A profecia dos 2 300 dias

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Prof. Ricardo André

A Profecia dos 2 300

Dias

Texto Chave

Daniel 8:12-14

Em sua visão, Daniel em seguida observa dois anjos conversando. Um anjopergunta: "Até quando durará a visão relativamente ao holocausto contínuo e à transgressãoassoladora, e à entrega do santuário e do exército, para serem pisados?” O outro anjoresponde: “Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; então o santuário será purificado.”(versos 13 e 14)

Em sua visão, Daniel em seguida a visão do carneiro, do bode e do Chifre Pequeno, observa dois anjos conversando. Um anjo pergunta: "Até quando durará a visão relativamente ao holocausto contínuo e à transgressão assoladora, e à entrega do santuário e do exército, para serem pisados?”

O outro anjo responde: “Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; então o santuário será purificado.” (versos 13 e 14)

Em outras palavras, o primeiro anjo observou o que o “pequeno chifre” estava fazendo, especialmente ao santuário e seus sacrifícios, e desejou saber até quando a verdade seria lançada por terra? Até quando vai durar esse estado de abandono da verdade e imposição de um sistema falso de culto ao verdadeiro Deus?

A resposta do anjo estabelece uma data profética depois da qual este estado de sacrilégio teria o seu fim.

No final de “duas mil e trezentas tardes e manhãs”, a verdade do evangelho jogada “por terra” por Roma eclesiástica, como enfatiza o versículo 12, seria restaurada e proclamada com toda força, como nos dias dos apóstolos, bem como ocorreria a purificação do santuário.

Em profecia, um dia (ou uma tarde e uma manhã) tem sido interpretado biblicamente como equivalente a um ano literal ou real (Nm 14:34; Ez 4:6,7). Aplicando este princípio nesta profecia temos 2 300 anos.

Daniel 2 e 7 constituem em um sonho e uma visão profética respectivamente e uma explicação completa. Porém Daniel 8, consiste em uma visão apenas parcialmente explicada.

Os eventos envolvendo o carneiro, o bode e o chifre pequeno foram bem detalhados. A única parte não esclarecida foi a visão das 2 300 tardes e manhãs, que se referem a purificação do Santuário Celestial.

O anjo Gabriel é enviado para explicar a Daniel a visão dos 2 300 dias.

“E ouvi uma voz de homem de entre as margens do Ulai, a qual gritou e disse: ‘Gabriel, dá a entender a este a visão’”. Daniel 8:16

A ênfase é que esta visão alcança o tempo do fim – nossos dias.

“...Entende, filho do homem, pois esta visão se refere ao tempo do fim”. Daniel 8:17

“A visão da tarde e da manhã, que foi dita, é verdadeira; tu, porém, preserva a visão, porque se refere a dias ainda mui distantes”. Dn 8:26. Gabriel não pode prosseguir com as explicações referentes à visão porque Daniel enfermou. (Dn 8:27).

A fim de compreender mais claramente esse capítulo, precisamos estudar brevemente o sistema do santuário. Esse estudo também nos ajudará a entendermos a explicação dos 2.300 dias como dada em Daniel 9.

II - Por Que Foi Preciso um Santuário?

Quando os filhos de Israel viajavam do Egito para a Terra Prometida, o Senhor ordenou que Moisés construísse um santuário que fosse o Seu lugar de habitação, bem como um lugar de culto para o povo. (Êxodo 25:8,40).

Ele foi feito segundo o modelo mostrado a Moisés. Abalizadas autoridades judaicas e protestantes admitem que Deus apresentou a Moisés uma miniatura do Santuário Celestial.

O tabernáculo terrestre era, portanto, até certo ponto, uma cópia do santuário celestial e representava o que é efetuado ali (Hb 8:5).

“Importantes verdades relativas ao Santuário Celestial e a grande obra ali levada a efeito pela redenção do homem, eram ensinados pelo santuário terrestre e seu culto”. – Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 414.

Deus fez com que Moisés construísse o santuário terrestre e instruísse as cerimônias como uma lembrança constante ao povo de que o Messias viria para sofrer a penalidade por todo pecado humano e que Ele poderia perdoar todos os pecados, ...

...e explicar a intercessão celestial e o ministério do Senhor Jesus Cristo em relação com o julgamento.

III – O Antigo Santuário Israelita

Esse santuário consistia de duas partes:

1) O pátio; 2) Tenda ou

tabernáculo.

No pátio defronte ao santuário ficava um altar feito de bronze, sobre o qual os sacerdotes ofereciam sacrifícios. Cada manhã e tarde, ofertas queimadas eram apresentadas sobre o altar (Lv 6:8-13), que ascendiam como cheiro suave ao Senhor (Lv 1:9), símbolo de Cristo que Se entregou a Si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus em aroma suave (Ef 5:2).

Próximo a esse havia uma bacia ou tanque em que os sacerdotes lavavam suas mãos e pés, antes de entrar no Lugar Santo.

A água é emblema, tanto do batismo como da Palavra de Deus, duas agências purificadoras (Ef 5:25,26; Jo 15:3; 3:5; I Jo 5:8; At 22:16).

Os Adventistas do 7º Dia creem que o juízo do Dia da expiação é um símbolo do juízo investigativo que precede o segundo advento de Cristo mostrado a Daniel (7:8-10,13,14,21,22, 25 e 26; 8:14).

Quando se encerrar a obra do juízo investigativo, o destino de todos terá sido decidido, ou para a vida ou para a morte eterna. O tempo de graça finaliza pouco antes do aparecimento do Senhor nas nuvens do Céu.

III - Santuário Celestial

O santuário terrestre não era um fim em si mesmo, mas um símbolo de algo muito maior. Ele foi construído de acordo com um tabernáculo maior (Heb.9:11-12; Êxo.25:8-9; Heb.8:5; Atos 7:44).

O tabernáculo terrestre foi construído de acordo com um modelo, sendo sombra do celestial.

Os sacrifícios do Antigo Testamento eram tipos do sacrifício maior do novo concerto. Seus sacerdotes eram tipos do nosso Senhor, em Seu mais perfeito sacerdócio. Seu ministério era desempenhado para ser um exemplar e sombra do ministério do nosso Sumo Sacerdote no Céu.

O santuário onde eles ministravam era uma imagem do verdadeiro santuário no Céu, onde o nosso Senhor desempenha o Seu ministério.

Na ilha de Patmos, João recebeu uma visão por meio da qual lhe foi permitido olhar através dos portões do Céu. Ele viu sete lâmpadas de fogo ardendo diante do trono (Apoc.4:5), um altar de incenso e o incensário de ouro (Apoc.8:3), e a arca do concerto de Deus (Apoc.11:19). Viu não apenas os móveis do santuário; viu o próprio templo.

O Céu pode ser purificado? – Hebreus afirma: “Com efeito, quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e, sem derramamento de sangue, não há remissão. Era necessário, portanto, que as figuras das coisas que se acham nos céus se purificassem com tais sacrifícios, mas as próprias coisas celestiais, com sacrifícios a eles superiores” (Heb. 9:22-23).

IV – O Juízo Pré-Advento

Depois da visão do poder do “chifre pequeno” perseguindo o povo de Deus durante séculos, uma cena de tribunal é mostrada ao profeta Daniel, em que são examinados os livros de registro (Dn 7:9,10).

Quando ocorrerá o Juízo Investigativo ( “purificação do santuário celestial”) e o início da restauração da verdade lançada por terra ?

O terceiro decreto foi promulgado no “sétimo ano do rei Artaxerxes”. Esdras 7:7. Antes da descoberta de fontes antigas, havia alguma incerteza com relação à data do sétimo ano de Artaxerxes I Longímano.

Mas agora, temos textos astronômicos de Babilônia e documentos de papiros encontrados na ilha de Elefantina, Egito, que confirmam que o primeiro ano completo de Artaxerxes, no trono foi 464 a.C. Portanto, o 7º ano dele seria 457 a.C.

Se as 70 semanas (490 anos) fazem parte dos 2 300 anos, o ano 457 a.C. torna-se o ponto de partida para os 2 300 anos. A partir dessa data passariam 7 semanas (7x7=49) ou 49 anos o que nos leva ao ano de 408 a.C., ano em que a cidade de Jerusalém foi reconstruída.

Que evento o anjo declara ocorreria em seguida? (verso 26)

“Depois das sessenta e duas semanas, será morto o Ungido e já não estará...” – Daniel 8:26

O Messias Jesus seria “morto” ou crucificado. Ele morreu “não para Si mesmo”, mas por nós.

Outro grande programa que Deus iniciou em 1844 foi suscitar na Terra um movimento mundial anunciando o tempo do juízo investigativo e restaurando a verdade que foi jogada por terra pelo “Chifre Pequeno”. Ap 14:6,7.