente o tempo e o espaço à sua passagem, as palavras curvando as linhas de múltiplos universos. Dessa forma se construiu um império para lá do fio do horizonte.
2. geografia de um encontro
Tive o singular privilégio de privar com Borges em dife‑rentes ocasiões. Primeiro, por acasos do destino e, depois, pelo meu comprometimento e fascínio por ele.
Acredito não ser completamente despropositado partilhar alguns relatos da minha experiência de Jorge Luis. Faço ‑o, essencialmente, em atenção às semelhanças heroicas e às distinções entre os territórios conquistados pela sua escrita e os feitos do magno Alexandre. E por todos os tipos de impérios serem parte das coisas do mundo, merecendo ser contados de geração em geração.
Nas coisas que narro, Jorge Luis é, adiante, amiúde designado como o Borges.
Mais apelidos do que pessoas, assim somos no café da rua da Boavista à Lapa onde costumo tomar a bica depois do almoço. Melhor dizendo, nos apelidos se constitui ali a forma primeira de chamar as pessoas. É um sinal de aparente intimidade, contendo proximidade e distância. Este paradoxo serve ‑me para vos falar e dar nome à minha relação com Borges.
prólogo
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do seu saber sobre muitos dos seus contemporâneos, mas não confundia essa evidência com o valor da dignidade que é parte de todos os seres.
3. o poder das palavras
O que se conta nas próximas páginas é parte de um conjunto de memórias mais vastas. Nem sempre tudo se diz, seja por demais precioso para enunciar, por pudor de revelar, por esquecimento verdadeiro, ou simplesmente por não se achar interesse na partilha ou não se encontrar capacidade para o dizer de forma percetível.
Desde os primórdios da Biblioteca de Alexandria até às pesquisas bibliográficas infatigáveis que Borges orga‑nizou como diretor da Biblioteca Nacional da Argentina, em Buenos Aires, e passando por milhares de mosteiros, palácios, castelos e casas, não se descobriu nos arquivos e documentos a verdadeira fórmula da pedra filosofal — aquela que materializa o poder da palavra no poder da ação: a palavra ouro transforma ‑se em ouro, a palavra morte mata, a palavra silêncio cala, e assim por diante, contrariando a destrinça entre a fábula e a realidade, o lugar da escrita e o lugar da vida. Todas as tentativas e aproximações a essa grande promessa falharam. Nenhuma palavra, nenhuma fórmula dita ou escrita logrou o feito da plena correspondência dos diferentes estádios dos mundos.
jorge barreto xavier
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Ofegante e desorientado, perguntei ‑lhe porque se ria, se não tínhamos abrigo, estávamos extenuados e perdidos, o inimigo aproximava ‑se.
Borges, sem interromper a marcha ou virar a cabeça para o meu lado, concentrado no inalcançável buraco negro diante de nós, disse:
«O inimigo é só uma forma de literatura.»
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ISBN 978-972-27-2554-5
Alexandria é um conjunto de histórias, de diálogos, de trocas de argumentos.
Num texto com o nome de uma cidade, percorre ‑se o vasto território do mundo das palavras, discute ‑se o seu poder na sociedade contemporânea e o seu valor nas nossas vidas. Duas personagens encontram‑se e desencontram‑se ao longo dos anos, dos tempos, dos lugares. Dos encontros e desencontros nascem certezas e inquietações.
Jorge Barreto Xavier é professor no ISCTE — Instituto Universitário de Lisboa. Foi Secretário de Estado da Cultura, Diretor‑Geral das Artes, Vereador da Cultura de Oeiras. Fundou e dirigiu o Clube Português de Artes e Ideias, o Lugar Comum — Centro de Experimentação Artística, o programa Jovens Criadores, o programa Paideia — arte nas escolas, a Bienal de Jovens Criadores da Europa e do Mediterrâneo, a Bienal de Jovens Criadores dos Países Lusófonos.
Com várias obras publicadas, Alexandria é a primeira sob a forma narrativa.
Jorge Barreto Xavier . A
lexandria
Títulos publicados:
Da Utopia à Fronteira da Pobreza Adriano Moreira
Como Viver em Tempo de Crise? Edgar Morin e Patrick Viveret
A Natureza do Acto Criador Urbano Tavares Rodrigues
Uma Aproximação à Estranheza Frederico Pedreira (Prémio de Ensaio INCM / Vasco Graça Moura 2016)
Jorge Barreto Xavier
Alexandria
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ISBN 978-972-27-2554-5
Alexandria é um conjunto de histórias, de diálogos, de trocas de argumentos.
Num texto com o nome de uma cidade, percorre ‑se o vasto território do mundo das palavras, discute ‑se o seu poder na sociedade contemporânea e o seu valor nas nossas vidas. Duas personagens encontram‑se e desencontram‑se ao longo dos anos, dos tempos, dos lugares. Dos encontros e desencontros nascem certezas e inquietações.
Jorge Barreto Xavier é professor no ISCTE — Instituto Universitário de Lisboa. Foi Secretário de Estado da Cultura, Diretor‑Geral das Artes, Vereador da Cultura de Oeiras. Fundou e dirigiu o Clube Português de Artes e Ideias, o Lugar Comum — Centro de Experimentação Artística, o programa Jovens Criadores, o programa Paideia — arte nas escolas, a Bienal de Jovens Criadores da Europa e do Mediterrâneo, a Bienal de Jovens Criadores dos Países Lusófonos.
Com várias obras publicadas, Alexandria é a primeira sob a forma narrativa.
Jorge Barreto Xavier . A
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Títulos publicados:
Da Utopia à Fronteira da Pobreza Adriano Moreira
Como Viver em Tempo de Crise? Edgar Morin e Patrick Viveret
A Natureza do Acto Criador Urbano Tavares Rodrigues
Uma Aproximação à Estranheza Frederico Pedreira (Prémio de Ensaio INCM / Vasco Graça Moura 2016)
Jorge Barreto Xavier
Alexandria