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Avaliação da Aprendizagem em Processo
Caderno do Professor
3ª Série do Ensino Médio
Língua Portuguesa
São Paulo
Agosto de 2015
9ª Edição
Avaliação da Aprendizagem em Processo Língua Portuguesa – Gabarito de Prova 3ª EM – 9ª edição – agosto 2015
QUESTÕES A B C D
1 X
2 X
3 X
4 X
5 X
6 X
7 X
8 X
9 X
10 X
11 X
12 X
13 X
14 X
15 X
16 X
17 X
18 X
19 X
20 X
21 X
22 X
23 X
24 X
e
No Caderno do Professor há dois itens comentados com o objetivo de subsidiar o professor na análise reflexiva, no Ensino Fundamental dos Anos Finais e Ensino Médio.
Questões Comentadas – Ensino Fundamental – Anos Finais
Série/Ano Habilidade Questões
5ª Série/6º Ano
Reconhecer os elementos da narrativa (personagem, enredo, tempo, espaço ou foco narrativo).
Identificar o uso adequado dos modos verbais em funcionamento no texto (modos indicativo, subjuntivo e imperativo).
07 e 24
6ª Série/7º Ano
Identificar relações lógico-discursivas
decorrentes do uso de elementos de
referenciação (pronome relativo,
indefinido ou interrogativo) em notícias,
relatos de experiência, crônicas ou
contos.
Identificar tema/assunto principal em
um texto (relato de experiência
07 e 05
7ª Série/8º Ano
Identificar marcas de variação
linguística em textos do ponto de vista
do léxico, da morfologia ou da sintaxe
Reconhecer diferentes formas de
tratar uma informação na comparação
de textos que se referem ao mesmo
tema.
05 e 19
8ª Série/9º Ano
Identificar recursos semânticos
expressivos (figuras de linguagem:
metáfora ou comparação).
13 e 20
Estabelecer relações entre textos
verbais e não verbais.
No Caderno do Professor há dois itens comentados com o objetivo de subsidiar o professor na análise reflexiva, no Ensino Fundamental dos Anos Finais e Ensino Médio.
Questões Comentadas – Ensino Médio
Série/Ano Habilidade Questões
1ª Série
Reconhecer os elementos constitutivos da organização de um gênero textual (textos informativos: o convite de casamento e o folheto de divulgação).
Inferir informações implícitas em um texto
(tema/assunto principal).
06 e 20
2ª Série
Identificar recursos semânticos expressivos em um texto – figuras de linguagem: metáfora/metonímia/personificação/gradação/antítese.
Estabelecer relações entre a tese e os argumentos
para sustentá-la.
05 e 17
3ª Série
Identificar os argumentos em um texto.
Reconhecer o efeito de sentido produzido pela
exploração de recursos morfossintáticos (advérbios e
diminutivos).
06 e 20
Avaliação da Aprendizagem em Processo Língua Portuguesa – Tabela de Habilidades 3ª EM – 9ª edição – agosto 2015
Questões Descrição da Habilidade
01 e 18
Reconhecer a presença de valores culturais e/ou sociais e/ou humanos em contextos literários.
03 e 24 Reconhecer os usos da norma padrão e de outras variedades linguísticas em diferentes situações de uso social.
04 e 19 Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam de um mesmo tema.
05 e 23 Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato, considerando seu contexto.
06 e 12 Identificar os argumentos em um texto.
08 e 16 Reconhecer o efeito de sentido produzido pela exploração de recursos gráficos (pontuação e outras notações).
07 e 09 Reconhecer os elementos constitutivos da organização de um gênero textual (artigo de opinião, dissertação escolar, poema/letra de música).
02 e10 Reconhecer os elementos estruturais da narrativa (personagens, marcadores de tempo e de localização, sequência lógica dos fatos).
11 e 21 Identificar a tese de um texto argumentativo.
13 e 15 Identificar marcas linguísticas em textos, do ponto de vista do léxico.
14 e 22
Reconhecer o efeito de sentido produzido pela exploração de recursos
morfossintáticos (operadores discursivos de contradição, tempo, causa e
condição).
17 e 20
Reconhecer o efeito de sentido produzido pala exploração de recursos morfossintáticos (advérbios e diminutivos).
Leia o texto e responda às questões 1 e 2:
[...] Felizmente D. Camila tinha dado a suas filhas a mesma vigorosa
educação que recebera; a antiga educação brasileira, já bem rara em nossos
dias, que, se não fazia donzelas românticas, preparava a mulher para as
sublimes abnegações que protegem a família, e fazem da humilde casa um
santuário.
Mariquinhas, mais velha que Fernando, vira escoarem-se os anos da
mocidade, com serena resignação. Se alguém se lembrava de que o outono,
que é a estação nupcial, ia passando sem esperança de casamento, não era
ela, mas a mãe, D. Camila, que sentia apertar-se-lhe o coração, quando lhe
notava o desbote da mocidade.
Também Fernando algumas vezes a acompanhava nessa mágoa; mas
nele breve a apagava o bulício do mundo.
Nicota, a mais moça e também mais linda, ainda estava na flor da idade;
mas já tocava aos vinte anos, e com a vida concentrada que tinha a família,
não era fácil que aparecessem pretendentes à mão de uma menina pobre e
sem proteções. Por isso cresciam as inquietações e tristezas da boa mãe, ao
pensar que também esta filha estaria condenada à mesquinha sorte do aleijão
social, que se chama celibato.
Quando Fernando chegou à maioridade, D. Camila nele resignou a
autoridade que exercia na casa, e a administração do módico patrimônio que
ficara por morte do marido, e que embora partilhado nos autos, ainda estava
intacto e em comunhão. [...]
ALENCAR, José de. Senhora: perfil de mulher. 6 ed. São Paulo: FTD, 1999. (Coleção Grandes
leituras). p. 42 – 43. (adaptado)
Habilidade
Reconhecer a presença de valores
culturais e/ou sociais e/ou humanos em
contextos literários.
Questões 01 e 18
Questão 1
No texto, Alencar apresenta:
(A) A atitude enérgica e firme de Fernando diante dos problemas cotidianos de
sua família.
(B) A dificuldade de sobrevivência das mulheres na sociedade brasileira
do século XIX.
(C) A serenidade com que D. Camila encara a falta de pretendentes à mão de
suas filhas.
(D) A preocupação das autoridades com o patrimônio dos herdeiros, em casos
de morte.
Habilidade
Reconhecer os elementos estruturais da
narrativa (personagens, marcadores de
tempo, e de localização, sequência lógica
dos fatos).
Questões 2 e 10
Questão 2
O texto é uma narrativa porque
(A) ilustra um apelo para que o leitor leia romances.
(B) defende a ideia de que as mulheres precisam casar.
(C) apresenta personagens que participam do enredo.
(D) descreve situações e locais frequentados pela família.
Leia o texto abaixo e responda à questão 3: Quando eu falo com vocês, procuro usar o código de vocês. A figura do índio
no Brasil de hoje não pode ser aquela de 500 anos atrás, do passado, que
representa aquele primeiro contato. Da mesma forma que o Brasil de hoje não
é o Brasil de ontem, tem 160 milhões de pessoas com diferentes sobrenomes.
Vieram para cá asiáticos, europeus, africanos, e todo mundo quer ser
brasileiro. A importante pergunta que nós fazemos é: qual é o pedaço de índio
que vocês têm? O seu cabelo? São seus olhos? Ou é o nome da sua rua? O
nome da sua praça? Enfim, vocês devem ter um pedaço de índio dentro de
vocês. Para nós, o importante é que vocês olhem para a gente como seres
humanos, como pessoas que nem precisam de paternalismos, nem precisam
ser tratadas com privilégios. Nós não queremos tomar o Brasil de vocês, nós
queremos compartilhar esse Brasil com vocês.
TERENA, M. Debate. MORIN, E. Saberes globais e saberes locais. Rio de Janeiro: Garamond, 2000
(adaptado).
Habilidade
Reconhecer os usos da norma padrão e
de outras variedades linguísticas em
diferentes situações de uso social.
Questões 3 e 24
Questão 3 (Adaptada do ENEM 2009)
Na situação de comunicação em que o texto foi produzido, a norma padrão da
língua portuguesa é empregada com a finalidade de
(A) demonstrar a clareza e a complexidade da nossa língua materna.
(B) mostrar como as línguas indígenas foram incorporadas à língua
portuguesa.
(C) situar os dois lados da interlocução em posições equivalentes.
(D) comprovar a importância da correção gramatical nos diálogos entre os
indígenas.
Leia os textos e responda à questão 4. TEXTO I Ideologia Cazuza e Frejat
O meu partido É um coração partido E as ilusões estão todas perdidas Os meus sonhos foram todos vendidos Tão barato que eu nem acredito
Ah, eu nem acredito Que aquele garoto que ia mudar o mundo (Mudar o mundo) Frequenta agora as festas do “Grand Monde” Meus heróis morreram de overdose Meus inimigos estão no poder Ideologia Eu quero uma pra viver Ideologia Eu quero uma pra viver O meu prazer Agora é risco de vida Meu sex and drugs não tem nenhum rock’n roll Eu vou pagar a conta do analista Pra nunca mais ter que saber quem eu sou Pois aquele garoto que ia mudar o mundo (Mudar o mundo) Agora assiste a tudo em cima do muro Meus heróis morreram de overdose Meus inimigos estão no poder Ideologia Eu quero uma pra viver Ideologia Eu quero uma pra viver Disponível em: <http://www.cazuza.com.br/sec_discogra_letra.php?language=pt_BR&id=17>. Acesso em: 15 de junho de 2015.
TEXTO II
Disponível em: <http://sizenandocartunsecartuns.blogspot.com.br/2008/03/enquanto-isso-na-floresta- -das-ilusoes.html>. Acesso em: 15 de junho de 2015.
Habilidade
Reconhecer diferentes formas de tratar
uma informação na comparação de textos
que se referem ao mesmo tema.
Questões 4 e 19
Questão 4 (PROVA BRASIL/SAEB) A relação entre o Texto I – Ideologia – e o cartum (Texto II) está presente nos versos: (A) “Os meus sonhos foram todos vendidos” / “Tão barato que eu nem acredito” (v. 4 e 5) (B) “Ideologia” / “Eu quero uma pra viver” (v. 12 e 13) (C) “Pra nunca mais ter que saber quem eu sou” / “Meus inimigos estão no poder” (v. 20 e 25) (D) “ O meu prazer “ / “ Agora é risco de vida” (v. 16 e 17) Leia o texto e responda à questão 5.
O movimento dos metaleiros A análise de uma espécie de dança praticada pela plateia em concertos de heavy metal pode ajudar a entender o comportamento de uma multidão em fúria ou pânico e orientar o planejamento de ambientes mais adequados a essas situações. Por Cássio Leite Vieira Publicado em 18/07/2013 | Atualizado em 18/07/2013
Sem saber, metaleiros estão dando uma contribuição importante à cultura ao praticarem uma dança caótica e violenta em concertos de heavy metal, um tipo de rock rápido, distorcido e barulhento. A análise desse comportamento pode ajudar cientistas, engenheiros e arquitetos a salvar vidas. A ciência tem estudado o movimento coletivo de pássaros e peixes. E isso tem ajudado a entender movimentos organizados de humanos, como pessoas atravessando faixas de pedestres, entrando e saindo de estações de metrô, caminhando em largas avenidas e mesmo a famosa ‘ola’ nos estádios. Mas como entender a multidão em fúria ou pânico? A não ser em computadores, essas situações são difíceis de simular. E, mesmo nas simulações com humanos, os voluntários não se comportam como em uma situação real – e, por motivos claramente éticos, não se pode causar pânico ou medo em lugar cheio de gente para analisar o que acontece. O grupo de Jesse Silverberg, da Universidade Cornell (EUA), encontrou algo bem parecido com isso no som e na fúria dos concertos de heavy metal. Nessas apresentações, é comum que parte da plateia pratique o chamado
mosh, um movimento coletivo que se assemelha a choques corporais aleatórios (e, por vezes, violentos) contra a pessoa na vizinhança mais próxima. O mosh assemelha-se ao movimento de um gás, concluiu estudo. [...] Disponível em: <http://cienciahoje.uol.com.br/revista-ch/2013/305/o-movimento-dos-metaleiros/view>. Acesso em: 15 de junho de 2015. (adaptado).
Habilidade Distinguir um fato da opinião relativa a
esse fato, considerando seu contexto. Questões 5 e 23
Questão 5 Uma opinião do autor sobre o fato relatado está presente em: (A) “A ciência tem estudado o movimento coletivo de pássaros e peixes”. (B) “Nessas apresentações, é comum que parte da plateia pratique o chamado mosh [...]”. (C) “O mosh assemelha-se ao movimento de um gás, concluiu o estudo”. (D) “Sem saber, metaleiros estão dando uma contribuição importante à cultura [...]”. Leia o texto e responda às questões 6 e 7.
Francisco se foi, vamos falar de juventude?
Para a mídia, em geral as crianças e jovens são vistos sob duas óticas: como consumidores ou como infratores Por Dal Marcondes — publicado 30/07/2013
Até poucos dias antes da chegada do papa Francisco ao Brasil a pauta de juventude não era bucólica e carregada de mensagens de paz e esperança. Pelo contrário, era alto o brado pela redução da maioridade penal e fortes os ataques ao ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), que garante direitos a uma das pontas frágeis da sociedade. Para a mídia, em geral as crianças e jovens são vistos sob duas óticas: como consumidores ou como infratores. Não há uma reflexão nos meios de imprensa sobre o papel dos jovens na sociedade enquanto atores capazes de oferecer a energia que alimenta as utopias ou pessoas com grande capacidade para inovar e propor caminhos, alternativas e novas tecnologias. A abordagem da imprensa dos fatos de uma sociedade não é feita pela ótica da normalidade, daquilo que é a rotina do cotidiano, mas da exceção. Ou seja, quando um adolescente comete um crime bárbaro aquilo é martelado à exaustão nos canais de TV e jornais, principalmente porque a anomalia é notícia e, portanto, vende mais, atrai mais público. A repetição da anomalia cria na sociedade uma falsa sensação de que aquilo é corriqueiro, que os crimes cometidos por jovens são a maioria e que eles precisam ser punidos.
Por outro lado, o tratamento desqualificado e muitas vezes brutal recebido por jovens encarcerados em instituições que deveriam garantir seus direitos à educação, saúde, moradia e outros é fato corriqueiro, portanto, deixa de ser notícia. Não é abordado pela mídia, a não ser em casos de rebelião, quando novamente a exceção rompe a barreira da rotina e exige seu espaço nas manchetes. O debate sobre a maioridade penal deveria ser mais abrangente, envolvendo uma discussão ampla sobre as políticas voltadas para a juventude em todo o Brasil, nas questões de educação, saúde e moradia, mas principalmente em relação ao acesso dos jovens a oportunidades, principalmente de trabalho. [...] Disponível em: <http://www.cartacapital.com.br/sociedade/francisco-se-foi-vamos-falar-de-juventude-6486.html >. Acesso em: 15 de junho de 2015. (adaptado)
Habilidade Identificar os argumentos em um texto. Questões 6 e 12
Questão 6
Em “Para a mídia, em geral as crianças e jovens são vistos sob duas óticas: como consumidores ou como infratores”, há uma ideia sustentada pelo argumento de que:
(A) a imprensa aborda os fatos do cotidiano destacando o que é exceção e não normalidade sobre os jovens.
(B) a população carcerária no Brasil é constituída por jovens de 18 a 24 anos, em sua maioria.
(C) a sociedade brasileira aceita a importância do ECA para garantir os direitos da juventude. (D) a imprensa reconhece o papel dos jovens e sua capacidade de inovar e traçar novos rumos para a sociedade.
Comentários e Recomendações Pedagógicas
A lógica existente entre os elementos que constituem as sequências
predominantemente argumentativas do texto, na questão, deixa transparecer a
coerência entre as ideias expostas. Assim, a forma coesa como as ideias se
desenvolvem favorece a compreensão do leitor.
Os artigos de opinião circulam cotidianamente na esfera jornalística e é
inegável a influência dos formadores de opinião. A partir da exposição de uma
tese, o autor elabora argumentos para dar sustentação a seu ponto de vista.
É importante levar para a rotina da sala de aula, esse gênero textual e
trabalhar a leitura compartilhada de maneira que o aluno compreenda o texto
não como um agrupamento de frases justapostas, mas como uma composição
organizada de forma que os argumentos estão apresentados para rechaçar
opiniões contrárias e sustentar ou defender uma tese do autor a respeito da
questão polêmica proposta.
Quanto mais contemporânea for a temática e envolvente a questão
polêmica, mais atrativas podem ser as atividades propostas aos alunos. Alguns
questionamentos podem ajudar a distinguir o tema, a questão polêmica, a ideia
principal e as secundárias, assim como os argumentos que confirmam ou
contrapõem as ideias expostas, as conclusões ou propostas de intervenção
feitas pelo autor. Esses exercícios realizados com frequência podem levar à
autonomia de compreensão de leitura, imprescindível em inúmeras situações.
É importante realizar a leitura em voz alta pelo professor e/ou pelos
alunos de parágrafo em parágrafo, sanando dúvidas de vocabulário e fazendo
perguntas para que os alunos identifiquem:
a questão polêmica (como a mídia vê os jovens na atualidade?);
a tese do autor (“Para a mídia, em geral as crianças e jovens são
vistos sob duas óticas: como consumidores ou como infratores”);
os argumentos para defender a tese (“A abordagem da imprensa
dos fatos de uma sociedade não é feita pela ótica da
normalidade, daquilo que é a rotina do cotidiano, mas da
exceção”; “A repetição da anomalia cria na sociedade uma falsa
sensação de que aquilo é corriqueiro”; “o tratamento
desqualificado e muitas vezes brutal recebido por jovens
encarcerados em instituições que deveriam garantir seus direitos
à educação, saúde, moradia e outros é fato corriqueiro, portanto,
deixa de ser notícia”).
O gabarito (A) traz um argumento que corrobora a ideia apresentada no
trecho do texto que constitui o enunciado da questão. Já os distratores trazem
argumentos que não se relacionam com a ideia em destaque. A partir da
identificação dos elementos que constituem o artigo e da compreensão global
do texto, os alunos conseguem chegar à resposta correta. Quanto mais
atividades com esse objetivo forem mediadas pelo professor, sempre que um
artigo de opinião for levado à sala de aula, mais autonomia de leitura desse
gênero será desenvolvida pelos alunos.
Habilidade
Reconhecer os elementos constitutivos da
organização de um gênero textual (artigo
de opinião, dissertação escolar, poema/
letra de música)
Questões 7 e 09
Questão 7 O texto apresenta elementos constitutivos próprios da organização do gênero textual denominado (A) propaganda. (B) artigo de opinião. (C) dissertação escolar. (D) reportagem.
Leia o texto e responda à questão 8.
O doce Carlos Drummond de Andrade
A boca aberta para o doce Já prelibando a gostosura, E o doce cai no chão de areia, droga! Olha em redor. Os outros viram. Logo aquele doce cobiçado A semana inteira, e pago do seu bolso! Irá deixá-lo ali, só porque os outros Estão presentes, vigilantes? A mão se inclina, pega o doce, limpa-o De toda areia e mácula do chão. “Se fosse em casa eu não pegava não, Mas aqui no colégio, que mal faz?”
ANDRADE, Carlos Drummond de. Biblioteca Verde. In: Carlos Drummond de Andrade – Poesia Completa. Rio de janeiro: Editora Nova Aguilar, 2002. P. 1099-1100.
Habilidade
Reconhecer o efeito de sentido produzido
pela exploração de recursos gráficos
(pontuação e outras notações).
Questões 08 e 16
Questão 8 O ponto de interrogação utilizado pelo poeta no último verso indica
(A) uma explicação para si mesmo. (B) uma explicação para os outros que estão olhando. (C) uma pergunta para si mesmo. (D) uma pergunta para os frequentadores do colégio.
Leia o texto e responda à questão 9. Tatuagem Chico Buarque de Hollanda
Quero ficar no teu corpo feito tatuagem Que é pra te dar coragem Pra seguir viagem Quando a noite vem E também pra me perpetuar em tua escrava Que você pega, esfrega, nega Mas não lava Quero brincar no teu corpo feito bailarina Que logo se alucina Salta e te ilumina Quando a noite vem E nos músculos exaustos do teu braço Repousar frouxa, murcha, farta Morta de cansaço Quero pesar feito cruz nas tuas costas Que te retalha em postas Mas no fundo gostas Quando a noite vem Quero ser a cicatriz risonha e corrosiva Marcada a frio, a ferro e fogo Em carne viva Corações de mãe Arpões, sereias e serpentes Que te rabiscam o corpo todo Mas não sentes Disponível em: <http://www.chicobuarque.com.br/frame_pesquisa.asp?tipo=1&busca=tatuagem>. Acesso em: 15 de junho de 2015.
Habilidade
Reconhecer os elementos constitutivos da
organização de um gênero textual (artigo
de opinião, dissertação escolar, poema/
letra de música).
Questões 7 e 09
Questão 9
Conforme Aytel M. T. Fonseca1, em Tatuagem, os recursos linguístico-expressivos contribuem para o ritmo da música, dentre eles I. as rimas entre palavras de mesma classe gramatical, chamadas de rimas
pobres, por serem mais previsíveis: tatuagem, viagem, coragem (substantivos) /braço, cansaço (substantivos) / corrosiva, viva (adjetivos).
II. as rimas entre palavras de classe gramatical diferente, conhecidas como
ricas, mais inusitadas: bailarina, alucina, ilumina (substantivo, verbo, verbo) / escrava, lava (substantivo, verbo) / serpentes, sentes (substantivo, verbo).
III. as rimas entre palavras de classe gramatical semelhante, conhecidas como
rimas sequenciadas, que se diferenciam apenas por um fonema: postas, gostas (substantivo, verbo).
Estão corretas: (A) as afirmativas I, II e III. (B) as afirmativas I e II. (C) as afirmativas I e III. (D) as afirmativas II e III. Leia o texto e responda à questão 10.
A outra noite
Rubem Braga
Outro dia fui a São Paulo e resolvi voltar à noite, uma noite de vento sul
e chuva, tanto lá como aqui. Quando vinha para casa de táxi, encontrei um
amigo e o trouxe até Copacabana; e contei a ele que lá em cima, além das
nuvens feias que cobriam a cidade eram, vistas de cima, enluaradas, colchões
de sonho, alvas, uma paisagem irreal.
1 Fonseca Teixeira. Aytel M. : Leitura na Escola: Gramática e expressividade. Disponível em:
http://www.filologia.org.br/xiv_cnlf/tomo_3/2775-2780.pdf Acesso em 16 de junho de 2015.
Depois que o meu amigo desceu do carro, o chofer aproveitou um sinal
fechado para voltar-se para mim:
— O senhor vai me desculpar, eu estava aqui a ouvir sua conversa.
Mas, tem mesmo luar lá em cima?
Confirmei: sim, acima da nossa noite preta e enlamaçada e torpe havia
uma outra — pura, perfeita e linda.
— Mas, que coisa...
Ele chegou a pôr a cabeça fora do carro para olhar o céu fechado de
chuva. Depois continuou guiando mais lentamente. Não sei se sonhava em ser
aviador ou pensava em outra coisa.
— Ora, sim senhor...
E, quando saltei e paguei a corrida, ele me disse um “boa-noite e um
“muito obrigado ao senhor” tão sinceros, tão veementes, como se eu tivesse
feito um presente de rei.
BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1960. p. 183-4.
Habilidade
Reconhecer os elementos estruturais da
narrativa (personagens, marcadores de
tempo, e de localização, sequência lógica
dos fatos).
Questões 2 e 10
Questão 10
Os fatos do texto estão organizados na sequência temporal da narrativa em:
(A) A surpresa do chofer, a gratidão do chofer, a conversa com o amigo.
(B) A surpresa do chofer, a conversa com o amigo, a gratidão do chofer.
(C) A conversa com o amigo a gratidão do chofer, a surpresa do chofer.
(D) A conversa com o amigo, a surpresa do chofer, a gratidão do chofer.
Leia o texto e responda às questões 11 e 12.
Mais produtividade para crescer
Na abertura do Fórum Mundial de Ciência, no Rio de Janeiro, economista
aponta necessidade de se investir na capacitação da mão de obra para manter
o crescimento econômico e a redução da desigualdade alcançados pelo Brasil
na última década.
Por: Sofia Moutinho | Publicado em 25/11/2013 | Atualizado em 25/11/2013
Nos últimos dez anos, a renda média do brasileiro cresceu 30% e a
desigualdade econômica caiu cerca de 6%, segundo o Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea). O cenário pode parecer animador, mas, para o
economista Ricardo Paes de Barros, secretário de ações estratégicas da
Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE), os
bons ventos podem não se sustentar em longo prazo, caso não haja
investimento na produtividade da mão de obra do país.
Segundo Barros, o admirável crescimento econômico se deu em decorrência
do crescimento do emprego durante esse período, aliado ao aumento da
escolaridade da população adulta. Mais educação levou a mais pessoas
empregadas, principalmente das camadas mais pobres, e, por consequência,
maior distribuição de renda.
O economista alerta, no entanto, que o crescimento econômico não foi
acompanhado de produtividade. Enquanto a renda aumentou 30% em 10 anos,
a produtividade cresceu menos que 10% no mesmo período.
Barros apontou que, sem a elevação da produtividade, o crescimento
econômico e a redução da desigualdade não vão se manter. “As pessoas
muitas vezes pensam que basta aumentar a renda das camadas mais pobres
da população para reduzir a desigualdade, mas não é tão simples assim”,
comentou. “Assistimos a um grande crescimento e nos tornamos um país
famoso por nossa capacidade de reduzir a desigualdade, mas nosso sucesso
social não é pleno.”
O economista ressaltou que, em última instância, a educação foi uma das
grandes responsáveis pela redução das desigualdades e que ela novamente
deve ser uma ferramenta para aumentar nossa produtividade. De acordo com
Barros, para manter o crescimento, é preciso investir na educação tecnológica
e na inovação.
“Nosso maior desafio é reganhar um crescimento estável e rápido e isso será
muito difícil sem a incorporação de novas tecnologias e a melhoria da
educação”, disse. Barros destacou ainda a necessidade de se investir na
capacidade de trabalho dos 10% mais pobres da população, que, segundo ele,
não foram totalmente contemplados com o crescimento econômico recente.
Ele enfatizou a importância de que essa capacitação acompanhe o progresso
tecnológico. “Para alcançarmos um desenvolvimento econômico pleno e
estável, o avanço tecnológico precisa ser recriado década após década e para
isso a ciência também é fundamental.” (Adaptado)
Disponível em: < http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/2013/11/mais-produtividade-para-crescer> Acesso em 15 de junho de 2015.
Habilidade Identificar a tese de um texto
argumentativo. Questões 11 e 21
Questão 11
No texto, a tese defendida pelo autor é a de que:
(A) O país aumentará sua produtividade investindo na educação e no
progresso tecnológico.
(B) O trabalho dos 10% mais pobre da população teve um crescimento
estável e rápido.
(C) O crescimento econômico se deu em decorrência da diminuição do
emprego nesse período.
(D) O desenvolvimento econômico tem pouca relação com a escolaridade
adulta.
Habilidade Identificar os argumentos em um texto. Questões 6 e 12
Questão 12
A educação deve ser uma ferramenta para aumentar a produtividade do Brasil.
Um argumento que reforça essa ideia é:
(A) “Enquanto a renda aumentou 30% em 10 anos, a produtividade
cresceu menos que 10% no mesmo período.”
(B) “Sem a elevação da produtividade, o crescimento econômico e a
redução da desigualdade não vão se manter.”
(C) “Nosso maior desafio é reganhar um crescimento estável e rápido
e isso será muito difícil sem a incorporação de novas tecnologias e
a melhoria da educação.”
(D) “Assistimos a um grande crescimento e nos tornamos um país famoso
por nossa capacidade de reduzir a desigualdade, mas nosso sucesso
social não é pleno.”
Leia o texto abaixo e responda à questão 13.
Domingão
Márcia Paganini Cavéquia
Domingo, eu passei o dia todo de bode. Mas, no começo da noite, melhorei e resolvi
bater um fio para o Zeca.
- E aí, cara? Vamos no cinema?
- Sei lá, Marcos. Estou meio pra baixo...
- Eu também tava, cara. Mas já estou melhor.
E lá fomos nós. O ônibus atrasou, e nós pagamos o maior mico, porque, quando
chegamos, o filme já tinha começado. Teve até um mané que perguntou se a gente
tinha chegado para a próxima seção.
Saímos de lá, comentando:
- Que filme massa!
- Maneiro mesmo!
Mas já era tarde, e nem deu para contar os últimos babados pro Zeca. Afinal,
segunda-feira é dia de trampo e eu detesto queimar o filme com o patrão. Não vejo a
hora de chegar o final de semana de novo para eu agitar um pouco mais.
Disponível em http://nelmundoca9.blogspot.com.br/2010/07/textos-para-interpretar-4-ou-5-ano.html
Acesso em 15 de junho de 2015.
Habilidade Identificar marcas linguísticas em textos,
do ponto de vista do léxico. Questões 13 e 15
Questão 13
As gírias presentes no trecho “- Eu também tava, cara.” e “Afinal, segunda-feira é dia
de trampo [...]” indicam que a conversa acontece entre
(A) amigos em situação coloquial.
(B) pessoas em diálogo formal.
(C) o chefe e o subordinado.
(D) o professor e seu aluno.
Leia o texto e responda à questão 14.
A arte da dublagem
No post de sexta-feira, reclamei de terem escolhido Luciano Huck para
dublar Flynn Rider em Enrolados. Queria deixar claro que não tenho nada
contra o apresentador da Rede Globo. Acho até seu programa interessante.
"Bem feitinho", como ele brincou com o CQC. O problema é que existem tantos
bons dubladores no Brasil que não dá para entender o porquê de escolherem
famosos como se isso fosse atrair público. O mais importante é funcionar na
história.
Para homenagear os profissionais da dublagem brasileira, coloco aqui o
documentário "Eu conheço essa voz", produzido por alunos da PUC visando
divulgar essa profissão tão desvalorizada. Crescemos ouvindo essas vozes,
seus trejeitos, sotaques. Assistir a filmes com atores em sua voz original, é
melhor, admito, mas no caso das animações, a dublagem brasileira tem seu
charme, afinal, mesmo o original é uma dublagem. A diferença é que, com a
evolução da tecnologia, cada vez mais as dublagens originais são trabalhadas
para casar perfeitamente com o movimento de boca e expressões do
personagem. Além disso, alguns efeitos sonoros se perdem, por mais que os
estúdios enviem as cópias com vários canais de áudio separados.
Ainda assim, esses talentosos profissionais brasileiros fazem de tudo
para entregar o melhor trabalho, como tive o prazer de ver ano passado aqui
em Salvador na sessão de dublagem ao vivo. Por mais que muitos, incluindo
eu, prefiram ver o filme no original a função dessa profissão para a conquista
de público é importantíssima, principalmente em um filme infantil, onde a
criançada ainda não consegue acompanhar legendas. Por isso, faço quase um
apelo aos produtores locais. Vamos valorizar a dublagem brasileira. Não
chamem pessoas famosas achando que isso vai valorizar seu filme, pois pode
acabar se revertendo em algo muito ruim. Já vi diversas manifestações contra
Luciano Huck em Enrolados na internet.
Amanda Aouad é Mestre em Comunicação e Cultura Contemporânea pela UFBA. Disponível em: http://www.cinepipocacult.com.br/2011/01/arte-da-dublagem.html Acesso em 15 de junho de 2015.
Habilidade
Reconhecer o efeito de sentido produzido
pela exploração de recursos
morfossintáticos (operadores discursivos
de contradição, tempo, causa e condição).
Questões 14 e 22
Questão 14
No trecho: “Assistir filmes com atores em sua voz original, é melhor, admito,
mas no caso das animações, a dublagem brasileira tem seu charme, afinal,
mesmo o original é uma dublagem.”
A alternativa em que a conjunção mas é substituída sem perda do sentido
original é
(A) Assistir a filmes com atores em sua voz original, é melhor, admito, isto é,
no caso das animações, a dublagem brasileira tem seu charme...”
(B) Assistir a filmes com atores em sua voz original, é melhor, admito,
portanto, no caso das animações, a dublagem brasileira tem seu
charme...”
(C) Assistir a filmes com atores em sua voz original, é melhor, admito,
porém, no caso das animações, a dublagem brasileira tem seu
charme...”
(D) Assistir a filmes com atores em sua voz original, é melhor, admito, assim,
no caso das animações, a dublagem brasileira tem seu charme...”
Leia o texto e responda à questão 15.
Finá de ato
Adispôs de tanto amor De tanto cheiro cheiroso De tanto beijo gostoso, nós briguemos Foi uma briga fatá; eu disse: cabou-se! Ele disse; cabou-se! E nós dois fiquemos mudo, sem vontade de falá. Xinguemos, sim, nós se xinguemos Como se pode axingá: -Ô, mandinga de sapo seco! _Ô, baba de cururu! _Tu fica no Norte Que eu vô pru sul Não quero te ver nem pintado de carvão Lá no fundo do quintá E se eu contigo sonhar Acordo e rezo o Creio em Deus Pai Pru modi não me assombrá. É... o Brasil é muito grande Bem pode nos separar! Eu engoli um salucio
Ele, engoliu bem uns quatro. Larguemo o pé pelo mato Passou-se tantos tempo Que nem é bom recordar... Onti, nós se encontremus Nenhum tentou disfarçá Eu parti pra riba dele Cum fogo aceso nu oiá Que se num fosse um cabra de osso Tava aqui dois pedaço. Foi tanto cheiro cheiroso... Foi tanto beijo gostoso... Antonce nós si alembremos O Brasil... é tão pequeno Nem pode nos separa!
Texto original de autor desconhecido. Adaptação de Gertrudes da Silva Jimenez Vargas Disponível em: http://pensador.uol.com.br/frase/NTU4MDI0/ Acesso em 15 de junho de 2015.
Habilidade Identificar marcas linguísticas em textos,
do ponto de vista do léxico. Questões 13 e 15
Questão 15 (SARESP – Adaptada)
No texto, o uso de uma variedade não padrão da língua portuguesa, deve-se
ao fato de que
(I) o autor desconhece a norma padrão da língua e escreve todas as palavras
erradas.
(II) o autor incorpora aspectos de oralidade no poema com a intenção de situar
o leitor.
(III) as marcas da oralidade permitem reconhecer uma possível falta de
escolarização.
(IV) a 3ª estrofe é construída para que o leitor perceba o espaço geográfico do
“eu lírico”.
Estão corretas as afirmativas: (A) II, III e IV. (B) I, III e IV. (C) II e IV. (D) I, II e III
Leia o poema e responda às questões 16 e 17.
O Anel de vidro Manuel Bandeira
Aquele pequenino anel que tu me deste,
- Ai de mim – era vidro e logo se quebrou... Assim também o eterno amor que prometeste,
- Eterno! Era bem pouco e cedo se acabou.
Frágil penhor que foi do amor que me tiveste, Símbolo da afeição que o tempo aniquilou -
Aquele pequenino anel que tu me deste, - Ai de mim – era vidro e logo se quebrou.
Não me turbou, porém, o despeito que investe Gritando maldições contra aquilo que amou. De ti conservo na alma a saudade celeste... Como também guardei o pó que me ficou
Daquele pequenino anel que tu me deste...
Bandeira, Manuel. Estrela da vida inteira - poesia completa. 5. Ed. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 2009. P. 74.
Habilidade
Reconhecer o efeito de sentido produzido
pela exploração de recursos gráficos
(pontuação e outras notações).
Questões 08 e 16
Questão 16
No poema, o emprego de travessões e reticências reforça a ideia de
(A) que o amor, apesar de grande e eterno, só aconteceu na infância do eu
lírico.
(B) pausa no fluxo da imaginação para exprimir, de forma espontânea,
certas lembranças do passado.
(C) que a saudade ficou na memória do passado e vive na alegria do
presente.
(D) interrupção do sentimento nostálgico do eu lírico, para expressar um
amor reprimido no passado.
Habilidade
Reconhecer o efeito de sentido produzido
pela exploração de recursos
morfossintáticos (advérbios e diminutivos).
Questões 17 e 20
Questão 17
Nos versos do poema: Aquele pequenino anel que tu me deste, (l. 1 e l.7) e
Daquele pequenino anel que tu me deste...(l. 13), o emprego do adjetivo
“pequenino”:
(A) exprime a ternura do eu lírico pelo anel de vidro.
(B) acentua o caráter carinhoso que perpassa o poema.
(C) intensifica a afeição do eu lírico pela amada ausente.
(D) expressa o aspecto irônico que caracteriza o poema.
Leia o texto e responda à questão 18.
D. Antônio tinha ajuntado fortuna durante os primeiros anos de sua vida
aventureira; e não só por capricho de fidalguia, mas em atenção à sua família,
procurava dar a essa habitação construída no meio de um sertão, todo o luxo e
comodidade possíveis. Além das expedições que fazia periodicamente à
cidade do Rio de Janeiro, para comprar fazendas e gêneros de Portugal, que
trocava pelos produtos da terra, mandara vir do reino alguns oficiais mecânicos
e hortelãos, que aproveitavam os recursos dessa natureza tão rica, para
proverem os seus habitantes de todo o necessário. Assim, a casa era um
verdadeiro solar de fidalgo português, menos as ameias e a barbacã, as quais
haviam sido substituídas por essa muralha de rochedos inacessíveis, que
ofereciam uma defesa natural e uma resistência inexpugnável. Na posição em
que se achava, isto era necessário por causa das tribos selvagens, que,
embora se retirassem sempre das vizinhanças dos lugares habitados pelos
colonos, e se entranhassem pelas florestas, costumavam contudo fazer
correrias e atacar os brancos à traição.
ALENCAR, José de. O Guarani. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000135.pdf pág. 7. Acesso em 10.06.2015.
Habilidade
Reconhecer a presença de valores
culturais e/ou sociais e/ou humanos em
contextos literários.
Questões 1 e 18
Questão 18
O excerto do romance de José de Alencar
(A) reproduz cenas do cotidiano da vida dos habitantes do Brasil contemporâneo.
(B) narra os costumes dos oficiais mecânicos e hortelãos que vieram ao Brasil.
(C) descreve os costumes e o cenário em que vive um fidalgo no período colonial.
(D) discorre sobre os ataques à traição que as tribos de índios selvagens faziam.
Leia os textos e responda à questão 19: Texto 1 IDH municipal do Brasil cresce 47,5% em 20 anos, aponta Pnud País estava no nível ‘muito baixo’ de desenvolvimento humano em 1991. Com resultado de 2010, divulgado nesta segunda (29), saltou para ‘alto’. Por Cíntia Acayaba e Mariana Oliveira
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) do Brasil cresceu 47,5% entre 1991 e 2010, segundo o “Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013”, divulgado nesta segunda-feira (29) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). De acordo com a publicação, a cidade com o IDHM mais elevado é São Caetano (SP), e os municípios que tiveram maior evolução no quesito “renda” são das regiões Norte e Nordeste. A classificação do IDHM geral do Brasil mudou de “muito baixo” (0,493), em 1991 para “alto desenvolvimento humano” (0,727), em 2010. Em 2000, o IDHM geral do Brasil era 0,612, considerado “médio”. O IDHM é um índice composto por três indicadores de desenvolvimento humano: vida longa e saudável (longevidade), acesso ao conhecimento (educação) e padrão de vida (renda). [...] Em 20 anos, 85% dos municípios do Brasil saíram da faixa de “muito baixo desenvolvimento humano”, segundo classificação criada pelo Pnud.
Atualmente, 0,57% dos municípios, ou 32 cidades das 5.565 do país, são consideradas de “muito baixo desenvolvimento humano”. De acordo com os dados do “Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013”, 85,8% dos municípios brasileiros faziam parte do grupo de “muito baixo desenvolvimento humano” em 1991. Em 2000, esse número caiu para 70% e, em 2010, despencou para 0,57%. As faixas classificatórias do Índice de Desenvolvimento Municipal (IDHM) são “muito baixo” (0 a 0,499); “baixo” (0,500 a 0,599); “médio” (0,600 a 0,699); “alto” (0,700 a 0,799) e “muito alto” (0,800 a 1). Atualmente, 74% das cidades se encontram nas faixas de “médio” e “alto desenvolvimento”, e cerca de 25% deles estão na faixa de “baixo desenvolvimento”. [...] As regiões Sul e Sudeste têm a maioria dos municípios concentrada na faixa de “alto desenvolvimento humano”, 64,7% e 52,2%, respectivamente. No Centro-Oeste e no Norte, a maioria dos municípios é considerada como “médio desenvolvimento”: 56,9% e 50,3%, respectivamente. Disponível em: <http://g1.globo.com/brasil/noticia/2013/07/idh-municipal-do-brasil-cresce-475-em-20-anosaponta- pnud.html>. Acesso em: 15 de junho de 2015. (adaptado)
Texto 2
Disponível em: <http://noticias.uol.com.br/infograficos/2013/07/29/idh-dos-municipios.htm>.Acesso em: 15 de junho de 2015.
Habilidade
Reconhecer diferentes formas de tratar
uma informação na comparação de textos
que se referem ao mesmo tema.
Questões 4 e 19
Questão 19 A informação sobre a diminuição da desigualdade do IDHM nos municípios brasileiros verificada no gráfico, na comparação entre 1991 e 2010 está constatada no texto da notícia em:
(A) “Em 20 anos, 85% dos municípios do Brasil saíram da faixa de ‘muito baixo desenvolvimento humano’, segundo classificação criada pelo Pnud”.
(B) “As faixas classificatórias do Índice de Desenvolvimento Municipal (IDHM) são ‘muito baixo’ (0 a 0,499); ‘baixo’ (0,500 a 0,599); ‘médio’ (0,600 a 0,699); ‘alto’ (0,700 a 0,799) e ‘muito alto’ (0,800 a 1)”.
(C) “As regiões Sul e Sudeste têm a maioria dos municípios concentrada na faixa de ‘alto desenvolvimento humano’, 64,7% e 52,2%, respectivamente”.
(D) “Atualmente, 74% das cidades se encontram nas faixas de ‘médio’ e ‘alto desenvolvimento’, e cerca de 25% deles estão na faixa de ‘baixo desenvolvimento.’
Leia o texto e responda à questão 20.
Balõezinhos Manuel Bandeira
Na feira livre do arrabaldezinho
Um homem loquaz apregoa balõezinhos de cor: -“O melhor divertimento para as crianças!”
Em redor dele há um ajuntamento de meninos pobres, Fitando com olhos muito redondos os grandes balõezinhos muito redondos.
No entanto a feira burburinha.
Vão chegando as burguesinhas pobres, E as criadas das burguesinhas ricas,
E as mulheres do povo, e as lavadeiras da redondeza. Nas bancas de peixe,
Nas barraquinhas de cereais, Junto às cestas de hortaliças
O tostão é regateado2 com acrimônia.3 [...]
BANDEIRA, Manuel. A cinza das horas; Carnaval; O ritmo dissoluto. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1994.
2 Regatear - discutir para obter pela menor quantia possível; pechinchar – conf. Grande Dicionário Houaiss – disponível
em: <http://houaiss.uol.com.br/busca?palavra=acrim%25C3%25B4nia> – Acesso em 18/03/2013.
3 Acrimônia - estado ou qualidade do que é acre, azedo; acridão, acridez, acritude, acridade – conf. Grande Dicionário
Houaiss – disponível em: <http://houaiss.uol.com.br/busca?palavra=acrim%25C3%25B4nia? – Acesso em 18/03/2013.
Habilidade
Reconhecer o efeito de sentido produzido
pela exploração de recursos
morfossintáticos (advérbios e diminutivos).
Questões 17 e 20
Questão 20
No poema, os diminutivos “arrabaldezinho”; “balõezinhos”; “burguesinhas; “barraquinhas” representam a
(A) alegria do eu lírico ao retornar à sua cidade de origem. (B) agitação das festividades do interior. (C) admiração ao ver tantas crianças pobres. (D) afetividade do eu lírico com coisas simples do dia a dia.
Comentários e Recomendações Pedagógicas
Nos primeiros anos de escolaridade, aprendemos que o diminutivo é
uma indicação formal de que a pessoa, ou o animal ou o objeto está em seu
tamanho diminuído. No entanto, a partir do contexto em que é usado, o
diminutivo pode assumir outros significados e indicar manifestações emotivas
e intencionais do autor. Dessa forma, transforma-se em um recurso de
linguagem e com ele, outros efeitos de sentido são produzidos.
O recurso expressivo usado por Manuel Bandeira em Balõezinhos,
com o emprego dessa categoria gramatical (grau diminutivo), oferece ao leitor
a oportunidade de perceber o olhar do eu lírico voltado para as coisas
simples, comuns do dia a dia, como a agitação das feiras, as brincadeiras das
crianças, o trabalho dos vendedores. Eram acontecimentos, por vezes,
esquecidos pelas pessoas que viviam nas cidades em meio ao
desenvolvimento industrial e urbano da época.
O eu lírico apela para a memória para resgatar, de maneira
sentimental, o jeito simples das experiências cotidianas e recupera os
significados de alguns aspectos da condição humana. Há um forte valor
afetivo agregado ao recurso poético selecionado por Bandeira e isso pode ser
apreendido, principalmente, a partir da compreensão global do texto, o que
levará o aluno a assinalar o gabarito (D).Para tratar especificamente do
ensino do uso do diminutivo, enquanto recurso linguístico e seus efeitos de
sentido, recomendamos a sequência de atividades propostas no Portal do
Professor.4
Leia o texto e responda à questão 21. A droga que é uma droga Vera Meira Bestene
Não podemos dizer que toda droga é prejudicial ou que modifica o
comportamento, intoxicando o organismo, posto que temos as drogas que são
medicamentos, remédios e, se usadas corretamente sob prescrição médica,
são valiosas colaboradoras à manutenção da saúde.
A droga que é, realmente, uma droga é toda substância que, ingerida,
inalada ou injetada, modifica, altera transitoriamente a personalidade, o
funcionamento do organismo, intoxica, estimulando o cérebro, deprimindo-o,
perturbando-o de tal ordem que leva o indivíduo a fazer qualquer coisa para
conseguir novamente aquela substância, isto porque as drogas causam
dependência. [...]
A família, célula mater da sociedade, precisa estar sempre atenta,
fazendo da informação e educação a aliada para que as crianças e
adolescentes vejam que o dizer não às drogas, à primeira experiência não
significa “criancice”, “frouxura”, “pequenez” ou mesmo infantilidade. [...]
O uso de substâncias químicas nocivas à saúde e que causam
dependência vem se alastrando em nossa sociedade de forma agressiva. Faz-
se necessário ajudar as instituições que cuidam de nossos viciados. É coerente
e prudente que todos sejamos voluntários na ajuda desses seres que,
infelizmente, foram levados pela ilusão das drogas.
Parece, sempre, que nada temos a fazer, mas, muitas vezes, a palavra
certa, na hora certa evita, faz cair na real, desmistifica os problemas e faz com
que verifiquemos que a força e a coragem nos levam ao topo da montanha e
sempre que queremos, verdadeiramente, uma coisa, ela se faz possível.
BESTENE, Vera Meira. A Gazeta. Rio Branco, Acre, 20 de janeiro de 2002. Opinião.
4 <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=15192> Acesso em 29de julho de
2015.
Habilidade Identificar a tese de um texto
argumentativo. Questões 11 e 21
QUESTÃO 21
No texto, a tese defendida pela autora é a de que:
(A) A participação ativa da família no combate ao uso das drogas nocivas à
saúde apresenta resultados negativos.
(B) A sociedade deve colaborar ativamente no combate às drogas nocivas
à saúde e que causam dependência.
(C) A alteração transitória da personalidade e do funcionamento do organismo
são próprias dos viciados em jogos.
(D) As drogas devem ser maléficas à saúde e transformar seus usuários em
pessoas depressivas e viciadas.
Leia o texto e responda à questão 22.
Canção
Quando chegaste, os violoncelos Que andam no ar cantaram hinos. Estrelaram-se todos os castelos, E até nas nuvens repicaram sinos. Foram-se as brancas horas sem rumo, Tanto sonhadas! Ainda, ainda Hoje os meus pobres versos perfumo Com os beijos santos da tua vinda. Quando te foste, estalaram cordas Nos violoncelos e nas harpas... E anjos disseram: Não mais acordas, Lírio nascido nas escarpas! Sinos dobraram no céu e escuto Dobres eternos na minha ermida. E os pobres versos ainda enluto Com os beijos santos da despedida. Guimaraens, Alphonsus de. “Canção”. In: Barbosa, Frederico (org.). Cinco séculos de poesia:
(antologia da poesia clássica brasileira). 4. ed. São Paulo: Aquariana, 2011.
Habilidade
Reconhecer o efeito de sentido produzido
pela exploração de recursos
morfossintáticos (operadores discursivos
de contradição, tempo, causa e condição).
Questões 14 e 22
Questão 22
Nos versos “Ainda, ainda/Hoje os meus pobres versos perfumo/Com os beijos
santos da tua vinda.”, a repetição do advérbio “ainda”
(A) expressa a duração prolongada do tempo em que o poeta perfuma
seus versos.
(B) revela a indiferença do poeta diante da chegada e da partida de sua
amada.
(C) transmite a emoção dos violoncelos que cantam hinos que permanecem no
ar.
(D) insiste na atualidade dos beijos provocados pela tão sonhada vinda da
amada.
Leia o texto e responda à questão 23:
Sisu tem disputa maior entre não cotistas Na ampla concorrência, cada vaga recebeu 18 inscrições; na rede pública, são 16 candidatos 08 de janeiro de 2014 | 2h 01 Paulo Saldaña - O Estado de S. Paulo O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) tem concorrência 12,5% maior entre os estudantes provenientes de escolas particulares do que entre os alunos cotistas que disputam vagas reservadas para a rede pública. Ontem, eram 18 candidatos por vaga na chamada "ampla concorrência", ante 16 entre os cotistas.
[...] O sistema do Ministério da Educação (MEC) centraliza as vagas de instituições de ensino público, sobretudo federais, que escolhem seus alunos com base na nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). As inscrições vão até sexta-feira.
Das 171 mil vagas disponíveis no Sisu, 44% são reservadas para estudantes de escola pública (com respeito a critérios raciais e de renda) e para ações afirmativas, como vagas para deficientes. A modalidade de ampla concorrência havia recebido 1,7 milhão de inscrições, enquanto para as vagas reservadas pela Lei de Cotas e para ações afirmativas eram 1,1 milhão - cada candidato pode se inscrever em até dois cursos.
A diferença na busca por vaga em cada modalidade mostra que os egressos de escolas públicas tiveram menor interesse em tentar uma instituição superior gratuita. No entanto, 80% dos concluintes de ensino médio inscritos no Enem 2013 eram da rede pública.
De acordo com o educador Mateus Prado, especialista em Enem, os dados revelam que, apesar das cotas, a maioria dos alunos estaduais e municipais não acredita que pode chegar à universidade pública. "Esses alunos não têm referência, um amigo ou vizinho, que tenha passado em uma universidade federal", afirma ele. "Mas tem um monte de vizinho que passou no ProUni (Programa Universidade Para Todos)."
[...]
Procura. Mais de 1,6 milhão dos 5 milhões de participantes do Enem já haviam entrado no Sisu até as 18 horas de ontem. Minas Gerais teve o maior número de inscritos - são 199.961. Em seguida, surgem São Paulo (196.116) e Rio (158.614).
Os cursos de Administração, Direito e Medicina eram os mais procurados até ontem. [...] (Adaptado)
Disponível em: <http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,sisu-tem-disputa-maior-entre-nao-cotistas-
,1115986,0.htm> Acesso em: 15 de junho de 2015.
Habilidade Distinguir um fato da opinião relativa a
esse fato, considerando seu contexto. Questões 5 e 23
Questão 23
Há uma opinião sobre os fatos relatados na notícia em:
(A) O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) tem concorrência 12,5% maior
entre os estudantes provenientes de escolas particulares do que entre
os alunos cotistas que disputam vagas reservadas para a rede pública.
(B) De acordo com o educador Mateus Prado, especialista em Enem,
os dados revelam que, apesar das cotas, a maioria dos alunos
estaduais e municipais não acredita que pode chegar à
universidade pública.
(C) O sistema do Ministério da Educação (MEC) centraliza as vagas de
instituições de ensino público, sobretudo federais, que escolhem seus
alunos com base na nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
(D) Das 171 mil vagas disponíveis no Sisu, 44% são reservadas para
estudantes de escola pública (com respeito a critérios raciais e de renda)
e para ações afirmativas, como vagas para deficientes.
Leia o texto e responda à questão 24. Se achante Manoel de Barros
Era um caranguejo muito se achante. Ele se achava idôneo para flor. Passava por nossa casa Sem nem olhar de lado. Parece que estava montado num coche5 De princesa. Ia bem devagar Conforme o protocolo A fim de receber aplausos. Muito achante demais. Nem parou para comer goiaba. (Acho que quem anda de coche não come goiaba.) Ia como se fosse tomar posse de deputado. Mas o coche quebrou E o caranguejo voltou a ser idôneo para mangue. BARROS, Manoel de. Poemas rupestres. Rio de Janeiro: Record, 2004. p. 31.
5 Coche – o mesmo que carruagem de estilo antigo, conforme Grande Dicionário Houaiss de Língua
Portuguesa. Disponível em: <http://houaiss.uol.com.br/busca?palavra=coche>. Acesso em: 15 de junho
de 2015.
Habilidade
Reconhecer os usos da norma padrão e
de outras variedades linguísticas em
diferentes situações de uso social.
Questões 03 e 24
Questão 24
A expressão achante em “Muito achante demais” (v.9) é um neologismo empregado em lugar de (A) tímido. (B) humilhado. (C) receoso. (D) arrogante.
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM EM PROCESSO
Coordenadoria de Informação, Monitoramento e Avaliação Educacional
Coordenador: Olavo Nogueira Batista Filho
Departamento de Avaliação Educacional
Diretor: William Massei
Assistente Técnica: Maria Julia Filgueira Ferreira
Centro de Aplicação de Avaliações
Diretora: Cyntia Lemes da Silva
Equipe Técnica DAVED participante da AAP
Ademilde Ferreira de Souza, Cristiane Dias Mirisola, Isabelle Regina de Amorim Mesquita, Juvenal de Gouveia, Patricia Barros Monteiro, Silvio Santos
de Almeida, Soraia Calderoni Statonato
Coordenadoria de Gestão da Educação Básica
Coordenadora: Ghisleine Trigo Silveira
Departamento de Desenvolvimento Curricular e de Gestão da Educação Básica
Diretora: Regina Aparecida Resek Santiago
Centro do Ensino Fundamental dos Anos Finais e Ensino Médio - CEFAF
Diretora: Valéria Tarantello de Georgel
Equipe Curricular de Língua Portuguesa
Angela Maria Baltieri Souza, Claricia Akemi Eguti, Idê Moraes dos Santos, Katia Regina Pessoa, Mara Lucia David, Marcos Rodrigues Ferreira, Roseli
Cordeiro Cardoso, Rozeli Frasca Bueno Alves