Post on 08-Nov-2018
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Traduzido do original em Inglês
Practical Christianity
By A. W. Pink
A presente tradução consiste somente nos Capítulos 2 e 9, The Power of God e Supremacy of God,
da obra supracitada
Via: PBMinistries.org
(Providence Baptist Ministries)
Tradução por Camila Almeida
Revisão e Capa por William Teixeira
1ª Edição: Março de 2015
Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida
Corrigida Fiel | ACF • Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.
Traduzido e publicado em Português pelo website oEstandarteDeCristo.com, com a devida permissão
do ministério Providence Baptist Ministries sob a licença Creative Commons Attribution-
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A Supremacia E O Poder De Deus
Por Arthur Walkington Pink
A SUPREMACIA DE DEUS
Em uma de suas cartas a Erasmo, Lutero disse: “Seus pensamentos sobre Deus são dema-
siado humanos”. Provavelmente esse renomado estudioso ressentia tal repreensão, tanto
mais que ela procedia do filho de um mineiro; no entanto, ela foi bem merecida. Nós, tam-
bém, apesar de não termos nenhuma posição entre os líderes religiosos desta época dege-
nerada, apresentamos a mesma acusação contra a maioria dos pregadores de nossos dias,
e contra aqueles que, em vez de examinar as Escrituras por si mesmos, aceitam preguiço-
samente os ensinamentos deles. As concepções mais desonrosas e degradantes sobre a
regra e reinado do Todo-Poderoso são agora sustentadas em quase toda parte. Para incon-
táveis milhares, mesmo entre aqueles que professam ser Cristãos, o Deus das Escrituras
é completamente desconhecido.
No passado, Deus repreendeu um Israel apóstata: “pensavas que era tal como tu” (Salmos
50:21). Tal deve ser agora a Sua acusação contra a cristandade apóstata. Os homens ima-
ginam que o Altíssimo é movido pelo sentimento, e não movido por princípio. Eles supõem
que a Sua onipotência é uma ficção indolente, que Satanás está frustrando os Seus desíg-
nios por todos os lados. Eles pensam que se de algum modo Ele formou qualquer plano ou
propósito, então este deve ser como o deles, constantemente sujeito a mudanças. Eles
declaram abertamente que seja qual for o poder que Ele possua, deve ser restrito, para que
Ele não invada a cidadela do “livre-arbítrio” do homem e o reduza a uma “máquina”. Eles
reduzem a expiação toda-eficaz, que realmente resgatou a todos por quem ela foi feita, a
um mero “remédio” que as almas enfermas pelo pecado podem usar caso sintam-se dis-
postas; e, em seguida, enfraquecem a obra invencível do Espírito Santo a uma “oferta” do
Evangelho, que os pecadores podem aceitar ou rejeitar como lhes agradar.
A supremacia do Deus vivo e verdadeiro bem poderia ser discutida a partir da infinita distân-
cia que separa as criaturas mais poderosas do Criador Todo-Poderoso. Ele é o Oleiro, elas
são apenas o barro nas mãos de Deus, para serem moldadas em vasos de honra, ou para
serem esmigalhadas em pedaços (Salmos 2:9) como Lhe aprouver. Se todos os habitantes
do céu e todos os habitantes da Terra se combinassem em revolta aberta contra Ele, isso
não Lhe seria ocasião de mal-estar, e teria menos efeito sobre o Seu trono eterno e inatin-
gível do que tem o borrifar das ondas do Mediterrâneo sobre a imponente rocha de Gibral-
tar. Tão pueril e impotente é a criatura para afetar o Altíssimo que a própria Escritura nos
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diz que quando os chefes dos gentios unem-se com Israel apóstata para desafiar a Jeová
e Seu Cristo “Aquele que habita nos céus se rirá” (Salmo 2:4).
A supremacia absoluta e universal de Deus é clara e positivamente afirmada em muitas
Escrituras. “Tua é, Senhor, a magnificência, e o poder, e a honra, e a vitória, e a majestade;
porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu é, Senhor, o reino, e tu te exaltaste
por cabeça sobre todos [...] e tu dominas sobre tudo” (1 Crônicas 19:11-12), observe, “domi-
na” agora, não “dominará no milênio”. “Ah! Senhor Deus de nossos pais, porventura não és
tu Deus nos céus? Não és tu que dominas sobre todos os reinos das nações? Na tua mão
há força e potência, e não há quem te possa resistir” (2 Crônicas 20:6). Diante dEle, presi-
dentes e papas, reis e imperadores, são menos do que gafanhotos.
“Mas, se ele resolveu alguma coisa, quem então o desviará? O que a sua alma quiser, isso
fará” (Jó 23:13). Ah, meu leitor, o Deus das Escrituras não é nenhum monarca de faz de
conta, um mero soberano imaginário, mas Rei dos reis e Senhor dos senhores. “Bem sei
eu que tudo podes, e que nenhum dos teus propósitos pode ser impedido” (Jó 42:2), ou,
em outra tradução, “nenhum dos teus propósitos pode ser frustrado”. Tudo o que Ele desig-
nou, Ele faz. Tudo o que Ele decretou, Ele aperfeiçoa. Tudo o que Ele prometeu, Ele realiza.
“Mas o nosso Deus está nos céus; fez tudo o que lhe agradou” (Salmos 115:3). E por que
Ele o faz? Porque “não há sabedoria, nem inteligência, nem conselho contra o Senhor”
(Provérbios 21:30).
A supremacia de Deus sobre as obras de Suas mãos é vividamente descrita nas Escrituras.
A matéria inanimada, as criaturas irracionais, todos executam as ordens de Seu Criador.
Ao Seu prazer, o Mar Vermelho dividiu-se e as suas águas se levantaram como paredes
(Êxodo 14); a terra abriu a sua boca, e os rebeldes culpados desceram vivos para o abismo
(Números 14). Quando Ele assim ordenou, o sol se deteve (Josué 10); e em outra ocasião
retrocedeu dez graus no relógio de Acaz (Isaías 38:8). Para exemplificar Sua supremacia,
Ele fez os corvos levarem comida para Elias (1 Reis 17), o ferro flutuar sobre as águas (2
Reis 6:5), os leões serem mansos quando Daniel foi lançado no seu covil, o fogo não
queimar quando os três hebreus foram lançados em suas chamas. Assim, “Tudo o que o
Senhor quis, fez, nos céus e na terra, nos mares e em todos os abismos” (Salmo 135:6).
A supremacia absoluta e universal de Deus é afirmada com igual clareza e positividade no
Novo Testamento. Ali nos é dito que Deus “faz todas as coisas, segundo o conselho da sua
vontade”, a palavra grega para “faz” significa “opera eficazmente”. Por esta razão, lemos:
“Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente.
Amém” (Romanos 11:36). Os homens podem se gabar de que eles são agentes livres, com
vontade própria, e que têm a liberdade de fazer o que quiserem, mas a Escritura diz que
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aqueles que se vangloriam, “iremos a tal cidade, e lá passaremos um ano, e contrataremos,
e ganharemos...” deveriam dizer, “Se o Senhor quiser”! (Tiago 4:13,15).
Aqui, então, há um lugar de repouso seguro para o coração. Nossas vidas não são nem o
produto de um destino cego, nem o resultado de acaso caprichoso, mas cada detalhe delas
foi ordenado desde toda a eternidade, e agora é ordenado pelo Deus vivo e reinante. Ne-
nhum cabelo de nossa cabeça pode ser tocado sem a Sua permissão. “O coração do ho-
mem planeja o seu caminho, mas o Senhor lhe dirige os passos” (Provérbios 16:9). Que
segurança, que força, que consolo isso deveria dar ao Cristão real! “Os meus tempos estão
nas tuas mãos” (Salmos 31:15). Então, deixe-me descansar no Senhor, e esperar nEle
(Salmos 37:7).
O PODER DE DEUS
“Deus falou uma vez; duas vezes ouvi isto: que o poder pertence a Deus” (Salmos 62:11).
Quando no primeiro escrito sobre este assunto, nós praticamente confinamos a nossa
atenção para a onipotência de Deus como ela é vista na e através da velha criação. Aqui
propomos contemplar o exercício de Seu poder na e sobre a nova criação. Que o povo de
Deus é muito mais lento para perceber o último do que o primeiro é evidente a partir de
Efésios 1:19, onde o apóstolo orou para que os santos pudessem saber “qual a sobreex-
celente grandeza do seu poder sobre nós, os que cremos, segundo a operação da força do
seu poder”. Isso é de fato muito impressionante. Quando Paulo fala sobre o poder Divino
na criação, ele menciona “Seu poder e divindade” (Romanos 1:20); mas quando ele trata
da obra da graça e da salvação, ele chama isso de “a sobreexcelente grandeza do Seu
poder”.
Deus distribui o Seu poder diante da natureza da Sua obra. A expulsão de demônios é
atribuída ao Seu “dedo” (Lucas 11:20); Sua libertação de Israel do Egito à Sua “mão” (Êxodo
13:9); mas quando o Senhor salva o pecador é o Seu “braço santo”, que Lhe alcança a
vitória (Salmos 98:1). Deve ser devidamente observado que a linguagem de Efésios 1:19,
é assim expressa como que para compreender toda a obra da Divina graça em e sobre os
eleitos. Ela não se conteve ao passado, “os que creram segundo”; nem ao por vir, “o poder
que operará em vós”; mas, em vez disso, isso é “a sobreexcelente grandeza do seu poder
sobre nós, os que cremos”. Isso é a “operação eficaz” do poder de Deus, desde o primeiro
momento de iluminação e convicção até a sua santificação e glorificação.
Tão densa é a escuridão que agora caiu sobre o povo (Isaías 60:2), que a grande maioria
das pessoas, mesmo nas “igrejas” não consideram de modo algum ser algo difícil tornar-se
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um Cristão. Eles parecem pensar que é quase tão fácil purificar o coração de um homem
(Tiago 4:8), como é lavar as mãos; que é uma questão tão simples receber a luz da verdade
Divina na alma, como o é ao sol da manhã em nossos quartos, pela abertura das janelas;
que não é mais difícil converter o coração do mal para o bem, do mundo para Deus, do pe-
cado para Cristo, do que direcionar um navio com a ajuda do leme. E isto em face da decla-
ração enfática de Cristo: “Aos homens é isso impossível” (Mateus 19:26).
Mortificar os desejos da carne (Colossenses 3:5), ser crucificado diariamente para o pecado
(Lucas 9:23), ser manso e gentil, paciente e bondoso, numa palavra, ser como Cristo, é
uma tarefa completamente além de nossas forças; é algo ao qual nós nunca ousaríamos,
ou, tendo nos aventurado a fazê-lo, logo abandonaríamos, mas Deus tem o prazer de aper-
feiçoar a Sua força em nossa fraqueza, e é “poderoso para salvar” (Isaías 63:1). Para que
isso seja o mais evidente para nós, vamos agora considerar algumas das características
das operações poderosas de Deus na salvação de Seu povo.
1. Na Regeneração
Pouco como os Cristãos verdadeiros podem realizar, um poder muito maior é exercido por
Deus na nova criação do que na antiga, ao remodelar a alma, conformando-a à imagem de
Cristo, do que originalmente ao cria-la. Há uma distância maior entre o pecado e a justiça,
a corrupção e a graça, a depravação e a santidade, do que há entre o nada e alguma coisa,
ou a nulidade e o existir; e quanto maior for a distância, tanto maior é a energia na criação
de algo. O milagre é maior de acordo como a maior transformação. Como é uma indicação
de demonstração de maior poder o trazer um homem morto à vida do que um homem do-
ente à saúde, assim, é um trabalho muito mais maravilhoso transformar da incredulidade à
fé e da inimizade ao amor, do que simplesmente criar a partir do nada. Aqui é-nos dito: “...
evangelho de Cristo [...] é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê” (Roma-
nos 1:16).
O Evangelho é o instrumento que o Todo-Poderoso usa ao realizar a mais maravilhosa e
bendita de todas as Suas obras, ou seja, a busca de miseráveis vermes da terra e torná-
los “idôneos para participar da herança dos santos na luz” (Colossenses 1:12). Quando
Deus formou o homem do pó da terra, embora o pó não tenha contribuído em nada para a
ação pela qual Deus o fez, ele não tinha nenhum princípio contrário ao Seu desígnio. Mas
ao converter o coração de um pecador em direção a Si mesmo, não há apenas a falta de
qualquer princípio de assistência dele nesta obra, mas toda a força de sua natureza se une
para combater o poder da graça Divina. Quando o Evangelho é apresentado ao pecador,
não somente o seu entendimento é completamente ignorante de seu conteúdo glorioso,
mas a vontade é totalmente perversa e contrária a Ele. Não somente não há nenhum desejo
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por Cristo, mas há hostilidade inveterada contra Ele. Nada, senão o poder onipotente de
Deus pode superar a inimizade da mente carnal. Retroceder o oceano a partir de seu curso
não seria um ato de poder maior do que mudar a inclinação turbulenta do coração perverso
do homem.
2. Ao Convencer-Nos Do Pecado
A “luz da razão”, da qual os homens tanto se gabam, e a “luz da consciência” que outros
valorizam tão grandemente, eram totalmente inúteis quanto a fornecer qualquer inteligência
nas coisas de Deus que eram consideradas. Foi a este fato terrível que Cristo se referiu
quando disse: “Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!”
(Mateus 6:23). Sim, tão “grande” é esta escuridão que os homens “ao mal chamam bem, e
ao bem mal; que fazem das trevas luz, e da luz trevas; e fazem do amargo doce, e do doce
amargo!” (Isaías 5:20). Tão “grande” é esta escuridão que as coisas espirituais são ''lou-
cura” para eles (1 Coríntios 2:14). Tão “grande” é esta escuridão que eles são completa-
mente ignorantes dela (Efésios 4:18), e totalmente cegos quanto ao seu estado atual. Não
somente o homem natural não pode libertar-se desta escuridão, mas ele não tem desejo
algum para tal libertação, por ser morto espiritualmente ele não tem consciência de qual-
quer necessidade de libertação.
É por causa de seu temeroso estado que, até que o Espírito Santo realmente regenere, to-
dos os que ouvem o Evangelho são totalmente incapacitados para qualquer entendimento
espiritual dele. A maioria dos que o ouvem imaginam que eles já estão salvos, que eles são
verdadeiros Cristãos, e nem os argumentos do pregador, nem qualquer poder sobre a terra,
jamais podem convencê-los do contrário. Diga-lhes: “Há uma geração que é pura aos seus
próprios olhos, mas que nunca foi lavada da sua imundícia” (Provérbios 30:12), e isso não
faz mais impressão do que faz a água nas costas de um pato. Alerte-os que: “Se não vos
arrependerdes, todos de igual modo perecereis” (Lucas 13:3), e eles não são mais como-
vidos do que são as rochas pelos borrifos do oceano. Não, eles supõem que não têm nada
do que se arrepender, e não sabem que o seu arrependimento precisa “se arrepender” (2
Coríntios 7:10). Eles têm uma opinião muito elevada de sua profissão religiosa para permitir
que eles estejam em perigo do inferno. Assim, a menos que um poderoso milagre da graça
seja forjado dentro deles, a não ser que o poder Divino destrua a sua complacência, não
há nenhuma esperança para eles.
Pois, uma alma ser salvificamente convencida do pecado é uma maravilha maior do que
uma fonte podre jorrar águas doces. Para uma alma ser levada a perceber que “toda a
imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente” (Gênesis 6:5) exi-
ge que o poder da onipotência o produza. Por natureza o homem é independente, autos-
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suficiente, autoconfiante: que milagre da graça foi feito quando ele agora sente e confessa
a sua impotência! Por natureza, o homem pensa bem de si mesmo; que milagre da graça
foi feito quando ele reconhece, “em mim [...] não habita bem algum” (Romanos 7:18)! Por
natureza, os homens são “amantes de si mesmos” (2 Timóteo 3:2); que milagre da graça
foi feito quando os homens abominam-se (Jó 42:6)! Por natureza, o homem pensa que está
fazendo um favor a Cristo ao abraçar o Seu Evangelho e patrocinar a Sua causa; que mila-
gre da graça foi feito quando ele descobre que ele é totalmente indigno para estar em Sua
santa presença, e clama: “ausenta-te de mim, que sou um homem pecador” (Lucas 5:8).
Por natureza o homem é orgulhoso de suas próprias habilidades, realizações, conquistas;
que milagre da graça foi feito quando ele pode verdadeiramente declarar: “E, na verdade,
tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus,
meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória,
para que possa ganhar a Cristo” (Filipenses 3:8).
3. Ao Expulsar O Diabo
“Todo o mundo está no maligno” (1 João 5:19), enfeitiçado, agrilhoado, impotente. À medida
que seguimos através das narrativas do Evangelho e lemos sobre diferentes pessoas que
estavam possuídas de demônios, pensamentos de compaixão em relação às infelizes víti-
mas agitam as nossas mentes, e quando contemplamos o Salvador libertando aquelas mi-
seráveis criaturas, ficamos cheios de assombro e alegria. Mas será que o leitor Cristão
percebe que nós também estivemos uma vez na mesma terrível situação? Antes da conver-
são, erámos escravos de Satanás, o Diabo operava em nós a sua vontade (Efésios 2:2), e,
portanto, andávamos “segundo o príncipe das potestades do ar”. Que capacidade nós
tínhamos para libertar a nós mesmos? Menos do que nós temos para parar a chuva de cair
ou o vento de soprar. Uma imagem da impotência do homem para salvar-se do poder de
Satanás é retratada por Cristo em Lucas 11:21: “Quando o valente guarda, armado, a sua
casa, em segurança está tudo quanto tem”. O “valente” é Satanás, os seus “bens” são os
cativos desamparados.
Mas bendito seja o Seu nome, “Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as
obras do diabo” (1 João 3:8). Isso também foi retratado por Cristo na mesma parábola:
“Mas, sobrevindo outro mais valente do que ele, e vencendo-o, tira-lhe toda a sua armadura
em que confiava, e reparte os seus despojos” (Lucas 11:22). Cristo é mais forte do que
Satanás, Ele o supera no dia do Seu poder (Salmos 110:3), e liberta os “Seus próprios”,
que estão cativos (Isaías 61:1). Ele ainda vem por meio de Seu Espírito para “pôr em liber-
dade os oprimidos” (Lucas 4:19), por isso se diz que Deus “nos tirou da potestade das
trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor” [Colossenses 1:13], colhendo
ou arrebatando de um poder que de outra forma não entregaria a sua presa.
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4. Ao Produzir Arrependimento
O homem sem Cristo não pode se arrepender: “Deus com a sua destra o elevou a Príncipe
e Salvador, para dar a Israel o arrependimento e a remissão dos pecados” (Atos 5:31).
Cristo dá estas coisas como um “príncipe”, e, portanto, a ninguém além de Seus súditos,
aqueles que estão em Seu reino, sobre os quais Ele governa. Nada pode atrair os homens
ao arrependimento, senão o poder regenerador de Cristo, o qual Ele exerce à mão direita
de Deus; pois os atos de arrependimento são o ódio ao pecado, tristeza por ele, a deter-
minação a abandoná-lo, e esforço sincero e constante para mortificá-lo. Mas o pecado é
tão transcendentalmente querido e agradável para um homem sem Cristo, que nada, senão
um poder infinito pode atraí-lo para fora desses atos mencionados. O pecado é mais
precioso para uma alma não-regenerada do que qualquer outra coisa no céu ou na terra. É
mais caro para ele do que a liberdade, pois ele se entrega a ele por completo, e torna-se
seu servo e escravo. É mais caro para ele do que a saúde, força, tempo ou riquezas, porque
ele gasta tudo isso em seu pecado. É mais caro para ele do que sua própria alma. Um
homem perderá os seus pecados ou a sua alma? Noventa e nove por cento escolhem este
último, e perdem a sua alma por conta disso.
O pecado é o eu de um homem. Assim como o “I” (“eu”, em inglês) é a letra central de “Sin”
(“pecado”, em inglês), assim o pecado é o centro, o poder de movimento, a própria vida do
eu. Por isso Cristo disse: “Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo” (Mateus
16:24). Os homens são “amantes de si mesmos” (2 Timóteo 3:2), o que é o mesmo que
dizer que os seus corações são apegados ao pecado. O homem “bebe a iniquidade como
a água” (Jó 15:16), ele não pode existir sem isso, ele está sempre sedento pelo pecado,
ele deve ter o seu suprimento dele. Agora, desde que o homem assim adora o pecado, o
que transformará o seu prazer em tristeza, o seu amor pelo pecado em ódio pelo mesmo?
Nada, exceto a onipotência.
Aqui, então, podemos notar a loucura daqueles que apreciam a ilusão de que eles podem
se arrepender a qualquer tempo em que se preparem para isso. Mas o arrependimento
evangélico não está à disposição e clamor da criatura. Isso é o dom de Deus: “a ver se por-
ventura Deus lhes dará arrependimento para conhecerem a verdade” (2 Timóteo 2:25).
Então, que loucura é a que convence multidões a adiarem o esforço para se arrepender até
seus leitos de morte? Será que eles imaginam que, quando eles são tão fracos que eles já
não podem curvar seus corpos, terão força para desviar as suas almas do pecado? Muito
mais cedo eles poderiam recuperar a saúde física perfeita. Que louvor, então, é devido a
Deus se Ele operou um arrependimento salvífico em nós.
5. Ao Operar Fé Em Seu Povo
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A fé salvadora em Cristo não é a simples questão que muitos vãmente imaginam. Incontá-
veis milhares supõem que é tão fácil crer no Senhor Jesus como em César ou Napoleão, e
a coisa trágica é que centenas de pregadores estão ajudando a propagar essa mentira. É
tão fácil acreditar sobre Ele como sobre aqueles de uma forma natural, histórica, intelectual;
mas não de uma maneira espiritual e salvadora. Eu posso crer em todos os heróis do pas-
sado, mas tal crença não gera nenhuma mudança em minha vida! Eu posso ter confiança
inabalável na historicidade de George Washington, mas a minha crença nele diminui o meu
amor pelo mundo e faz com que eu odeie até a túnica manchada pela carne? A fé sobrena-
tural e salvífica em Cristo purifica a vida. Essa fé é facilmente alcançada? Não, de fato!
Ouça ao próprio Cristo: “Como podeis vós crer, recebendo honra uns dos outros, e não
buscando a honra que vem só de Deus?” (João 5:44). E, novamente, lemos: “Por isso não
podiam crer” (João 12:39).
A fé em Cristo é recebê-lO como Ele é oferecido ou apresentado a nós por Deus (João
1:12). Ora, Deus apresenta Cristo para nós, não somente como Sacerdote, mas como Rei;
não apenas como Salvador, mas como “Príncipe” (Atos 5:21) note que “Príncipe” precede
“Salvador”, como tomar o seu “jugo” sobre nós será encontrado antes do “descanso” para
as nossas almas (Mateus 11:29)! Os homens estão tão dispostos a Cristo para governa-los
quanto para salvá-los? Será que eles oram tão seriamente por pureza quanto por perdão?
Eles são tão ansiosos para ser libertos do poder do pecado, quanto eles são do fogo do
inferno? Será que eles desejam a santidade, tanto quanto eles desejam o Céu? O domínio
do pecado é tão terrível para eles quanto os seus salários? Será que a sujeira do pecado
os entristece tanto quanto a culpa e a condenação por ele? O homem que divide o que
Deus uniu, quando Ele oferece Cristo para nós, não tem Lhe “recebido” de modo algum.
A fé é um dom de Deus (Efésios 2:8-9). Ela é operada nos eleitos pelo “poder de Deus”
(Colossenses 2:12). Trazer um pecador da incredulidade à fé salvadora em Cristo é um
milagre tão grande e tão maravilhoso quanto o que foi para Deus ressuscitar Cristo dentre
os mortos (Efésios 1:19-20). A incredulidade é muitíssimo mais do que entreter uma con-
cepção errônea do caminho da salvação de Deus: é uma espécie de ódio contra isso. Assim
também a fé em Cristo é muito mais do que a mente concordar com tudo o que é dito sobre
Ele nas Escrituras. Os demônios fazem isso (Tiago 2:19), mas isso não os salva. A fé salva-
dora não é apenas o coração sendo apartado de qualquer outro objeto de confiança como
o fundamento de minha aceitação diante de Deus, mas é também o coração sendo apar-
tado de qualquer outro objeto que possa competir com Ele pelos meus afetos. A fé salva-
dora é aquela que “que opera pelo amor” (Gálatas 5:6), um amor que é evidenciado pela
observância de Seus mandamentos (João 14:23); mas por sua própria natureza, todos os
homens odeiam os Seus mandamentos. Portanto, onde há um coração crente, que é dedi-
cado a Cristo, estimando-O acima do eu e do mundo, um poderoso milagre da graça foi
realizado na alma.
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6. Ao Comunicar Um Senso De Perdão
Quando uma alma tem sido gravemente ferida pelas “flechas do Todo-Poderoso” (Jó 6:4),
quando a luz inefável do Deus três vezes santo brilhou em nossos corações entenebreci-
dos, revelando sua imundícia indizível e corrupção; quando nossas inúmeras iniquidades
foram diante de nossa face, até então o pecador condenado foi feito perceber que ele é
apto apenas para o inferno, e vê-se agora mesmo à beira dele; quando ele é levado a sentir
que ele tem provocado a Deus tão severamente que ele teme ter pecado muito além de
qualquer possibilidade de perdão (e, a menos que a sua alma tenha passado por tais expe-
riências, meus leitores, vocês nunca nasceram de novo), então nada, senão o poder Divino
pode elevar a alma para fora do desespero abjeto e criar nela uma esperança de misericór-
dia. Levantar o pecador ferido acima dessas águas escuras que tanto o assustaram, forne-
cer a luz de conforto, bem como a luz da convicção em um coração cheio do que é pior que
a escuridão egípcia, é um ato da Onipotência. Somente Deus pode curar o coração que Ele
feriu e acalmar a furiosa tempestade interior.
Os homens podem enumerar as promessas de Deus e os argumentos de paz até que eles
sejam tão velhos quanto Matusalém, mas de nada vale, até que uma mão Divina derrame
“o bálsamo de Gileade”. O pecador não é mais capaz de aplicar a si mesmo a Palavra de
consolo Divino quando ele está sob os terrores da lei de Deus, e se contorcendo sob os
golpes de convicção do Espírito de Deus, do que ele é capaz de ressuscitar os corpos em
decomposição em nossos cemitérios. Pois, “restaurar a alegria da salvação”, era no julga-
mento de Davi um ato de poder soberano igual ao da criação de um coração puro (Salmos
51:10). Todos os doutores em Divindade juntos são tão incapazes de curar um espírito
ferido assim como os médicos de medicina de animar um cadáver. Silenciar uma consciê-
ncia tempestuosa é uma ação mais poderosa do que a do Salvador ao acalmar os ventos
tempestuosos e ondas bravias, embora não deva ser esperado que qualquer um cederá à
verdade disto, os que são em si mesmos estranhos a tal experiência. Como nada, senão o
poder infinito pode remover a culpa do pecado, assim, nada, a não ser o poder infinito pode
remover o senso de desespero pelo pecado.
7. Ao Realmente Converter Uma Alma
“Pode o etíope mudar a sua pele, ou o leopardo as suas manchas?” (Jeremias 13:23). Não,
de fato; embora ele possa pinta-las ou cobri-las de novo. Assim, alguém fora de Cristo pode
restringir os atos exteriores de pecado, mas ele não pode mortificar o princípio interior disso.
Transformar a água em vinho foi de fato um milagre, mas transformar fogo em água seria
um milagre maior. Criar um homem do pó da terra foi uma obra do poder Divino, mas recriar
um homem, de forma que um pecador torne-se um santo, um leão seja transformado em
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um cordeiro, um inimigo seja transformado em um amigo, o ódio seja derretido em amor, é
uma maravilha muito maior da Onipotência. O milagre da conversão, que é realizado pelo
Espírito através do Evangelho, é descrito assim: “Porque as armas da nossa milícia [ou se-
ja, os pregadores] não são carnais, mas sim poderosas em Deus para destruição das forta-
lezas; Destruindo os conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de
Deus, e levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo” (2 Coríntios 10: 4-5).
Foi bem dito: “Desapropriar um homem, então, de sua autoestima e autossuficiência, ceder
espaço para Deus no coração, onde não havia nada, senão o pecado, tão querido a ele
como a si mesmo, lançar abaixo o orgulho da natureza, fazer a imaginação robusta se incli-
nar para a cruz, fazer os desígnios de autopromoção afundarem sob um zelo pela glória de
Deus e um propósito prevalente pela Sua honra, não devem ser atribuídos a qualquer um,
senão a um braço estendido empunhando a espada do Espírito, de forma a ter um coração
cheio de temor de Deus, que pouco antes era cheio de desprezo a Ele, para ter um senso
de Seu poder, um olhar para a Sua glória, admirando os pensamentos de Sua sabedoria;
ter um ódio pelas suas habituais concupiscências que o haviam levado a grande prazer
sensível, odiá-las, viver pela fé e obediência ao Redentor, os quais antes estavam tão viva-
mente sob o domínio de Satanás e do eu, é um ato triunfante do poder infinito que pode
‘subjugar todas as coisas’ a Si mesmo” (Stephen Charnock).
8. Na Preservação Do Seu Povo
“Quem são mantidos pelo poder de Deus através da fé... pronta para ser revelada no último
tempo” (1 Pedro 1:5). “Mantido de quê? Ah, o mortal é capaz de devolver uma resposta
completa? Uma seção inteira pode ser proveitosamente dedicada a este aspecto de nosso
tema. Guardados do domínio do pecado que ainda habita em nós. Guardados de serem ar-
rastados para fora de o caminho estreito pelas seduções do mundo. Conservados das here-
sias horríveis que enredam milhares em todos os lados. Protegidos de sermos vencido por
Satanás, que sempre procura a nossa destruição. Guardados de nos afastarmos do Deus
vivo para que nós não façamos naufrágio na fé. Preservados de transformarmos Sua graça
em dissolução. Fracos como água em nós mesmos, ainda assim habilitados a resistir como
quem vê Aquele que é invisível. Esta ‘é a obra do Senhor, e é maravilhoso aos nossos
olhos’”.
O pecado é um poderoso monarca que nenhum de seus súditos pode resistir. Havia mais
em Adão enquanto inocente para resistir ao pecado do que em qualquer outro, já que o
pecado tem um aliado dentro da criatura caída que está sempre pronto a traí-lo a cair em
tentação exterior. Mas o pecado não tinha essa vantagem sobre Adão, no entanto, isso o
dominou. Os anjos não-eleitos eram ainda mais capazes de suportar o pecado do que Adão
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foi, tendo mais excelente natureza e estavam mais perto de Deus, mas o pecado prevaleceu
contra eles, e lançou-os para fora do céu, para o inferno. Então, que grande poder é neces-
sária para dominá-lo! Somente Aquele, que “levou cativo o cativeiro” pode fazer o Seu povo
mais do que vencedor.
“Como a providência de Deus é uma manifestação do Seu poder em uma criação contínua,
assim a preservação da graça é uma manifestação do Seu poder em uma contínua regene-
ração. A força de Deus diminui e modifica a violência das tentações, Seu auxílio oferece
suporte ao Seu povo sob elas, Seu poder derrota o poder de Satanás. As contraposições
das corrupções remanescentes, as relutâncias da carne contra os sopros do Espírito, as
ilusões dos sentidos e as vagueações da mente rapidamente sufocariam e matariam a gra-
ça se ela não fosse mantida pelo mesmo sopro todo-poderoso que primeiramente a insu-
flou. Não menos poder é visto em aperfeiçoá-la, do que em implantá-la (2 Pedro 1:3); não
menos no cumprimento da obra de fé, do que ao enxertar a palavra da fé (2 Tessaloni-
censes 1:11)” (Stephen Charnock).
A preservação do povo de Deus neste mundo grandemente glorifica o poder de Deus.
Preservar aqueles com tantas corrupções interiores e tantas tentações exteriores magnifica
Seu inefável poder mais do que se Ele os trouxesse para o céu no momento em que eles
cressem. Em um mundo de sofrimento e tristeza, preservar a fé de Seu povo em meio a
tantas dores e provações, julgamentos, bofetadas, decepções, traições de amigos e profes-
sos irmãos em Cristo, é infinitamente mais maravilhoso do que se um homem fosse bem
sucedido em carregar uma vela exposta e acesa através de um pântano aberto, quando
um furacão estivesse soprando. Para a glória de Deus, o escritor carrega o testemunho de
que se não fosse pela graça onipotente ele teria se tornado um infiel, anos atrás, como o
resultado do tratamento que havia recebido daqueles que posavam como pregadores do
Evangelho. Sim, pois Deus suprir força ao Seu povo enfraquecido, e habilita-os a reter
“firmemente o princípio da nossa confiança até ao fim” (Hebreus 3:14), é mais maravilhoso
do que se Ele mantivesse fogo queimando no meio do oceano.
Como a contemplação do poder de Deus deve aprofundar a nossa confiança e crença nEle:
“Confiai no SENHOR perpetuamente; porque o SENHOR DEUS é uma rocha eterna”
(Isaías 26:4). O poder de Deus foi o fundamento da segurança de Abraão (Hebreus 11:19),
dos três hebreus na Babilônia (Daniel 3:17), de Cristo (Hebreus 5:7). Oh, que tenhamos
sempre em mente que “Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça” (2
Coríntios 9:8). Nada é tão calculado para acalmar a mente, aquietar os nossos medos, e
nos encher de paz quanto a apropriação de fé na suficiência de Deus. “Se Deus é por nós,
quem será contra nós?” (Romanos 8:3 1). Sua promessa infalível é: “Não temas, porque eu
sou contigo; não te assombres, porque eu sou teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te
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sustento com a destra da minha justiça” (Isaías 41:10). Aquele que conduziu uma nação
através do Mar Vermelho, sem navios, e os conduziu pelo deserto por quarenta anos, onde
não havia pão nem água, ainda vive e reina!
ORE PARA QUE O ESPÍRITO SANTO use estas palavras para trazer muitos
Ao conhecimento salvador de JESUS CRISTO.
Sola Scriptura!
Sola Gratia!
Sola Fide!
Solus Christus!
Soli Deo Gloria!
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10 Sermões — R. M. M’Cheyne
Adoração — A. W. Pink
Agonia de Cristo — J. Edwards
Batismo, O — John Gill
Batismo de Crentes por Imersão, Um Distintivo
Neotestamentário e Batista — William R. Downing
Bênçãos do Pacto — C. H. Spurgeon
Biografia de A. W. Pink, Uma — Erroll Hulse
Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a
Doutrina da Eleição
Cessacionismo, Provando que os Dons Carismáticos
Cessaram — Peter Masters
Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepção da
Eleição — A. W. Pink
Como Ser uma Mulher de Deus? — Paul Washer
Como Toda a Doutrina da Predestinação é corrompida
pelos Arminianos — J. Owen
Confissão de Fé Batista de 1689
Conversão — John Gill
Cristo É Tudo Em Todos — Jeremiah Burroughs
Cristo, Totalmente Desejável — John Flavel
Defesa do Calvinismo, Uma — C. H. Spurgeon
Deus Salva Quem Ele Quer! — J. Edwards
Discipulado no T empo dos Puritanos, O — W. Bevins
Doutrina da Eleição, A — A. W. Pink
Eleição & Vocação — R. M. M’Cheyne
Eleição Particular — C. H. Spurgeon
Especial Origem da Instituição da Igreja Evangélica, A —
J. Owen
Evangelismo Moderno — A. W. Pink
Excelência de Cristo, A — J. Edwards
Gloriosa Predestinação, A — C. H. Spurgeon
Guia Para a Oração Fervorosa, Um — A. W. Pink
Igrejas do Novo Testamento — A. W. Pink
In Memoriam, a Canção dos Suspiros — Susannah
Spurgeon
Incomparável Excelência e Santidade de Deus, A —
Jeremiah Burroughs
Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvação
dos Pecadores, A — A. W. Pink
Jesus! – C. H. Spurgeon
Justificação, Propiciação e Declaração — C. H. Spurgeon
Livre Graça, A — C. H. Spurgeon
Marcas de Uma Verdadeira Conversão — G. Whitefield
Mito do Livre-Arbítrio, O — Walter J. Chantry
Natureza da Igreja Evangélica, A — John Gill
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John Flavel
Necessário Vos é Nascer de Novo — Thomas Boston
Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A — C. H.
Spurgeon
Objeções à Soberania de Deus Respondidas — A. W.
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Oração — Thomas Watson
Pacto da Graça, O — Mike Renihan
Paixão de Cristo, A — Thomas Adams
Pecadores nas Mãos de Um Deus Irado — J. Edwards
Pecaminosidade do Homem em Seu Estado Natural —
Thomas Boston
Plenitude do Mediador, A — John Gill
Porção do Ímpios, A — J. Edwards
Pregação Chocante — Paul Washer
Prerrogativa Real, A — C. H. Spurgeon
Queda, a Depravação Total do Homem em seu Estado
Natural..., A, Edição Comemorativa de Nº 200
Quem Deve Ser Batizado? — C. H. Spurgeon
Quem São Os Eleitos? — C. H. Spurgeon
Reformação Pessoal & na Oração Secreta — R. M.
M'Cheyne
Regeneração ou Decisionismo? — Paul Washer
Salvação Pertence Ao Senhor, A — C. H. Spurgeon
Sangue, O — C. H. Spurgeon
Semper Idem — Thomas Adams
Sermões de Páscoa — Adams, Pink, Spurgeon, Gill,
Owen e Charnock
Sermões Graciosos (15 Sermões sobre a Graça de
Deus) — C. H. Spurgeon
Soberania da Deus na Salvação dos Homens, A — J.
Edwards
Sobre a Nossa Conversão a Deus e Como Essa Doutrina
é Totalmente Corrompida Pelos Arminianos — J. Owen
Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos
Propósitos de Cristo na Instituição de Sua Igreja — J.
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Supremacia e o Poder de Deus, A — A. W. Pink
Teologia Pactual e Dispensacionalismo — William R.
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Tratado Sobre a Oração, Um — John Bunyan
Tratado Sobre o Amor de Deus, Um — Bernardo de
Claraval
Um Cordão de Pérolas Soltas, Uma Jornada Teológica
no Batismo de Crentes — Fred Malone
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2 Coríntios 4
1 Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;
2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem
falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,
na presença de Deus, pela manifestação da verdade. 3 Mas, se ainda o nosso evangelho está
encoberto, para os que se perdem está encoberto. 4 Nos quais o deus deste século cegou os
entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória
de Cristo, que é a imagem de Deus. 5 Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo
Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus,
que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,
para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porém,
este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 8 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.
9 Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;
10 Trazendo sempre
por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus
se manifeste também nos nossos corpos; 11
E assim nós, que vivemos, estamos sempre
entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na
nossa carne mortal. 12
De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. 13
E temos
portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também,
por isso também falamos. 14
Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará
também por Jesus, e nos apresentará convosco. 15
Porque tudo isto é por amor de vós, para
que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de
Deus. 16
Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o
interior, contudo, se renova de dia em dia. 17
Porque a nossa leve e momentânea tribulação
produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; 18
Não atentando nós nas coisas
que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se
não veem são eternas.