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7/21/2019 Aguas 01
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Água
Poema
Abundância eescassez
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Poluição esaneamento
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Águas no
passado Ciclo
hidrológico
Escassez edisputaUlisses
Capozoli
Vulnerabilidade
em CampinasDaniel Hogan e
outros
Embrapa:projeto
pioneiroEliana Lima
Glossário
Pôr em suas mãos, no gesto, o copo agora ali sobre acristaleiraguarda outros copos, porém vazios da contida água noprimeiro copo;nele deposita com o desejo de bebê-la a sedesenão de vinho, da vinha torrencial de continentes líquidos,não os amarrados em formas de transparente solidão,
só aqueles solitários na opaca transparência de muros semrazão.Água ausente, distante, mas inequívoca águacomo bois rumina o tempo de estar ali paradaà espera que a mão, o movimento, a bocadeformem o conteúdo de sua estagnada e pronta chuva.Água mais memória de ter sido águaágua-boi, água-quase, quase-queda, queda-d'águasem rochedos, pedras, precipícios,água, talvez dissesse, ali encerrada como em pasto estreito,
ou melhor pensada no instantâneo de um princípio:parte de alguma totalidade fluida cuja compreensãocompreendea suposição da parte;totalidade embora, mesmo que em si mesma desconstruídaem partes,não leva já a parte alguma.Água, como diria, condenada ao copo e destinada ao corpo,
água vista agora na transparência quieta da fusão demateriais estranhos,
água sendo copo, conforma o corpo do que não é maiságuae tem do boi o mesmo olhar de gelatina e opaco brilho;água com sede do outro quer ser água e não recusacontinuar ser vidro,água imóvel como cristais correntescopos vazios cheios de alusões aquáticaságua pois, ali parada, água-palavra a endurecer no copo,copo de fala amolecido e pronto a derramar-se em cursos.
Carlos Vogt
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Página 1 de 2Águas: abundância e escassez
2/8/2007http://www.comciencia.br/reportagens/aguas/aguas01.htm