Post on 31-Jan-2018
A Música na Aula de Língua Inglesa: Motivação, Aprendizagem e
Colaboração.
Autor: Antonio Ramos1
Orientador: Francisco Carlos Fogaça2
RESUMO
Este artigo tem como objetivo apresentar algumas abordagens didáticas pedagógicas na utilização de canções no ensino de línguas estrangeiras, assim como os resultados da aplicação de uma proposta envolvendo músicas em sala de aula como forma de facilitar a aquisição da Língua Inglesa visando uma formação crítica do aluno. Nos diversos meios, para incentivar o gosto pela aprendizagem, pode-se destacar a música (canções populares), pois ela está presente no cotidiano dos alunos, tendo muita importância em suas vidas. A utilização da música em sala de aula facilita o desenvolvimento dos alunos em relação à percepção oral (audição), à pronúncia, na ampliação de vocabulário, nos estudos da gramática e no desenvolvimento de uma visão crítica da realidade, questionando seus valores culturais. Além do mais, a aula pode se tornar mais interessante, pois a música freqüentemente traz um ambiente agradável, leve e descontraído que motiva a aprendizagem. Outro objetivo importante deste trabalho é o de promover a conscientização do aluno em relação ao papel da escola em sua vida e de sua participação ativa nesse espaço, o que envolve atitudes de colaboração, respeito, amizade, organização e cuidado com o bem publico.
Palavras Chaves: música, canção, língua inglesa, colaboração
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Professor PDE da Rede Estadual do Paraná ,Licenciado em Letras – Português-Inglês pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Umuarama ( FAFIU ) no ano de 1987 e especializado em Metodologia de Ensino de 1º e 2º graus pela Faculdade Espírita de Curitiba no ano de 1997.
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Doutor em Estudos da Linguagem, professor do curso de Letras da UFPR.
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1. INTRODUÇÃO
O objetivo principal deste artigo é relatar uma experiência de ensino de
língua inglesa em uma escola da rede estadual de ensino, com alunos de 7º
ano (6ª série), de 10 a 13 anos de idade. As aulas tiveram como foco
principal o trabalho com canções em inglês, como forma de ensinar o
idioma e motivar os alunos no processo de aprendizagem.
Consideramos que a língua inglesa seja um instrumento de comunicação
muito importante para interagir universalmente. Atualmente é considerada
necessária e indispensável nos estudos, pois está presente no dia a dia das
pessoas. Daí a necessidade dos alunos estarem minimamente preparados
para o mercado de trabalho, que exige o conhecimento dessa língua.
Observando todo o contexto do ensino regular nos seguimentos
fundamental e médio, em suas diversas faixas etárias, percebe-se muito
desinteresse por parte dos alunos pela língua inglesa, especialmente a
partir da 7ª serie até o 3° ano do ensino médio. É preciso, assim, uma busca
constante de métodos e recursos motivadores para reverter esta situação.
Considerando que a criança tem mais facilidade para a aprendizagem
(SPADA e LIGHTBOWN, 2006), é importante que o ensino da língua inglesa
comece cedo. Contudo, faz-se necessário que o professor utilize uma
abordagem de ensino que desperte o interesse dos alunos, do contrário a
escola pode estar desenvolvendo um sentimento negativo em relação ao
estudo da LE (língua estrangeira). A busca por novas abordagens de ensino
que contemplem a realidade dos alunos e acompanhe o desenvolvimento
tecnológico é um dos desafios que se colocam.
Nos diversos meios, para incentivar o gosto pela aprendizagem, pode-se
destacar a música (canções populares), pois ela está presente no cotidiano
dos alunos, tendo muita importância em suas vidas. A utilização da musica
em sala de aula pode facilitar o desenvolvimento dos alunos em relação à
percepção oral (audição), à pronuncia, na ampliação de vocabulário, nos
estudos da gramática e no desenvolvimento de uma visão crítica da
realidade, questionando seus valores culturais. Além do mais, a aula pode
se tornar mais interessante, pois a música freqüentemente traz um
ambiente agradável que motiva a aprendizagem.
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Diante de tantas mudanças, sejam elas políticas, econômicas ou sociais,
devido ao processo da globalização e desenvolvimento tecnológico, o
mercado de trabalho vem se tornando muito competitivo. As escolas, nesse
contexto, buscam melhores condições de ensino, pois são elas que
preparam as pessoas para a vida – viver bem em sociedade e para o
mercado de trabalho. A língua inglesa adquire maior importância no preparo
dos alunos para a sociedade globalizada, na qual grande parte das
informações circula na língua inglesa, sobretudo na internet – a grande
articuladora da sociedade da informação e do conhecimento.
Entretanto, os alunos dos últimos anos do ensino fundamental e do médio
apresentam um desinteresse pela língua inglesa, possivelmente como
resultado da forma como são expostos a ela na escola, a abordagem de
ensino e os materiais instrucionais disponíveis. Considerando que a
motivação se inicia quando o aluno entra na escola, as crianças que iniciam
seus estudos em inglês necessitam de especial atenção. Da mesma forma,
os alunos de 3° e 4° ano de formação de docente (ensino médio), que estão
se preparando para serem professores, necessitam conhecer abordagens de
ensino que sejam ao mesmo tempo motivadoras e que tragam resultados
de aprendizagem satisfatórios.
Dessa forma, consideramos que o ensino/aprendizagem por meio de
canções seria uma maneira interessante de motivar, envolver os alunos em
sala de aula, desde que possa ir além das questões motivacionais e da sua
utilização como mero instrumento de lazer. Consideramos que o trabalho
com as canções poderiam trazer resultados positivos no desenvolvimento
das 4 habilidades (ler, escrever, falar e ouvir) na língua inglesa, além a
competência comunicativa como um todo.
De maneira geral pretendemos tornar as aulas mais produtivas e
interessantes onde todos possam demonstrar entusiasmo e gosto pela
matéria, com ambiente mais leve descontraído, facilitando a aprendizagem.
A proposta era fazer com que o aluno percebesse a importância da língua
inglesa de forma geral, e de outras culturas diferentes da sua.
Como objetivos específicos, tivemos as questões lingüísticas e de
desenvolvimento da criticidade do aluno. Pretendíamos que o aluno se
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tornasse capaz de: a) Praticar e desenvolver a pronuncia e entonação em
língua inglesa; b) Expressar-se por meio de diálogos criados a partir das
letras das canções; c) Desenvolver a prática da leitura, interpretando,
atribuindo sentidos e desenvolvendo sua visão crítica da realidade; d)
Ampliar seu vocabulário; f) Reconhecer os elementos constitutivos desse
gênero de texto; g) Desenvolver sua capacidade de trabalhar em grupos;
A seguir apresentamos alguns conceitos importantes que nortearam a
elaboração das atividades propostas.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A música representa um fator cultural importante por expressar a história, o
folclore e o idioma de um país/povo, e permitir ao professor abordar as
quatro habilidades da língua (compreensão, leitura, escrita e fala). Canções
são ricas em vocabulário, oferecem exemplos autênticos de coloquialismo e
uma vasta fonte de dados lingüísticos contemporâneos (expressões
idiomáticas, gírias, linguagem do dia-a-dia, ou mesmo linguagem metafórica
e simbólica). Além do aspecto lingüístico e cultural no trabalho com música
em ensino de LE, deve-se levar em conta o aspecto emocional do aprendiz.
O uso da música é capaz, como nenhum outro meio, de fazer com que o
aluno desenvolva dentro de sala de aula a sua sensibilidade, suas
experiências e habilidades criativas (ROSIN e TINOCO, 2005).
O uso de música no ensino de inglês pode ter diferentes objetivos. Além dos
aspectos lingüísticos como aquisição de vocabulário, gramática e expressão
oral e escrita, entre outros, estão aspectos de natureza cultural: as canções
como forma de expressão cultural, vinculadas a valores estéticos,
ideológicos, morais, religiosos, etc. Elas possuem, em seus conteúdos, as
marcas do tempo e lugar da sua criação. (LIMA, 2004)
O ensino por meio de canções pode também desenvolver no aluno a
percepção de suas possibilidades de atuação na sociedade, desde que o
consideremos também o papel educacional do ensino de línguas
estrangeiras. Ou seja, ensinar um idioma implica contribuir para a formação
mais ampla do aluno, não apenas para a sua instrumentalização lingüística,
como veremos a seguir.
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O papel educacional do ensino de línguas
Muitas críticas têm sido apontadas em relação ao fracasso do aprendizado
de um idioma estrangeiro na escola pública. Contudo, conforme as
Orientações Curriculares do Ensino Médio (BRASIL, 2006), doravante OCEMs,
os objetivos do ensino/aprendizagem de um idioma estrangeiro na escola
pública são diferentes daqueles estabelecidos por institutos de idiomas.
Estes últimos geralmente têm o foco em aspectos lingüísticos, com
finalidades meramente instrumentais, isto é, de instrumentalizar o aluno
para o uso do idioma estrangeiro. Esquecem-se, no entanto, de aspectos
culturais e educacionais, relacionados á formação do aluno propriamente
dita.
As OCEMs (BRASIL, 2006) consideram que um idioma não pode ser separado
de seus valores sociais, culturais, políticos e ideológicos. O documento
aponta que objetivos compatíveis com as necessidades do mundo atual
devem buscar “a formação de indivíduos, o que inclui o desenvolvimento de
consciência social, criatividade, mente aberta para conhecimentos novos,
enfim, uma reforma na maneira de pensar e ver o mundo” (p. 90).
A noção de cidadania, ainda conforme as OCEMs (BRASIL, 2006) deve
permear o trabalho com os alunos em sala de aula. Tal noção não é aquela
tradicional relacionada apenas à pátria, civismo, direitos deveres cívicos,
mas
entende-se que “ser cidadão” envolve a compreensão sobre que posição/lugar uma pessoa (o aluno, o cidadão) ocupa na sociedade. Ou seja, de que lugar ele fala na sociedade? Por que essa é a sua posição? Como veio parar ali? Ele quer estar nela? Quer mudá-la? Quer sair dela? Essa posição o inclui ou o exclui de quê? Nessa perspectiva, no que compete ao ensino de idiomas, a disciplina Línguas Estrangeiras pode incluir o desenvolvimento da cidadania (BRASIL, 2006, p. 91).
Nesse sentido, este projeto pretende também desenvolver nos alunos a
compreensão de seu lugar na sociedade e o que pretende fazer, como pode
ou não transformar de alguma forma a sociedade, ou mesmo se pretende
ou não fazer isso.
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O ensino de gramática (língua) e vocabulário por meio de músicas
A linguagem aprendida por meio da música pode ser assimilada mais
naturalmente, em maior quantidade e com melhor fixação. (MURPHEY,
1990). Porém, o estudo de gramática, embora seja necessário e
indispensável no aprendizado de língua, pode se tornar um desafio quando
no ensino para crianças. Uma forma de reforçar as estruturas de gramática
para crianças é através da utilização de jogos e música que podem ser
usadas tanto para introduzir estruturas gramaticais como conversação. Este
tipo de diversidade dá aos estudantes a oportunidade de mudar de
atividade e relaxar, fazendo com que as crianças aprendam a gramática
sem perceber (BEZZUCOVA,1989).
O ensino de gramática está relacionado com a visão de linguagem que o
professor (e o livro didático) possui. Perfeito (2007) discute diferentes
concepções de linguagem e sua relação com a gramática em sala de aula.
Conforme essa autora, são três as concepções de linguagem: a) a
linguagem como expressão do pensamento (atividade mental), na qual as
regras a serem seguidas são do bem falar e do bem escrever; a gramática
a ser estudada nessa concepção é a da norma culta; b) a linguagem como
instrumento de comunicação/decodificação (estruturas gramaticais) vê a
língua como um código a ser transmitido (pelo emissor) e decodificado pelo
receptor; essa concepção vê a linguagem como transparente, de certa
forma, desde que o receptor esteja preparado para realizar a decodificação
e que não haja ruídos na comunicação; utiliza-se a pratica de exercícios
mecânicos, tais como atividades de seguir modelo, isoladas de seu contexto
de uso; c) a linguagem como forma de interação (atividade social) é
entendida como um trabalho coletivo em sua natureza sócio-histórica, que
consiste em praticas de diferentes grupos sociais (PERFEITO, 2007). Esta
terceira visão coloca maior ênfase na negociação de sentidos, e na
construção dos mesmos de forma coletiva; são as práticas sociais que
determinam os sentidos a serem construídos e uma mudança nessas
práticas pode levar a novas atribuições de sentidos; da mesma forma, a
linguagem também constrói as práticas sociais. Aqui, a linguagem é vista
como “discurso”, carregada de valores, portanto. Dessa forma, o ensino da
gramatica de forma contextualizada, deve ser inserido nas atividades de
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leitura e produção de texto de acordo com as necessidades uo dificuldades
dos alunos.
Questões motivacionais
Ao associarmos à música a aprendizagem de LE estamos propiciando
situações enriquecedoras e organizando experiências que garantam a
expressividade e aprendizagem de nossos alunos. A música promove um
ambiente relaxado, lúdico com baixo stress que é muito propício para a
aprendizagem do idioma, pois minimiza o impacto dos efeitos psicológicos
que bloqueiam a aprendizagem.
Krashen e Terrell (1983) propõem a hipótese do “filtro afetivo”, que procura
explicar as variáveis emocionais que podem interferir na
aquisição/aprendizagem de uma LE. Trata-se de um filtro psicológico
(invisível) que pode, portanto, facilitar ou mesmo impedir a aquisição de
uma LE. Se o filtro for “alto”, dizemos que o aprendiz não está
emocionalmente preparado para o contato e a aprendizagem do idioma
estrangeiro; contudo, se for “baixo”, o aprendiz terá mais abertura e
facilidade para compreender e internalizar o idioma. O filtro afetivo baixo
predispõe o aluno a se arriscar mais (a aprender com tentativas e erros) e a
ter uma atitude mais positiva em relação ao aprendizado da língua. Trata-se,
portanto, de um fator psicológico/emocional. Dessa forma, os professores
podem propiciar um ambiente positivo próprio para a aprendizagem de
língua. O ensino por meio de canções pode contribuir para a introdução de
um tema, um ponto de linguagem a ser estudado, contribuir para o
desenvolvimento das habilidades lingüísticas em geral, de uma forma mais
direta (mas não agressiva), além de estimular a discussão de atitudes e
sentimentos, da criatividade e do uso da imaginação.
Um dos objetivos do ensino da LE, nas DCEs, (Paraná, 2008) é que o aluno
use a língua que esta apresentando em situações significativas e relevantes,
esta meta pode ser naturalmente alcançada com o usa da música na sala
de aula. O professor de inglês com língua Estrangeira tem enfrentado
muitos problemas em sala de aula devidos os alunos desinteressados.
A motivação deve partir de uma situação comunicativa que envolva
interesses dos próprios alunos, suas vivências e interesses utilizando muitas
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atividades com vocabulário, conteúdos de situações significativas,
linguagem de jogos em grupos, e coisas relacionadas a eles mesmos. Além
disso, podemos levá-los a falar sobre suas emoções, coisas que
aconteceram a eles, deixar que se sintam à vontade (CORRIA,1998).
O ensino de música e o desenvolvimento das habilidades
linguísticas
A música é também uma forma de transmitir ideias e informações fazendo
parte da comunicação social, trazendo à tona a vivacidade da língua, como
propõe também as DCEs (PARANÁ, 2008). A música em sala de aula
possibilita dinamização de conteúdo, tornando-os mais significativo e pode
facilitar a apropriação da aprendizagem.
Usando músicas em sala de aula podemos ajudar a estimular o processo de
desenvolvimento da linguagem. Gatboton e Segalowitz (1988, p.473), ao
mencionar a importância da fluência e da repetição para o domínio de um
idioma, definem a automaticidade como “um componente da fluência no
idioma que envolve tanto saber o que dizer como produzir linguagem
rapidamente, sem pausas”. No entanto a grande mudança para a
metodologia de ensino comunicativa exige que automatização deva ocorrer
de uma maneira diferente. Gatboton e Segalowitz (1988.p.476) afirmam que
é preciso ”colocar os alunos em um ambiente propício para o uso de
expressões de uma forma genuinamente comunicativa”. A música, por seu
caráter repetitivo e consistente, oferece amplas oportunidades para os
alunos se concentrarem, por exemplo, no tempo presente progressivo. O
estilo repetitivo da musica se presta a uma atividade em que os alunos
criem suas frases nesse tempo verbal, baseados no seu próprio interesse.
Alem da automatização, algumas músicas são excelentes exemplos de
inglês coloquial, isto é, linguagem de conversa informal. Usando músicas
podemos preparar os alunos para a linguagem verdadeira, dentro e fora da
sala de aula. Se os alunos são expostos a músicas que eles gostam, mais
aprendizagem poderá ocorrer, uma vez que eles podem procurar outros
exemplos e canções fora da sala de aula. A repetição nas músicas, então,
ajuda a promover a automatização da linguagem coloquial. O professor
deve selecioná-las com cuidado e objetividade para sua aula. Alem do mais
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a musica oferece textos autênticos com temas culturais interessantes e
desenvolve a capacidade dos alunos em ouvir, falar, ler e escrever, além de
ampliar a percepção de sua própria cultura. Além disso, desenvolve uma
variedade de itens, tais como padrões necessários de linguagem frases,
vocabulários, pronúncia ritmos, gramática, etc. Para usar a musica na sala
de aula, o professor, deve observar o nível dos alunos, idade e interesse, e
então, escolher a musica e o ponto a ser estudado dentro do plano de aula
da escola (DOMONEY e HARRIS,1993).
A preocupação do professores de inglês é fazer com que os alunos utilizem
a linguagem comunicativa. Algumas atividades ou técnicas, tais como
“tarefas comunicativas”, jogos e resolução de problemas, ganharam maior
importância com o ensino comunicativo da língua inglesa. Além do
desenvolvimento da fala, destaca-se também o desenvolvimento da
competência gramatical. Como complemento, através de jogos bem
planejados, os alunos podem praticar e interiorizar a gramática, vocabulário
e estruturas da língua. Além disso, o trabalho com música aumenta a
motivação dos alunos, reduz o estresse ou rotina em sala de aula. De certa
forma os alunos adquirem a linguagem de forma natural, uma vez que sua
atenção se volte para as atividades e a aprendizagem.
As músicas são um recurso valioso no desenvolvimento da habilidade de
percepção oral dos alunos. São muitas as vantagens de usá-los em sala de
aula. São apresentados novos vocabulários e expressões de forma
contextualizada e os alunos se familiarizam com a pronúncia de falantes da
língua inglesa. Fornecem, também, temas para discussão e, finalmente, a
maioria dos alunos gosta de ouvir e analisar as letras. À medida que
aprendem as letras das músicas vão descobrindo seu significado. Seria
interessante a utilização de uma canção cuja letra possa ser ouvida com
certa clareza (sem ruídos); o vocabulário deve ser rico variado, e a música
deve levar algum tipo de mensagem ou contar uma história interessante.
Deve ser escolhida sabiamente entre o grande repertório disponível. Há
músicas sobre amizade, crescer, envelhecer, o amor ao nosso próximo,
política, histórias pessoais, sentimentos, e o sentido da vida. Dá
oportunidade para ensinar de tudo em seu contexto, bem como os verbos,
frases, expressões idiomáticas, e até mesmo algumas palavras familiares ou
de gírias que podem ser usadas em conversa cotidianas (ORLAVA, 1997).
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3. ESTRATÉGIA DE AÇÃO E RECURSOS PEDAGÓGICOS
Na busca de uma solução aos problemas de desmotivação, desinteresse e
indisciplina, presentes nas salas de aula de LEM, o projeto de intervenção foi
elaborado e aplicado na 5ª e 6ª series (ou 6º e 7º anos) do ensino
fundamental. Foram utilizados CDs, DVD player, TV multimídia, pen-drive,
karaokê, câmera digital, aparelho de som, quadro de giz e gravuras.
As atividades desenvolvidas, de forma geral, visaram: motivar os alunos e
facilitar a aquisição de vocabulário, estruturas gramaticais; desenvolver as
habilidades de percepção e produção oral, leitura e escrita; levar o aluno a
pratica de cidadania e interação com o meio social, cultural e político e que
possa questionar trocar ideias, etc.
Este projeto concebeu o processo de leitura e construção de sentidos como
letramento crítico, ou seja, a língua como discurso. Concebeu também o
texto como unidade de sentido verbal e não verbal, enfatizando o processo
de construção coletiva de sentidos, entendendo que a realidade é também
uma construção discursiva (JORDÂO; FOGAÇA, 2007). Conforme Jordão e
Fogaça (op. cit.), o letramento crítico compreende
a linguagem como discurso, como uma pratica social dinâmica, não limitada a uma concepção sistêmica, estrutural e fixa. Diferentemente do conceito de língua enquanto código, a língua como discurso compreende o ensino da língua pré- existentes , mas também de maneira com as quais podemos construir nossos significados , nos posicionarmos e construirmos nossas identidades (p. 87)
Embora nosso foco de trabalho fossem as letras das músicas, entendemos
que os alunos poderiam se sentir motivados a entrar em contato com outras
formas de textos, tais como emails, folhetos, poemas, cartas, pagina da
web, e imagens; isso possibilitaria ao aluno ter acesso a uma maior
diversidade de textos e contextos de uso da linguagem.
As atividades trabalhadas com os alunos foram divididas em seções,
conforme sugerido por Jordão e Fogaça (2007, p. 98). A primeira delas,
chamada de “preparação”, tem o intuito de preparar os alunos para o
trabalho com o texto (as letras das canções). As atividades nesta seção são
de cunho motivacional e contribuem para o direcionamento das demais
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atividades, estabelecendo um contexto de uso, uma relação mais próxima
do tema com a realidade dos alunos. Algumas atividades, nesta seção,
podem ser de discussão do tema (inicialmente em língua portuguesa), ou
mesmo um trabalho linguístico mais específico – por exemplo, o vocabulário
pertinente à compreensão do texto. Podem ser utilizadas também imagens
que gerem algum tipo de discussão.
A segunda parte do trabalho ocorreu com atividades de “exploração e
expansão”. Tais atividades procuraram trabalhar com o texto propriamente
dito, em seus aspectos lingüísticos discursivos. Pretendeu-se trabalhar com
atividades de compreensão de leitura (por meio de estratégias de leitura),
permitindo que os alunos tanto extraiam como atribuam sentidos ao texto, e
atividades que explorem vocabulário e itens gramaticais. Nesta parte, os
alunos podiam também ir além do texto (expansão), ao realizarem
atividades que estabeleçam “relações entre o que os alunos produzem em
sala de aula e outras práticas sociais” (JORDÃO e FOGAÇA, 2007, p 98).
Pretendeu-se, também, ter um momento para que os alunos pudessem
discutir suas crenças, valores e compreender os seus próprios contextos
sociais, numa seção chamada de “problematização”. A idéia era permitir aos
alunos construir entendimentos diversos acerca de suas realidades e de
rever seus pressupostos. Conforme Jordão e Fogaça (2007, p 101), “o papel
político do professor na sala de aula é bastante importante aqui, pois cabe a
ele mediar as discussões e problematizar as diferentes perspectivas” que
tanto os alunos como o professor trazem para a sala de aula (ver anexo A,
com um exemplo de um conjunto de atividades).
1. DESENVOLVENDO ATIVIDADES COM MÚSICA
Para realizar o trabalho foram selecionadas duas canções: “THREE LITTLE
BIRDS”, de Bob Marley (cantada por Connie Talbot) e “WE`RE GOING TO BE
FRIENDS” de Jack Johnson. Além do aspecto cultural outro objetivo importante
deste trabalho foi o de promover a conscientização do aluno em relação ao
papel da escola em sua vida e de sua participação ativa nesse espaço, o que
envolveu atitudes de colaboração, respeito, amizade, organização e cuidado
com o bem publico.
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Foram realizadas diversas tarefas, incluindo atividades de preparação
(motivação), exploração textual, problematização e atividades lúdicas. Todas
tinham objetivos lingüísticos e educacionais: praticar pronúncia, enriquecer o
vocabulário, desenvolver a leitura e praticar a escrita, explorando desta forma
todo o aspecto lingüístico.
Inicialmente foi explicada aos alunos a intenção de trabalhar com músicas com
a finalidade de tornar as aulas mais produtivas e interessantes, com o que
todos demonstraram entusiasmo, pois eles não apreciam muito a formalidade
que a escola atual impõe e sabem que a música proporciona um ambiente
mais leve e descontraído que os adolescentes tanto prezam.
Como forma de aproximação, foi solicitado que expressassem os seus tipos de
músicas favoritas. Eles possuem gostos variados e foram convidados a
expressarem suas idéias, com o intuito de contextualizar o tema, além de
contemplar o aspecto lingüístico com enfoque no vocabulário. A utilização da
musica em sala de aula facilitou o desenvolvimento dos alunos em relação à
percepção oral (audição), à pronuncia, à ampliação de vocabulário, aos
estudos da gramática e ao desenvolvimento de uma visão crítica da realidade,
questionando seus valores culturais.
A primeira canção com as imagens do clipe focou mais nos valores de amizade
e a convivência social e o respeito às diferenças. A segunda canção enfatizou
bastante o convívio no meio escolar: os amigos de escola, as lembranças que
ficam, bem como da atitude das pessoas perante essas questões.
Os alunos foram instigados, por meio de debates e exercícios escritos, a
interpretar as imagens e o conteúdo da música. Logo após, tiveram a
oportunidade de socializar seus pensamentos através de cartazes,
confeccionados em pequenos grupos. Os tópicos lingüísticos trabalhados nesta
parte foram: o vocabulário, adjetivos (qualidades pessoais e valores). As
atividades foram variadas e cuidadosamente elaboradas para a criatividade dos
alunos. em duplas. Após a interpretação os alunos foram convidados a cantar a
música como forma de expressão oral e descontração. Durante a realização da
proposta procurou-se utilizar técnicas variadas de exercícios como:
apresentação de clipes, aplicação de testes, construção de cartazes e cartões,
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palavras cruzadas, compreensão e interpretação de textos sobre o assunto,
entre outros. Todas as atividades desenvolvidas tinham como meta favorecer o
trabalho em grupo, discussões em classe dirigidas pelo professor e algumas
reflexões individuais, por meio de debates com provocações pertinentes ao
assunto com toda a classe.
Os alunos foram levados a refletir sobre alguns assuntos, tais como: satisfação
pessoal; a amizade; o respeito pelas pessoas, principalmente os funcionários
que zelam pela educação; o cuidado com a escola (bem público); nosso papel
na sociedade, o meio ambiente, entre outros. Os alunos também foram
estimulados a emitir opiniões a respeito dos tópicos, apontando possíveis
soluções para os problemas levantados e valorização dos pontos considerados
positivos sobre cada assunto.
Ao final das atividades os alunos mostraram-se mais motivados quando
perceberam que as aulas de inglês partiam de músicas. Na avaliação final
todos solicitaram que esse trabalho continuasse; alguns, inclusive, se sentiram
animados a fazer sugestões de atividades musicais, propondo que eles
próprios pudessem participar da escolha da música a ser levada para a sala de
aula, ou, ainda, fossem designados a fazer apresentações para a turma. O
resultado foi considerado satisfatório pela maioria dos alunos.
2. O GTR
O Grupos de Trabalho em Rede (GTRs) , faz parte do Programa de
Desenvolvimento Educacional de professores da rede pública estadual (PDE)
da Secretaria de Educação (SEED) que acontece em ambiente virtual. De
acordo com a coordenadora do programa, Simone Bergmann, “a ideia é
socializar o projeto de intervenção pedagógica elaborado pelo professor PDE
com os demais professores da rede e oferecer debate, troca de informações e
experiências”3. Ainda de acordo com a coordenadora, “a intenção é viabilizar -
por meio do GTR - mais um espaço de estudo e discussão sobre as
especificidades da realidade escolar, o professor PDE compartilha e interage
3
3
Disponível em no sítio da Secretaria de Educação, em < http://www.educacao.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=1418 >
13
com outros professores acerca do assunto.“ O GTR permite aos professores
questionar sua prática de sala de aula e compartilhar ideias e soluções para
seus desafios diários. A partir de trocas e discussões virtuais, os professores
podem vislumbrar diferentes caminhos para questões que os inquietam. Além
disso, ideias que parecem funcionar em determinados contextos, podem ser
levadas a outros.
No GTR proposto para este projeto, participaram 15 professores de diversas
cidades do Paraná. O trabalho em rede ocorreu de setembro a novembro de
2011, em dois momentos, com duração de tres semanas cada. No primeiro
momento as discusões do forum tiveram como tema a proposta do projeto que
tem como titulo “A Música na Aula de Língua Inglesa: Motivação, Aprendizagem
e Colaboração”. O projeto foi bem aceito e houve ótima interatividade,
discussões e aproveitamento de todos, o que colaborou muito para o
desenvolvimento deste trabalho. No segundo momento as discussões foram
sobre a inserção em sala de aula. Houve muitas idéias e relatos de
experiências tiveram excelente aproveitamento e interatividade.
Entre as sugestões feitas pelos cursistas, destacamos algumas. Os nomes dos
cursistas serão substituídos por C1 e C2, para preservar suas identidades. A
cursista C1, a seguir, sugere que o professor explore informações sobre o
compositor/cantor da canção.
Uma forma muito interessante de trabalhar a música é fazer com que os alunos conheçam também um pouco sobre o cantor. Então estabeleci o seguinte roteiro para esse trabalho de implementação com a canção “Three little Birds” dentre tantos outros. Vale dizer que contempla as ações de implementação números 4, 5 e 6 do Professor Antônio. [C1-2011]
A cursista sugere, ainda, formas de trabalho sobre a biografia ou perfil do
cantor/compositor, bem como citações feitas por ele.
Algumas questões para discussão oral sobre Bob Marley (que sabem sobre o cantor, se já ouviram falar sobre ele, sobre sua música, etc.). Depois podemos estabelecer alguns textos, vídeos ou fotos sobre o cantor, informações sobre a vida, músicas, etc. Como
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no caso de Bob Marley, podemos trabalhar com suas citações (dependendo do grau de aprendizagem da turma pode se apresentar as leituras em português ou inglês). A biografia ou o “profile” do cantor, se a turma for a partir do 8° ou 9° anos. O “profile” pode ser trabalhado já em inglês desde o 6° ano.
A cursista C2, sugere um trabalho com a canção “Yesterday”, dos Beatles.
Assim como C1, enfatiza a importância de trabalhar com informações
biográficas sobre o grupo musical. Sugere, também, atividades com a letra da
música.
Colocaria a musica "Yesterday" do grupo Beatles, que apesar de não fazer parte dos grupos musicais preferidos dos jovens de hoje, ainda cativam muita gente pelo seu contexto histórico, pelo significado das letras das músicas, que são carregadas de sentimentos, valores, pensamentos etc. A princípio, faria com que os alunos fizessem uma pesquisa biográfica sobre o grupo, posteriormente passaria um vídeo da música "Yesterday" e, em seguida, com a letra da música em mãos, os alunos ouviriam a música novamente e completariam com as palavras que estivessem faltando. [C2, 2011].
As idéias e discussões, conforme já apontado acima, foram de grande valia
para este trabalho.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A utilização dos estudos teóricos para a aplicação da pesquisa constatou que
de fato a música possui as vantagens defendidas pelos lingüistas estudados,
mas que ainda há uma grande distância entre a teoria e a prática nas aulas de
língua estrangeira. É perfeitamente possível adotar algumas medidas por parte
do professor que garantam um ensino de qualidade aos nossos alunos.
Este trabalho foi um ponto de partida para uma mudança em minha prática,
mas não se conclui aqui. Há muitas ações que se fazem necessárias para que
possamos atingir o ideal educacional, tais como um maior entrosamento entre
os professores e a equipe pedagógica da escola. A Escola como um todo deve
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ter bem claro os objetivos de uma língua estrangeira no currículo. É essencial
que o professor de língua inglesa tenha uma atitude consciente em relação às
variáveis lingüísticas do inglês, compreendendo a diversidade cultural. Nesse
contexto, o uso de canções nas aulas de língua inglesa foi um recurso
importante para a introdução de questões culturais associadas aos tópicos
lingüísticos.
A pesquisa demonstrou que por meio de atividades musicais, o aluno explora
muito mais sua criatividade, participa como membro ativo no processo de
ensino-aprendizagem e melhora sua auto-estima. A inclusão de canções nas
aulas de inglês criou um entusiasmo nos alunos, despertando um maior
interesse nos assuntos abordados, além de estimulá-los a uma maior
participação mudando a rotina de sala de aula. Segundo Murphey (1992) as
músicas fixam-se em nossas mentes e tornam-se parte de nós. Com base
nesta afirmação e no conhecimento da incrível agilidade com que os
adolescentes aprendem uma música foi desenvolvido em sala de aula
atividades musicais que promoveram a aprendizagem da Língua inglesa
tornando-a mais prazerosa e efetiva. O material foi organizado com atividades
designadas para encorajar os alunos a refletirem sobre a sociedade em que
vivem, no qual os alunos orientados pelo professor foram levados a explorar
seus próprios sentimentos. Isto contribuiu para o desenvolvimento da
aprendizagem do aluno, envolvendo-o com a turma na medida em que ele
expôs conceitos sobre determinado assunto e ouviu os colegas, argumentando
suas idéias, e criando um clima de confiança no grupo. Conseqüentemente, a
qualidade da aquisição da linguagem foi aumentada.
16
REFERÊNCIAS
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17
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de intervenção.. In: CLAPFL - I Congresso Latino-Americano de Professores
de Línguas, 2007, Florianópolis. Anais do I congresso Latino- Americano de
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SPADA, N.; LIGHTBOWN, P. M. How Languages Are Learned. Oxford: Oxford
University Press, 2006.
18
ANEXO A
A-THREE LITTLE BIRDS
1. Atividades de preparação
(motivação)
a) (Passar o vídeo sem som; a
partir disso, perguntar aos
alunos o que eles acham que a
música vai tratar) Que palavras
vocês podem pensar a partir
do vídeo?
b) Responda:
• Você resolve seus problemas
sozinho?
• Você se preocupa muito com
seus problemas?
• Você tem uma visão otimista
em relação ao futuro?
2. Atividades de exploração
textual e expansão
a) Ouça esta parte da música e
complete a estrofe com as palavras
abaixo:
little thing / all right / every / a
thing / don’t worry /
Three Little Birds
Don’t worry about ___________
´Cause every ______________
Gonna be ________________
Saying, ___________ about a thing
´Cause __________ little thing
Gonna be all right
b) Agora escute a segunda parte da
música e relacione as colunas:
1) Rise up ( ) pure and true
2) Smile with ( 1 ) this morning
3) Three ( ) little birds
4) It’s by ( ) the rising sun
5) Singing ( ) my doorstep
6) Of melodies ( ) sweet songs
7) Saying, “This is ( ) my message to
you”
c) Leia o texto novamente e responda
as perguntas em pares:
1. Você considera que o texto tenha
uma visão positiva ou negativa da
vida? Por quê?
2. Escolha cinco palavras do texto que
você considera positivas.
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3. Escolha pelo menos duas palavras
do texto parecidas em português.
4. Qual o sentido da palavra “sweet”
nesta música?
5. Que palavras do texto têm relação
com a natureza?
6. O que os pássaros representam na
música?
7. O que você acha que a palavra
“doorstep” representa nesta canção?
8. (Expansão). Faça uma
representação visual desta música
(um cartazete ), com os elementos
que você considera mais importantes.
Você pode utilizar imagens ou
desenhos.
9. Faça uma relação de músicas
relacionadas a este ou outro tema,
que você goste (em inglês ou
português). Traga uma cópia de uma
que você goste mais, para
compartilhar com a turma.
3. Atividades de problematização
a) O que você considera necessário
para uma boa convivência no
ambiente escolar?
b) Qual a importância de uma atitude
de cooperação e respeito nessa boa
convivência?
c) A boa convivência pressupõe
algumas regras? Quais seriam elas no
seu ponto de vista?
d) A música “Three little birds” diz
para não nos procuparmos com nada.
Você acha isso possível? Qua
implicações isso traz?
4. Conversa com os alunos
(passeio imaginario pela escola )
Imagine um passeio imaginário em
sua escola; suponha que você tenha
ido fazer algo em algum local da
escola. Relate como foi esse
“passeio”, o que você fez. (sala de
aula de outra turma , biblioteca , sala
dos professores , sala da diretora ,
sala de inlormatica , laboratorio ,
refeitorio , cantina , sala multiuso ,
secretaria , sala da supervisão ,
banheiro , patio escolar , hall de
entrada e a quadra de esporte. )
20