A Psicologia da Aprendizagem

Post on 21-Jan-2017

342 views 4 download

Transcript of A Psicologia da Aprendizagem

Psicologia da Aprendizagem

Aprendizagem é o processo pelo qual as competências , habilidades , conhecimentos ou valores  são

adquiridos ou modificados, como resultado de estudo, experiência,

formação, raciocínio e observação.

Para a psicologia existem diversos fatores que nos levam a apresentar um comportamento que anteriormente não apresentávamos, como o crescimento físico, descobertas, tentativas e erros, ensino etc...São muitas as questões consideradas importantes pelos teóricos da aprendizagem, portanto a psicologia trabalhaCom duas grandes correntes no campo da aprendizagem que são: teorias do condicionamento e as teorias cognitivas.

São teorias que definem a aprendizagem pelas suas consequências comportamentais e enfatizam as condições ambientais como forças propulsoras da aprendizagem. Aprendizagem é a conexão entre o estímulo e a resposta. Completada a aprendizagem, estímulo e resposta estão de tal modo unidos, que o aparecimento do estímulo evoca a resposta

Quando uma criança aprende a dar laço no sapato, saberá dar laços em presentes, em um vestido ou em uma fita.

Teorias que definem a aprendizagem como um processo de relação do sujeito com o mundo externo e que tem consequências no plano da organização interna do conhecimento (organização cognitiva).

Quando montamos um quebra-cabeça e “sacamos” o lugar de uma peça sem termos feito tentativas anteriormente.

Ausubel, propõe uma aprendizagem que tenha

uma "estrutura cognitivista", de modo a intensificar a aprendizagem como um

processo de armazenamento de informações que, ao

agrupar-se no âmbito mental do indivíduo, seja

manipulada e utilizada adequadamente no futuro, através da organização e integração dos conteúdos

aprendidos significativamente. Escreveu

o Livro- Aprendizagem significativa.

É o “processo através do qual o mundo de significados tem origem. A medida que o serse situa no mundo, estabelece relações de significação, isto é, atribui significados à realidade em que se encontra. Esses significados não são entidades estáticas, mas pontos de partida para a atribuição de outros significados. Tem origem,então, a estrutura cognitiva (os primeiros significados), constituindo-se nos ‘pontos básicos de ancoragem’dos quais derivam outros significados”.

Quando precisamos ensinar à criança a noção de sociedade, podemos levá-la a dar uma volta no quarteirão e observar com ela tudo o que lá existe. A criança atribuirá significados aos elementos dessa experiência e poderá, posteriormente, compreender a sociedade.

O processo de organização das informações e de integração do material à estrutura cognitiva é o que os cognitivistas denominam aprendizagem.

Refere-se a aprendizagem de novas informações com pouca ou nenhuma associação com conceitos já existentes na estrutura cognitiva.

Quando alguém decora uma poesia em outro idioma, sem conhecer uma palavra da língua, apenas por ter decorado. Nesse caso o conteúdo não se relaciona, com nada que ela já possuísse em sua estrutura cognitiva.

Processa-se quando novo conteúdo (idéias ou informações) se relacionam com conceitos relevantes , claro e disponíveis na estrutura cognitiva, sendo assim assimilado por ela.A noção de aprendizagem, quando assimilada, servirá de ponto de ancoragem para o conteúdo novo que seguirá.

Estamos aqui apresentadoesse conceito de aprendizagem significativa, mas para entender, você tem que possuir a noção de aprendizagem cognitiva, tem que já ter mais ou menos a ideia do que estamos falando.

Os pontos de ancoragem são formados com a incorporação de elementos ( informações ou ideias), a estrutura cognitiva, relevante para aquisição de novos conhecimentos e com a organização deles, de modo que progressivamente se generalizem formando o conhecimento.

Crianças inicialmente podem ter contato com sementinha, que plantadasnum canteiro, surgem como folhinhas.

Podem ter contato com animais que geram novos animais.

Professor de psicologia em Havard e depois em  Oxford, escreveu importantes trabalhos sobre educação, liderou o que veio a ser conhecido como Revolução cognitiva, na década de1960. Esta introduz novas perspectivas ao estudo da mente, superando os postulados colocados até aquela época pelo behaviorismo , que focava apenas nos fenômenos observáveis. Atualmente é professor da Escola de Direito da NYU. Suas publicações mais importantes são sobre o Conhecimento: Ensaios da mão esquerda (1960),O Processo da Educação (1961), Actos de Significação (1990), A Cultura da Educação (1996).

A partir de concepções, como esta de Ausubel, sobre o processo de aprendizagem, alguns pesquisadores desenvolveram teorias sobre o ensino, procurando discutir e sistematizar o processo de organização das condições para a aprendizagem. Entre esses teóricos, ressaltaremos a contribuição de Jerome Bruner. Bruner concebeu o processo de aprendizagem como “captar as relações entre os fatos”, adquirindo novas informações, transformando-as e transferindo-as para novas situações. Partindo daí, ele formulou uma teoria de ensino. O ensino, para Bruner, envolve a organização da matéria de maneira eficiente e significativa para o aprendiz. Assim, o professor deve preocupar-se não só com a extensão da matéria, mas, principalmente, com sua estrutura.

A aprendizagem, que deve ser sempre capaz de nos levar adiante, está na dependência de como se domina a estrutura da matéria estudada, isto é, a natureza geral do fenômeno; as ideias mais gerais, elementares e essenciais da matéria. Para se garantir este “ir adiante”, é necessário ainda o desenvolvimento de uma atitude de investigação. Para se dar conta do primeiro aspecto (estrutura da matéria), Bruner propõe que os especialistas nas disciplinas auxiliem a estruturar o conteúdo de ensino a partir dos conceitos mais gerais e essenciais da matéria e, a partir daí, desenvolvam-no como uma espiral — sempre dos conceitos mais gerais para os particulares, aumentando gradativamente a complexidade das informações.

Psicologia é necessário começarmos pela noção de subjetividade.

Física é necessário começarmos pela noção de energia.

História é necessário começarmos pelasnoções de ser humano, natureza e cultura.

O aprendiz tem plenas condições de percorrer o caminho da descoberta científica, investigando, fazendo perguntas, experimentando e descobrindo. O ensino, para Bruner, deve estar voltado para a compreensão. Compreensão das relações entre os fatos e entre as ideias, única forma de se garantir a transferência do conteúdo aprendido para novas situações. O trabalho do professor é um verdadeiro trabalho de tradução: da linguagem da ciência para a linguagem da criança. Para isto, Bruner propõe que o professor se utilize da teoria de Piaget, onde as possibilidades e limites da criança em cada fase do desenvolvimento estão claramente definidos.

Atribuímos às condições motivadoras o sucesso ou o fracasso dos professores ao tentar ensinar algo a seus alunos. E, apesar de dificilmente detectarmos o motivo que subjaz a algum tipo de comportamento, sabemos que sempre há algum. O estudo da motivação considera que há três tipos de variáveis:

Ambiente.

Objeto que atrai o indivíduo por ser fonte de satisfação.

A motivação está presente como processo em todas as esferas de nossa vida — no trabalho, no lazer, na escola. A preocupação do ensino tem sido a de criar condições tais, que o aluno “fique a fim”de aprender.

Duplo desafio: Criar a necessidade e apresentar um objeto adequadopara sua satisfação.

Resolver este problema é, sem dúvida, a tarefa mais difícil que o professor enfrenta.

Consideraremos abaixo alguns pontos: 1ª. possibilidade é que o trabalho educacional parta sempre das necessidades que o aluno já traz, introduzindo ou associando a elas outros conteúdos ou motivos;

Em uma aula de artes a professora verifica que os alunos jáConhecem as cores primárias em uma atividade aplicada. Com o intuito de fazer com que os alunos continuem interessadospela aula, a professora poderá sugerir que as crianças façam experiências , misturando as cores primárias para que setornem secundárias. Com essa atitude a professora enriquecerá o conhecimento do aluno e tornará a aula mais interessante.

2ª. possibilidade, não excludente, é criar outros interesses no aluno.

.Introduzir a música e dinâmicas na sala de aulamotiva o aluno a aprender mais. Alguns professores Já fizeram experiência e obtiveram ótimos resultados.

1- O aluno tem que ser desafiado para que deseje saber;2- Atitude de investigação, que garanta o desejo mais duradouro de saber;3- Linguagem acessível de fácil compreensão; 4- As tarefas e exercícios deverão ter um grau adequado de compreensão;5- Compreender a utilidade do que se está aprendendo.

Jean Piaget, era cientista, psicólogo, nasceu na Suíça em 1896 e faleceu em 1980. Produziu uma extensa obra entre 1918 e 1980. Procurou explicar o aparecimento de inovações, mudanças e transformações no percurso do desenvolvimento intelectual, assim como dos mecanismos responsáveis por estas transformações. Por tais atributos, sua teoria é classificada como construtivista. Piaget não desenvolveu uma teoria do processo de ensino-aprendizagem, mas formulou referências claras que, na década de 80, seriam utilizadas por Emília Ferreiro na elaboração da sua teoria sobre a aprendizagem da escrita. Piaget, na verdade, foi e é referência para muitos teóricos na Psicologia

Seus estudos sobre a pedagogia revolucionaram a educação,pois derrubou várias visões e teorias tradicionais, relacionadas a aprendizagem.Deu uma grande contribuição, explicando o aparecimento de inovações, mudanças e transformações no processo de desenvolvimento intelectual do ser humano.O ser humano herda uma forma de funcionamento intelectual, ou seja maneira de interagir com o ambiente. E com isso constrói um conjunto de significados, é a interação do sujeito com o ambiente, que permite a organização desse significado em estruturas cognitiva.

Depois de observar muitas crianças, Piaget concluiu que o progresso delas passa por quatro estágios e que todas passam por eles na mesma ordem.

Estágio das operações formais (dos 11/12 até a vida adulta)

Estágio sensório-motor (até 2 anos) Estágio pré-operatório (dos 2 aos 6/7 anos)

Estágio operatório concreto (dos 6/7 aos 11/12 anos)

Emilia Ferreiro nasceu na Argentina em 1936. Doutorou-se na Universidade de Genebra, sob orientação do biólogo Jean Piaget, cujo trabalho de epistemologia ela continuou, estudando um campo que o mestre não havia explorado: a escrita. A partir de 1974, Emília desenvolveu na Universidade de Buenos Aires uma série de experimentos com crianças que deu origem às conclusões apresentadas em Psicogênese da Língua Escrita, assinado em parceria com a pedagoga espanhola Ana Teberosky e publicado em 1979. Emília é hoje professora titular do Centro de Investigação e Estudos avançados do Instituto Politécnico Nacional, da Cidade do México, onde mora. Além da atividade de professora – que exerce também viaja pelo mundo, incluindo frequentes visitas ao Brasil . 

Emília Ferreiro trouxe, grande contribuição ao processo de alfabetização, indicando a necessidade de conhecer o processo de aprendizagem em todas as suas formas evolutivas. “Despatologizou” os erros comuns entre as crianças; valorizou a participação delas no processo de ensino-aprendizagem; apropriou-se das atividades infantis como formas de ensino; enfim, Emília Ferreiro revolucionou a forma de se conceber e trabalhar na alfabetização de crianças.

Pensador importante em sua área, foi pioneiro na noção de que o desenvolvimento intelectual das crianças ocorre em função das interações sociais e condições de vida. Veio a ser descoberto pelos meios acadêmicos ocidentais muitos anos após a sua morte, que ocorreu em 1934, por tuberculose, aos 37 anos. Apesar de sua formação em Direito, destacou-se à época por suas críticas literárias e análises do significado histórico e psicológico das obras de Arte, trabalhos que posteriormente foram incorporados no livro "Psicologia da Arte", escrito entre 1924 e , incluindo naturalmente a tese de doutorado sobre Psicologia da Arte, que defendeu em 1925.

Vygotsky, defende a ideia de que não há um desenvolvimento pronto e previsto dentro de nós, que vai se atualizando conforme o tempo passa ou recebemos influencia externa.O desenvolvimento não é pensado como algo natural, nem como produto exclusivo da maturação do organismo, mas como um processo em que estão presentes a maturação do organismo, o contato com a cultura produzida pela humanidade e as relações sociais que permite a aprendizagem e aí aparece “o outro” com alguém fundamental, pois é quem nos orienta no processo de apropriação da cultura. Para Vigotsky o desenvolvimento é um processo que se dá de fora para dentro. È no processo de aprendizagem que ocorre a apropriação da cultura, a objetivação do homem e é consequente o desenvolvimento do indivíduo e a transformação permanente do mundo.

Vygotsky, a aprendizagem é o elemento essencial para o desenvolvimento e procede. Para Piaget ao contrario, o desenvolvimento é condição para aprendizagem.Nesse sentido, os dois autores tem pensamento baseados em princípios metodológicos diversos e não devem, ao nosso ver, ser confundidos. Para Piaget a atividade é fundamental. Para Vigotisky, ela é também muito importante, mais o fundamental é que elas acontecem em relações sociais.

Pedagogia 1º semestre A - 2013

–Alunas : Josilene Silva Moreira

Santos Maria Aparecida

Tonelli Vayda Maria Sirlei de Lima Rosana Romero de

Figueiredo Sara Oliveira Pereira Vilma Garcia