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Administração Financeira
CURSO: Administração e Ciências Contábeis
Bibliografia Base
HOJI, M. Administração Financeira, Uma Abordagem Prática.
São Paulo: Atlas, 2014; 11ª Edição.
GROPPELLI, A. A.; NIKBAKHT, E. Administração Financeira; São
Paulo; Saraiva; 2012, 3ª Edição.
LEMES J. A. B. et al. Administração Financeira, Princípios,
Fundamentos e Práticas Brasileiras. Rio de Janeiro: Campus,
2004.
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Ciências Contábeis - UNIP1
Administração FinanceiraCURSO: Administração e Ciências Contábeis
MARION, J. C. Análise das Demonstrações Financeiras.
São Paulo: Atlas, 2009; 7ª. Edição.
GITMAN, L. J. Princípios de Administração Financeira.
São Paulo: Pearson Educacional, 2010; 12ª. Edição.
EHRHARDT, M. C.; BRIGHAM, E. F. Administração
Financeira: Teoria e prática. São Paulo: Cengage Learning,
2011.
MORANTE, A. S.; JORGE, F.T. Administração Financeira.
São Paulo: Atlas, 2007.
SOBRAL, F.; PECI, A. Administração: teoria e prática no
contexto brasileiro. 2ª edição. São Paulo: Pearson, 2013.
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Administração Financeira
CURSO: Administração e Ciências Contábeis
Bibliografia Virtual/ Periódicos
CAMARGO, C. Planejamento Financeiro. IBPEX. ISBN:
8576490706.
MEGLIORINI E. E.; VALLIM, M.A. Administração Financeira.
Pearson. ISBN: 9788576052067.
Revista Brasileira de Finanças
http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rbfin/index
Revista Contabilidade e Finanças -
http://www.scielo.br/
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EMENTA
Esta disciplina trata do planejamento
financeiro, o controle e a tomada de decisão,
mostrando as atividades realizadas no curto
prazo que afetam as Finanças na organização.
Em seguida, focam as atividades realizadas no
longo prazo apresentando as possibilidades de
investimentos e financiamento que o
administrador financeiro poderá realizar no
mercado de capital e nas instituições
financeiras. Mostram os riscos inerentes as
atividades tanto de curto prazo, quanto de
longo prazo na busca de lucratividade para
seus acionistas e stakeholders.
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Objetivos a serem atingidos.
OBJETIVOS GERAIS
Contribuir para o desenvolvimento das
competências requeridas dos
alunos, conforme definidas no Projeto
Pedagógico do Curso/PPC, em
consonância com as Diretrizes Curriculares
Nacionais relacionadas.
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Objetivos a serem atingidos.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Saber as funções da administração financeira
de curto e longo prazo nas organizações, sua
utilidade, e os resultados delas esperados.
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Conteúdo Programático:
1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira
1.1 – Objetivos e Funções do Administrador Financeiro
1.2 – Ambiente Econômico e Financeiro das Empresas
2 – Decisões de Investimento e Financiamento a Curto e
Longo Prazo
2.1 – Decisões de Investimento a Curto e Longo Prazo
2.2 – Investimentos de Capital: Métodos de analise
3 – Planejamento de Caixa
3.1 – Orçamento de Caixa
3.2 – Fluxo de Caixa
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Conteúdo Programático:
4 – Administração de Crédito, Contas a Receber
4.1 – Políticas de credito/cobrança
4.2 – Garantias
5 - Administração de Estoque
5.1 – Tipos de estoques
5.2 – Custos de estoques: compra/falta
5.3 – Gestão de compras/estoques
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Conteúdo Programático:
6 – Mercado de Capitais
6.1 – Mercado de títulos: Investimento e
Financiamento
7 – Risco, Retorno e Hedge
7.1 – Risco e retorno
7.2 – Hedge
8 – Indicadores de Desempenho e Diagnóstico
Empresarial
8.1 – Índices de desempenho
8.2 – Índices de diagnostico
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1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira
1.1 Objetivos e Funções
O campo de finanças é amplo e dinâmico, afetando
diretamente a vida de todas as pessoas e
organizações. Há muitas áreas e oportunidades de
carreira nesse campo.
Os princípios básicos de finanças, são
universalmente aplicáveis a empresas de todos os
tipos. Além disso, muitos deles também podem ser
aplicados às suas finanças pessoais.
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1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira
O que são finanças?
O termo finanças pode ser definido como “a arte e a
ciência de administrar o dinheiro".
Praticamente todas as pessoas físicas e jurídicas
ganham ou levantam, gastam ou investem
dinheiro. Finanças diz respeito ao processo, às
instituições, aos mercados e aos instrumentos
envolvidos na transferência de dinheiro entre
pessoas, empresas e órgãos governamentais.
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1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira
A maioria dos adultos se beneficiará ao compreender
esse termo, pois isto dar-lhes-á condições de tomar
melhores decisões financeiras pessoais.
Aqueles que atuam fora dessa área também se
beneficiarão ao saber interagir de forma eficaz com
administradores, processos e procedimentos
financeiros da empresa.
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1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira
Principais áreas e oportunidades de carreira em
finanças
As principais áreas de finanças podem ser
resumidas por meio de uma análise das
oportunidades de carreira que o setor oferece.
Essas oportunidades podem, para simplificar, ser
divididas em duas grandes áreas: serviços
financeiros e administração financeira.
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1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira
Serviços financeiros
Os serviços financeiros dizem respeito à concepção
e oferta de assessoria e produtos financeiros a
pessoas físicas, empresas e órgãos governamentais.
Envolvem diversas oportunidades de carreira
interessantes em instituições bancárias e afins,
assessoria financeira pessoal, investimentos,
imóveis e seguros.
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1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira
Administração financeira
A administração financeira diz respeito às atribuições
dos administradores financeiros nas empresas.
Os administradores financeiros são responsáveis
pela gestão dos negócios financeiros de organizações
de todos os tipos - financeiras ou não, abertas ou
fechadas, grandes ou pequenas, com ou sem fins
lucrativos.
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1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira
Os administradores financeiros realizam as mais
diversas tarefas financeiras, tais como planejamento,
concessão de crédito a clientes, avaliação de
propostas que envolvam grandes desembolsos e
captação de fundos para financiar as operações da
empresa.
Nos últimos anos, mudanças nos ambientes
econômico, competitivo e regulamentador aumentaram
a importância e a complexidade das tarefas desse
profissional.
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1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira
O administrador financeiro de hoje está mais
ativamente envolvido com o desenvolvimento e a
implementação de estratégias empresariais que têm
por objetivo o “crescimento da empresa” e a
melhoria de sua posição competitiva. Por isso,
muitos altos executivos vêm da área financeira.
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1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira
Outra tendência recente tem sido a globalização das
atividades empresariais. As empresas norte-
americanas aumentaram muito suas vendas,
compras, investimentos e captação de recursos em
outros países, enquanto as empresas estrangeiras,
da mesma forma, aumentaram suas atividades
correspondentes nos Estados Unidos.
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1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira
Essas mudanças ampliaram a necessidade de
contar com administradores financeiros capazes de
gerenciar fluxos de caixa em diferentes moedas e
protegê-las dos riscos que decorrem naturalmente
das transações internacionais.
Embora essas mudanças aumentem a complexidade
da função de administração financeira, podem levar
a uma carreira de maior realização e maiores
recompensas.
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1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira
A FUNÇÃO DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Profissionais de todas as áreas de responsabilidade
em cada empresa precisam interagir com o pessoal
e os procedimentos de finanças para desempenhar
suas tarefas.
Para que o pessoal de finanças possa fazer
previsões e tomar decisões úteis, devem estar
dispostos e habilitados a conversar com colegas de
outras áreas. Por exemplo, ao avaliar um novo
produto, o gerente financeiro precisa obter da equipe
de marketing previsões de vendas, diretrizes de
precificação e estimativas de publicidade e
promoção.
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1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira
A FUNÇÃO DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
A função de administração financeira pode ser
genericamente descrita por meio de seu papel na
organização, de sua relação com a teoria econômica
e as ciências contábeis e das principais atividades
do administrador financeiro.
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1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira
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1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira
Estrutura da função financeira
O porte e a importância da função de administração
financeira dependem do tamanho da empresa.
Nas pequenas, essa função costuma ser realizada
pelo departamento de contabilidade. À medida que a
empresa cresce, ela naturalmente evolui para um
departamento em separado que se reporta ao
presidente executivo por meio do principal executivo
financeiro (CFO).
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Ciências Contábeis - UNIP 24
1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira
Reportam-se ao CFO o tesoureiro e o controller.
O tesoureiro (principal administrador financeiro)
costuma ser responsável por atividades relacionadas
a capital, como planejamento financeiro e captação
de fundos, tomada de decisões de investimento de
capital, gestão de caixa, gestão de atividades
creditícias, gestão de fundos de pensão e gestão de
câmbio.
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Ciências Contábeis - UNIP 25
1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira
O controller (principal contador) geralmente lida
com atividades contábeis, como a contabilidade
empresarial, gestão tributária, contabilidade
financeira e contabilidade de custos. O foco do
tesoureiro tende a ser mais externo, e o do controller,
mais interno.
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1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira
Se compras ou vendas no exterior forem importantes
para a empresa, ela pode empregar um ou mais
profissionais de finanças dedicados a monitorar e
gerenciar a exposição a perdas causadas por
flutuações da taxa de câmbio.
Um administrador financeiro bem treinado pode fazer
hedge (isto é, criar uma proteção contra tais perdas)
a um custo razoável, por meio de diversos
instrumentos financeiros. Esses gerentes de
câmbio costumam reportar-se ao tesoureiro.
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Ciências Contábeis - UNIP 27
1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira
1.2 Ambiente Econômico
Relação com a economia
O campo das finanças está intimamente associado
ao da teoria econômica. Os administradores
financeiros precisam entender o arcabouço da
economia e estar alertas para as consequências de
níveis variáveis de atividade econômica e de
mudanças de política econômica.
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Ciências Contábeis - UNIP 28
1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira
Também precisam saber usar as teorias econômicas
como diretrizes para uma operação eficiente da
empresa.
Alguns exemplos disso são análise de oferta e
demanda, estratégias de maximização de lucros e a
teoria de preços.
O principal princípio econômico usado na
administração financeira é o da análise marginal
custo-benefício, segundo o qual decisões
financeiras devem ser tomadas e atos têm de ser
praticados somente quando os benefícios adicionais
superarem os custos adicionais.
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Ciências Contábeis - UNIP 29
1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira
Quase todas as decisões
financeiras se referem, em
última análise, a uma
avaliação de seus benefícios
e custos.
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Ciências Contábeis - UNIP 30
1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira
Relação com a contabilidade
As atividades de finanças (tesoureiro) e
contabilidade (controller) estão intimamente
relacionadas e, via de regra, se sobrepõem.
Na verdade, muitas vezes é difícil distinguir a
administração financeira da contabilidade. Nas
empresas de pequeno porte, o controller com
frequência executa a função financeira e, nas
maiores, muitos contabilistas estão fortemente
envolvidos com diversas atividades financeiras.
Mas há duas diferenças básicas entre finanças e
contabilidade: ênfase nos fluxos de caixa e a tomada
de decisões.
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Ciências Contábeis - UNIP 31
1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira
Ênfase nos fluxos de caixa
A função primordial do contabilista é desenvolver e
relatar dados para mensurar o desempenho da
empresa, avaliar sua situação financeira, atender
aos requisitos dos reguladores de títulos e
apresentar os relatórios por eles exigidos, além de
registrar e pagar impostos. Usando determinados
princípios padronizados e geralmente aceitos, os
contabilistas preparam demonstrações financeiras
que reconhecem as receitas no momento da venda
(tenha o pagamento sido recebido ou não) e
reconhecem as despesas no momento em que são
incorridas. Essa abordagem é conhecida como
regime de competência.Prof. José Luís
Ciências Contábeis - UNIP 32
1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira
O administrador financeiro, por outro lado, enfatiza
os fluxos de caixa, as entradas e saídas de dinheiro.
Ele mantém a empresa solvente, planejando os
fluxos de caixa necessários para que ela honre suas
obrigações e adquira os ativos necessários para
realizar suas metas.
O administrador financeiro aplica esse regime de
caixa para reconhecer as receitas e despesas
apenas quando das entradas e saídas efetivas de
caixa.
Independentemente de seus lucros ou prejuízos,
cada empresa precisa ter fluxo de caixa suficiente
para atender suas obrigações à medida que se
tornem devidas.
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Ciências Contábeis - UNIP 33
1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira
As pessoas não usam o regime por competência.
Em vez disso, baseiam-se apenas em fluxos de
caixa para medir seus resultados financeiros. De
modo geral. elas planejam, monitoram e avaliam
suas atividades financeiras com base nos fluxos de
caixa de um dado período, geralmente de um mês
ou um ano.
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Ciências Contábeis - UNIP 34
1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira
Chiquinho projeta seus fluxos de caixa para outubro
do ano corrente da seguinte forma:
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Ciências Contábeis - UNIP 35
1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira
Chiquinho subtrai suas saídas totais de caixa de $
4.835 das entradas totais de $ 4.620 e constata que
seu fluxo de caixa líquido em outubro será de $ 215
negativos.
Para cobrir esse déficit, ela terá que tomar um
empréstimo de $ 215 (usando o cartão de crédito,
por exemplo) ou sacar $ 215 da poupança.
Alternativamente, pode optar por reduzir suas saídas
de caixa nas áreas de gastos opcionais - como
roupas, restaurantes ou nos itens que compõem os $
425 de despesas diversas.
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Ciências Contábeis - UNIP 36
1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira
Tomada de decisões
A segunda grande diferença entre finanças e
contabilidade tem a ver com a tomada de decisões.
Os contabilistas dedicam a maior parte de seus
esforços à coleta e apresentação de dados
financeiros.
Os administradores financeiros avaliam as
demonstrações contábeis, desenvolvem mais dados
e tomam decisões com base na análise marginal
resultante.
É claro que isso não quer dizer que os contabilistas
jamais tomem decisões, ou que os administradores
financeiros jamais coletem dados. Apenas que o foco
principal das duas atividades é bastante diferente.
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Ciências Contábeis - UNIP 37
1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira
Principais atividades do administrador financeiro
Além do envolvimento constante com a análise e o
planejamento financeiros, as principais atividades
dos administradores financeiros são tomar decisões
de investimento e de financiamento.
As decisões de investimento determinam a
combinação e os tipos dos ativos que a empresa
detém.
As de financiamento determinam a combinação e
os tipos de financiamento por ela usados. Essas
decisões podem ser mais facilmente compreendidas
por meio do balanço patrimonial.
Entretanto as decisões são efetivamente tomadas
com base nos efeitos do fluxo de caixa sobre o valor
geral da empresa.Prof. José Luís
Ciências Contábeis - UNIP 38
1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira
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Ciências Contábeis - UNIP 39
1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira
OBJETIVO DA EMPRESA
É comum os proprietários de uma sociedade por
ações não serem os seus administradores.
O administrador financeiro deve agir no sentido de
realizar os objetivos dos proprietários, seus
acionistas.
Na maioria dos casos, se os administradores
financeiros tiverem sucesso nessa missão, também
atingirão seus próprios objetivos financeiros e
profissionais.
Dessa forma, eles precisam saber quais são os
objetivos dos donos do negócio.
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Ciências Contábeis - UNIP 40
1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira
Maximização do lucro?
Há quem acredite que o objetivo da empresa é
sempre maximizar o lucro. Para tanto, o
administrador financeiro somente praticaria atos que
tendessem a fazer uma grande contribuição para os
lucros totais da empresa.
Dentre cada conjunto de alternativas considerado, o
administrador financeiro escolheria o que devesse
resultar em maior resultado monetário.
Prof. José Luís
Ciências Contábeis - UNIP 41
1 – Objetivo e Ambiente da Administração Financeira
As sociedades por ações costumam medir sua
lucratividade em termos de lucros por ação (LPA),
que representam o montante ganho a cada período
para cada ação ordinária em circulação.
O LPA é calculado dividindo-se o lucro total do
período disponível para os acionistas ordinários da
empresa pelo número de ações ordinárias em
circulação.
Prof. José Luís
Ciências Contábeis - UNIP 42
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Prof. José Luís
Ciências Contábeis - UNIP 43
2 – Decisões de Investimento e Financiamento a Curto e
Longo Prazo
A administração financeira procura responder três
questões fundamentais:
1. Quais investimentos de longo prazo você deve
fazer?
2. Onde você conseguirá os financiamentos para
viabilizar esses investimentos?
3. Como você obterá resultados que atendam às
exigências dos acionistas?
Prof. José Luís
Ciências Contábeis - UNIP 44
2 – Decisões de Investimento e Financiamento a Curto e
Longo Prazo
Os administradores financeiros contribuem para o
sucesso dos negócios empresariais ao darem
respostas adequadas a essas questões.
Nas decisões de investimento, por exemplo, criam,
recebem e desenvolvem alternativas de negócios de
longo prazo, com retornos favoráveis aos acionistas,
buscando sempre a maximização da riqueza da
empresa.
Prof. José Luís
Ciências Contábeis - UNIP 45
2 – Decisões de Inv. e Financ. a Curto e Longo Prazo
Essas alternativas podem se restringir a um ramo
específico de negócios ou abranger vários setores
da atividade econômica.
Os investimentos podem ocorrer ao longo da cadeia
produtiva da empresa, por exemplo, no caso das
redes de supermercados, que investem em produzir
suas marcas próprias como forma de tornar seus
clientes fiéis e de diminuir a dependência de
fornecedores.
Prof. José Luís
Ciências Contábeis - UNIP 46
2 – Decisões de Inv. e Financ. a Curto e Longo Prazo
As decisões financeiras ocorrem ao longo do
tempo.
Quando se referem às atividades normais da
empresa, relacionadas aos pagamentos e
recebimentos do dia a dia, são ditas decisões
financeiras de curto prazo, conhecidas também
como administração do capital de giro.
As decisões financeiras de longo prazo são aquelas
pertinentes aos investimentos, e financiamentos e
resultados, com prazos superiores a um ano.
Prof. José Luís
Ciências Contábeis - UNIP 47
2 – Decisões de Inv. e Financ. a Curto e Longo Prazo
As instituições financeiras, por sua vez,
desempenham papel relevante na economia porque
como os recursos financeiros não estão distribuídos
de maneira uniforme entre os agentes econômicos,
há necessidade da intermediação financeira,
captando os excedentes dos agentes superavitários
e alocando-os aos agentes deficitários.
Prof. José Luís
Ciências Contábeis - UNIP 48
2 – Decisões de Inv. e Financ. a Curto e Longo Prazo
DECISÕES FINANCEIRAS
A administração financeira envolve basicamente a
gestão de recursos financeiros. Como obter esses
recursos e onde aplicá-los é a atividade principal
do administrador financeiro. A obtenção de
recursos diz respeito às decisões de
financiamento, e sua utilização, às decisões de
investimento – e com resultados positivos.
Como obter esses recursos e onde aplica-los é a
atividade principal do administrador financeiro.
O diretor financeiro é responsável direto pela
criação de valor, pela saúde econômico-financeira
e pela credibilidade no mercado financeiro e de
capitais.
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Prof. José Luís
Ciências Contábeis - UNIP 49
2 – Decisões de Inv. e Financ. a Curto e Longo Prazo
DECISÃO DE INVESTIMENTO
Entende-se por investimento toda a aplicação de
capital em algum ativo, tangível ou não, para obter
determinado retorno futuro.
Um investimento pode ser a criação de uma nova
empresa ou implantação de um projeto em uma já
existente, por exemplo.
O processo de geração de propostas,
determinação das alternativas viáveis, tomada de
decisão, implantação e avaliação de desempenho
é chamado de orçamento de capital.Prof. José Luís
Ciências Contábeis - UNIP 50
2 – Decisões de Inv. e Financ. a Curto e Longo Prazo
No setor industrial, o projeto de investimento mais
clássico é a aquisição de novas linhas de produção.
Mas também são importantes os projetos de
reposição de equipamentos, reforma de linhas de
produção antigas, projetos para auto mação
industrial, projetos de substituição de mão de obra,
projetos para adoção de novas tecnologias e
projetos linha verde, objetivando reduzir os impactos
ambientais nocivos dos processos produtivos.
Prof. José Luís
Ciências Contábeis - UNIP 51
2 – Decisões de Inv. e Financ. a Curto e Longo Prazo
No setor agroindustrial, os projetos envolvem
aplicações de recursos na aquisição de maquinário
agrícola, na construção de silos e armazéns, no
melhoramento genético e do solo, no aumento da
produtividade, na formação de cooperativas, no
processamento de produtos in natura agregando
valor, na informatização do controle da produção e
nos canais de comercialização.
Prof. José Luís
Ciências Contábeis - UNIP 52
2 – Decisões de Inv. e Financ. a Curto e Longo Prazo
No setor de serviços, os projetos de investimento
referem-se desde reforma das instalações até
campanhas publicitárias.
Os gastos com automação comercial e sistemas de
informações gerenciais também são projetos de
investimento, na medida em que podem aumentar
ou diminuir o valor da empresa, no longo prazo.
Prof. José Luís
Ciências Contábeis - UNIP 53
2 – Decisões de Inv. e Financ. a Curto e Longo Prazo
Uma empresa de capital intensivo requer grandes
investimentos em ativos imobilizados. Exemplos
desse tipo de empresa são; Ambev, Embraer, Vale,
Petrobras, Gerdau, Renault, Telefônica e Copel.
Para empresas do ramo varejista, que não exigem
grandes imobilizações, e sim grandes investimentos
em estoques, serão dadas outras respostas.
Exemplos desse tipo de empresas são: Casas
Pernambucanas, Casas Bahia, Pão de Açúcar,
Supermercados Condor e Lojas Riachuelo.
Prof. José Luís
Ciências Contábeis - UNIP 54
2 – Decisões de Inv. e Financ. a Curto e Longo Prazo
Decisões de Investimentos
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Ciências Contábeis - UNIP 55
2 – Decisões de Inv. e Financ. a Curto e Longo Prazo
Organizações não voltadas ao lucro, tais como
associações, fundações, organizações não
governamentais e sindicatos, normalmente
demandam mais recurso de curto prazo, ativos
circulantes, especialmente caixa.
Da mesma forma, existem empresas que têm
maior necessidade de recursos de curto prazo,
como pequenos varejos, por exemplo, postos de
combustíveis, panificadoras, butiques;
E outras com necessidades de recursos de Longo
Prazo.
Prof. José Luís
Ciências Contábeis - UNIP 56
2 – Decisões de Inv. e Financ. a Curto e Longo Prazo
DECISÃO DE FINANCIAMENTO
Também chamada de decisão sobre estrutura de
capital, esta decisão envolve a consideração da
composição das fontes de financiamento, em termos
de capital próprio e de terceiros.
Quando uma empresa tem a capacidade de obter
recursos com taxas e prazos compatíveis, ela
consegue viabilizar bons projetos de investimento,
consequentemente trazendo maior valor para seus
acionistas.
Prof. José Luís
Ciências Contábeis - UNIP 57
2 – Decisões de Inv. e Financ. a Curto e Longo Prazo
A composição de recursos é chamada de estrutura
financeira e pode ser verificada do lado direito do
balanço, o PASSIVO.
Prof. José Luís
Ciências Contábeis - UNIP 58
2 – Decisões de Inv. e Financ. a Curto e Longo Prazo
Uma série de fatores - ramo de negócio, porte,
condição econômica do país, além de outros –
determinarão as respostas mais adequadas para
cada uma das questões formuladas.
Empresas multinacionais, ou grandes empresas
nacionais com livre acesso aos mercados financeiros
internacionais, por exemplo, podem preferir captar
recursos no exterior, onde o custo de capital é
menor, no entanto, estarão incorrendo risco cambial.
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Ciências Contábeis - UNIP 59
2 – Decisões de Inv. e Financ. a Curto e Longo Prazo
As decisões de financiamento envolvem a escolha
da estrutura de capital, a determinação do custo de
capital e a captação de recursos. Remetem,
portanto, à definição das fontes de financiamentos a
serem utilizadas nas atividades da empresa e nos
projetos de investimento.
Os recursos financeiros advêm de duas fontes:
capital próprio e capital de terceiros.
Prof. José Luís
Ciências Contábeis - UNIP 60
2 – Decisões de Inv. e Financ. a Curto e Longo Prazo
O capital próprio é formado por recursos dos
acionistas da empresa. Pessoas físicas e jurídicas
superavitárias aplicam seus recursos excedentes
nas empresas.
Essas aplicações são feitas no longo prazo, por meio
de compra de ações no mercado de capitais.
A motivação para a aplicação dos recursos pessoais
e empresariais em projetos de investimento é a
perspectiva de obtenção de lucro.
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Prof. José Luís
Ciências Contábeis - UNIP 61
2 – Decisões de Inv. e Financ. a Curto e Longo Prazo
Esse lucro é representado pela distribuição de
dividendos e valorização do preço da ação no
mercado e distribuição de bonificações.
Os principais investidores, hoje, são os fundos de
pensão e os fundos de investimentos.
No Brasil, os investidores estrangeiros
representavam, em dezembro de 2009, 37% dos
valores negociados na BM&FBOVESPA.
Prof. José Luís
Ciências Contábeis - UNIP 62
2 – Decisões de Inv. e Financ. a Curto e Longo Prazo
O capital de terceiros entra na empresa por meio de
financiamentos obtidos junto a instituições
financeiras. Esses financiamentos demandam o
pagamento de valores, representando a amortização
do principal e os juros. Os juros constituem a
remuneração dos recursos tomados emprestados.
As dívidas da empresa com fornecedores (duplicatas
a pagar), com funcionários (salários a pagar), com o
governo (tributos a pagar) também constituem
recursos de terceiros à disposição da empresa.
Esses valores são conhecidos como créditos
espontâneos e não são considerados como parte da
estrutura de capital.
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2 – Decisões de Inv. e Financ. a Curto e Longo Prazo
É muito difícil determinar com consistência o nível de
endividamento adequado para a empresa.
Os bancos comerciais, por exemplo, trabalham com
uma relação de 9 para 1, ou seja, para cada R$1,00
de recursos próprios (Patrimônio Liquido) têm
R$9,00 de capital de terceiros (Passivo circulante +
Passivo não circulante), o que é perfeitamente
aceitável.
Empresas não financeiras não podem assumir esse
nível de endividamento.
Prof. José Luís
Ciências Contábeis - UNIP 64
2 – Decisões de Inv. e Financ. a Curto e Longo Prazo
A discussão de estrutura de capital no Brasil é
extremamente interessante, porquanto a
disponibilidade de fontes de financiamento de longo
prazo é bastante reduzida.
Sob a forma de capital de terceiros, a principal fonte
de recurso é o BNDES - Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social.
Prof. José Luís
Ciências Contábeis - UNIP 65
2 – Decisões de Inv. e Financ. a Curto e Longo Prazo
O mercado financeiro brasileiro opera com taxas de
juros elevadas, se comparadas com a de outros
países em seu estágio de desenvolvimento, e se
concentra em empréstimos de curto prazo.
Para longo prazo, praticamente todos os bancos de
investimentos brasileiros atuam como repassadores
de recursos do BNDES.
Prof. José Luís
Ciências Contábeis - UNIP 66
2 – Decisões de Inv. e Financ. a Curto e Longo Prazo
Sob a forma de capital próprio, no Brasil as
empresas deparam-se ainda com a baixa renda per
capita dos brasileiros e a falta de tradição de
investimentos de risco (ações), beneficiando-se
pouco do mercado de capital.
Por exemplo, a BM&F BOVESPA, maior bolsa de
valores do Brasil, negocia papéis de apenas cerca
de 750 empresas, enquanto a NYSE (New York
Stock Exchange) americana tem mais de 3.500
empresas. O BNDES, por meio de sua subsidiária
BNDESPAR, é uma fonte de capitalização das
empresas, em casos especiais, quando adquire
participação acionária.