Aforismos Reunidos - Kafka

8/15/2019 Aforismos Reunidos - Kafka

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A i i franz kafka

Af ism s nid sfranz kafkaintrodução e tradução de modesto carone

5Ap s n çã

modesto carone

7Af ism s nid s

franz kafka

di eren e” e a en o à gravidade da uberculose pulmonar quedeveria ma á-lo (sua primeira hemop ise ocorreu em 1917), queele se dedicou com a nco a esse ipo de escri a, que es emunha

sua preocupação com a vida e a morte, lembrando pelo laconismo,ou en ão pela rase circuns anciada, o “pro ocolo ka iano”, quecoincide, em longa medida, com seu gos o pela narra iva breve( , v l , p b l ), q v b , é supera, pela composição enxu a e mui as vezes rasan e, os gran-

pól .

Nesse período, Kafa absteve-se de escrever cção, só voltandoa ela bem mais arde – o orso colossal deO castelo, por exemplo, g 1922,

O aspec o ac ual mais relevan e dos 109 Aforismos reuni-dos, aqui publicados, é que eles resul aram de uma seleção ei ap l ,depois de tê-los passado a limpo à mão, v

-l públ . T q h v hábil para tomar essa decisão. A discrição de Kafa chegava a essepon o e de cer o modo explica sua en a iva ( elizmen e ra-cassada) de mandar o amigo Max Brod des ruir os escri os nãop bl v .

A base para este trabalho oi o volumeBeim Bau der ChinesischenMauer und andere Schrifen aus dem Nachlass [Durante a construção

da Muralha da China e outros escritos do espólio], incluído entreos 12 tomos da edição de bolso elaborada segundo os manuscritosoriginais da edição crítica das obras de Franz Kafa (organização deHans-Gerd Koch, Frank urt a. M.: Fischer Taschenbuch Verlag, 1994).

A i i franz kafka

1.O verdadeiro caminho passa por uma corda que não es á es i-cada no al o, mas logo acima do chão. Parece mais des inada a

p q p .

3.Exis em dois pecados capi ais, dos quais odos os ou ros deri-vam: impaciência e indolência. Por causa da impaciência oshomens oram expulsos do paraíso, por causa da indolência eles

v l . M lv ó x p p l: p

cia. Por causa da impaciência eles oram expulsos, por causa delal v l .

4.Mui as sombras dos que morreram ocupam-se apenas em lam-ber as ondas do rio dos mortos, porque ele corre a partir de nós eainda tem o gosto salgado dos nossos mares. O rio então recua denojo, fui em sen ido con rário e a ira os mor os de vol a à vida.

E , p é , l , õ g x g .

5.A p p h . É p

6.O momen o decisivo da evolução humana é permanen e. Porisso estão certos os movimentos revolucionários do espírito quedeclaram nulo tudo o que veio antes, pois nada ainda aconteceu.

Um dos meios de sedução mais e cazes do mal é a exortação àluta. É como a luta com mulheres, que termina na cama.

8-9.Uma cadela de mau cheiro, que pariu numerosos lho es, emp j p , q h â

, q g l p , q -sigo ba er, mas da qual, mesmo evi ando seu háli o, eu me des-

vio indo para rás e que, se não me decido por alguma ou racoisa, irá me empurrar a é o can o já visível da parede, para sep l g – é h

q ? –, p l h v lí h .

10.A. está muito cheio de si, julga-se bem adiantado na bondade, umavez que – evidentemente como um objeto cada vez mais sedutor –se sente exposto a um número sempre maior de seduções, queaté então lhe eram totalmente desconhecidas. A explicação certa,

porém, é que nele se instalou um grande demônio, e uma in ni-dade de outros, menores, vem vindo para servir ao maior.

11-12.Di erença das visões que se pode ter, por exemplo, de uma maçã:

v q p p p maçã sobre o ampo da mesa e a do dono da casa, que pega a

l v p h .

Um primeiro sinal do início do conhecimento é o desejo de mor-rer. Esta vida parece insuportável, a outra, inatingível. A pessoa jánão se envergonha mais de querer morrer; pede para ser levada davelha cela que ela odeia para uma nova, que só então aprenderá a

odiar. Persiste um resíduo de é durante a trans erência se o senhordo lugar casualmente passar pelo corredor, avistar o prisioneiro edisser: “Este homem vocês não podem prender outra vez. Ele vaipara a minha casa.”

14.Se você es ivesse cruzando uma planície com a rme in ençãode ir em ren e, mas andasse para rás, isso en ão seria desespe-rador; mas, uma vez que es á escalando uma encos a íngreme,

ão íngreme quan o você próprio vis o de baixo, os passos para

trás podem ser causados apenas pela condição do terreno e você p p .

16.U g l à p p .

Neste lugar eu ainda nunca estive: a respiração é di erente e, maiso uscante que o sol, brilha ao seu lado uma estrela.

18.Se ivesse sido possível cons ruir a orre de Babel sem escalá-la

é p , l p .

20.Leopardos irrompem no emplo e bebem a é o m os jarros desacri ício; isso se repe e sempre, sem in errupção; nalmen e,p - l p ô .

21.Com an a rmeza quan o a mão segura a pedra. Ela a segura

, p é , ó p -l l g . M bé l v àq l â .

22.V ê é l . P l , h l .

23.Do adversário de verdade fui uma coragem sem limi es para

24.Compreender a elicidade de que o solo sobre o qual você seman ém não pode ser maior que os dois pés que o cobrem.

25.Como é possível alguém alegrar-se com o mundo, a não serq g l ?

26.Os esconderijos são inumeráveis, a salvação apenas uma, masas possibilidades de salvação, por sua vez, são an as quan o os

Exis e um obje ivo, mas nenhum caminho; o que chama- h é h .

27.Ainda nos impõem azer o que é negativo; o positivo já nos oi dado.

28.Uma vez incorporado o mal, não se exige mais que se acredite nele.

29.O animal arranca o chico e das mãos do dono e chico eia a simesmo, sem saber que isso é apenas uma antasia produzida por

v ó .

30.E b l .

32.As gralhas a rmam que bas a uma para des ruir o céu. Não hádúvida quan o a isso, mas não prova nada con ra o céu, pois os

é g j : p b l g lh .

33.Os már ires não subes imam o corpo, deixam que ele seja

34.Sua exaustão é a do gladiador após a luta, seu trabalho oi caiar o

35.Não exis e umter , somen e umser – apenas um ser que anseiap l úl l , p l x .

36.Antes eu não entendia por que não recebia nenhuma resposta àminha pergunta, hoje não entendo como podia acreditar que eracapaz de perguntar. Mas realmente não acreditava, só perguntava.

37.Sua respos a à a rmação de que alvez ivesse posses, mas não

x ê , p q .

38.Alguém se espan ava com o a o de andar com acilidade pelo

h ; v , l p p

39.Não se pode pagar o mal à pres ação – e, no en an o, as pessoas

p .Seria concebível que Alexandre, o Grande, a despei o dos

êxi os guerreiros de sua juven ude, do excelen e exérci o que

ormou, das orças que sen ia den ro de si para mudar o mundo,ivesse es acado às margens do Helespon o e jamais o a raves-sado, na verdade não por medo, indecisão ou al a de energia,mas por causa da orça da gravidade.

39 .O caminho é in ni o, não há nada a sub rair ou acrescen ar e,no en an o, odos insis em na própria medida in an il. “Cer a-mente você precisa percorrer mais esse côvado de caminho, isso

lh g .”

41.A desproporção do mundo parece ser, de maneira consoladora,

p é .

42.P q b h ó p

43.Os cães de caça ainda brincam no pá io, mas a presa não lhes

p , p q j p p l .

44.É ridículo como você coloca arreios em si mesmo para este mundo.

45.Quan o mais cavalos você a rela para o rabalho, an o mais

p l , j : p bl o que é impossível, mas para reben ar as correias e, como resul-

, l g v g v .

46.A palavra ser [sein] signi ca duas coisas em alemão:estar-aí [Dasein] pertencer-lhe[Ihm gehören].

47.Foi-lhes apresen ada a opção de se ornarem reis ou mensagei-ros dos reis. À maneira das crianças, odos quiseram ser mensa-geiros. É por isso que exis e um bando de mensageiros que cor-rem pelo mundo e, uma vez que não há mais reis, bradam uns

para os ou ros mensagens que perderam o sen ido. Gos ariamde pôr um m à sua vida miserável, mas não ousam azê-lo por j í .

49.A. é v , é , h .

50.O homem não consegue viver sem uma con ança duradoura emalgo indestrutível nele mesmo, muito embora tanto o indestrutí-vel como a con ança possam permanecer-lhe ocultos de maneiracontínua. Uma das possibilidades dessa ocultação permanente é

D p l.

51.A mediação da serpen e era necessária: o mal pode seduzir oh , - h .

52.N l v ê , p .

54.Não exis e nada a não ser um mundo espiri ual; o que chama-mos de mundo dos sen idos é o mal no mundo do espíri o, e oque chamamos de mal, apenas a necessidade de um instante em

Com a mais or e das luzes pode-se dissolver o mundo.Dian e de olhos racos, ele se orna sólido, de olhos mais racos,ele ganha punhos, de ou ros mais racos ainda, ele ca envergo-

h g q -l .

55.Tudo é raude: buscar o mínimo de ilusão, permanecer no nívelusual, buscar o máximo. No primeiro caso, rauda-se o bem, namedida em que se deseja ornar ácil demais sua conquis a; omal, na medida em que é colocado em condições de lu a exces-

v v v . N g , b é medida em que não se luta para alcançá-lo, nem mesmo naquiloque é erreno. No erceiro caso, rauda-se o bem na medida emque a esperança é orná-lo impo en e com sua máxima in ensi-

. S p ív l, , g , pse rauda o bem e não o mal; neste caso, pelo menos na aparência.

56.Há ques ões que não poderíamos superar se não es ivéssemosl v l p p óp .

57.Só alusivamente a linguagem pode ser usada para tudo o que está

ora do mundo dos sentidos, mas nunca comparativamente, nemmesmo de orma aproximada, uma vez que ela só trata, corres-pondendo ao mundo sensorial, da propriedade e de suas relações.

58.Mente-se o menos possível só quando se mente o menos possívele não quando se tem a menor oportunidade possível para mentir.

59.Um degrau de escada que não oi desgastado a undo é, do seupróprio ponto de vista, apenas algo de madeira montado no ermo.

60.Quem renuncia ao mundo em de amar a odos os seres huma-nos, pois também renuncia ao mundo deles. A partir daí começaa pressentir a verdadeira essência humana, que não é outra coisasenão poder ser amado, pressupondo-se que esteja à altura disso.

61.Quem, den ro do mundo, ama o próximo, não es á mais nemmenos cer o do que quem, den ro do mundo, ama a si mesmo.R ó p g b p l é p ív l.

62.O q x pí- p .

64 -65.

A expulsão do paraíso, no seu principal aspec o, é e erna. Éverdade ambém que essa expulsão é de ni iva e que a vidano mundo, inevi ável, mas, apesar disso, a e ernidade do pro-cesso orna possível não só que con inuemos con inuamen e

no paraíso, como ambém que, na realidade, es ejamos lá deorma duradoura, não impor a se aqui emos ou não conheci- .

66.Ele é um cidadão livre e seguro da Terra, pois es á a ado a umacorrente su cientemente longa para dar-lhe livre acesso a todosos espaços terrenos e, no entanto, longa apenas para que nada sejacapaz de arrancá-lo dos limites da Terra. Mas é, ao mesmo tempo,

também um cidadão livre e seguro do céu, uma vez que está igual- l l l lh . A , q à T , l é se quer subir ao céu, en orca-o a coleira da Terra. A despei o detudo, tem todas as possibilidades e as sente, recusando-se mesmoa a ribuir o que acon ece a um erro come ido no primeiro a o

67.Ele corre atrás dos atos como um principiante em corrida depatins, que, além do mais, se exercita onde quer que seja proibido.

68.O q p l g q

69.Teoricamen e exis e uma chance de elicidade plena: acredi arno que há de indes ru ível em si próprio e não er de lu ar para

l -l .

70-71.

O indes ru ível é um só: cada indivíduo em par icular o é, e ao p l é , í p l l lúv l h .

72.Ex h h q , pda comple a di erença en re eles, êm o mesmo obje o, de al

orma que só é possível concluir que há sujei os di eren es no h .

73.Ele devora os despojos que caem da própria mesa; sendo assim,

v , p lg p q se esquece de comer à mesa; com isso, porém, deixam de cair no

h bé p j .

74.S q v í p í p ív l ção, en ão isso não era decisivo; mas se era indes ru ível, en ãov v l .

75.Tes e a si mesmo pela humanidade. Ela az quem duvida duvi-

, q , .

76.O sen imen o: “Aqui eu não ancoro” – e imedia amen e sen e à

v l é .

Uma reviravol a. À esprei a, com medo, esperançosa, a res-

pos a cerca a pergun a, examina desesperadamen e seu sem-blante inacessível, segue-a pelos caminhos mais sem sentido, ouseja: os que se empenham em chegar ao lugar o mais dis an e

77.O convívio com os seres humanos a rai para a au o--observação.

78.O pí ó l v q x p .

79.O amor sensual nos ilude sobre o amor celes e; sozinho, nãopoderia azê-lo; mas pode, uma vez que tem dentro de si, incons-

, l l.

80.A verdade é indivisível, por an o não pode er conhecimen o

; q q q g h ê-l .

81.Ninguém pode exigir o que, em úl ima análise, o prejudica. Se

p p l , l , p alvez exis am sempre pessoas desse ipo –, isso se explica peloato de que alguém, no ser humano, exige algo que na verdade o

bene cia, embora prejudique seriamente um segundo, em parteí p j lg . S p l l g p h j lg , l g , p p p l x

82.P q ó q x p g l? N pcausa que omos expulsos do paraíso, mas por causa da árvore

83.Não somos pecadores somen e por ermos comido da árvore

h , bé p q árvore da vida. O estado em que nos encontramos é pecaminoso

p lp .

84.F p v v p í , p í v

v . N ; q vecido ambém com a de erminação do paraíso, não é di o em

p lg .

85.O l é ê h

õ . N é p p p ê , l q g g , j

p lh .

86.Desde o pecado original omos essencialmen e iguais paraconhecer o bem e o mal; no en an o, é exa amen e nes e pon oque buscamos nossas van agens par iculares. Mas é só alémdesse conhecimen o que começam as verdadeiras di erenças.

A aparência recíproca é provocada pelo seguin e: ninguém con-segue con en ar-se apenas com o conhecimen o, mas em delutar para agir de acordo com ele. Contudo, não lhe oi atribuídaa orça para azer isso; em consequência, ele em de se des ruir,mesmo correndo o risco de não adquirir com isso o poder neces-sário, mas não lhe resta nada senão essa última tentativa. (É este

ambém o sen ido da ameaça de mor e associada à proibição v h ; lv bé

original da mor e na ural.) Ora, ele em uma en a iva; pre erev g h b l; ( xp “p

original” em origem nesse medo) mas o que acon eceu nãop p , p v . É bj v

v õ vê à ; , v ív l

não seja ou ra coisa senão uma mo ivação do ser humano parasua von ade de descansar um momen o. Uma en a iva de al-sear o a o do conhecimen o, para só en ão rans ormá-lo em

bj v g .

87.U é g lh , p l v .

88-89.

A morte está diante de nós, pouco mais ou menos como um qua-dro da ba alha de Alexandre na parede da sala de aula. O queinteressa é obscurecer ou até borrar, com nossos atos, ainda nestav , g .

90.Duas possibilidades: azer-se in ni amen e pequeno ou serassim. A primeira é a per eição, ou seja, a inação; a segunda, o

í , .

91.Para evi ar um equívoco verbal: o que deve ser a ivamen e des-truído precisa antes ter sido sustentado com rmeza total; o que

, p í .

92.A primeira adoração dos ídolos oi sem dúvida o medo das coi-sas, mas ambém, relacionado com es e, o medo da necessi-dade das coisas e, relacionado com isso, o medo da responsa-bilidade por elas. Essa responsabilidade parecia ão gigan esca,

que nem mesmo se ousou impô-la a um único ser humano,pois, pela mera mediação de um ser, a responsabilidadeh l v , vív ser apenas eria sido con aminado de uma maneira mais pro-

p l p b l ; p , - a responsabilidade por si mesma, mais: deu-se a essas coisas,

bé , p b l p h

93.P l úl v , p l g !

94.D í v : l í l

v v ê l g í l .

95.O mal às vezes está na mão como um instrumento conhecido oudesconhecido; se alguém tem vontade de azer isso, ele pode serp l p .

96.As alegrias des a vida não são asdela , mas o nosso medo de

v l v ; v l , p q l

97.Só aqui o so rimen o é so rimen o. Não como se aqueles queaqui so rem devam ascender a ou ro lugar em unção desseso rimen o, mas no sen ido de que aquilo que nes e mundo se

h , , l -

l b p , é êx .

98.A x pl étado da mistura levada ao extremo da criação laboriosa e da livre

Tão mais opressiva que a convicção implacável de nosso presenteestado pecaminoso é a mais rágil convicção da antiga, eterna jus-ti cação de nossa existência temporal. Só a capacidade de suportardesta segunda convicção, que em sua pureza abrange completa-

mente a primeira, é a medida da é.

Muitos consideram que, ao lado da grande raude primitiva,existe em cada caso particular uma pequena raude especial, ence-nada em proveito próprio, do mesmo modo como, por exemplo,numa intriga amorosa, representada no palco, a atriz, além do alsosorriso para o seu amante, tem ainda outro, particularmente pér-

do, dirigido a um espectador determinado na última leira dagaleria. Isso signi ca ir longe demais.

100.Pode haver um conhecimento do que é diabólico, mas nenhuma

é l , p , ból q í p ,

101.O pecado sempre chega abertamente e pode ser captado logopelos sentidos. Ele vai às raízes destes e não precisa ser arrancado.

102.Todos os so rimentos ao nosso redor nós também temos de so rer.T p , l , q

az atravessar todas as dores, seja nesta ou naquela orma. Assimcomo a criança evolui por todos os estágios da vida até a velhice e

a morte (e cada estágio no undo parece inalcançável ao anterior, x gê ), v l í (l gnão menos pro undamen e à humanidade do que a nós mes-mos) por meio de odas as dores des e mundo. Nesse con ex o,

x l g p j , bé p p p é .

103.Você pode se con er dian e dos so rimen os do mundo – é algoque em liberdade de azer e corresponde à sua na ureza, mas

lv j l ú q v v .

104.O ser humano tem livre-arbítrio, na realidade de três espécies:

Primeiro, livre quando quis es a vida; agora, seja como or, já não pode revogá-la, pois não é mais aquele que an es a quis;

l v , p , q l g v

Segundo, ele é livre na medida em que pode escolher o h v .

Terceiro, é livre enquanto or aquele que outra vez será o quetem vontade de ir pela vida sob qualquer condição, para deixarque ela venha até você; na verdade, por um caminho passível deescolha, mas de qualquer maneira tão labiríntico que não deixaintocado qualquer pedacinho desta vida.

São es as as rês espécies de livre-arbí rio, mas ele é am-bém – uma vez que são coisas simul âneas –, no undo, de uma

ó pé , q h p p v , j l b .

105.O , b g g

q l é p , é . Crazão, pois só assim este mundo pode nos seduzir de uma ormaque corresponda à verdade. O pior, no en an o, é que, depois

da sedução bem-sucedida, nós nos esquecemos da garan ia; oi , l , q b p lh lh , p .

106.A humildade o erece a todos, mesmo ao que se desespera na soli-

, l lh , ldia amen e, mas, com cer eza, só no caso da humildade com-ple a e duradoura. Ela é capaz disso por ser ao mesmo empo a

verdadeira linguagem da oração e a mais sólida das ligações. Arelação com o semelhante é a relação da prece; a relação consigomesmo, a relação do es orço para alcançar algo; a energia para

é x í .

Você pode conhecer outra coisa que não seja a raude? Fossel b í , v ê lg p lh p

q v l l.

107.Todos são mui o amáveis com A., como quando se procura pro-teger cuidadosamente uma excelente mesa de bilhar, mesmo debons jogadores – pelo menos a é o momen o em que chega ogrande jogador, examina com precisão a super ície, não olera

nenhum erro precipi ado, mas depois, quando ele próprio j g , b l ú .

108.“Mas depois ele vol ou ao rabalho como se nada ivesse acon e-cido.” Essa é uma observação que nos é amiliar de uma pro usãode velhas his órias, mui o embora alvez não enha acon ecido

109.“Não se pode dizer que es amos caren es de é. O simples

v é, p ó, g v l v l

“S v l é? N é p ív l -v v .”

“Já nesse ‘não é possível’ reside a orça insana da é; é nessag q l .”

Não é necessário que você saia de casa. Fique jun o à suamesa e escu e. Nem mesmo escu e, só espere. Nem mesmoespere, que o almen e em silêncio e sozinho. O mundo iráo erecer-se a você para o próprio desmascaramen o, não pode

, x l -

sobre o autorfranz kafka (1883-1924), v

é l 20, é A metamorfose, O processo O castelo.G p b l p . O

p bl p ú serrote .

sobre o tradutor

modesto carone (1937) é p l Resumo de Ana(C p h L , v P êJ b 1999). C , b l - p v

b K p p g ê .

d s n n ci n is d l g çã n blic çã (CIP) (Câ B l L v , s , B l)K , F , 1883-1924. A (l v l ô ) / F K . I M C . S P l : I M S ll , 2012.(Cl ), 36 Kb, df

A i C , M . ii Tí l . iii Sé .

Índic s p c ál g sis má ic1. A :L l 833

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